Pai,
O que dizer nesses dias de homenagens "obrigatórias" dessa pessoa tão importante na nossa vida que sem a sua contribuição valiosa, única, em alguns casos só por um momento, aquele momento, foi "presente" mas nos deu o que há de mais importante em nós: a vida?
Por tudo que foi e que não foi, valeu muito a pena, pois estamos aqui, bem ou mal, todos os seres humanos, graças a eles, nosoos PAIS. Só podemos agradecer a ele para sempre, a vida. Nos dias de hoje vemos muitos pais e muito pouco pais. Vemos o que na gíria chamam de "Pães"; as que são mães e pais, pois ficaram sós com suas crias, sobrevivendo bem ou mal, sem os que deviam em nome dos filhos, serem sempre presentes; mas deixa para lá que eu daqui nem posso "meter a colher na panela" dos outros.
Cada um que responda por si mesmo... Mas também vemos o que eu chamo de PAIZÃO, aquele que participa desde o começo, que fica "grávido" junto, escolhe as roupinhas e a decoração do cantinho do bebê, com o mesmo carinho junto da mãe. Que leva o filhote ao pediatra sozinho, se precisar, que conversa e ensina a criança olhando nos olhos e se comovendo até as lágrimas com as gracinhas e birras, que observa a chantagem do filho, e se divide entre fazer a vontade e ensinar, mas que na maioria das vezes sabe "negociar" a manha com maestria.
Não gosto de datas comerciais como já falei aqui antes, prefiro os aniversários intimos, pois festejamos mais um período junto de nós com as pessoas queridas.
Dia das mães também não gosto. Acho horrível ter que falar de amor num dia específico criado pelo comércio, pela mídia e pelas pessoas (talvez) falsas.
Penso que para demonstrar sentimentos por alguém não se marca hora e nem agenda, deve ser explicito e espontâneo, sincero.
Mas tudo bem, vamos falar de PAI. Vamos contar aos outros (nós sabemos todos os dias disso), como é ou como foi nosso pai e o pai de nosssos filhos (no caso das mulheres, bem entendido). Sobre o pai dos meus filhos, tive sorte, muita sorte, ele foi um excelente pai, até para mim, algumas vezes...
Pois bem, tive um pai muito bom também, mas muito doente, aos quarenta e poucos anos teve o primeiro de cinco infartos (!!), e viveu na corda bamba a vida toda. Saúde muito frágil.. que estaria fazendo 100 anos em 31 de janeiro de 2010. Um homem culto, carinhoso e um educador por natureza, não perdia a oportunidade de nos ensinar de maneira agradável, através de histórias e curiosidades que lia nos milhares de livros que leu durante a vida ( 66 anos). Vivia lendo e coçando a carequinha com seus dedos magros...
Eeeeeeeeee... seu Ernani...bela pessoa. Obrigada pela vida...
Adorei a homenagem. Muito linda e verdadeira.
ResponderExcluirbjs
Andréa