domingo, 31 de julho de 2011

Acontecimentos inesquecíveis


Acontecimentos inesquecíveis

Olhem só como era impossível dizer não a este olhar...



Hoje de manhã eu conversava com os meus netos:
Bruna, Laura e Pedro e contava para eles o quanto a minha casa era movimentada e cheia de acontecimentos inusitados, muitos deles por conta do meu último filho, o de número 4, o Vinícius. Menino inteligente e muito curioso. Para ele havia quase sempre a necessidade de verificar tudo com os próprios olhos, confirmar, examinar pessoalmente para ver se era como a gente falava (deveria se chamar Tomé, lhe caberia bem). Tinha que ver para crer.
E me lembrei de contar para eles (netos) um acontecimento que se passou no período da pré adolescência do Vinícius, por volta dos seus 7 anos mais ou menos, talvez menos, hoje ele tem 37 anos e é pai da Ana Flora que vai fazer 6 anos em Setembro e Ana Júlia de 4 anos. 
Continuando... Eu me lembro que certo dia ele apareceu em casa com um coelhinho branco, fofo de olhos vermelhos exatamente como o daquela "musiquinha": 
♪♫ De olhos vermelhos e pelo branquinho...♪♪, todo feliz da vida. 
Imagine o "surto" psicótico e altamente didático que eu tive ao ver no meio da minha cozinha a lindinha criatura?
 -Nem pensar! falei para ele. Esse bicho come o dia todo e eu não vou sair por ai atrás de cortar capim para coelho nenhum, por mais lindinho que seja, pode levar de volta de onde veio! 
Antes preciso explicar que naquela época, minha casa tinha três cadelas (as vezes mais) que davam cria periodicamente, algumas até junto comigo (tenho uma escadinha de quatro filhos), no mesmo dia em que meus filhos nasciam, as cachorras geralmente davam cria por pura por solidariedade, com certeza. Além da cachorrada que não comia ração nem por decreto do bispo, comiam panelas enormes de comida feita à base de polenta no meu fogão branco Brastemp, lindo, com todas as honras. Ainda faziam parte da família, duas tartarugas, uma delas bem branquela, estranhíssima, que veio de presente de um amigo do Amazonas (naquele tempo podia) e um papagaio que foi da minha mãe por muito anos, além de várias gaiolas de passarinho com crias periódicas e tudo mais. Um mini zoológico particular. Também tinha uma oficina/depósito de tudo que seja mecânico ou eletrônico, além de tranqueiras e bugigangas "antigas" que ninguém queria mais, se guardava lá em casa. A casa era grande é verdade, mas... Empregada? Ajudante? Colaboradores? Mil visitas sempre e um entra e sai o tempo todo com gente que ia e vinha consertar coisas ou encher os "picuás"(palavra muito usada pela minha sogra) Hahahaaha....
Deu para entender o porque da minha cabeça ser assim né? Quem não sai da "casinha", não sobrevive numa vida dessas... 
Pois bem; voltando ao coelho e ao Vinícius;
Muito triste, em lágrimas, ele me jurou que pessoalmente providenciaria a comida para o bichinho e como uma das qualidades/defeitos do Vinícius é a teimosia e a determinação, não adiantava eu bater de frente, pois eu cansaria muito antes dele, com certeza. 
Dai o jeito foi concordar logo e graças aos deuses que protegem as mães da teimosia dos filhos, no dia seguinte ele não aguentava mais colher capim  pois o "lindinho" comia o tempo inteiro e o cheiro não era nada agradável.
A novidade passou, a curiosidade tinha sido satisfeita e ele colocou o coelho em baixo do braço e saiu. Não demorou muito voltou trazendo uma galinha magra e desconfiada, que tinha sido trocada pelo coelho em alguma casa da redondeza. Ao perceber que a cachorrada pulou para "conhecer" a visitante, ele, junto com o pai 
(o Gilberto apoiava tudo o que era novidade e todo o tipo de arte infantil, pois ele próprio guardou na memória a infância muito bem até morrer), construíram no meu canteiro de flores um galinheiro mal enjambrado com garantias que era provisório(!?) só para resguardar a galinha que no imaginário do Vinícius e provavelmente do Gilberto também àquelas alturas, que a galinha produziria ovos para o Ceasa, e pintinhos para as granjas ITO. Imagine a minha alegria?! Dia seguinte, para alegria do Vinícius ao voltar da escola, ele encontra um ovo no galinheiro e a galinha mais ressabiada ainda, pois as cachorras não saiam de perto, só de olho nela. Eu logo perguntei se queria que o fritasse para ele comer e ele me olhou como se aquela pergunta fosse um convite ao crime.
Tudo bem, disse eu, e continuei fazendo o meu serviço. Mas ao abrir a geladeira, vi que o ovo estava devidamente separado para não ser misturado aos outros, então eu perguntei o porque daquele exagero se ovo era tudo igual?! Santa ignorância a minha... foi o que me pareceu ver nos olhos dele. 
- Mãe, eu vou fazer pintinhos!- me falou ele com toda a convicção.- Dai, eu tive que explicar-lhe que para chocar pintinhos os ovos precisavam de um galo e não podiam ser colocados na geladeira, precisavam ficar no ninho perto da galinha para ficarem quentinhos etc...etc.... 
Qual não foi a minha surpresa momentos depois ele me aparece com um galo emprestado de uma vizinha que também tinha alguns meninos, e que vieram todos para assistir a galinha e o galo cruzarem para "fazerem pintinhos". E aí podem imaginar a farra que foi naquela tarde de um dia qualquer, a sessão altamente didática e ao vivo sobre a natureza, com os meninos rodeando o galinheiro batendo palmas em cada investida do galo sobre a galinha, enquanto as cachorras enlouqueciam por ver mais um intruso no pedaço: o galo. 
O Gilberto dava gargalhadas assistindo a folia dos meninos se aliando a eles. 
A confusão estava instalada e o rebuliço estabelecido.
Quando os meninos cansaram de assistir o "evento", pois o galo "só pensava naquilo", foram brincar com outra coisa e deixaram o galinheiro pra lá, com as cachorras rodeando, doidas para pularem dentro do "motel".
Lá pelas tantas uma das cadelas, a maior, pulou na improvisada porta do galinheiro e a derrubou sobre o galo quebrando-lhe a perna. 
Tragédia no galinheiro!!! Imagine a minha cara? O que fazer se o galo não era nosso, era da vizinha? Além de tudo depois vim a saber que o galo era de estimação, tinha sido criado desde pintinho, era dos meninos e por ai a ladainha das lamentações e lágrimas de dó do "pobrezinho" que teria que ser sacrificado (pelo menos morreu feliz, imagino eu), pois o portão arrancou cocha e sobre cocha do bichinho.
Adivinhe quem teve que pedir desculpas e "oferecer" outro galo para substituir o insubstituível?
Nem adiantava pedir desculpas... todo mundo sabe que animal de estimação não tem preço e nem substituto, o jeito foi fazer cara de paisagem e deixar o tempo arrumar as coisas. Muito compungida prometi que quando chocassem os ovos um dos pintos seria deles ou mais de um, se quisessem. Afff, que sufoco! Continuando a história que ainda não acabou, pois não é que chocaram realmente alguns? Parece que seis (não lembro quantos, já faz uns trinta anos isso), mas a cachorra matou dois, o dono do galo ganhou só um e o último virou galinhada no sítio de Itatiba quando cresceu, pois o Gilberto teve que optar entre a galinha com o pinto e as cadelas... 
O Vinícius nunca parou de descobrir e inventar, até hoje tem uma capacidade criativa incrível de arrumar ou consertar o que ninguém mais deu jeito.
Os netos se divertiram muito naquele dia e a Laura ainda comentou que a nossa família devia ser muito animada. E era mesmo, mas é muito barulhenta também...
Esta história postei aqui em agosto de 2009

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Baile de Formatura


Resolvi postar aqui esta história que escrevi ainda no outro blog em 14/06/2006 porque  recebi agora um simpático comentário de uma visitante sobre a postagem . Como estou apagando as mensagens sempre que transpasso para este, não quero deixar de agradecer a gentileza e simpatia dessa nova amiga virtual.
"Therezinha "Sem medo de ser feliz" deixou um novo comentário sobre a sua postagem 
Se havia uma pessoa desajeitada para dançar essa pessoa era o Gilberto. Não gostava e nem queria gostar. De tanto insistir para saber o motivo daquela aversão veio a história. 
   Quando ele tinha quase vinte anos, talvez uns vinte já, não lembro mais, um amigo começou a insistir para ele fazer par com a irmã que iria se formar no final do ano. Quase todos os dias ele vinha com aquela conversa, talvez por que a mocinha se "derretesse" toda sempre que se encontravam, mas ele fazia de conta que não era com ele pois era irmã do seu amigo. Por fim, até a mocinha começou a insistir dizendo que não tinha par para o baile, coisa e tal, e assim, mesmo afirmando que não sabia dançar, ele preferiu concordar, e o irmão dela até falou: 
- Fica frio cara, a valsa é só um passo para lá e um passo para cá, não tem erro.
Até que chegou o grande dia e todo arrumado de terno e gravata, lá se foi o Gilberto para a grande noite, do grande baile, não sem antes virar dois copos de conhaque para criar coragem, que também ele não era de ferro. Lá chegando, viu aliviado que o amigo ja se encontrava, o irmão da moça, também muito bem arrumado num terno e gravata, e também o restante da família, para festejar a grande noite ao redor de uma mesa no grande salão de festas. Lá pelas tantas as formandas foram sendo chamadas pelos nomes e se encontrando com os seus pares e  daí saíam rodopiando com desenvoltura para o centro do salão lindamente. 

Gilberto ladeado de outros pares, ansiosamente aguardava a formanda que entrou feito uma princesa com um enorme e rodado vestido branco. Ele a tomou nos braços e não se contentando em ser discreto resolveu reproduzir um baile de Viena, ali, naquele lugar. Para espanto geral, deu só meia volta e pisou com o sapato na barra do vestido desmontando-o inteiro para seu desespero e espanto de todos. 
Enquanto ela caía a seus pés com metade da saia grudada na parte de trás da cintura e a frente totalmente despencada, aos gritos. 
A orquestra parou, houve um constrangimento geral e em prantos ela correu para os pais e o Gilberto correu para fora do clube e permaneceu correndo durante muito tempo para não apanhar do pai da moça e do amigo. Daí o trauma de bailes.
Dá para entender, né gente?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sonho de Consumo


Aproveitando que estamos a beira de mais uma data "festiva" (daquelas que eu adoro) em que o comércio fatura um pouco mais, aproveitando a compulsão quase irracional de algumas pessoas que "não podem" deixar de dar um presente OBRIGATÓRIO, impulsionado pela lavagem cerebral. O tempo todo a televisão exibe  vitrines chamativas por toda parte, lembrando a todos que em algum lugar existe um pai que nos fez, ou criou e que temos OBRIGAÇÃO de dar-lhe um presente no segundo domingo de agosto. É mole?
Pois é dai me lembrei deste post de 2009, que me comove muito e relembro sempre.
 A importância de uma porta.
Certa vez, assistindo o Jornal Nacional, me comovi ao me deparar com a triste situação de alguns moradores de rua que foram entrevistados por uma jornalista. Tudo bem, de vez em quando vemos esta matéria que a bem da verdade nem nos causa tanta dor quanto deveria, de tão repetida. Infelizmente, a gente acostuma, e não devia. Mas como dizia, nada de estranho não fosse a batida matéria tratando as pessoas "gente", com perguntas tolas e sem sentido como sempre. Mas nesse dia especialmente, fiquei sensibilizada. A jovem jornalista foi até um "amontoado de coisas de todo tipo" em baixo de um enorme viaduto e entrevistou uma pobre família composta de marido, mulher e uma menininha de uns 4 anos muito bem cuidada e limpa, diga-se de passagem. A mulher franzina e humilde, sem fazer idéia o que é decoração ou coisa parecida, por motivos obvios, conseguiu arrumar seus miseráveis pertences de forma harmônica e prática. Aproveitando os diversos tapetes que arrecadou pela cidade, estendeu-os lado a lado sob a insensivel e concreta ponte, fazendo "cômodos" sobre cada um estabelecendo naquele exíguo espaço uma planta baixa onde de acordo com o mobiliário estavam dispostos cada ambiente. No "quarto do casal" uma cama acomodava um colchão antigo de molas e vários restos de mantas e cobertores de todo o tipo esticados uns sobre outros, e nas laterais caixotes acomodavam as roupas dobradas, talvez até de marcas famosas que ganhavam pela cidade. Mais ao lado, um tapete delimitava o "espaço" da filhinha, onde dormia plácidamente num berço cor de rosa entre bonecos de pelúcia, "levemente" descorados e faltando alguns membros , olhos etc. Do outro lado, um velho móvel guardava umas latas de achocolatado e leite em pó com comidas secas e bolachas, que ela fez questão de mostrar e até oferecer docemente  à entrevistadora. Sobre dois blocos de concreto, um fogãozinho de duas bocas todo retorcido "acomodava" uma panela enegrecida de tanto ser usada para cozer algum alimento. Dava pena e ao mesmo tempo admiração ver tanta obstinação em viver com dignidade em tão difíceis circunstâncias e principalmente da melhor forma com o que tinha ou arrecadavam. Mas o que mais me surpreendeu mesmo foi o diálogo da jornalista com a mulher; 
- Como a senhora consegue morar aqui neste lugar com todo esse barulho?
-Fazer o que né? A gente faz o que pode... 
-E qual é o seu maior sonho, o seu maior desejo? (Sempre a pergunta idiota, mas isso não importa agora).
-Eu sonho em ter um barraquinho meu, eu até imagino no final do dia, quando vai anoitecendo eu vou até a janela e fecho, vou até a porta e fecho. A minha maior alegria é ter uma porta para fechar e abrir...
Alguém faz idéia do que é viver sem portas e janelas para se proteger? 
E você? Qual é o seu sonho de consumo?


Só a titulo de curiosidade,  esta foto é de um piano todo feito de flores participante de uma festa na Europa, que infelizmente não lembro o nome.




terça-feira, 26 de julho de 2011

Pensares da Gloria



Recebi da Monica Pozzo, minha amiga e "meiasobrinha" estes pensamentos da Gloria Kalil, pessoa que admiro por se dispor a nos passar generosamente boas maneiras, um pouco de etiqueta e "simancol" em altas doses usando a sua sempre discreta e elegante, imagem pública. 
Só não aproveita quem não é CHIQUE.
SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALLIL 
Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos
dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida,
infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet
recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela
se comporta perante a vida.
Chique mesmo é ser discreto.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus
imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são
verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas,
nem procurar saber o que não é da sua conta.
 É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no
elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do
restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com
quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja
o homenageado da noite!
Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando
se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria,
incompetência, mentira, fraude, agressão,
intolerância, ateísmo...falsidade.
Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar
sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo,
vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste
mundo.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as
pessoas interessantes com quem se encontrar e não
aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não
seja correta.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas,
Amor e Fé nos tornam humanos!

GLÓRIA KALLIL






segunda-feira, 25 de julho de 2011

A vida por um fio

Olha, que me perdoem os fãs da cantora e seus familiares, mas não dá mais para aguentar a televisão ligada falando 24 horas sobre o assunto. Absolutamente todos os canais estão contando, mostrando a  história da triste e infeliz garota cantora. Credo!!!! Tudo tem um limite.
Parece que ninguém vê ou percebe, que estão matando e "re matando" continuamente a pessoa, estão insistentemente remoendo e esfurucando a triste ferida aberta, expondo em minúcias todas as quedas físicas e morais da menina. Em um modelo falso de divulgação a midia explora até o cansaço o problema do vício em todas as suas formas e opções, que a cada dia mais e mais enluta famílias inteiras por conta de seres insensíveis que exploram e dominam o trafico por pura ambição, pelo dinheiro e poder. 
Para nós, da geração mais antiga (não me falem que é a melhor idade, que eu bato), vemos tristemente que a vida de todos, principalmente da juventude, está constantemente por um fio de uma forma ou de outra, sempre tendo por pano de fundo a droga, seja ela qual for...
Certo dia comentei com alguém que eu gostaria de assistir um milagre; que o mundo inteiro, por graça Divina, um dia amanhecesse completamente sem vicio, plenos de nojo pela droga, seja ela qual for. Como seria? Gostaria muito de ver isso, e a pessoa me respondeu que infelizmente aconteceria a maior matança no mundo, pior ainda; uma guerra mundial, simplesmente porque aqueles que abastecem o mercado do trafico, não o "aviãozinho",  mas os "grandões" mesmo, são apenas comerciantes, não são usuários. Será?
Parece ser mesmo a triste realidade dos bastidores do poder....  Mas não perco a fé de um dia isso acontecer.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Compromisso prazeiroso

Pois é, a "novidade"do dia é que estamos desde segunda feira, hoje é quinta, morando aqui no centro, no apartamento da minha filha. A Lígia e o Conrado se mudaram para Alemanha, mais precisamente para Berlim, e eu e o Adalberto viemos cuidar dos quatro gatos fofos deles, já que pelo menos por hora seria inviável levar os bichanos.  Como eu já fico responsável por eles há muitos verões, quando eles tiravam férias e saiam pelo mundo de moto para rodarem milhares de km pela America do Sul (vejam o site de viagem deles     http://www.duasmotos.com.br), agora os assumi definitivamente (?) .
Abaixo vão alguns "instantâneos", como se falava antigamente, dos meus netos gatos ou seriam meus gatos netos?
Não são uns fofos? Para os faraós gatos eram deuses,  então posso me considerar que estou bem acompanhada e ainda com o "corpo fechado" por todos os lados, é mole?
 Estes são, o Haroldo (amarelo) e Otávio (um recolhido a beira da morte, que tem uma linda história de recuperação e amor)
 
Estes são o Horácio (albino) e o Heitor.
Quatro persas personalíssimos como todo bichano.

Ah, a quem interessar, eles têm mais de dez anos de total desprezo ao trabalho ou qualquer outra atividade que não seja, dormir, comer e apanhar sol na varanda, que ninguém é de ferro.

Ah, para não perder o costume; alguém viu o SOL passar por ai? Ele fugiu de novo e deixou uma chuva fria e fina no lugar dele....se eu pego esse cara.....hahahah

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reclamona

Conversando comigo, meus novelos de lã e algumas agulhas de vários calibres, cheguei a conclusão de que o bom de morar num estado que cai neve, é que onde moro não cai e só vou ver de perto SE eu quiser, ela não vem até aqui. Brrrrrrrrrrrrr, quifrrrio.

Por conta de tanto reclamar do frio, o Adalberto me chama de reclamona (palavra interessante)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sincelo, uma palavra nova

SC , o Estado mais frio do Brasil.


Estas fotos foram tiradas no início de julho 2011 em Urupema, na serra catarinense.
Sincelo é um fenômeno meteorológico que acontece em situações de nevoeiro aliado a uma temperatura de -2ºC a -8ºC e resulta do congelamento das gotas de água em suspensão, quando estas entram em contacto com a superfície.

Ainda bem que não tem disso aqui na praia, só na serra....

Bruma seca

Algumas coisas realmente me entristecem e por estes dias varias delas tem se aglutinado para me deixar com pouco ou nenhum assunto. Doenças de pessoas queridas, frio, chuva e a ausência do sol, e por falar nele alguém o viu por ai, pois por aqui ele tem passado longe, nesses últimos dias, deixando em seu lugar (como se ele fosse substituível) uma bruma seca e fria muito desconfortável. Olho pelas janelas em três ângulos diferentes da minha casa e quase não vejo os morros que embelezam as minhas janelas. Descoloriram e estão embranquiçados.
Mas o que mais esta tirando o brilho dos meus dias eh a precoce saudade que já se instalou no meu coração com a mudança semana que vem da minha filha Ligia para Alemanha de mala e cuia, mesmo que eu tenha a certeza que vai ser muiiiiiiiiiito bom em todos os sentidos para ela e seu marido Conrado. Mas mãe eh mãe neh gente....
                                                       http://www.ligiafascioni.com.br/
Poucas horas depois dessa postagem recebi de um amigo, o Luis Henrique, este texto de Saramago, que achei perfeito para completar o que escrevi.
                                 Filho:

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isso mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo!"
                                 José Saramago

domingo, 10 de julho de 2011

Levado da Breca

Levado da Breca
Como já escrevi aqui gosto de palavras e expressões e esta e mais uma interessante,  meio desusada , mas interessante. 

Primeiro, esse nome me veio à lembrança e fui procurar no dicionário. Resultado: breca = cãibra.
 Levado da cãibra? Estranho né? Pois é.


Bem hoje vou contar mais uma da infância do Gilberto, menino peralta (como o definia a mãe dele), levado da breca. Sua infância dá um livro.
Hoje vou contar uma das mais simples que ele contava às gargalhadas, e de tanto rir chegava até às lágrimas.


Certo dia, quando tinha seus dez anos, enquanto faziam o lanche do recreio na escola, ele e seus amigos viram entrando nos fundos do pátio uma égua bonita e bem tratada. Quando ele a viu correu em disparada em direção à égua, e num pulo só, como fazem os índios de filme americano, estilo bangbang, montou no lombo da égua que,  como não podia ser diferente, se assustou e saiu num galope desembestada com ele em cima grudado na crina, em pelo, pois estava sem os arreios.
Em disparada a égua continuou e habilmente, com ele em cima, pulou o muro (baixo) da escola e saiu num galope irrefreável sob os aplausos de toda a escola que assistia o inusitado.
Bem, só para encurtar, ele só conseguiu acalmar a égua horas depois, num pasto do caminho e voltar para casa caminhando suado e com o coração saindo pela boca, pois a escola já tinha fechado e o sol já estava sumindo no horizonte...
Realmente não era fácil dominar o garoto...

Este foi postado no antigo blog em abril de 2006

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Chuva para galocha


Vocês podem não acreditar mas o sol existe. Ele acaba de aparecer palidamente sempre acompanhado do seu inseparável amigo desses últimos tempos, o frio, depois de uma semana de ferias nas ilhas do Pacifico, e olha que nem deu explicações para a sua longa ausência...
Pensei ate que a terra tinha mudado de galáxia...

domingo, 3 de julho de 2011

O Cheiro dos Deuses

Virus e bacterias

Pois e, já ouviram falar em "esfriar a cabeça", pois a minha congelou e não consigo pensar em mais nada, dai que estou postando quase toda semana uma historia antiga.
Esta è de 2006 quando ainda morava em Campinas e me diverti muito com essa conversa que ouvi  dentro de um onibus. 

O CHEIRO DOS DEUSES, COMO SERÁ?

Outro dia, indo de ônibus para o centro da cidade, não pude deixar de ouvir a conversa de duas mulheres que falavam dos atos litúrgicos da igreja delas, tranquilamente em alto e bom som para quem quisesse ouvir; e eu como boa ouvinte de histórias pitorescas fiquei ligada no assunto que era a igreja delas e sobretudo o pastor Paulo e suas pregações maravilhosas, conversa vai conversa vem, uma delas falou para a outra que a mãe do pastor costumava sentar em frente a ela (ou ela atrás da mãe, não lembro) e sempre se cumprimentavam. Ela falou isso como se a ditosa mãe fosse a primeira dama, uma honra conviver com tal criatura tão de perto. Naquele mesmo dia, horas depois, por coincidência ou destino,  eu, elas e a mãe do pastor Paulo, nos encontramos na seção de perfumaria das Lojas Americanas. Nos olhamos naturalmente e eu as reconheci e observei que a mãe do pastor Paulo levava um desodorante nas mãos, e ao vê-las ( se dirigiu a outra mulher do onibus que sentava perto dela na igreja) se aproximou com o desodorante e lhe perguntou se aquele produto era bom, pois ela iria levar para o filho, o Pastor Paulo. E ela, a mulher do ônibus, é claro, espantadíssima perguntou para a "primeira mãe" da igreja dela:
-Mas o pastor Paulo usa desodorante? Ele tem cheiro em baixo do braço?
Então a "primeira mãe", não só confirmou, mas ainda saiu pela loja contando-lhe alegremente toda a vida do santofilho, desde pequeno, quando já sonhava ser pastor, e provavelmente ainda não tinha cheiro debaixo do braço.    ôô¬
 
Que me desculpem parecer que estou debochando do religioso, o que estou na realidade e mostrando a ingenuidade de algumas pessoas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pessoas Realmente de Valor



Recebi hoje da minha amiga de Campinas-SP, a  Ângela Villaça, um email com esta noticia que achei muito interessante, principalmente para comentar aqui esta atitude, a dos voluntários, com olhos de admiração e respeito, mas não sem pensar e repensar 'a luz da doutrina espirita, este comportamento no mínimo corajoso cheio de desprendimento.
Nada de julgamento apenas uma analise de comportamento, sem esquecer que estamos destacando um comportamento de valores milenares.
DESTAK Jornal *Mundo*

Esta é a Edição de nº 1174 / Ano 06: 03 Junho 2011*1*
*10 de Junho de 2011*
Idosos japoneses se oferecem para trabalhar em Fukushima*
Cerca de 200 idosos japoneses estão se oferecendo para tentar controlar a

crise na usina nuclear de Fukushima. O grupo é composto por engenheiros
aposentados e outros profissionais. Todos com mais de 60 anos.
Eles dizem que são eles que devem enfrentar os perigos da radiação e não os jovens.
Assistindo ao noticiário o engenheiro Yasuteru Yamada decidiu mobilizar
idosos como ele.
Para ele a atitude não é corajosa, mas lógica. "Eu tenho
72 anos e posso viver mais 13 ou 15 anos, mesmo que seja exposto à radiação,
o câncer vai demorar 20 ou 30 anos para se desenvolver."
Ele está tentando autorização do governo para que os voluntários possam entrar na usina
nuclear. O governo agradeceu a oferta mas é cauteloso e Yamada não dá
detalhes sobre o andamento das negociações.
A usina ainda está liberando radiação três meses após o terremoto e tsunami
que atingiram o país. A operadora Tepco confirmou que o combustível de três
reatores derreteu e dois funcionários foram expostos a níveis radioativos acima do tolerado.
*A matemática da vida em Fukushima*
Publicado em 03/06/2011 - Marvio dos Anjos
Há no Japão um grupo de 200 aposentados em sua maioria engenheiros, que se
oferecem para substituir os trabalhadores mais jovens num perigoso trabalho: a
manutenção da usina nuclear de Fukushima que foi seriamente afetada pelo
grande terremoto de três meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de
radioatividade cancerígena.
Em entrevista à BBC, o voluntário Yasuteru Yamada, que tem 72 anos e negocia
com o reticente governo japonês e a companhia, usa uma lógica tão simples quanto assombrosa.
"Em média, devo viver mais uns 15 anos, já um câncer vindo da radiação
levaria de 20 a 30 anos para surgir. Logo, nós que somos mais velhos temos
menos risco de desenvolver câncer", afirma Yamada.

E por ai vai o email, com mais alguns recortes de jornais com esta noticia.
Pois eh, achei muito interessante o raciocínio desses homens liderados pelo Sr. Yamada.
Porem, num primeiro momento pensei ser este um gesto suicida. Depois pensando melhor, consegui entender o desprendimento de uma alma que já viveu bastante e quer dar boas chances de vida aos seus semelhantes e descendentes para viverem num mundo melhor. Como não poderia deixar de ser, fui reler o ESE* capitulo V- item 30 para compreender melhor.
 "Um homem se expõe a um perigo eminente para salvar a vida de seus semelhantes, sabendo de antemão que ele mesmo sucumbira, isso pode ser considerado suicídio§"
Resposta- Do momento em que não há intenção de procurar a morte, não há suicido, mas devotamento e abnegação embora a certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza§ Quem disse que a Providência Divina não reserva um meio inesperado de salvação no momento mais critico§ Não pode Ela salvar mesmo aquele que estiver na boca de um canhão§ Frequentemente pode Ela querer prolongar a prova de resignação ate o seu ultimo limite, quando uma circunstancia inesperada desvia o golpe fatal. (São Luis, Paris, 1860)

Então fiquei pensando, quem sabe por total merecimento deles, nesse meio tempo descobre-se a cura total da leucemia (causada pela radiação) e de leva, todo tipo de cancer. E eles ainda sairão de la vitoriosos na doença e na alegria de ter servido e salvo uma parte da humanidade.
Vamos orar.

*ESE = Evangelho Segundo o Espiritismo de Alan Kardec

P.S.Estou com problemas no computador e por isso a sinalização muitas vezes sai truncada. Estou sem ponto de interrogação e para não deixar sem nada usei o §. (!!!!)