segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Alegrias de Dezembro

Oba, hoje é sabado, dia de sair da rotina e descobrir algum passeio.



Depois do almoço a Sonia me ligou para irmos fazer uma visita informal a uma amiga que mora num luxuoso condominio, onde aconteceria um bingo para arrecadar um dinheiro para os músicos, amigos da dona da casa.
Eu lhe respondi que antes iria ver à "formatura" da turminha do Jardim de Infancia, das minhas amadinhas, as duas netinhas pequeninas que iriam dançar, mas em seguida iriamos ao chá de bingo, confirmei para ela.
E fui à apresentação da Ana Julia que se negou terminantemente a dançar mesmo estando com um lindo lenço azul amarrado na linda cabeça loura Combinando com os lindos olhos também azuis. Ana Flora, por ser maior (4 anos), fez tudo direitinho me arrancando lágrimas de vó bobona, ao vê-la de óculos escuros dançando com a turminha dela, uma música do Michael jackson. Lindinhas!

Voltei para casa encontrar a Sonia que me aguardava para irmos ao tal bingo num condomínio de luxo, de cair o queixo. Chegando lá, em seguida começou o bingo. Correu a primeira rodada, eu ganhei um panetone de "luxo" com gostas de licor etc, correu a segunda rodada eu ganhei novamente mais um panetone de luxo, só que dessa vez era de outra marca também com pedigree, ai fui vaiada solenemente pelas delicadas senhoras da sociedade, não teve outro jeito; pegamos as bolsas e corremos para o carro antes que a mulherada nos desse uma surra...hahahah.
E o mais interessante é que eu não sou bingueira e nem "ganhadeira" de bingo, rifa e congêneres. Eu em?! Se soubesse tinha arriscado a loteria no sábado...





Ja dentro do carro fui informada pela Sônia que passaríamos na casa da Vanda, outra amiga cantora, para irmos juntas assistir um coral e orquestra, num evento musical, com músicas sacras e natalinas, numa Igreja Presbiteriana. Ou seja: só soube que iria já à caminho...
Foi tudo muito bom e divertido. Adorei. Se o meu ouvido não afinar agora, só na outra reencarnação.
Bem, hoje é domingo,dia 6/12/2009, quase meia noite, e eu estou ainda aqui escrevendo. Descobri também que tenho uma veia jornalística de bom calibre, pois aonde vou tenho assunto para contar aqui. O New York Times que me aguarde, hahahah.
Mas como ia dizendo, hoje o programa foi a confraternização de final de ano dos amigos da Sonia, muitos não puderam comparecer por conta de outros compromissos, mas 25 amigos e conhecidos, na maioria músicos e cantores de corais, ela conseguiu reunir na Osteria Italiana Salvatore; muito simpática que não posso deixar de destacar. É daqueles restaurantes alterativos, fora dos padrões convencionais, tão em moda por ai. Mas essa Osteria é tudo de bom. Talvez porque me lembre muito a minha casa, quando eu era casada (para quem não sabe, hoje sou viúva). Pois bem, o lugar é uma casa antiga (foi dos avós do dono, imigrantes italianos) fica de esquina, revestida de trepadeiras que entram por algumas aberturas da construção, onde além de um piano colocado num canto do salão tem também outros  instrumentos musicais, além de "tudo o que ninguém queria" e levou para lá; moveis e objetos diversos de todo o gosto.

Eu digo que ninguém queria, por que era o que acontecia lá em casa. O Gilberto, meu marido, gostava de coisas antigas e arrecadava tudo que encontrava, e as pessoas que iam lá admiravam a quantidade de quinquilharias e voltavam trazendo mais algumas para meu desespero. Até porque chega uma hora que nada combina com nada e não há lugar para tudo, então vão se amontoando. Por mais incrível que pareça, quando estou nessa Osteria, onde já fomos várias vezes, a Sonia, eu e outras que vão com a gente, eu me lembro da minha casa, daquele monte de coisas "cheias de histórias", tipo: quem deu, quando deu, era de quem etc, etc... e fico olhando e voltando ao passado, enquanto ouço cantarem e tocarem músicas Italianas e brasileiras das antigas.
Mas hoje estava muito bom também, mas levei um susto, um susto não; um "sustinho" ao perceber um certo frisson... É que o Enzo, nome artístico do Edison, o que canta ópera, numa certa hora avisou alto e com firmeza que iria cantar "A mulher que ficou na taça", com taça na mão e tudo, mas avisou com seriedade suficiente para estremecer por uns segundos a platéia, que se acompanhassem batendo palmas ele iria parar de cantar na hora!!!!! O que também, por alguns segundos, estremeceu o coração de umas senhoras perto de mim, mas estive sabendo que elas sempre se "pinicam" com ele, eu só imaginei o perigo de um "stress", mas elas nem deram bola e continuaram marcando o compasso com palmas animadas, é claro que ele desistiu de cantar, mas até foi bom porque em seguida três pessoas tocaram acordeon juntos, sendo que um deles, um senhor com 94 anos!!!!! Mais uma moça ao piano e um senhor com um instrumento de sopro (Sax ou trompete, sei lá)
 todos tocaram juntos e foi muito bonito, acompanhados com cantores de várias vozes (cada um se apresenta assim para mim: eu sou soprano, eu sou contralto, eu sou tenorina) e eu ficou boiando na ignorância da minha mudez musical, mas tenho por eles todos profunda admiração e muito carinho.
Nesse interim trocamos presentinhos de amigo secreto, almoçamos e etc.
Lá pelas tantas entrou um homem forte moreno com uma sacola de mercado com alguma coisa dentro, apreciou por uns minutos a cantoria, eu achei até que era mais um conviado, mas não, ele "aconchegou-se" ao grupo cantor, e ali ficou discreto, então retirou o que trazia na sacola; era um enorme pandeiro decorado com duas ou três flores de pano penduradas e algumas fitas e ali ficou tocando até o fim. Quase perto de seis horas da tarde criamos coragem de vir embora, alegres e satisfeitos pela maravilhosa festa de confraternização organizada pela Sonia.
Valeu , minha amiga.




Essas "preciosidades" eram  da minha casa. Apenas alguns exemplares para dar uma idéia. Onde estão as latas de cerveja era um armário de espingardas, COM espingardas....!

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