sábado, 31 de dezembro de 2011

Reveillon

Chove chuva... ♫♪♫♪ chove sem parar... ♪♫♫♪
Pois é, chove muito aqui onde moro e com a chuva vai embora o brilho do reveillon, que deveria ser de noite quente, cheia de estrelas e muitos fogos, e
para os que gostam de rituais sérios e alguns engraçados, como vestir roupas brancas, calcinhas amarelas ou vermelhas e têm mulheres que ainda usam as duas para confirmar e garantir a realização dos seus anseios, só para garantir. Se fôssemos fazer tudo o que vai por ai de crendices precisaria de mais de vinte e quatro horas para realizar todas, senão vejam: Além de comer sete garfadas de lentilhas (que não aprecio) devem-se comer sete uvas brancas e guardar na carteira as sementes durante todo o ano. Comer romã jogar três sementes para trás e fazer o mesmo que as sementes de uva, ou seja: mais um saquinho com sete sementes na carteira. Devem-se também pegar três folhas de louro, escolher duas pessoas amigas para presentear cada uma com uma folha que deve ser guardada também durante todo o ano na carteira (?). Uma nota de dólar deve permanecer na carteira sem ser utilizada e ser trocada na noite de trinta e um de dezembro por outra mais nova, acho que trocar por euro não é recomendável no momento por motivos óbvios.  Não se esqueça de trocar a carteira por outra maior para caber tudo isso. Também se deve colocar na mesa, sobre uma toalha branca, um prato branco com arroz cru e  cinco moedas de um Real para atrair fartura e fortuna,  não esquecendo de colocar ao lado um copo de cristal com champanhe. Pelo mesmo motivo é bom uma cesta com pelo menos sete tipos de frutas. Uma vela branca de sete dias, deve ser acesa a meia noite para atrair a Paz no lar. Não se pode esquecer de pular as sete ondas do mar ou dar sete mergulhos na picina e ofertar um pequeno barquinho azul com as oferendas de Yemanjá que se compõe de bilhetinhos com agradecimentos e pedidos, um espelho, um perfume, geralmente de alfazema, e muitas rosas brancas que devem ser amarradas com uma fita azul. Alguns colares de contas brancas e azuis também são bem vindos. Vestir vermelho na noite de reveillon também é muito indicado para os nascidos sob o signo de leão. Uma cueca amarela atrai bons negócios financeiros para o ano que virá. A calcinha vermelha garante emoções amorosas, novo amor e muita paixão...
Mas o principal mesmo é se enfeitar de muito ouro e prata sobre tudo ou sobre nada para atrair muuuuuuito dinheiro.
Neste ANO NOVO desejo a todos muita SAUDE, PAZ e é claro, MUITO DINHEIRO no bolso que ninguém é de ferro.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Tempo

                   
                            O TEMPO

Deus pede estrita conta de meu tempo,
É forçoso do tempo já dar conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não foi conta.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Oh! vós que tendes tempo sem ter conta
Não gasteis esse tempo em passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas, oh! se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo.
                          Laurindo Rabelo

Em tempos de reflexão é bom se dar conta do tempo perdido também...

Muito amor em 2012 antes que acabe...

São realmente os meus desejos para o ano de 2012
para todos.
Também desejo que realmente o mundo não acabe, mas se acabar vai ser em 21 de dezembro, até lá dá para fazer um monte de coisas...
hahahah.♥♥♥♫♪♥♫♪

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma história de Natal

                                                                                         
                                                      Uma historia de Natal.

Por volta das vinte e uma e trinta horas foram chegando os filhos e suas famílias. Junto deles, alguns parentes e agregados. Sogros dos filhos, pais dos genros ou noras, cunhados acompanhados de suas/seus namoradas (os), além de parentes avulsos, do tipo tio velho viúvo, tia solteira solitária e saltitante além da avó de uma nora, tão velhinha que nem andava mais, chegou aboletada em sua brilhante cadeira de rodas, bem falante e lúcida que foi logo se enturmando, cumprimentando a todos de forma especial e carinhosa o que causava em todos imediata simpatia e recíproco cumprimento.
Já ia perto de vinte e três horas, o perfume das iguarias variadas vindo da cozinha causava em todos certa ansiedade para que os chamassem para saborear a ceia, posta pouco a pouco sobre a mesa ricamente decorada com flores vermelhas e velas acesas. Era noite de vinte e quatro de dezembro. Lá pelas tantas a bisavó de cadeira de rodas resolveu perguntar a um dos muitos garotinhos que corriam de um lado para o outro atrás de um carrinho de controle remoto que parou em baixo da sua cadeira, se ele conhecia a história de Jesus. O garoto levantou-se assustado com o inusitado da pergunta vinda de quem veio e se afastou para o outro lado da sala. Sorridente a velha senhora não se abalou e continuou a fazer a mesma pergunta para todos que se aproximavam de sua cadeira, sempre com um sorriso nos lábios. Estava se divertindo muito com aquela constatação de que ninguém queria falar do assunto. O fato até causou certo constrangimento em algumas das pessoas como se o assunto não “combinasse” com a ocasião. Na verdade ela só queria saber se algum dos ali presentes sabia contar a história básica sobre a vinda de Jesus à terra. Até que um dos inúmeros convidados ali presentes, um senhor de cabelos brancos e rosto jovial, resolveu entrar na brincadeira enquanto desembrulhava um pequeno pacote envolto em papel vermelho e amarrado com uma fita verde, resolveu responder enquanto a observava bem dentro dos olhos. Sorridente resolveu responder a tão insistente pergunta da senhorinha;
- Ah, dona Martinha a senhora sabe que todos conhecem essa história a pelo menos dois mil anos. Por que a senhora insiste em perguntar?
- É que acho estranho que todos saibam de tudo o que acontece pelo mundo, conseguem reunir em cada lar pelo menos 35 pessoas para comemorar o aniversário de Jesus e paradoxalmente para a maioria das pessoas Ele não passa de um ilustre desconhecido. Hoje mesmo pude observar que os apreciadores de futebol conseguem para cada jogo de campeonato discorrer o nome de cada jogador dos dois times, além de descrever em detalhes os lances mais complicados, porém não sabem dizer o nome dos doze apóstolos de Jesus, não é interessante?
- Com certeza, dona Martinha, até são capazes de dizer que os três reis magos eram na verdade três anões que atravessaram o deserto montado em camelos para trazer presentes esquisitos. Que José escolheu a estrebaria para o filho nascer por que Maria queria experimentar emoções fortes, não é?
- Que absurdo é esse Sr. Dorival, não se brinca com uma coisas dessas!!! O senhor sempre leva tudo para o lado da brincadeira , da irreverencia, até parece que é um ateu convicto e não um homem de fé...
- A senhora está enganada, - falou suavemente-, é por que tenho certeza em Deus e sou devoto da Santíssima Trindade; Jesus, Maria e José a sagrada família, que posso brincar, pois é uma brincadeira , apenas uma brincadeira... mas hoje é o único dia que eu brinco com esse assunto, faço piadas e digo bobagens, pois é dia de festa e o Aniversariante gosta de alegria. O mundo é para ser alegre e não cheio de tristeza. É dia de festa e festa é para ser alegria, sem alegria uma reunião dessas seria insuportável, cheia de falsos sentimentos. Dona Martinha a senhora não me conhece apesar de sermos meio parentes a tanto tempo e pode acreditar que tenho o maior respeito pela senhora e para as coisas de Deus, e acho que brincar faz bem principalmente no dia de hoje, deixa tudo mais leve.
Neste momento a maioria ds convidados foi se aproximando para ouvir a conversa dos dois e fazer parte da conversa.
D. Martinha ficou séria e introspectiva por um momento e falou:
- Então nos conte a sua versão da historia do Natal.
- Pois bem, lá vai:
- Certo dia, um operário mal pago e explorado pelo patrão, que trabalhava numa carpintaria, foi despedido. Desanimado chegando em casa avisou para a sua mulher de nome Maria que fora despedido e perguntou desanimado, o que poderiam fazer?
Prontamente ela respondeu:
- Vou fazer faxina, lavar roupa para fora, ajudarei no que puder...
- Cê ta louca Maria? Com essa “barriga de menino” (era assim que ele falava da gravidez dela), não vai conseguir nada. Fica aqui no teu canto, fica “fria” que eu dou um jeito. Amanhã mesmo vou até a praça procurar serviço e logo mais já trago “o de comer”.
De manhã cedo, Maria em silêncio deu-lhe um beijo demorado, ajeitou o cabelo dele de um modo só dela e em seguida ele se foi apressado para a pracinha, procurar trabalho.
Maria colocou seus poucos pertences numa caixa de madeira, sem enfeites ou adereços. Dobrou sua colcha de retalhos, única coberta e deixou-a ao pé do catre despojado até de um colchão convencional. No lugar dele, alguns pelegos de carneiro amaciavam a madeira dura que servia de estrado. Poucas horas depois José entra afobadamente em casa e falando ligeiro diz algo que Maria não entendia;
- Precisamos fugir...precisamos fugir daqui rápido!!!
- E por causa de quê, home?
- Por causa de quê tem um maluco que tá matando mulher grávida, “de barriga de menino”. Já matou “umas par delas”, ninguém sabe quem é e nem porquê e se a criança já nasceu e tá no berço ele mata os dois. Tá maluco e com maluco não se conversa, faz uma trouxa de roupa, leva “um de comer” que eu vou encilhar o burrico do compadre. Depois que tudo passar eu trago o burrico de volta.
Desolada com a mudança de planos Maria pegou suas tralhas e ajudou o marido a amarrar tudo no lombo do burro. Logo em seguida os dois se botaram à caminho do sertão...

Fez-se um silêncio por uns momentos e uma voz vinda da cozinha gritou:
- Gente; vamos para a mesa, tomem os seus lugares antes que a comida esfrie...

Era Noite de Natal e todos se reuniram em torno da farta mesa como acontecia na maioria das casas.
D. Martinha elevou seu pensamento a Jesus pedindo bênçãos para a família, para o mundo e para todas as “Marias” e “Josés” deste mundo de Deus que se preparavam para receber um filho que faria na vida deles toda diferença.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cacholeta-Panacéia-Fenomenal

Mais um contículo de três palavras retiradas aleatoriamente do dicionário.
cacholeta-panacéia-fenomenal
Na correria de comprar presentes para o Natal que se aproxima, Lena Rita acelerou os compromissos para deixar um tempo livre nem que fosse depois das seis horas, mesmo que tivesse que dormir somente algumas horas pois trabalhava de sol a sol e de casa em casa durante toda a semana e quando chegava na sua casa havia a dupla jornada a esperá-la: limpar a casa, lavar a roupa e deixar almoço pronto para o dia seguinte. Daí que Lena Rita não podia se dar ao luxo de perder tempo, mas como era a última semana para o Natal era preciso encaixar mais esse dever. Havia o amigo-secreto da comunidade e das mulheres/irmãs da igreja. Nem tinha idéia do que comprar e só pensava no calor e na multidão que a aguardavam no comércio, naquele formigueiro de gente que assim como ela, tinha que arrumar tempo para isso.
E lá foi ela de cabelo lavado e toda perfumada, após o banho autorizado pela dona Libânia, uma de suas patroas, para não ir para as lojas suada como uma égua de carroça.
Pelo caminho fazia as contas de quanto gastar, não podia ser muito, o dinheiro era curto e suado literalmente, sem falar que em janeiro tinha que pagar o IPTU e o material escolar do filho sem falar que iria aproveitar para trocar o sofá todo rasgado na grande liquidação de balanço das lojas que acontece na primeira semana de janeiro. Sorriu ao imaginar a pequena sala com um sofá novinho em folha e até fechou os olhos de emoção. Pouco a pouco ia comprando o que precisava para arrumar a pequena casinha de três cômodos no alto do morro com o que ganhava como faxineira.
Quando chegou na rua principal onde o comercio informal se misturava com as lojas de quinquilharias brilhantes, musicais e até falantes, respirou fundo, meteu a pequena bolsa de alça à tiracolo bem debaixo do braço, já suado e escorrendo, e entrou numa loja de bijuterias e presentinhos. Por um momento pensou que iria desmaiar tal a aglomeração, o sufoco e o calor insuportável. Olhava para todo lado e não conseguia ver nada que chamasse a sua atenção naquela profusão de informação visual. De repente um apito ensurdecedor saiu pelos ouvidos vindo do cérebro, rapidamente o som foi sumindo, sumindo e apagou literalmente. Acordou com uma cacholeta bem dada no tampo da cabeça que quase desmaiou outra vez. Com os ouvidos zumbindo uma música natalina, que na verdade não distinguia se ela vinha de dentro da sua cabeça ou se era algum daqueles brinquedos à pilhas, infernais, levantou –se sem se desgrudar da bolsa e saiu dali para fora carregada pelos seguranças da loja, que a última coisa que queriam ali era uma mulher desmaiada desviando as outras do fascínio das compras. Cambaleante voltou para o meio da rua observando que para qualquer lado que olhasse, o cenário era o mesmo, até perdeu a localização, não sabia se estava indo para lá ou para cá, grudou mais um pouco ao corpo, a bolsa com o dinheiro que ganhou naquele dia e pensou nos dois presentinhos do amigo-secreto, da igreja e das amigas da comunidade. O presente do filho já tinha comprado e dado, era um computador muito lindo para ele estudar. Comprou para pagar em 24 vezes. 
Um vaso brilhante, furta-cor, com uma bíblia e os dizeres do salmo 123 em relevo lhe chamou a atenção por um momento, muito lindo, mas muito caro, se pudesse comprava para ela mesma colocar ao lado do sofá novo que compraria em janeiro. Por um momento sonhou com os seus cuidados com a casa e até viu umas flores de seda dentro dele; enquanto divagava naquele mar de gente indo e vindo apressada, levou um empurrão fenomenal que a fez voltar para a realidade, antes de estatelar de novo no chão sujo. Porém dessa vez ficou esperta e levantou-se na mesma velocidade que caiu. E naquele mesmo momento enquanto levantava decidiu comprar uma toalha de mesa que viu pendurada a sua frente decorada de rosas vermelhas. Só faltava mais um presente. -Ai meu Jesus!- Pensou ela;- para que inventaram esse tal de amigo-secreto?- Mais alguns passos à frente escolheu uma capa de botijão de gás de xadrez azul, combinado com a do liquidificador, tudo bordado á máquina. Pronto! Até que enfim consegui resolver tudo, pensava enquanto o joelho ralado e sangrando ardia de dor.
Ao chegar em casa encontrou a vizinha do lado, sentada na porta tomando a fresca da noite, sim porque ja era noite quando chegou lá em cima do morro, trocaram umas idéias e ela entrou para continuar a segunda jornada, não sem antes lavar os joelhos e colocar um pouco de álcool com ervas variadas que serviam para tudo; uma panacéia de curandeiros que aprendeu com a avó e não ficava sem o preparado em casa para as eventualidades, no dia seguinte estaria curada de tudo, com certeza; para começar um novo dia de rotina enquanto aguardava o dia de Natal.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Entre Notícias e Pensamentos

Entre noticias e pensamentos.



Falta uma semana para o Natal, o comercio ferve e se aflige com o movimento irrefreado das compras. Vejo isso na televisão. Olho pela janela e aprecio as palmeiras que sacodem levemente levadas pela brisa quente do verão e penso: o que me reserva o dia de hoje e todos os outros que virão? Neste momento nem planos tenho. Na verdade estou em época de agradecer realizações de sonhos. Pouca coisa ainda não se realizou, mas com certeza se realizará com as bênçãos de Deus.


Olho o Adalberto que assiste o jornal da televisão enquanto joga paciência no computador. O programa mostra jovens talentosos que brigam com o vício e me entristeço; porque essa praga ainda impera no mundo? Ambos os entrevistados afirmaram que foram levados a experimentar por pura curiosidade, levado por amigos. Que coisa triste. Ainda bem que a programação mudou para esportes.


Os gatos cochilam na varanda, estou bem, mas não sinto a vibração do Natal, ainda não, talvez na semana que vem quando a filha Andréa e família chegarão por aqui. Mas sempre ficarão dois filhos com suas famílias longe daqui; nada é perfeito, mas ainda é melhor que muitos. Não posso esquecer que há pessoas solitárias, abandonadas, doentes e infelizes de toda ordem. É da vida.


Olho para fora novamente, e sinto que as praias estão cheias. Hoje em dia não vou mais a praia, apenas caminho na orla, "nos fundos" da minha casa na avenida beira mar quando o sol se põe. Já é maravilhoso.


Mais uma vez a televisão fala da enfermeira que socou até a morte um cachorrinho. Que maldade, imagine o que não faz com o filho e com os pacientes que atende? Também não posso julgar, é claro, mas posso lamentar.


Volto a olhar lá fora e resolvo ir até a varanda onde os gatos continuam cochilando preguiçosamente. O sol está forte e os carros passam rapidamente e penso: onde será que cada um vai? Quais serão as suas preocupações, interesses e prioridades? São só pensamentos...


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Valor das Coisas

O valor das coisas



NOVA YORK, EUA — A famosa "Peregrina", pérola única do século XVI que fazia parte da coleção da atriz Elizabeth Taylor, foi arrematada nesta terça-feira, em Nova York, por 11,84 milhões de dólares, um recorde mundial para este tipo de joia.

Uma coisa que sempre me intriga, é o valor que dão, e o preço coisas. É impressionante saber de uma informação dessas acima; 11,84 milhões de dólares, quequéisso?
Como pode acontecer uma coisa dessas? Alguém dispor de um dinheiro desses assim, para um objeto?
Eu sempre gostei de arte de um modo geral principalmente a arte construída com as mãos, pés, boca e demais habilidades, revertidas em pinturas esculturas e objetos.
Acho linda uma jóia bem elaborada, às vezes até pelo minimalismo e simplicidade da peça, que geralmente exalta a criatividade artística do autor, porém quem dá o real valor monetário à peça? A assinatura do design, o material empregado ou o nome da celebridade?
Provavelmente tudo junto, porém repito; quem será que dá o real valor à peça? A obra de arte?
Para mim sempre fica parecendo que estes valores afrontosos são inflacionados pelos “atravessadores”. É muito triste ver, numa época de fome e recessão mundial, como alguém pode se dar ao desprendimento de comprar algo tão pequeno por tanto dinheiro?
Não falo só dessa peça, mas de algumas telas, esculturas e tantos outros objetos que a meu ver, ignorante como sou, valeriam pela beleza e criação, apenas isso, sem excessos.
E se canalizassem esses valores para construir hospitais, criar espaços de recuperação de dependência de toda ordem, já que parece que o mal maior do mundo atual sejam as dependências de toda ordem? Poderiam canalizar uma parte desse dinheiro para pesquisas sérias que possam fazer a diferença no progresso mundial e na educação primorosa em todos os níveis, priorizando a educação ecológica com o fito de preservação do planeta e etc.
Sei lá, fico aqui pensando; quanto desperdício direcionado para tão pequeno objeto que ficará guardado num cofre a sete chaves até que o atual dono, cansado dele, resolva leiloá-lo novamente, talvez para ser incensado mais um pouco enquanto “valer” a notícia, para se destacar como proprietário de algo que ninguém tem, só ele, “elezinho”.
Eu tenho...você não te...emm..
AFF, que pobreza!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E se Maria tivesse abortado?


Esta postagem é de 2008, mas como é  um assunto sempre atual estou publicando novamente, sem falar que estamos no Natal, mês de nascimento (verdadeiro ou não, isso não importa) de Jesus, nosso MESTRE MAIOR.
Hoje fiquei pensando com meu ziper novamente. Olha o perigo!?
E se Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, por todos os motivos que se discute hoje em dia, nesses tempos atuais, com relação ao corpo da mulher, propalado constantemente pelos meios de comunicação; "que é um direito da mulher dicidir pelo que fazer do seu corpo ou com ele, inclusive um aborto ou não, já que a mulher moderna deve pensar primeiro nela, na vida dela e no corpo dela", tivesse feito um aborto? Jesus não teria nascido!!! Pelo menos não naquelas circunstâncias.
Os seguidores do Espiritismo dirão: O livre-arbítrio de Maria seria respeitado é claro, mas a missão de Jesus, preparada e programada na espiritualidade por séculos, seguiria em frente, com certeza, " escolhendo" outra mulher(?!) que quisesse agasalhar em seu ventre tamanha incumbência.
Será que a maioria das mulheres imagina o tamanho da responsabilidade que é gerar um corpo para um espírito poder cumprir o seu roteiro de vida? Qual o roteiro de vida de cada um? Não se sabe, em princípio não nos lembramos, mas com certeza todas as encarnações são importantes, importantíssimas para a nossa evolução, e a do planeta para dizer o mínimo.
E as mães dos grandes inventores, dos grandes mestres das artes e da literatura, as mães de todos aqueles que fizeram a diferença para a evolução da humanidade?
E se elas também tivessem pensado primeiro e unicamente nelas?

É bom pensar um pouco mais além da cor do esmalte da unha do dedão do pé, nénão?
O aborto não é o descartar de um "incômodo" que aconteceu em hora errada, mas é a interrupção de um roteiro programado na maioria das vezes, durante décadas para atingir o momento certo de encontros e convivências necessárias que vão contribuir para o aprofundamento de relações imprescindíveis para evolução do espírito e por conseguinte, da humanidade.Pense nisso!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em carne-viva.

                                             O mundo está em carne-viva.



Acabei de ouvir (entre outras parecidas) a notícia de que um homem assassinou duas mulheres vizinhas e ligou para a polícia dando detalhes do crime na maior frieza avisando para que viessem antes dele se evadir. Nem a policial que atendeu o telefonema acreditou, pensando ser mais um trote.
Ele argumentou para a policial que as vitimas tinham colocado numa rede social “coisas” sobre ele que não gostou.
Olha só o perigo! Hoje em dia não devemos brincar com as pessoas, mesmo que seja de forma ingênua, pois a reação delas é imprevisível. Ninguém mais ameaça de morte, eles vão lá e matam. Que horror!!!
Todo cuidado é pouco para os dias de hoje. As relações devem ser devidamente pensadas e cuidadosamente vividas. Não se deve mais dar as costas a ninguém sob pena de morrer e isso serve para todos. Credo, é assutador.
Quando será que este planeta será saneado de espíritos infelizes e renitentes no mal?
Vamos orar, precisamos orar muito, e se cuidar, claro!.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Foi assim

Muitas pessoas nos perguntam (a mim e a quem escreve livros) como eles acontecem, a partir de que momento ou situação acontecem, pois bem vou contar como aconteceu a criação deste.
Era julho de 1999 a Lígia, minha filha, me enviou um email me convidando a participar de um concurso literário  que aconteceria em janeiro de 2000, ou seja: na virada do milênio, aliais era o assunto do momento, virada do milênio e do século, que seria é claro, na virada de 2000 para 2001, mas era assunto do dia, só se falava nisso e no que poderia acontecer, o mundo poderia acabar e outras bobagens, e como não podia deixar de ser inclui o assunto no romance; a virada do milênio.
Dai eu fiquei olhando para o regulamento e pensei: "-Mas eu nunca escrevi romance nenhum apenas historias infantis, cronicas e contos, coisa pequena-".
Deixei de lado o regulamento numa pasta me dando um tempo para pensar.
Antes é bom que se diga que já havia entrado em vários concursos literários de contos e crônicas e em alguns recebi incentivos interessantes, porem um romance é mais complicado, quase uma ousadia para uma pessoa como eu "de poucas letras"...
Até que um dia, como sempre acontece, sentei no computador e comecei a escrever uma cena que me veio por inspiração e que corresponde a pagina 30 do romance, ou seja; com o andar da carruagem a primeira página escrita foi parar no número 30. Coloquei coisas antes e depois sem perder o fio e nem deixar o que chamo de degrau, não dá para sentir emendas.
Fui escrevendo, enxertando partes e situações até que um certo dia o assunto esgotou e guardei a parte construída, mais ou menos cinquenta páginas, na verdade era quase uma sinopse, até ai a história não era baseada na doutrina espirita, era apenas um enredo qualquer, neutro, até que um certo dia, andando pela rua começou a se desenhar a continuação e a historia começou a se delinear em direção a filosofia espirita e dai deslanchou e foi até o final com cenas comoventes, almas gêmeas ou afins, crime, misticismo e aquele tempero que o mundo feminino tem.
Pois bem, levei uns dois anos para considerá-lo pronto, dai começou a maratona de registrar na Biblioteca Nacional e enviar para editoras até que 10 anos depois, também do nada, num dia qualquer, conversando numa banca de livros num Centro Espirita consegui uma referencia para editá-lo entrei em contacto com o Editor e deu tudo certo, porém tive alguns problemas com a edição no item apresentação do livro mas finalmente em dezembro de 2008 ele foi lançado e em abril de 2009 já estava esgotado na editora.
E foi assim. Agora consegui uma reedição na mesma editora do SENHORAS DA VALSA, a editora IDE que deu-lhe uma bonita capa e uma impecável apresentação como acontece a todos os seus livros.
"Não se julga um livro pela capa", já diz o ditado, mas sugiro a leitura. Mesmo que não seja espirita, leia como uma ficção, é uma leitura agradável. Leia, vai fazer bem para a alma.