domingo, 28 de junho de 2009

Momentos que nos enlevam a alma

Nossa! Vivendo uma semana preocupadíssima com uma das minhas irmãs hospitalizada para procedimento cirúrgico cardíaco, uma crise de coluna travante e alucinante, eu recebo hoje de manhã esta declaração de amor da minha primeira filha (dizer mais velha é feio, de acordo com a primeira sobrinha) que me deixou sem fala e totalmente derretida.
Quando a gente acha que fez tudo, deu o seu melhor e PARECE que não deu muito certo, agente lê uma coisa dessas e não pode guardar só para si, daí que divido com todos que me lêem, este maravilhoso e acalentador carinho da Ligia.
Amigas para sempre, querida.
Oi, Clô!Ontem peguei uma conversa pelo meio onde uma pessoa perguntava para a outra qual era a pessoa mais importante na sua vida. Eu fiquei pensando qual seria a minha resposta, e logo lembrei do Conrado, que realmente é a pessoa mais importante na minha vida mesmo.Mas logo em seguida, a pessoa perguntou: e a segunda pessoa mais importante? Eu fiquei pensando com meu zíper (eehehhh...) e me dei conta de que a segunda pessoa mais importante na minha vida é você mesma, dona Clô! Você é a minha principal referência como mulher, e, o fato de eu não conseguir me comunicar pessoalmente muito bem com você (cada vez mais descubro que isso é muito comum, acontece com todas as minhas amigas e suas mães), ainda assim você é a segunda pessoa mais importante para mim. Fico feliz quando você está feliz e fico triste quando você está triste - é bom saber que você está aí. Penso em você sempre, mesmo que nem sempre pareça. Bom, achei que você ia gostar de saber disso. Uma vez um analista me disse que meu pai tinha feito um bom trabalho comigo, uma vez que tenho muita facilidade em lidar com os homens. Mas acho que você também fez um belo trabalho (eu sou uma "modesta" prova...ehehehe) e, se sou quem sou (e tenho orgulho disso), devo muito a você.
Beijinhos geladíssimos e saudosos :)Lígia ;)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ler ou não ser

Incrível como certos assuntos, certos dias, chegam até nós num mesmo dia por diversas fontes nos fazendo pensar e repensar...

Recebi hoje cedo da minha filha Andréa um email onde um homem (parece jovem, pois ainda sonha) chamado Rogério Albuquerque, que levou uma caixa de livros e os distribuiu pelas esquinas da cidade observando com que avidez as pessoas e os garotinhos de rua queriam os livros, mostrando também uma fome de conhecimento que não tem bolsa família sem estudo que resolva.

Por volta das treze horas, minha amiga Sonia me contava surpresa e até comovida, que crianças que têm aulas de música num núcleo assistencial, onde ela é voluntária, que frequentam a quarta série não sabiam ler a frase, "quantas linhas têm a pauta musical?" (ou coisa parecida), ela pedagoga e diretora de escola até aposentar-se, não entende como uma criança de quarta série não lê e nem entende o que quer dizer a simples frase, chegando às lágrimas de desespero (a criança) por não saber responder e corresponder a indagação dela que penalizada se ofereceu para alfabetizar a criança, pois sem saber ler não podia estudar a teoria da música. Mais uma vez surpreendeu-se, pois foi informada que não podem (os voluntários), pois não é da alçada deles, já que só o Estado pode "ensinar" de forma convencional, pode?

Ali naquele lugar (muito bem organizado por sinal, oferecendo cursos de música, dança e outros para crianças da periferia) só poderá ser ensinado "alguma coisa" nesse sentido de forma indireta, de maneira lúdica, sem que a criança perceba que está sendo ensinada/alfabetizada (o que é isso gente?). Que mundo é este em que estamos? Como iremos andar para a frente? Assim vamos continuar elegendo presidentes deficientemente alfabetizados; com certeza.

E agora à noite, abro o blog da outra filha, a Lígia, onde está escrito a frase de Felipe Lenhart "Não acredito em colégios nem em universidades. Acredito em bibliotecas."

Mas como ler e entender um texto se não tiver a base? Como as pessoas vão se inteirar que existem sempre e cada vez mais possibilidades, se nunca se leu coisa alguma, nem a placa do ônibus que leva ao centro? A sensação que eu tenho é que somos uma manada humana numa debandada rumo ao nada...infelizmente.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Voando para o horizonte

Estou há dias triste, meio para baixo e com vontade de "voar", ver coisas e lugares novos, não que eu não tenha saido, mas fui assistir corais, orquestras e os dois juntos, ou seja; músicas sérias, clássicas com pessoas vestidas de preto, num palco preto ou numa igreja, todos concentradíssimos. Nos outros dias fui assistir palestras espíritas e em casa também ouço pela internet programas espíritas, estou com overdose de seriedade, estou precisando urgente dar boas risadas e não pensar em nada sério, onde tem disso? Estou a fim de uma viajem, de praia, de ver lugares novos, conhecer pessoas...

Se eu tivesse nascido pássaro queria ser uma ave migratória, é o meu lado cigano se rebelando, amanhã passa, espero...♥

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Anjinho da Sorte

Pelo menos uma vez por semana eu recebo na minha caixa de correio (email) este anjinho.

Acho ele muito fofo, mas sinceramente se o que ele promete a gente conseguisse realmente tinha um pessoal riquíssimo a cada 48 horas, já que o "prometido" acontece só depois de dois dias.

Por que será que é só depois de dois dias? O que ele faz nesse meio tempo? Me dirão que ele atende os que pediram dois dias antes, pois é.

Ele deve ser ocupadíssimo pois quando comecei a usar a internet, ele já me visitava e ainda continua me visitando, e já beira 10 anos de vaguear na internet.

Agora convidei-o para passear aqui no blog, não que ele tenha todo tempo do mundo para passear, ele precisa atender aos pedidos, é claro, ele apenas vai ficar por aqui até que eu ganhe na loteria, não que ele seja obrigado...não..., mas bem que ele podia fazer isso por mim, nénão?

Anjinho.....anjinho....

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

Hoje é dia de Santo Antonio

Hoje é dia de Santo Antonio...
Estou há cinco anos e meio viuva e só, e como a maioria das mulheres que conheço, gostaria de um "cobertor de orelha", ainda mais neste inverno geladérrrrrrrrrrimo que estamos passando, um calorzinho nas costas é muiiiito bom. Mas o mar não está para peixe, de acordo com as estatísticas, os homens morrem primeiro (por que será? ) tenho algumas teorias que informarei num outro momento, mas se alguma aflita quiser saber mesmo; me esreva, ou siga o meu twiter.
http://twiter.com/piutil, affff. Bem, como ia dizendo, acho que colocarei o meu "santoantonio" amarrado e de ponta à cabeça, como ensina de boca em boca, a mulherada aflita para conseguir um amor. Mas parece que não dá muito certo, pois elas continuam aflitas, e o pobre santo já deve ter tido um colapso mental por excesso de sangue no cérebro, que é o que acontece com que fica nesta posição por muito tempo. E algumas ainda mergulham o pobre no poço, amarrado por uma corda, e o que tem uma coisa a ver com a outra ? Nunca entendi este castigo insano, esta revolta com o pobre santo quem nem teve mulher para ver o que é bom para tosse?!
Mas no dia dele, pensamos em todas as possibilidades enquanto o tempo passa inexorável.
Ah... o tempo este tirano insano e eu aqui sem saber o que fazer para me aquecer cantarolando a música do reiroberto, ..."quero que você, me aqueça neste inverno e que tudo o mais...vá pro inferrrrrno!!!"
Já sei: um bom chocolate quente resolve, pois amanhã o inverno já passou e com o frio lá longe, tiro essas minhocas da cabeça e continuo solitária, mas não só. Gosto de ficar comigo, me dou bem comigo.
Existe uma frase de um célebre da ABL que não me lembro do imortal nome dele (?) mas que guardei e confirmo. "Tem dois motivos para não se casar de novo: porque foi feliz, ou porque não foi..." Assino embaixo, mas por via das dúvidas hoje o meu santoantonio está de cabeça para baixo dentro de um vaso transparente para ele olhar bem a minha cara feia.... hahahaha

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Para pensar

Só para pensar....♥

Uma encarnação só valeu a pena quando deixamos uma flor, um fruto e uma palavra boa.♥

Esta tela (oleo sobre duratex) 50x60, foi o primeiro quadro que pintei e curiosamente nunca foi meu, mas o primeiro a gente nunca esquece....

terça-feira, 9 de junho de 2009

Hoje é o dia da Sogra

Hoje soube que é o dia das SOGRAS e é o meu dia também, pois sou SOGRA de alguns genros e noras, mas posso garantir que sou uma sogrona, uma sogra/mãe, dai que me lembrei dessa história que ouvi há mais de dez anos, e resolvi postá-la novamente, ja que no ano passado também a coloquei aqui. Quem me contou foi a empregada da minha filha que por sua vez, ouviu de uma colega quando vinham no ônibus trabalhar.

Esta moça, amiga da empregada da minha filha começou a trabalhar num apartamento no sexto andar de um predio novo e de acordo com ela, "muito chic". No primeiro dia , quando chegou para trabalhar as crianças estavam saindo para a escola levadas pelo pai, e a mulher ficou de ir depois para dar as instruções para ela, que se chamava Dulce. E assim ela continuou contando:
     - Olhe bem Dulce: atenda a todos os telefonemas e anote todos os recados, cada palavra, nem que precise pedir para soletrar os nomes, pois isso é muito importante para o meu trabalho. Não precisa fazer almoço, almoçaremos fora hoje e você come o que tem na geladeira, que é tudo fresco, pois fiz ontem à noite para jantar, e se fôssemos almoçar em casa, comeríamos esta comida. Não deixe nenhum estranho entrar, nem que dê tiros na porta.
      - Já deram tiros aqui, senhora?
      - Não! Graças a Deus não, é só maneira de falar...
      - Hã...
Quando a patroa ja ia saindo pela porta, deu meia volta e avisou:
      - A única pessoa que pode aparecer é a minha sogra, mas como não gosto de escândalo na minha porta, pergunta o nome e deixe-a entrar, ela se chama dona Cida, Aparecida. Vai lembrar? Só ela, mais ninguém. Ela vai andar pela casa, olhar tudo, bisbilhotando e resmungando, depois ela cansa e vai embora.
      - Está bem, pode ir socegada, só deixo entrar dona Cida, não esqueço.
      - É isso mesmo. Até mais tarde.
      - Té.
Meia hora depois toca a campanhia e Dulce com a voz trêmula perguntou imaginando um revolver apontado para ela do outro lado da porta :
      - Quem é?
      - Sou eu a Cida, não me conhece mais, é?
Bem devagar a Dulce abriu a porta ainda amarrada com a corrente de segurança, para ter certeza que não tinha nenhum revolver e perguntou de novo:
     - Qual é o seu nome mesmo, senhora?
     - O que é isso? Só faltava eu não poder entrar agora na casa do meu filho, se é ele que paga as contas daquela mulherzinha que não faz nada, além do seu salário, sem dúvida!? Dulce com a voz trêmula repetiu:
      - Eu só vou abrir se me disser o seu nome, é ordem da patroa.
      - É Maria Aparecida da Silva, agora posso entrar madame? Falou irritada e com sarcasmo a senhora, quase aos gritos.
      - Pode, agora pode.
Dulce nem tinha acabado de falar, ela entrou pela porta a dentro em direção à cozinha abrindo a geladeira sem cerimônia nenhuma.
      -Dona Cida a senhora fica por ai que eu vou acabar de arrumar os quartos se precisar me chame, o meu nome é Dulce.
     - Está bem menina, eu vou dar uma olhada nessa nojeira aqui. A geladeira está cheia de restos de comida, agora só compra comida esquisita e as marcas mais caras, como se isso fisesse boa comida. Aquela nunca vai a prender a cozinhar, coitado do meu filho, me dá dó, está tão magro que a roupa fica sobrando no corpo.
E assim ela ficou ali resmungando, remexendo, toda agitada andando de um lado para o outro mexendo nas coisas.
     - Oh, menina, vem aqui ligeiro! Pega esse lixo e leva lá para baixo, joga na lixeira, agora!
    - Que lixo é esse dona Cida?
    - Eu tirei tudo da geladeira e dos armários que o meu filho e meus netos não gostam e não comem, uma porção de comida esquisita, um monte de queijo, tudo estragado, um cheiro horrível. Eu vou fazer o almoço! Leva tudo para a lixeira e volta rápido, em? Enquanto seguia a empregada até a porta, dona Cida ainda comentou:
  - Está vendo só aonde vai o dinheiro que o meu filho ganha com tanto sacrifício? Ela teve a coragem de trocar os sofás, as cortinas e o tapete outra vez !? É mesmo uma desavergonhada essa, viu? Pintou as paredes de outra cor...Vai, vai,menina, "vai num pé e volta noutro" .
Dulce desceu pelo elevador de serviço carregando o enorme saco de lixo cheio de comida e vasilhames e voltou em seguida. Quando chegou no corredor de volta, encontrou a patroa que ja havia voltado e vinha saindo do elevador.
    - Dulce o que você está fazendo aqui fora?
Quando ia responder, a porta se abriu diante delas e surgiu dona Cida falando bem alto:
   - O que você ficou fazendo lá embaixo, por que demorou tanto? Fica por ai conversando com qualquer uma e o serviço esperando...
Atarantada, tremendo da cabeça aos pés, Dulce não sabia o que fazer, a quem obedecer primeiro.
  - O que está acontecendo aqui?
  - Ésta é a dona Cida...
  - Não é não!
  - Sou sim, é você quem é?
  - Eu moro aqui!
  - Aqui mora o meu filho, os meus netos e a mulher dele, aquela...
As três ficaram se olhando por um momento até que a patroa da Dulce perguntou:
  - Qual é o apartamento do seu filho?
  - É o 602.
  - Então!?...Esse aqui é o 612!
Após um breve silêncio e a sensação que o mundo tinha parado de girar por um momento, Dona Cida virou-se e deu uma corrida até o lado oposto do corredor em tal velocidade que nem parecia uma senhora em idade avançada. Enfiou o dedo na campanhia e não tirou enquanto não abriram a porta onde ela se enfiou desesperadamente... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

domingo, 7 de junho de 2009

"Toda doença nasce da alma"

Hoje, dia 7 de junho de 2009, domingo assisti uma palestra bem humorada e muito elucidativa, proferida pelo Américo Sucena, muito conhecido no meio espírita onde desenvolve um lindo trabalho de ilustração de livros espíritas de diversos autores, para maior compreensão dos leitores e assistentes, pois este trabalho ajuda a ilustrar as palestras. Como falei acima, ele é muito bem humorado e faz com que aprendamos as diciplinas de Jesús com "leveza", sem fazer proselitismo, tirando o peso da "culpa", mas colocando no colo da gente a conciência da responsabilidade que temos diantes das leis de Deus, deixando que cada um faça seus próprios julgamentos. Ele iniciou com as seguintes frases:
"Toda a doença nasce na alma". "A cada um segundo suas obras", (frase de Jesus). "Lei de causa e efeito", (frase de Allan Kardec). Nem precisava falar mais nada, pois a doutrina estava resumida nessas frases, mas ele foi muito mais loge e de uma forma como disse anteriormente, muito agradável e alegre, como é seu jeito de ser. Uma frase que também anotei foi: Cicatrizes são melhores que conselhos (essa é especialmente para as mães). E para finalizar e ilustrar "em prosa e verso", o que nos ensinou ou melhor, nos relembrou dos belos ensinamentos, nos mostrou uma "rede de intrigas" entre as pessoas, fictícias, é claro; de nomes bem engraçados: Sr. Vigiano Vidalhea falou para a Sra. Mildes Arão mais a Tomi Kontano que passou para a frente e que contou para a sra. josefa Lapelas Costa e para a sra. Denny Grislavita e Assunta Vidalheia além do padeiro Nei Mekontaro, que contou para a Erica Lunia, para Niube Steira que falou para o Falamar Azzedo e o Derico Chixo por causa do "Dito" Salgado, que tinha falado mal da Mildes Arão. Ilustrando bem a fofoca alheia que nos "contamina" com pensamentos negativos causando doenças de toda ordem causadas pela raiva e pela intolerância das coisas que ouvimos ou falamos. Entre outras brincadeiras sérias, também nos mandou procurar no Google; Amizade X Imunológico (vou procurar) E ainda nos disse morrendo de rir que o "Google é o meu pastor e nada me faltará." Este é o Américo Sucena . Aquele que faz o seu trabalho com alegria e leveza. parabéns a ele. Http://www.projetoimagem.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A importância de uma porta e o sonho de consumo.

A importância de uma porta.. Certa vez, assistindo o Jornal Nacional, me comovi ao me deparar com a triste situação de alguns moradores de rua que foram entrevistados por uma jornalista. Tudo bem, de vez em quando vemos esta matéria que a bem da verdade nem nos causa tanta dor quanto deveria, de tão repetida. Infelizmente, a gente acostuma, e não devia. Mas como dizia, nada de estranho não fosse a batida matéria tratando as pessoas "gente", com perguntas tolas e sem sentido como sempre. Mas nesse dia especialmente, fiquei sensibilizada. A jovem jornalista foi até um "amontoado de coisas de todo tipo" em baixo de um enorme viaduto e entrevistou uma pobre família composta de marido, mulher e uma menininha de uns 4 anos muito bem cuidada e limpa, diga-se de passagem. A mulher franzina e humilde, sem fazer idéia o que é decoração ou coisa parecida, por motivos obvios, conseguiu arrumar seus miseráveis pertences de forma harmônica e prática. Aproveitando os diversos tapetes que arrecadou pela cidade, estendeu-os lado a lado sob a insensivel e concreta ponte, fazendo "cômodos" sobre cada um estabelecendo naquele exíguo espaço uma planta baixa onde de acordo com o mobiliário estavam dispostos cada ambiente. No "quarto do casal" uma cama acomodava um colchão antigo de molas e vários restos de mantas e cobertores de todo o tipo esticados uns sobre outros, e nas laterais caixotes acomodavam as roupas dobradas, talvez até de marcas famosas que ganhavam pela cidade. Mais ao lado, um tapete delimitava o "espaço" da filhinha, onde dormia plácidamente num berço cor de rosa entre bonecos de pelúcia, "levemente" descorados e faltando alguns membros . Do outro lado, um velho móvel guardava umas latas de nescau e leite em pó com comidas secas e bolachas que ela fez questão de mostrar e até oferecer a entrevistadora. Sobre dois blocos de concreto, um fogãozinho de duas bocas todo retorcido "acomodava" uma panela enegrecida de tanto ser usada para cozer algum alimento. Dava pena e ao mesmo tempo admiração ver tanta obstinação em viver em tão difíceis circunstâncias e principalmente da melhor forma com o que tinha ou arrecadavam. Mas o que mais me surpreendeu mesmo, foi o diálogo da jornalista com a mulher; - A senhora consegue morar aqui neste lugar com todo esse barulho? -Fazer o que né? A gente faz o que pode... -E qual é o seu maior sonho, o seu maior desejo? -Eu sonho em ter um barraquinho meu. Eu até imagino no final do dia quando vai anoitecendo eu vou até a janela e fecho, vou até a porta e fecho. A minha maior alegria é ter uma porta para fechar e abrir... Alguém faz idéia do que é viver sem portas e janelas para se proteger? E você? Qual é o seu sonho de consumo?