domingo, 27 de dezembro de 2015

10X0 para o Bode

10X0 para o Bode.
Gente, você já se comparou a um bode?
Sim, B-O-D-E. Aquele mesmo de chifres e cavanhaque. Isso mesmo; o próprio, desse da figura para não ficar nenhuma dúvida.
Pois é; acabei de me comparar a um bode aqui e agora, assistindo um vídeo onde um chinesinho faz literalmente falando, com aquela paciência dos orientais, um bode subir em uma escada dessas básicas de pintor, eu não subo mais, não dá, mas o bode sobe.
Depois ele calmamente andou até o final de uma corda bamba!
Sim, ouviram (leram) bem : c-o-r-d-a  b-a-m-b-a.
Não contente a criatura de chifres e cavanhaque deu a volta no final da corda e caminhou de volta para o começo parando no meio do trajeto e subiu, pasmem! Subiu com as quatro patinhas num objeto, tamanho de uma xícara de chá (talvez até fosse), ali colocado e atarraxado na corda e se equilibrando ele rodou um pouco sobre si, depois parou o mecanismo de rotação que foi acionado por ele!
Dai desceu da xícara rotatória indo de volta até onde começou e desceu novamente a escada.
Isso tudo com um macaquinho vestido a caráter pendurado nas costas, que lá pelas tantas ainda subiu nos chifres do distinto e ainda fez piruetas de ponta a cabeça.
Não é incrível isso? Se tivessem me contado com certeza duvidaria...
Tudo bem que bode sobe em montanhas, paredões de pedra, telhado mas andar na corda bamba... Eu em?
Me senti uma ostra me comparando ao bode! 
Aff...

https://www.youtu.be/j5ZrNg3zsYA


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Em tempos de Natal.

                                                       Em tempos de Natal

Hoje fiquei pensando...
E se Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, tivesse feito um aborto?  
Por todos os motivos que se discute hoje em dia com relação ao corpo da mulher, propalado constantemente pelos meios de comunicação " de que é um direito da mulher decidir pelo que fazer do seu corpo ou com ele”, inclusive um aborto já que a mulher  deve pensar primeiro nela, na vida dela e no corpo dela, assim Jesus não teria nascido pelo menos não naquelas circunstâncias.
Os seguidores do Espiritismo dirão:
O livre-arbítrio de Maria seria respeitado é claro, mas a missão de Jesus preparada e programada na espiritualidade por séculos e séculos seguiria em frente com certeza escolhendo-se outra mulher que quisesse agasalhar em seu ventre tamanha incumbência, a de gerar o Mestre dos Mestres que faria toda a diferença para a humanidade.
Será que a maioria das mulheres imagina o tamanho da responsabilidade que é gerar um corpo para um espírito poder cumprir o seu roteiro de vida?
Qual o roteiro de vida de cada um?
Não se sabe, porque é necessário não nos lembramos do passado, mas com certeza todas as encarnações são importantes, importantíssimas para a nossa evolução, para dizer o mínimo.
E as mães dos grandes inventores, cientistas, dos grandes mestres das artes e da literatura, as mães de todos aqueles que fizeram a diferença para a evolução da humanidade? 
E se elas também tivessem pensado primeiro e unicamente nelas, no seu corpo, na sua carreira...?
É bom pensar um pouco mais. Sem falar que para toda ação há uma reação.
O aborto não é só o ato de descartar-se de um "incômodo" que aconteceu em hora errada, no momento errado, mas é a interrupção de um roteiro programado na maioria das vezes, durante décadas para atingir o momento certo de encontros e convivências necessárias que vão contribuir para o aprofundamento de relações imprescindíveis para evolução do espírito e por consequência do mundo, com planos de acontecimentos que fazem girar a vida e o progresso da humanidade.

Com tantos métodos de contracepção pode-se optar por não querer engravidar sim usando do direito de exercer o livre-arbítrio, porém matar o ser em gestação é um crime...

sábado, 5 de dezembro de 2015

Tempos Reciclados e Tecnologias.

                                                   Tempos Reciclados e Tecnologias
Fui até os fundos e peguei a cesta, voltei para a cozinha e escolhi da fruteira sobre a mesa, algumas frutas. No armário peguei bebida láctea de tamanho pequeno, mais um pacote de bolachas e outro de pipoca de Micro-ondas.
Sai dali logo após colocar o GPS entre as frutas dentro da cesta e em seguida cobri tudo com um guardanapo xadrez e a deixei sobre o sofá perto da porta de saída.
 Enquanto vestia minha capa vermelha me olhei no espelho para ajeitar o gorro que encobria parte os meus cabelos.  Só então sai para a rua e caminhei na direção do metrô.
Quase chegando à esquina a voz da máquina começou a me dar direções diversas e contrárias e aquilo foi me irritando e a maldita parecia ler meu cérebro, por que dizia frases sem noção e passou a repetir sem parar;
“Entre à direita.”  “Vire à esquerda”. “Siga em frente!”
Havia pensado antes de me preparar para sair, dos antigos métodos de ir deixando pedrinhas pelo caminho ou pedacinhos de pão para encontrar o caminho da volta, porém me lembrei de que nem sempre funcionou nos contos de fadas e uma parte do caminho terei de ir de Metrô, pois preciso atravessar toda a cidade e chegar à casa da Vovozinha antes do por do sol e da novela das seis, porque pretendo assistir ao seu lado o capitulo de hoje comendo sequilhos de araruta que ela faz maravilhosamente bem e tomando limonada colhida no quintal.
Durante o trajeto fui ouvindo a voz do GPS que parece saída de dentro de uma lata de biscoitos quadrada e funda e que usa palavras que não conheço ou não é do meu vocabulário:
“...estamos chegando na rotunda, contorne a rotunda, entre à esquerda depois da rotunda... ”.
Aquela “fala” me irritava por demais e continuei cada vez mais apressada com aquela irradiação louca ao meu lado, no meu ouvido.
Ao caminhar na direção do Metrô percebi muitas outras pessoas estava portando também um GPS no bolso, nas bolsas e nas sacolas, o mesmo tipo de GPS que falava com a mesma voz esquisita. 
E como uma situação surreal dentro do vagão do metrô, uma “conversa paralela” entre os GPS se estabeleceu e enquanto entre os homens as máquinas trocavam informações políticas e financeiras, outras trocavam receitas e fofocas da televisão criando “vida inteligente”. Acho que os GPS daquele dia captaram as conversas dos celulares.                                                               E assim a viagem transcorreu rapidamente, parecendo um mercado para surpresa de uns e apreensão de outros.
Ao descer na plataforma que me levaria à casa da minha avozinha a voz logo gritou:
“Suba as escadas!”
Como se houvesse outra opção!
 Naquela hora enlouqueci e fiquei tentada a jogar fora a “maquininha” maluca e falante nos trilhos e a deixar para que o vagão passasse por cima fazendo calar a voz de lata. Mas o trem passou e ela misteriosamente não foi atingida e continuou falando sozinha e avisando que saí da rota programada em casa.
Finalmente cheguei à rua, no meio da multidão apressada, fechando quase totalmente os olhos pela claridade que ainda inundava o final de tarde. Atravessei a avenida na faixa de pedestres chegando perto da “rotunda” a voz maluca começou a gritar; “depois da rotunda entre à direita há 200 metros.”
Era outra pessoa que carregava uma máquina igual a minha e que fazia a mesma coisa, estava “possuída” pela interferência das conversas dos celulares.
 Me indignei com ela e gritei:
- Para de querer mandar em mim, máquina louca, não pode só apontar o dedo em vez de falar? Eu vou se eu quiser, entro à direita se eu quiser! Ninguém manda em mim, muito menos uma máquina tola, maluca que nem sabe falar direito.
A pessoa me olhou espantada pensando que eu iria bater nela, que eu havia surtado e andou mais depressa, fui atrás e me desculpei  falando que havia acabado de jogar a minha máquina de GPS nos trilhos do Metrô e a desgraçada nem assim foi destruída e nem parou de falar.
Caminhei alguns passos ainda ao lado da pessoa que logo avistou uma caçamba de lixo e jogou-a  dentro,  enquanto ela ainda falava e repetia aquelas frases de sempre, acho que deu pane, não parava de falar; “ entre a direita, siga até o final da rua....”
Quando voltei da casa de minha avozinha já haviam levado a caçamba com tudo o que havia dentro.
Agora a máquina maldita deve estar falando sozinha em algum lugar e vai falar muito até acabar a bateria, imagine se encontra a minha?!  As duas vão enlouquecer.
Quanto ao roteiro de ida e volta na casa da minha avó, pretendo comprar uma bussola e um astrolábio e vou me guiar pelas estrelas mesmo, pelo menos eles são aparelhos mudos...