terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quem tem amigos...




As vezes penso que ninguém lê meu blog, apesar do contador.
Outras tenho certeza, e muitas vezes me surpreendo com mimos
que me comovem
advindos da leitura
do que escrevo.





                                      Por muitos dias carreguei um "saco de pedras" que me atiraram e em vez de deixá-las de lado, guardei-as. Até ontem estava exausta, pesada e sem ânimo para nada, também como podia?!
De três pessoas queridas, recebi indicações para largar o saco, mas estava difícil, nem era um saco, era uma enorme  e pesada mochila com duas alças bem presas às costas e de lá não saía por nada.
A primeira pessoa a me dizer para largar o peso foi minha primeira filha, pessoa que sabe, como boa libriana que é, dividir bem as coisas e armazenar só o que vale a pena.
Depois veio a segunda dica do meu amigo André que me disse "estão lhe ajudando, tenha fé que consegue aliviar o peso", e a terceira foi a minha sobrinha primeira, que deve ter lido minhas reclamações e azedumes aqui no blog e me mandou uma mensagem perfeita que vou transcrever abaixo. Ela acabou de afastar os últimos resquícios de  mal estar.
A todos vocês que me ajudaram a me desfazer da "carga pesada", meu muito obrigada, de coração.♥♥♥

                                              Se você pensar

Diz você que a palavra do companheiro é agressiva demais; no entanto, se você pensar nas frases contundentes que lhe saem da boca, nem de leve passará sobre o assunto.
Diz você que o amigo praticou erro grave; contudo, se você pensar nos delitos maiores que deixou de cometer, simplesmente por fugir-lhe a oportunidade, não encontrará motivo de acusação.
Diz você haver sofrido pesada ofensa; entretanto, se você pensar quantas vezes tem ferido os outros, olvidará, incontinenti, as falhas alheias.
Diz você que não suporta mais os trabalhos com que os familiares lhe tributam as horas, mas, se você pensar nos incômodos que a sua existência tem exigido de todos eles, não terá gosto de reclamar.
Diz você que os seus sacrifícios são muito grandes, em favor do próximo; no entanto, se você pensar nas vidas que morrem diariamente, para que você tenha a mesa farta, decerto não falará mais nisso.
Diz você que as suas necessidades são invencíveis; contudo, se você pensar nas privações daqueles que seriam infinitamente felizes com as sobras de sua casa, não tropeçaria na queixa.
Diz você que não pode ajudar na beneficência, em razão de velha enxaqueca; contudo, se você pensar naqueles que jazem no leito dos hospitais, implorando um momento de alívio, não adiará seu concurso.
Diz você que não dispõe de tempo para o cultivo da caridade, mas, se você pensar nos mil e quatrocentos e quarenta minutos que você possui, cada dia, para viver na Terra, não se esconderá em semelhante desculpa.
Em todo assunto de falta e perdão, não nos demoremos visando os outros. Pensemos em nós próprios e preferiremos fazer silêncio, extinguindo o mal.
André Luiz
Do livro "O Espírito da Verdade"
Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

3 comentários:

  1. Beleza!

    Que volte então aquela Clô sarcástica, inteligente, observadora e ferina que eu adoro!

    Beijocas e, da próxima vez, pelo menos decore o saco de pedras e faça o ficar bonito (na verdade, acho que você já fez um pouco isso, com seu post).

    Vai pesar igual, mas com beleza, tudo fica mais viável. Foi para isso que inventaram a música, a poesia, a literatura e as artes em geral: aliviar a dor dos que sofrem, tornando as pedras mais estéticas...

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  2. Com elas devagar, "vou construindo o meu castelo"...

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  3. Olá...alguém de MG está encantada com suas palavras e colocou seu blog nos favoritos. Venho lendo sempre que folgo. Maravilhoso tudo que vejo. Abraços MEL

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