sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O duro mesmo é cortar

                               O duro mesmo é cortar o cordão umbilical.
Quando fazemos tratamento psicológico os nossos médicos nos preparam psicologicamente para os dias de fim de ano, época de festas, reuniões em família, retrospectivas e tudo mais que envolve principalmente a família, e este ano mesmo longe sde psicólogos não vai ser diferente.
Já faz um tempo que passo as festas de fim de ano solitária por opção. Não gosto muito de festas de Natal e Revellion mas no ano passado passei com Adalberto e alguns familiares, este ano provavelmente será igual mas sempre ficará faltando alguém. Gosto de sentir os que amo por perto, ao alcance da mão, de um abraço, um beijo...
Meus filhos escolheram há muito tempo morar em cidades diferentes e distantes.
O Vinicius com a Rose e as fofinhas Ana Flora e Ana Júlia estão em Campinas-SP. Andréa, Fernando e meus fofos maiores, Bruna Laura e Pedro moram em Tupã-SP,
O Beto já morou mais de três anos na Espanha, agora mora ao meu lado me dando o prazer de conviver com ele e seu filho Gustavo, outro fofo, mas para ficar bem mais complicado a Ligia e o Conrado resolveram desde o meio do ano morar em Berlim e lá vão eles de novo para o outro lado do oceano Atlantico, outro lado do mundo, depois de terem estado este mês por aqui trabalhando (pouco os vi) e assim o coração velho vai ficando triste e murchando um pouco mais, principalmente ao saber que um dia irei sem vê-los. Farei a minha passagem e poderão estar todos longe e la irei eu embora sem me despedir em definitivo, dizer que os amo muito e pedir desculpas pelo que fiz e pelo que não fiz.
É triste mas isso faz parte da vida e do viver. Também poderei partir daqui há meio minuto e também irei só (sempre vamos sós) e sem me despedir.
Precisamos ser realistas e viver com os pés no chão, não sofrer e nem choramingar. Uns vão e outros estão chegando, e isso é o tempo inteiro, em toda a parte.
Isso faz parte eu sei, mas hoje estou triste, amanhã estarei melhor, com certeza. 

2 comentários:

  1. É, tem dias que bate mesmo essa angústia existencial, esse imponderável que pode nos vitimar a qualquer momento. Mas só o fato de refletir sobre isso, escrevendo, já é de certa forma uma terapia. Dias melhores pra você, Clotilde.

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  2. Obrigada Marcelo, hoje ja estou bem melhor. Nada como um dia depois do outro mesmo. Abçs

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