quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Será Mesmo ?

                             Será Mesmo que Cremos em Deus?
Oramos, pelo menos quem costuma orar, para Deus usando a Oração que nos ensinou Jesus Cristo. O Pai Nosso.
Será que ao rezar observamos as palavras que fazem parte da oração, será que realmente assinamos em baixo nossa petição?
Senão vejamos:
“Pai Nosso, que estás no Céu.”
Santificado seja o teu nome, venha à nós o vosso Reino,
Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu.
Como assim; “A Tua Vontade?”
E a minha vontade Senhor? Quando vou ser atendida (o)?
Quando Vais trazer de volta o meu ente querido? A saúde e a prosperidade tão desejada e implorada nas minhas orações?
Mas se temos a certeza que Ele sabe o que faz, e repetimos também sem nos dar conta dessa frase que falamos de maneira automática, por que não confiamos e aceitamos o que acontece que com certeza, é o melhor para mim e para todos os envolvidos naquele momento?
Não! Somos tão infantis na nossa fé que achamos que ao proclamarmos aos quatro ventos que somos crentes em Deus e Cristãos, já está tudo combinado que eu vou pedir e vou ser atendida porque eu tenho fé.
O problema não é tão simples quanto pode parecer à primeira vista.
Nem sempre o que pedimos é o melhor, pois somos cegos conduzindo cegos, não enxergamos um palmo diante do nariz e ficamos achando sempre que a nossa petição é justa e o “tamanho” da nossa fé é passaporte para o que chamamos Felicidade.
Pois é, quando sabemos que algum ente querido ou um amigo está doente, mal mesmo, quase à morte, oramos pela sua cura e consequente sobrevivência, não querendo saber se futuramente será bom para o nosso ente querido a sobrevivência dele, desde que sejamos felizes em poder olhar e tocar aquela pessoa que queremos bem, quando na verdade, já dizia Jesus, que “a Felicidade não é deste mundo”. Que a verdadeira vida é a Espiritual, que o mundo é a escola que precisamos para aprender e evoluir. Que nosso corpo se assemelha a um escafandro de caminhar no fundo do mar, que é um aparelho pesado e desconfortável, que quando nos libertamos, na hora certa que fique bem entendido, saímos voando como borboletas após a metamorfose, à caminho da verdadeira liberdade no mundo Maior.
Neste dia de Finados, ao trazer à lembrança aqueles que partiram antes de nós, tenhamos em mente que Deus sabe o que faz e seguir suas Leis e aceitar o que não pode ser mudado é o melhor para todos.
Orar e sentir saudade sem desespero é o que nos resta.
Fiquem todos na Paz.


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

E a Vaca foi para o Brejo...

                              E a Vaca foi para o Brejo...
Estávamos, Otávio e eu, tomando nosso desjejum, mais conhecido como café da manhã, quando ao estender minha mão para pegar o queijo ele comentou:
- Você sabia que vai haver, daqui há duas semanas, um festival gastronômico na cidade só com comidas que levem algum tipo de queijo?
- Sério?
- Seríssimo, eu até já tomei algumas providencias para participar...
- Como assim, participar, se você não sabe nem ligar o fogão ou ferver água?
- Calma, só vou participar da logística...
- Defina em poucas palavras, por favor...
- Eu simplesmente irei fornecer todo o queijo do festival.
Levantei de um pulo para ouvir melhor e ainda de boca aberta aguardei os detalhes.
- Vou fazer o queijo e hoje mesmo darei início às primeiras receitas é só esperar que o item principal chegue...
- Como assim, se você não bebe leite e nem viu sequer, uma vaca de perto?!
- Claro que vi, escolhi e comprei...
Fiz que não ouvi o último comentário e continuei;
 - Você por acaso sabe a quantidade de queijos que existe pelo mundo? E a variedade de pratos com queijos específicos, tem alguma ideia? Sabe, por exemplo, que alguns queijos levam um tempão numa prateleira, na penumbra, sendo virados e revirados por anos seguidos, várias vezes ao dia? E outros ainda que precisam de lugares especiais, temperatura e temperos especiais, tratamentos especiais e mãos especiais, só para adquirir características próprias? Fazer queijos não é tão simples e nem é para qualquer um fazer. Precisa de “entendidos” literalmente para colocar a mão na massa.
- Mas eu vi outro dia na televisão e era muito simples: o cara pegou um panelão enorme, encheu de leite, colocou o que ele chamou de fermento e foi mexendo com uma pá enorme,  até que virou uma massa de queijo, depois escorreu o que ele chamou de soro e estava pronto; me pareceu bem simples.
- Mas essa é só a primeira etapa do queijo mais simples que existe, o chamado queijo fresco. Os queijos usados na culinária são mais elaborados, levam tempo para serem produzidos, levam selos de qualidade, alguns são de leite de vaca, outros são de leite de cabra, de ovelha, de búfala...
Neste momento o interfone toca e uma voz pergunta onde descarrega a vaca que foi encomendada para este endereço, e ainda avisa que não dá para deixar no gramado da frente porque ela pode fugir, já que não há cercas.
Tive que explicar que foi engano e que a pessoa fizesse a gentileza de desconsiderar a encomenda...
- Otávioooo!!!!
É claro que se escondeu em lugar incerto e não sabido e ali vai ficar até o Festival gastronômico acabar...
Vai um “x” ai?