sexta-feira, 25 de março de 2011

De volta ao lar

Gente, vocês não fazem idéia como andam as estradas do Paraná por conta das chuvas deslizamentos, queda de ponte e da morosidade dos trabalhos de recuperação.
Saimos de Tupã antes das cinco da manhã sob um céu nublado e chuvoso em alguns pedaços do caminho e as 15 horas mais ou menos paramos literalmente, com motor desligado e porta aberta para refrescar os corpos e as idéias, num ponto da estrada conhecido como Serra da Santa e de lá só conseguimos nos mover sentido Florianópolis depois das 20 horas, é mole?
Para passar o tempo coloquei minha veia jornalística para funcionar, tirei minha máquina da bolsa e comecei a documentar.  Gente, foi incrível!
Logo depois que paramos começou a aparecer vendedor de tudo, até de BINÓCULOS! Fiquei impressionada com aquilo; quem compra binóculos parado no meio da estrada? Logo imaginei que só pode ser aquele tipo de pessoa que compra na areia da praia, lustre, abajur e toalha de mesa, entre outros apetrechos bizarros para o local.  Cada vez mais encantada com a muvuca que se formou ao meu redor, com pessoas saindo dos carros e formando grupinhos de conversação, trocando idéias e biscoitinhos; ah, e por falar em biscoitinhos, apareceu uma garota de avental e carrinho de mercado vendendo ao longo da rodovia mil variedades de biscoitos e batatinhas em saquinhos coloridos, enquanto mais duas senhoras vendiam copinhos de café quente de uma garrafa termica tamanho picnic. Um senhor com um enorme cesto vendia alguma coisa de comer que não identifiquei, talvez pastel, cochinha, não faço idéia. Era um ir e vir constante. Mas o que mais me afligiu foi ver, e morri de inveja com certeza, os homens que simplesmente iam ao "matinho" sempre que tinham vontade...haiiiiiiii... enquanto eu ja ia trançando as pernas cada vez mais "necessitada". Quando finalmente os carros foram se deslocando e saimos de lá,  muito depois das oito da noite (!) corremos felizes e triunfantes até o primeiro posto de gazolina, uns três kilometros adiante, e pudemos usar um banheiro... affff. Parecia que não chegava nunca...
Só para encurtar a história, quando abri a porta da MINHA CASA ja passava das duas da manhã do dia 23, dia de aniversário da cidade que  festejava 285 anos.
Desenrolei o colchão que levei no carro e desmaiei até clarear o dia. Para alegria geral um maravilhoso sol reinou aquecendo aquele lindo dia de outono. Antes do meio dia chegou o caminhão com a mudança que havia saido de Tupã as 4hs da mesma manhã que nós (apenas uma hora antes) e que por curiosidade ainda nos encontramos num posto de gazolina qualquer do caminho onde paramos para um café. Se tivéssemos combinado um encontro não daria tão certo.
Hoje, estou exausta de tanto abrir caixas de papelão e guardar coisas, e olha que a cada mudança eu reduzo um pouco mais a quantidade de pertences e separo o que realmete quero levar. Mas tenho um lado artesã que acumula muito bagulho e bugingangas... fazer o que? Ninguém é perfeito, ora!!!
Hahahahahahah....

2 comentários:

  1. Bem-vinda à casa nova, ficou uma graça!
    Ah, achei uma coisinha aqui que você vai gostar (é só uma lembrancinha). mas não conto nem morta...ahahahah

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  2. Querida, me traga também uma sombrinha que não dobre ao vento e um cachecol, por favor...brrrrrrrrr que friozinho.... :(

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