domingo, 26 de maio de 2013

Hoje faz um mês...

Hoje estou um pouquinho mais triste. Quando os sinos tocarem ao meio dia, estarão me fazendo lembrar que faz um mês do falecimento do meu filho querido. Ainda não consegui assimilar essa realidade. Passeio, viajo, as pessoas procuram me distrair, mas meu coração permanece apertado, muito apertado. Quero me conformar, aceitar mas não consigo deixar de vê-lo andando na minha direção e falando comigo com o seu jeito descontraído ou meio brabo, meio arredio, as vezes, como era sua maneira de ser.
Como é difícil constatar esta tão forte presença de uma ausência.
Que estejas em paz, meu filho, embalsamado na luz Branca do Cristo  e no regaço de Maria, mãe de Jesus.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Berlinando

                                              Berlinando
Ja estou desde quinta feira, dia 16 à noite, quando desci no Aeroporto de Frankfurt onde a Lígia me esperava, apreciando as delicias e curiosidades dessa viagem à Berlim.
Aliais desde que sai de casa e não encontrava o passaporte já começaram as emoções, depois no Aeroporto de Guarulhos, um pouco mais calma, comecei a me divertir com os acontecimentos ao meu redor.
Ao chegar, estavam filmando o programa da Astrid Fontenelli, o "Chegadas e Partidas"que eu não conheço mas que ao comentar e postar uma foto no Facebook tive o retorno de que o programa foi até premiado. Depois vi um grupo de homens escoceses vestindo aquele traje típico de saia xadrez, uns "baitas"de uns homens grandalhões vestidos assim causa um contraste muito curioso.
Acho também muito interessante aquela diversidade de pessoas que chegam e partem a cada momento.
No Rio de Janeiro não foi diferente, durante todo o tempo que esperei me diverti com as "figuras"diferentes que cruzaram o meu caminho. Havia um homem gordo, enorme, todo escarrapachado numa mesa de café, com os pés descansando sobre outra cadeira do outro lado da mesa, vestindo uma camisa de turista, toda floreada, chapéu enorme de palha (quase dez horas da noite), e ali ficou umas boas horas.
Quando cheguei a Frankfurt e me encontrei com a Lígia, depois de um lanche tomamos um trem maravilhoso que mais parece um avião, porém muito mais silencioso e que chegou a velocidade de mais de 250 km /hora, de acordo com um painel dentro da cabine que mostrava a variação de velocidade a proporção que ela mudava. Como o fuso horário é de cinco horas à frente, chegamos em casa perto de meia noite, foram cinco horas de trem, mais algumas de aeroporto.
Dai, desde esse dia, não parei mais. Temos saído todos os dias por volta de dez horas da manhã e voltado depois das seis e meia, quase sete horas. Entre idas e vindas de trens e metrôs, entrando e saíndo de parques, igrejas e lugares diversos, fotografando e apreciando tudo o que vemos na frente,  que acho que já estou parando de raciocinar, tanto são as informações, palavras e conversas no idioma alemão.
No sábado ao fazer um tour pela cidade num daqueles ônibus de dois andares sentou-se um casal jovem bem atrás de nós que depois deu para ouvir que eram brasileiros e hoje também encontramos outro casal de Florianópolis e Rio Grande do Sul que nos cumprimentou efusivamente.
No domingo fizemos um passeio de uma hora e meia de barco contornando quase toda a cidade , até subimos uma pequena eclusa. Depois visitamos o famosos muro de Berlim, ou o que sobrou dele, onde os artistas expressam suas criações e protestos de muitas as formas.

De vez em quando é preciso parar um pouco pois a Lígia tem pernas incansáveis.
Mas uma das coisas que me impressiona realmente aqui são as mulheres muçulmanas. Eles se cobrem dos pés à cabeça e ainda por cima colocam um casacão até os pés, dai saem ao sol em dia de calor que as bochechas ficam vermelhas como se fossem explodir. Morro de pena delas e para onde se vai se encontram muitas delas. A Lígia diz que aqui tem um bairro só deles e que elas são turcas.
Hoje fomos para um lugar do outro lado da cidade, na beira do rio, estava muito ventoso e frio. O Conrado me falou que o frio que chega aqui vem da Sibéria, dai por que é tão gelado. Ele também me falou que o solo de Berlim é sempre gelado e o que é mais curioso é que aqui não se usa caixas de água, ela está sempre nos encanamentos e também é bem gelada, provavelmente por conta do solo gelado.
Sei lá mais o que contar, por enquanto estou ainda processando muitas informações e emoções.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Momentos prosaicos e bizarros

         Hoje eu passei por uns momentos engraçados prosaicos ou seriam bizarros?
Peguei um ônibus para ir aos Ingleses pegar um documento, fiz um bate e volta e quando ia para lá, sentou-se ao meu lado uma mulher bem interessante. Ela sentou-se atrás de mim e depois trocou para o meu lado comentando que o banco de trás estava horrível. Bem animada, ela não parava de falar e eu só fiquei ouvindo e me divertindo com o jeito sacudido da mulher.
Ela me disse que outro dia sentou-se ao lado de uma mulher que a olhou com nojo, indignada ela levantou-se e sentou-se ao lado de um velhinho com um braço defeituoso, até ai tudo bem se o homem não fosse tão malcheiroso, o que ela prontamente desculpou-o por imaginar ser muito difícil tomar banho com um braço só, dali ela emendou das qualidades da pomada Minâncora para eliminar o “CC” dos mais fortes e continuou comentando por alguns bons minutos as qualidades dos desodorantes que manchavam a roupa e dai ela já contou de várias roupas que ela manchou com desodorantes caros e de fama. Também falou que leu numa revista que para clarear o “sovaco” era bom passar antes um creme hidratante e depois de seco passar o desodorante rolon. Dai contou que um sobrinho filho de uma irmã que morava em Santos também reclamou que as roupas estavam manchadas, mas dai a irmã, mãe do rapaz que é gêmeo com outro que não mora em Santos, foi passar uma semana na casa dele e com a ajuda do rapaz gêmeo, procuraram na internet como tirar manchas de desodorante em roupas e foi ai que resolveram o problema e conseguiram tirar todas as manchas das roupas, mas ela não lembra o que usaram. E dai continuava sem parar falando e emendando um assunto no outro até uma parada perto do Shopping, o que me deixou penalizada. Eu estava adorando ouvi-la.
Foi ai que me dei conta do inusitado assunto referente a axilas, mais conhecido na intimidade como “CC”, ou seja: cheiro de corpo, durante uma breve conversa dentro de um ônibus. Que assuntinho mais esdrúxulo, e prosaico, né não?

Mas não foi o máximo? Eu adoro essas conversas inusitadas.

sábado, 11 de maio de 2013

Rainha do Lar?


Rainha do Lar?
                           Novamente o dia das Mães.
La vem ele outra vez, o dia Das Mães o dia da RAINHA DO LAR (?).
Todo ano eu escrevo para reclamar e ninguém está nem ai, e nem poderia ser diferente, afinal acho que eu sou a ÚNICA mulher mãe que não gosta desse título:
Rainha do lar ; rainhadolar coisa nenhuma! Não gosto dessa homenagem.
Mas eu sempre explico; é que eu acho muito desagradável essa lavagem cerebral comercial, essa pressão constrangedora, que quer obrigar os filhos genros e noras a festejar a “alegria” daquele dia, sendo que se somos amadas, idolatradas, salve, salve e tão insubstituíveis assim, esta atitude precisa acontecer o ano todo, e eu sou viu? É bom que fique bem claro, para não ser injusta. Sou paparicada o ano inteiro e muito cuidada, sim. Mas e as mães que não têm essa felicidade, essa alegria de uma família legal? Aquelas que têm filhos "problema" ou doentes? Não acho justo.
Mas ai eu vejo também filhos alheios se endividando para comprar presentes para a “mãezinha querida”, sendo que poderiam fazê-lo em qualquer outro momento que desejassem de verdade e que fosse mais confortável ($$$$) para aquele filho. Mas não! A propaganda é tão pesada que tem até filho por ai fazendo análise por conta de não presentear, levar para almoçar / jantar no 2º domingo de maio, ou comprar uma máquina de lavar para a sua “rainha”.
Que coisa mais terrível!!!
Abaixo o dia das mães!!! hahahahah...♥♥♥♥

Postei esse texto ano passado e continuo ainda pensando da mesma maneira, agora acrescentaria que uma mãe que tem seu filho arrebatado de sua vida, não tem motivo mesmo para festejar, mesmo que tenha outros três filhos MARAVILHOSOS como eu tenho. É uma questão de coração de luto.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Prece pelos que se foram

                                                   Prece pelos que se foram
“Dignai-vos Senhor, meu Deus, a acolher favoravelmente a prece que Vos dirijo  pelo Espirito do meu filho Beto; fazei-lhe sentir vossas divinas luzes e tornai-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permiti que os bons Espíritos levem até ele minhas palavras e meu pensamento.
Tu que me foste tão querido neste mundo, escuta minha voz que te chama para te dar uma prova de minha afeição. Deus permitiu que tu fosses libertado primeiro; eu não devo lamentar, seria egoísmo; seria ver-te, ainda, sujeito as penalidades e aos sofrimentos da vida. Espero com resignação. O momento de nos juntarmos no mundo mais feliz aonde tu chegastes antes. Sei que nossa separação é apenas temporária, e, por mais longa que ela possa parecer, sua duração se apaga diante da felicidade eterna que Deus promete aos eleitos. Que Sua bondade me preserve de fazer algo que possa retardar esse instante desejado, e que assim me poupe a dor de não te encontrar ao sair do meu cativeiro terreno. Como é doce e consoladora a certeza que há entre nós apenas um véu material que te oculta à minha vista! Que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e a me ouvir como antigamente, e melhor ainda que antigamente, que não me esqueças mais e que eu mesma não te esqueça; que nossos pensamentos não parem de se confraternizar, e que o teu me siga e me sustente sempre.
Que a paz do Senhor esteja contigo!”
 
Esta é a “prece pelas pessoas a quem tivemos afeição” de nº 63 do Evangelho de Alan Kardec