terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Meu netos Gatos



   


Otávio, olhos de sol















HorácioHeitor
Positivo e Negativo










Haroldo, o senhor amarelo

Muitas pessoas elegem o cão como o melhor amigo. Mas posso garantir que bichanos fofos também o são. Tenho seis netos, Bruna, Laura, Gustavo, Pedro, Ana Flora e Ana Júlia. Todos lindos, amorosos e muitos fofos. Sou suspeita, pois como toda avó é mãe duas vezes, sou coruja duas vezes também. Adoro-os, mas o que me motivou a escrever minha história, foi o carinho que tenho por um gato (de verdade) que também considero meu neto; o Haroldo. Ele é um gato fofíssimo. É amarelo, peludo, de olhos cor de mel e muito dengoso. Mas para que Bruna, Laura e Pedro não fiquem enciumados, aviso que tenho outro “neto” bichinho, desta vez um cachorrinho muito faceiro chamado Gil de quem também gosto muito. Mas voltemos ao Haroldo, o gato amarelo; que atualmente deve estar com mais ou menos 8 anos de idade, companheiro e amigo da minha filha Lígia. Ele já é um mocinho e se comporta como tal. É fascinado por uns biscoitinhos para eliminar o tártaro dos dentes, que tem a capacidade de tirá-lo de onde estiver e vir correndo, só com o barulho da embalagem. Não gosta muito de visitas, principalmente as barulhentas o que o leva a se esconder e só sai do seu esconderijo, quando ouve a porta se fechar e ser trancada, garantindo o não retorno da visita. Como todo gato, o Haroldo tem hábitos noturnos, mas não abre mão de uma boa soneca ao sol no parapeito da varanda, e o seu esporte preferido é o futebol; solitário é verdade, mas a simples pelada noturna lhe mantém o elegante porte físico e a agilidade necessária à sua saúde. Mas tudo o que escrevi sobre o Haroldo, foi para contar duas atitudes dele, que nos dá a total dimensão de sua amizade sincera e incondicional. Logo que fiquei viúva, estava certo dia na casa de minha filha, sozinha, então me deitei atravessada ao pé da cama onde batia o sol da tarde, e ali fiquei pensando na vida, relembrando alguns momentos e de tristeza comecei a chorar. Mas qual não foi a minha surpresa, ao sentir a língua áspera, que delicadamente começou a lamber a minha mão com a delicadeza e leveza tão peculiar aos felinos. Naquela hora, compreendi que os gatos, mesmo parecendo distantes (para algumas pessoas), são muito bons amigos e companheiros; daqueles que também choram conosco. Comovi-me mais ainda, só que dessa vez de emoção ao ver que não estava só, que um amigo me oferecia o seu “ombro” para eu chorar. Não esqueço até hoje, o quão carinhoso foi o Haroldo naquele momento, “sentindo” a minha dor e dividindo-a com ele, aliviando o peso da minha tristeza. E o mais interessante é que ele, como todo gato, não é muito dado a essas demonstrações afetivas, só para alguns, porém sem excessos, que eles também não gostam. Daí porque muitos acham que o gato não gosta de ninguém.


Com minha filha, acontece o mesmo; ela trabalha muitas e cansativas horas no computador, e quando ele percebe que por distração, ela não parou para descansar um pouco, ele sobe na mesa e deita-se literalmente sobre o teclado, obrigando-a a parar, dar-lhe um colo e um afago, o que o faz ronronar com toda a alegria.

Ele é tão cheio de personalidade que nem mia, ele apenas olha o que não gosta, às vezes com desprezo, e sai de fininho com toda elegância.
É um “gentleman” esse Haroldo, também, miar para quê? Que coisa pequena!

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Escrevi esta historinha do Haroldo há um tempo atrás para enviar para uma revista de gatos, agora, à guisa ( "guisa" é bom, cheira a naftalina), de informação, o Haroldo já tem mais três irmãos/companheiros que se desdobram em ronrons e carinhos. É o Heitor, o Horácio e agora o Otávio, que todos já conhecem e acompanham a sua história pelo blog da Lígia*.
Todos eles são fofíssimos.                                   *http://www.ligiafascioni.com.br

















Este é o Derik o gatinho da  casa Andréa ♥.
Também muito querido e muito amoroso,
mas é mais selvagem, mais livre, um belo caçador de passarinhos.

Um comentário:

  1. O Sr. Haroldo fez 9 anos dia 23 de outubro (ele é de escorpiao) e estamos morrendo de saudades desses fofos todos. Toda vez que vejo um bicho (cachorro, passarinho, pinguim, avestruz ou guanaco) acho que ele tem a cara do Haroldo.
    Uma coisa que percebi aqui na Patagônia é que nao há gatos (pelo menos nao vi nenhum). Mas, em compensacao, tem cada cachorrao lindo...

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