sábado, 26 de dezembro de 2009

Presente de Natal



Presente de Natal 2009

Tenho certeza que muitos amaram seu presentes de Natal, outros não muito, e com certeza alguns odiaram aquilo que lhe foi dado.
Estou falando de objetos, bujingangas, meias, cuecas, gravatas, blusinhas, perfumes, bijús, etc. Talvez até  coisas maiores, também nem sempre tenha sido do gosto do presenteado, como joias, carros e carrões, iates e sei lá mais o quê se presenteia por ai, quando se tem muito dinheiro, mas o que eu gostaria de ganhar de presente de Natal neste momento, de verdade, era uma grande dose de disciplina na minha vida, um tanto de obstinação e muita, mas muita vontade de viver, uma vontade tão grande, mas tão grande, que me preencheria inteiramente, não sobrando lugar para nenhuma indecisão.
Esta semana tive alguns momentos de real prazer que duraram apenas  algumas horas de muita paz interior, uma curta conversa com um amigo me dando algumas dicas de como me organizar para continuar a escrever, pintar, para fazer as coisas que eu gosto, mas não faço, me proporcionou sincera esperança e autoconfiança em mim mesma. Poucas horas depois todo o castelo de areia se desmoronou por conta de palavras diretas e indiretas, vindo de vários lados, conseguiram me desestruturar emocionalmente novamente, me levando a eterna questão da minha vida:
Por que isso acontece? Pra que? De que adianta, se eu não consigo me modificar e vou sempre pelo mesmo caminho esfregando a cara nos espinheiros.
Me sinto estranha. muito estranha dentro de mim. Penso que sou uma pessoa como as outras, mas com o convívio, vejo que não; o tempo todo me avisam que sou grossa (contundente; agora é a palavra politicamente correta), que eu digo coisas que não devo, pois ofendo as pessoas, aí  fico pasma, sem chão; "essa de que estão falando sou eu? Eu mesma?" Porque o sentimento que vai dentro de mim é puro, e sincero e em nenhum momento pretende causar algum constrangimento. Conscientemente jamais falaria algo, ou diria ou faria alguma coisa, para ofender ou magoar qualquer pessoa. Porque acontece isto comigo DESDE CRIANÇA como se eu fosse outra pessoa ???? Uma que pensa e outra que age.
Todos dizem, e sempre me disseram o que quiseram para mim, mas quando coloco a minha opinião, (a mesma ou equivalente  a que todos ja falaram) pareço que ofendo até a monarquia inglesa. E olha que ouço a vida toda coisas bem dolorosas, na cara dura. Já ouvi muitas vezes me dizerem, que "do Gilberto gostavam, de mim,  só aturavam".
Como ele morreu, deduzo que apenas me aturam.
Ouço me dizerem que a minha voz e a minha conversa cansa e aborrece pois eu falo sem parar(?!). Ja ouvi que a minha alegria incomoda (?!) ja ouvi que não devo me apresentar em certos lares quando recebem visitas (!?)



E depois eu é que ofendo...


Gostaria de ganhar de Natal a capacidade de ficar sem voz, sempre que fosse dizer coisas que incomodem as pessoas, talvez assim com o tempo eu teria controle sobre isso, o de incomodar, ou ser demais...


O que fazer, me retirar do convívio das pessoas? Já vivo quase isolada...
Talvez me mudar para  uma chácara, para diminuir e dificultar o convivio...
 
Escrevi tudo o que estou sentindo nesse momento aqui, porque sei que (quase) ninguém me lê...

Um comentário:

  1. Eu leio...
    Ora, Clô, vista seu chapéu roxo e desfile! Você já fez por merecer o privilégio de usá-lo.
    Muuuuuito dinheiro, amor, saúde e viagens para você em 2010, 2011, 2012, 2013....2100 não porque até lá o mundo não vai ser tão legal para uma velhinha viver...
    Beijinhos, te amo!

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