segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lalita, a Borboleta

Por motivos obvios estou postando a história que escrevi para a Laura, quando nasceu há 12 anos atrás. Ela é "especialista em eletrônicos"
Lalita , a Borboleta. Lalita era uma borboleta cheia de cores e muito feliz. acordava sempre com alegria, e cantando, ia passeando entre as flores, sentindo o seu perfume maravilhoso da primavera. Ela morava num jardim de uma bela casa, onde flores de todos os tipos e de todas as cores eram cuidadas com todo o carinho. Até brilhavam de tanta beleza. o sol era seu amigo, aquecia suas asas, avivando suas cores. Lalita, suas amigas e primas, formavam um bando alegre que completavam a beleza daquele lugar. Certo dia Lalita resolveu ir mais longe e ultrapassou o muro alto, que rodeava a casa e voou alegre para mais longe, pela primeira vez.. Depois de um longo passeio, cansada, resolveu descansar antes de voltar para casa. Já anoitecia. Atraída pelo perfume das flores parou para dormir num lugar desconhecido e de perfume diferente. quando acordou pela manhã, levou o maior susto. tudo ao seu redor era azul de vários tons. por mais que olhasse ao seu redor, só via flores azuis e voando um pouco mais percebeu que aquele lugar era o jardim de uma imensa casa azul, e todos os que ali trabalhavam também se vestiam de azul. ficou triste imediatamente. parecia que o seu amigo sol, nem passava naquele lugar tão estranho de se ver. Ainda olhava para todos os lados, impressionada com o que via, que nem sentiu alguma coisa cair sobre ela, que na mesma hora desmaiou. Quando acordou, fazia parte de um grupo de borboletas coloridas como ela, guardadas dentro de uma caixa. O ar era pouco e algumas já nem se mexiam de tão fracas. -Onde estou? Onde estamos? O que estamos fazendo nesse lugar horrível? Perguntava Lalita sem parar, aflita por uma resposta. Alguém respondeu devagar, com muita dificuldade de respirar -Estamos presas a mando do dono desta mansão azul. O doutor Anil é um cientista maluco que resolveu mudar o mundo para a sua cor favorita, a cor azul. Ele não gosta de outras cores e nem quer que outras borboletas, abelhas ou outros insetos levem o pólen de flores de outras cores para o seu jardim. Têm sempre guardas e caçadores de insetos e borboletas vigiando o seu jardim, por isso fomos caçadas e seremos mandadas para outro cientista amigo dele, que faz outras experiências. - Isso é que não!!! Falou Lalita decidida, -Vamos fazer qualquer coisa para sair daqui, deste lugar horrível. não podemos deixar que isso aconteça, que nos mandem para outro cientista maluco. -Mas o que vamos fazer, o que podemos fazer? Somos tão fraquinhas... -Não, não somos fraquinhas, coisa nenhuma! vamos nos unir e seremos fortes. vamos fazer um plano para fugir. Todas juntas poderemos empurrar essa tampa só um pouquinho e sairemos uma atrás da outra. Nisso ouviram passos perto de onde estavam e começaram a tremer de medo. -Todas fiquem quietas e não façam nenhum barulho. Se façam de mortas mesmo que mexam na nossa caixa. Ainda conseguiu falar Lalita. Logo em seguida alguém levantou a tampa e jogou mais algumas borboletas em cima delas rapidamente e colocou a tampa de qualquer maneira sem reparar que não ficou muito bem fechada, o que foi a salvação para elas, que ajudando umas as outras, foram saindo rapidamente da caixa, voando para o teto onde esperaram o anoitecer. Algum tempo depois, uma de cada vez saiu pelo vão da janela e foram voando para bem longe daquele lugar cheio de tristeza. Todas seguiram Lalita e voaram para o outro lado do muro, para aquele lugar maravilhosos e colorido. Aquele jardim onde nasceu e que Lalita conhecia tão bem. Então todas voando de um lado para o outro, contaram tudo o que aconteceu para o Seu Gibi, o jardineiro que ouvia encantado aquela aventura perigosa que as suas borboletas tinham vivido. Lalita, a sua preferida, sempre pousava no seu ombro para lhe contar histórias, o que lhe dava muita alegria e o fazia cada vez mais feliz, naquele paraíso onde vivia.

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