domingo, 6 de março de 2011

A Nudez de Eva

                                              A nudez de EVA



O título é um pleonasmo eu sei, Eva que se preze anda sem roupa, como se sabe. Mas resolvi homenagear as mulheres começando por Eva e o carnaval, sem me esquecer da Concepção de Maria dia 25, de acordo com a Igreja Católica. Apenas como curiosidade contem nove meses e Jesus nasce todos os anos no dia de Natal!? É não?

Pois bem, este ano excepcionalmente, o mes de Março está bombando com o carnaval na porta com o dia internacional da Mulher, aniversário da Hebe Camargo, quaresma ...etc...etc...
Este mês de Março está mesmo interessante. É mês da mulher, é o mês em que presumivelmente Maria foi fecundada para gerar ninguém menos que Jesus, o homem simples do povo, que mudou o calendário até para os que não acreditam nEle e dia 20 entraremos no outono, mes de deixar cair as folhas velhas e se guardar para a renovação.
Mas brincadeiras à parte, neste carnaval pelo menos, deveríamos meditar um pouco e pensar no próprio simbolismo da festa e aproveitar para nos vestirmos com a fantasia, ou seria melhor dizer, nos despirmos (simbolicamente falando) de ADÃO e EVA.

Deveríamos nos despir de nossas frescuras, nosso orgulho, egoísmo, prepotência, arrogância, pretensão e da presunção de que somos alguma coisa na vida,  ignorando solenemente este universo que nos envolve. Despojar-nos de todos aqueles adereços menos interessantes que carregamos, embalados na alienação de tudo que está fora daquele contexto anestesiante na passarela da vida fútil e sem sentido (pelo menos é o que se vê por ai), pois quando menos nos apercebermos estaremos adentrando a praça da apoteose esfarrapados e muitas vezes decadentes espiritualmente, constatando ainda antes do ultimo toque de tamborim que a nossa nota foi zero, no quesito comportamento diante da vida. Perdemos a viagem!!!!!

Mas sempre é tempo de um Grand Finale se acordarmos para a realidade de que não viemos a terra a passeio e começarmos agora a mudança geral e profunda; a nossa reciclagem de valores. Procurarmos analisar as verdadeiras condições da nossa fantasia, da nossa indumentária, aquela que nos impede de sermos revelados na nossa intimidade ao público, o nosso verdadeiro eu, a nossa máscara, muitas vezes necessária sim, concordo que assim seja para um bom viver, para evitar atritos desnecessários, até porque faz parte da vida nos preservarmos, ocultando nossas formas verdadeiras. Mas não precisamos ser falsos por conta disso, nem infiéis, nem egoístas ou arrogantes. Apenas sejamos verdadeiros e benevolentes, amigos sinceros, fieis companheiros. Só isso ja está de bom tamanho, uma leve "vestimenta" simples e discreta.
Porem é preciso que a modificação interior profunda e verdadeira também se faça.
Basta uma pequena costura aqui, outro ponto ali, assim assado, na nossa fantasia desgastada e as lantejoulas (leia-se doação sincera), cobrirão dobras complicadas e remendos maiores formando um novo desenho bordado, mas num resultado muito mais primoroso, quase uma roupa nova, uma nova pessoa integra e melhor, pois de qualquer maneira sempre é tempo de se melhorar como criatura, como partícipe desde universo desconhecido do qual fazemos parte desde sempre, com ou sem fantasias mas com um mínimo de adereços...
                                                                     Bom Carnaval


2 comentários:

  1. Assim como lá no meu blog, vejo que é também carnaval por aqui. Bem menos macabro, é verdade...rrsrsrsrsrsrsrs
    Gostei do texto, Clotilde. Um grande abraço.

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  2. É isso mesmo Marcelo, o carnaval está por ai quer goste ou não. É uma realidade. Abraços e obrigada pela visita.

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