sábado, 31 de março de 2012

De volta ao lápis.

De volta ao lápis.
De volta para os Ingleses depois de uma semana aqui no centro onde o meu computador me esperava e vai continuar me esperando.
Este meu companheiro de delírios me faz muita falta, mas é inviável ficar levando e trazendo, sem falar que na praia não tenho internet veloz.
Lá para o dia 18/19 de abril estaremos de volta para o centro até final setembro.
Até lá eu e meu amigo CPU ficaremos longe, tristinhos com a ausência um do outro, pois sei que ele também me ama e até sinto sua felicidade vibrante quando estou com ele.
Enquanto isso estarei meditando o que escrever e voltarei a era do lápis, atividade que ainda aprecio e utilizo muito, pois costumo rabiscar pedacinhos de papel  com o bom e velho lapis para guardar idéias que me vêm à cabeça para escrever depois.
Por hoje é só. Até sempre, até qualquer hora.♥♥ Sniff, sniff... :(

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quem bate?

                                    -Toc, toc, toc. 
                 - Quem bate?
                  -É o frrrrrrrrrrrriiio... ♪♪♪♫♫♪
- Não adianta bater, ♪♪♫eu não deixo você entrar, ♪♪♪♫♫♪as casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar... ♪♫♫♪♪


quarta-feira, 28 de março de 2012

Ela voltou para Berlim

                                                Lígia em Berlim
Hoje voltou para Berlim a minha filha Lígia. Por mais acostumada que eu esteja com este vai e volta minha e dos filhos, fica sempre um sabor de despedida, de adeus.
Eu sei que ela e o marido estão felizes morando tão longe, mas nós mães sempre queremos os filhotes sob as asas e eu não sou diferente.
O bom é que em dias de hoje em que a tecnologia retirou as fronteiras e encurtou as distâncias estamos sempre sabendo o que acontece no mesmo instante em que o fato acontece, podemos ver nossos queridos e falar com eles ao vivo e a cores.
Me lembro quando pela primeira vez alguém falou que chegaria a hora em que veríamos a pessoa que falava ao telefone numa tela. "Não dá mais para se esconder" me disse a pessoa, seja lá o que quis me dizer com isso, mas a frase ficou na memória do tempo. Agora o skaype realiza essa proeza.
Bom é isso, cada filho num lugar e com isso eu vou e eu venho sempre que posso, me dá na telha, ou tenho saudades.

terça-feira, 27 de março de 2012

Entre Linhas
                Mais um continho de três palavras encontradas aleatoriamente no dicionário.
                                                    Ditirambo - Doblez - Mesto
                                                    Entre linhas
Miquéias virou a página que estava lendo e optou por parar a leitura por ali mesmo. Fechou os olhos recostou a cabeça no espaldar da cadeira e deixou que o pensamento voasse até as madeixas de Enévoa, sua amada. Amor secreto, profundo, até já perdera a noção do tempo em que a conhecera entrando no seu estabelecimento de armarinhos, mulher de carnes fartas, cabelos negros e longos.
Enévoa era casada e nem imaginava o quanto era amada platonicamente e nem tinha noção do quanto povoava os sonhos mais secretos e um tanto a bem da verdade libidinosos do dono da lojinha do bairro.
Atualmente Enévoa era tudo para Miquéias. Ele passava horas e horas, embalsamado na substancia rosada do amor. Mas infelizmente ela tinha dono e um dono feio e carrancudo. Miquéias jurava que aquele homem taciturno não amava Enévoa, não podia acreditar que um brutamontes daquele podia dar o justo valor àquela mulher de mãos delicadas e de finos bordados, que comprava todas as semanas linhas coloridas em meadas, que completariam os desenhos das lindas toalhas de mesa que bordava, conforme havia lhe informado ao adquirir a última leva.
Impulsionado pelo entusiasmo de uma paixão avassaladora ficou urdindo um ditirambo enquanto extasiado com a lembrança daqueles lábios carnudos saia da realidade deixando de atender a dona Suserana, crocheteira renomada que comprava todas as linhas do seu trabalho no seu estabelecimento, garantindo um significativo numerário com a aquisição do material de fino artesanato que elaborava. Dona Su, como era conhecida, falou alto chamando-o à realidade dos aviamentos.
E com a doblez que a sua profissão lhe conferia atendeu a sua melhor cliente com todos os tiques e salamaleques que lhe deu na telha.
Mais tarde ao ouvir as seis badaladas do relógio da matriz, pegou do ferro que usava para abaixar a porta sanfonada e tomado de um mesto, abaixou a pesada porta e atrás dela se guardou para o dia seguinte na expectativa de uma nova visita de sua musa inspiradora.

domingo, 25 de março de 2012

Chico Anysio
                                                   Morreu o Chico Anyzio

E com ele um batalhão de criaturas que tinham vida no palco e na televisão, mas eram tão verdadeiras quanto ele próprio. 209 personagens completos com roupas e adereços, trejeitos voz e tiques.
Impossível não se sensibilizar com tamanha perda, impossível não sentir a falta em momentos de humor pobre e sem criatividade que nos mostram a televisão e o teatro.
Pobres tentativas de nos fazer rir com exageradas composições visuais, gestuais e falas sem graças e repetitivas. Sempre ouvi dizer que piada só tem graça na primeira vez que a ouvimos, se for muuuuito engraçada ainda nos faz sorrir na segunda, depois disso é patético, é rir para não perder o amigo...
Mas o Chico era completo. Desde o primoroso figurino, a piada, a graça e a variação constante nos prendiam a atenção e nos fazia desejar um próximo programa para breve.
Vai em paz Chico Anysio e que ao voltares numa próxima encarnação brevemente, possas trazer um vasto repertório do céu e começar bem cedo porque o humor aqui está mais para tragédia.

quinta-feira, 22 de março de 2012


De volta
Eu voltei, voltei para ficar...
porque aqui, aqui é o meu lugar,
eu voltei para as coisas que eu deixei...
eu voltei...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Rumo a Campinas
Vinícius, Rose,
Ana Flora e Ana Júlia

Amanhã de manhã, tomarei o rumo de Campinas.
Estarei praticamente viajando o dia todo e chegarei por lá no final da tarde.
Boa viagem para mim...
Que os deuses protejam meu traseiro dos maus ônibus, mas para minha alegria voltarei para Floripa de avião, sob os auspícios do  abençoado Fernando que já reservou a passagem..
Vou matar a saudade dos meus queridos que não os vejo há mais de ano.
Também deixei amigos que encontrarei com alegria.







terça-feira, 13 de março de 2012

     Diário de bordo




Saí de Floripa às 19 horas do dia 11 de março de 2012 e cheguei em Presidente Prudente  por volta das 11 horas do dia 12, de uma manhã gloriosa de sol e calor, muito calor como de costume por essa região do estado de São Paulo. A rodoviária, horrorosa e sujíssima que por sinal está sendo reformada, me acolheu sem cerimonias por algumas horas.
 Enquanto aguardava o ônibus para Tupã que sairia às 13 horas, e para não perder o costume, liguei o meu criticômetro e comecei a olhar ao redor observando tudo.
A primeira coisa que vi foi esta placa com excesso de informação bem em frente a rodoviária e não pude deixar de me lembrar da Ligia.
Dali sai caminhando até a esquina que dobrei e continuei mais um pouco, foi quando  vi uma loja de máquinas de costura e com imensa alegria comprei como quem compra um perfume, a correia de silicone da minha máquina overlok. Já havia procurado perto de casa e não havia encontrado...
Nossa!!! Vim de tão longe para comprar uma correia de máquina, só eu mesma... Voltei para a Rodoviária, comprei um sorvete, fazendo questão de esquecer o diabetes e fui até uma banca e comprei Palavras Cruzadas, já que havia lido um livro todo na viagem, e voltei a esperar mais um pouco.
Às 13 horas em ponto adentrei o veiculo espacial que havia alcançado pessoalmente a lua e não havia sido desativado tal o estado do mesmo. Para quem saiu de um moderno ônibus de dois andares, tribus, sendo que a nobreza vai sobre a cabeça do súdito que o conduz, numa interessante inversão de valores, já que no tempo da carruagem o cocheiro ia sobre a nobreza acoitando os cavalos. Novos tempos.
A ventania que entrava pelas janelas quase arrancava os cabelos, abanava as orelhas enquanto fazia trepidar as bochechas.
Claro que não dá para comparar um ônibus interestadual com um intermunicipal, mas quando saimos de um e entramos no outro, é impossível não comparar. 
O corpo grita.
Como ia dizendo, a sucata da nave espacial lunar, saiu da rodoviária aos trancos, cheia de pessoas como eu, com dúzias de crianças e sacolas, encaloradas e doidas para chegar. Sem falar que eu ia de malas, bolsa e sacolas...
Corcovendo entre ruas estreitas entrando e saindo de lugares nunca dantes imaginados eu via da janela pessoas sentadas nas portas, trocando um dedo de prosa, carroças preguiçosas, tudo calmo e calorento, muito singelo.
O suor me escorria por lugares impensados...
E eu com 18 horas de estrada, ía sacolejando num banco duríssimo, numa estrada empoeirada que aguardava um maravilhoso aguaceiro para horas depois, grazadeus.
Passamos alegremente por Rancharia, deixamos alguns e pegamos outros passageiros, por João Ramalho, a mesma coisa, saíram uns e entraram outros, e nesse sai e entra, entra e sai, eu pude notar que curiosamente sete pessoas vestiam a cor roxa (!) na pequena rodoviaria de João Ramalho. Dali  continuamos  a sacolejar enquanto entramos noutra cidade, Quatá, onde contornamos a praça e passamos ao lado do Hotel Santo Sono. Adorei o nome, achei repousante, e da Madeireira Cavaco, gostaria de saber se vendem tábuas ou só cavacos. Passamos céleres pelo Bar do Galizé e ao lado da Lanchonete BrutaKão. Uma festa para os olhos.
Realmente depois dessa odisseia cheguei na casa da Andréa perto das 16 horas, feliz da vida, na cidade de Tupã, como um chapa de lanchonete, achatada, suada e assada, é mole?
 Porém muito feliz, afinal estou passeando e tudo é festa.

sábado, 10 de março de 2012

De volta a Tupã
Amanhã as 19 horas estarei saindo da cidade, de ônibus, rumo as cidades de Presidente Prudente, Rinópolis e Tupã numa viagem de aproximadamente 15 horas (Affffff).
Estas três cidades têm a ver com a minha filha Andréa e sua familia, que se compõe do marido Fernando e os três filhos, Bruna, Laura e Pedro, além do cachorro raça MIX chamado Baco Belarmino e uma gata Anônima.
Pois é, estou indo vê-los e matar a saudade um ano depois de ter me mudado de  lá.
Vou levando na mochila minha máquina fotográfica, pois Tupã e cidades vizinhas são surpreendentes em matéria de peculiaridades e curiosidades.
Morei um ano naquela cidade e gostei muito, sinceramente, mas o calor chega a ser inacreditável.
De lá irei até Campinas onde visitarei meu filho Vinicius e sua família que se compõe da esposa Rose e duas fofuras de nome Ana Flora e Ana Júlia.
Beijos para todos e boa viagem para mim...
Pois é, por estes dias aparecerei pouco por aqui,  assim que der e tiver contarei as novidades aqui.
Até mais...
                                                               Tupâ em dia de festa...

terça-feira, 6 de março de 2012

Assunto com a letra C

Para festejar o Dia Internacional da Mulher resolvi postar novamente,
um ano depois, este post
                                                Assunto de mulher

Tenho por costume ouvir conversas, explico melhor: sabe aquelas conversas que estão acontecendo ao nosso lado, onde a pessoa fala mais que a boca e fala para quem quiser ouvir, sem se importar se estão sendo ouvidos ou não? Pois é; mas que fique bem esclarecido que não fico ouvindo conversas do vizinho com um lado do copo no ouvido e o outro lado na parede e que nem tenho o péssimo habito de me aproximar de mansinho para ouvir quem fala baixinho. Eu apenas ouço o que está ali para ser ouvido.
E por conta disso ao longo dos anos, fui observando uma coisa interessante, uma curiosidade que qualquer observador mais atento vai confirmar. É o seguinte:

Como dizia, agindo assim, ouvindo com atenção, pude observar que as mulheres têm preferência por conversas que começam com a letra C.                                                   
Senão observem:
Mulher fala de assuntos que iniciam ou são relacionados a letra C.
Mulher está quase sempre falando de:

Casa, comida, cachorro, criança, creche, criada,cozinha, cunhada, cabelo, cor, coloração, crespo, corte, cortar, cabeleireiro, chapinha, creme, cremoso, cravos, celulite, corpo, contas, custo, cartão de crédito, calcinhas, compras, calças, camisolas, costureiras,  corpete, colete, corselete, coração, cotovelo, carro, colegas, chefes, cursos, concursos, cheques, camisinha, camiseta, chinelos, crendices, credos, correntes, colares, cintas, cintos, customização, cólicas, cabeça, cefaleia, coxas, cesariana, cafona, cabide, caimento, "caída", caipira, celular, calçados, costas, cor-de-rosa, "caras", "coroas", casamento, "caso", corresponder, cama, contrato, crápula, canalha, covarde, companheiro, companhia, compras, cinema, chocolate...etc...etc...
Não necessariamente nessa ordem, é claro.

É só mais uma de minhas observações...apenas isso...

hahahah...

sábado, 3 de março de 2012

O Xamã

                                                                     O Xamã
                                                Mais um continho de três palavras

                                                 Bilro. Ximburé. Zigoma

Delzete colocou de lado os bilros e se levantou de onde estava ajoelhada há horas, dando conta da encomenda para entregar antes do mês de dezembro.

Foi até o canto da cozinha quando o Ximburé exalava o último suspiro, olhou pela janela e viu que iria chover mais tarde; precisava se apressar. Levou-o para o quintal, perto da bica, carregando-o na gamela tosca e gasta de tão usada, bem no lado do corpo, firmando-a na direita e distribuindo o peso nas laterais das ancas. Por aquelas bandas ainda não haviam chegado vasilhas e utensílios plásticos, tão comuns nas cozinhas de hoje. Peças bem coloridas, de vários tamanhos e modelos que faziam a alegria da mulherada que labutava nas lides domésticas, não. Por ali ainda se usava a gamela feita de toco de árvore esculpida a enxó que servia para diversas utilidades e ela era bem pesada.

Rapidamente deu conta da tarefa e retornou a casa agoniada com o que estava sentindo desde ontem quando caiu perto do rio e bateu com o rosto no chão.
Na hora ficou tonta que quase perdeu os sentidos, mas como mulher forte e lutadora que era, ergueu-se do chão e tomou o caminho de casa sem reclamar. Só que hoje além do inchaço arroxeado a dor havia piorado muito. Resolveu que riria até o seu João Buruá, filho de índio e entendido em doenças e dores para pedir uma mezinha para aliviar a dor.

Ao chegar o velho xamã a conduziu para dentro da cabana e lhe ofereceu um banco tosco para sentar enquanto se dirigia a um aparador beirando a parede, bem abaixo da janela. La tomou de uma cuia e de ervas que estavam penduradas em ramos por toda a parte e começou a fazer uma mistura intercalando água e maceração. Em seguida espalhou a mistura sobre um pedaço de pano e deitou-lhe a cataplasma sobre o inchaço, avisando a mulher que deveria manter o remédio até o dia seguinte. Amarrou-lhe um segundo pano por baixo do queixo e mandou-a para casa.

Quando ia saindo da casa ela virou-se para trás e perguntou ao velho curandeiro:

- Senhor, eu gostaria de saber o que eu tenho...

- Sim, a senhora fraturou o zigoma...

sexta-feira, 2 de março de 2012

Traição

                                                         Traição, traidor (a)

O que querem dizer de verdade essas palavras…
De acordo com o meu dicionário é:
feito ou ação de trair= felonia=deslealdade.
Felonia é até bonito, diferente, “maneiro”.


Pois é, parece que cada um tem o seu conceito a respeito. Talvez de acordo com os valores que lhes tenham sido ensinados. Para uns trair e enganar é uma coisa para outros parece ser outra.


Estava lendo que o marido de um BBB confia nela e sabe que ela não o trairá, pois foi daí que fiquei pensando: Quais são os valores desse homem que deixa a mulher se expor o tempo inteiro, literalmente, 24 horas por dia, durante meses! Eles tem um filho e tudo e eu reafirmo, meses!!!! Todo esse mister em função de UM MILHÃO E MEIO DE REAIS “apenas”. Será que vale o dinheiro ganho, SE ganhar (Estou novamente sem interrogação).


Cada qual com seu cada qual é claro. Cada um cuida do que é seu da maneira que gosta.


Eu, porém como sou bocuda vou à frente dos bois pensando e falando. Acho muito perigoso para uma relação dar a lingüiça para o cachorro cuidar. Apesar de até agora, até onde sei, pois o Adalberto é acompanhante do programa, me disse que ela não “ficou” com ninguém embaixo do edredom, só no ladinho “sem maldade nenhuma”, ooooooh língua “marvada” a minha... mas em compensação fica o dia todo circulando de fio dental e micro-vestidos que não guardam nada, só provocando...provocando... afff.


Para mim fica valendo a lei do pecado por pensamento e por intenção também, assim como os conhecidíssimos pecados capitais, “não desejarás a mulher do próximo, não cobiçarás a mulher, o cordeiro” e sei lá mais o que não for seu.


Assim, penso que se fosse meu marido ele iria escolher, ou euzinha ou o dinheiro. E se fosse o dinheiro eu lhe desejaria de coração bom proveito.


Falou e disse a malcriada. Hahahahahah...