terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Por conta de um acontecido com a minha filha Lígia quando ainda fazia faculdade, escrevi um conto divertido chamado "A Bicicletinha".

É que durante muito tempo não tinha ônibus direto de Florianópolis-SC para Campinas-SP. Então era uma mão-de-obra daquelas, chegar no Terminal Rodoviário do Tietê de SP ao raiar do dia cheia de sono carregando malas, sacolas, pacotes etc e fazer a baldeação para outro ônibus que viesse para Campinas-SP e continuar a viajar por quase duas horas ainda. Chegava-se exausta e muitos passageiros irritados e mau-humorados, que felizmente não era o caso da Ligia sempre feliz e saltitante. Mas por conta de fazer a faculdade até sexta feira o dia todo, ela saia direto da aula carregando o material, mala e tudo e embarcava no ônibus as 18 horas, viajava a noite toda, e ainda quando chegava ia direto ao dentista apertar o aparelho e só ia para casa na hora do almoço, onde descansava e contava as novidades até as 16 horas do domingo quando fazia o sentido inverso para Florianópolis. Todos os meses era assim.

Neste período morava em São Paulo- Capital um sobrinho com a mulher e uma filha pequena. Dai é que aconteceu o que me levou a ter a idéia de escrever o conto. Minha irmã telefonou para a Lígia no meio da semana e pediu para ela levar uma encomenda, na verdade um presente para a neta, que ela não se preocupasse que o filho esperaria o ônibus de manhã cedo e pegaria com ela a encomenda sem falta antes que ela fizesse a baldeação. Na realidade, ele a esperou certinho na plataforma de desembarque sem problemas, mas a Ligia levou o maior susto quando estava embarcando ainda, quase na saída do ônibus, quando a minha irmã apareceu com uma bicicletinha daquelas "Toncas", de rodas gordinhas, toda cor-de-rosa, o que fez a minha filha pensar;" e se ele não chega por algum motivo, o que vou fazer com isso?" Daí em diante, sempre que alguém lhe pede um favor ela logo responde sorrindo: "desde que não seja uma bicicletinha"... Então um dia eu tive a idéia de escrever este conto que transcreverei em seguida.♥

Um comentário:

  1. Aahahahah.... é mesmo, se a bicicletinha fosse um fantasma eu não tinha me assustado tanto. Até porque fantasma não ocupa lugar e nem pesa!

    Boa lembrança, obrigada, Clô!

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