quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Gratidão, gratidão, gratidão...

                                  Gratidão, gratidão, gratidão.
Foi numa quarta feira, num longínquo 14 de agosto, com a lua em quarto minguante, dia de Santo Eusébio, bem no pôr do sol, mais precisamente as 17.35h, que cheguei neste mundo de Deus, provavelmente portando lápis, borracha e papel para anotar as minhas impressões sobre o evento. Infelizmente ainda não haviam inventado o celular senão eu teria registrado tudo com uma "Self" com a parteira, a mina mãe e meu pai, que sempre esteve presente em todos os partos dos filhos dando seu apoio.
Também não pude colocar as fotos do sol se pondo, fechando aquele dia inesquecível e marcante na minha vida.
Minha mãe como sempre deve ter falado o que sempre exclamou em alto e bom som: "ela é muito moderna", nunca entendi o que ela queria dizer com isso, pobre de mim, criatura que corre todo dia atrás do trem da vida. Já meu pai, tenho certeza, me fez um cafuné nas penugens de minha cabeça com os olhos rasos de lágrima de emoção. Sempre fazia isso.
Após as primeiras efusões de surpresa e alegria, pois naqueles idos tempos só se sabia o sexo do bebê na hora do parto, já que ainda não tinham inventado o Ultrassom, a ansiedade durava os 9 meses com a família toda sugerindo nomes diversos de menino e menina.
Imagino que tenha sido bem difícil essa parte, acho até que colocaram todas as sugestões escritas em pequenos papéis num vaso, e na hora sacudiram e retiraram um. E apesar de nome de Santa e seu histórico ser apreciável, não foi uma boa escolha. Ele carrega um peso estranho que me incomoda, mas fazer o quê?! Têm bem piores, e as redes sociais estão ai para comprovar verdadeiros palavrões.
Daí em diante foi só "correr para o abraço", tirando alguns momentos difíceis, dolorosos, insuportáveis e inexplicáveis vou seguindo em frente com a convicção de que não vim ao mundo à passeio e tenho algo a fazer pela minha evolução.
Faz parte da vida, rir chorar, trabalhar, progredir e procurar fazer a diferença na nossa vida e daquelas que convivem conosco.
E fazendo um balanço geral desses 72 anos, de tantos fins de tarde vendo ou não o sol se pôr, vendo ou não o sol nascer, acho que valeu muito a pena. 
Tive avós bons, Pais presentes e maravilhosos a quem honro minha existência. Tenho filhos amados que só me dão alegrias e netos que trilham os mesmos caminhos dos pais e me enchem de orgulho. Tenho irmãos que amo e por quem sou amada e seus filhos também me demonstram o mesmo amor. Tenho cunhados, cunhada, genros, nora e demais familiares que só me tratam com carinho e respeito. 
Também sou agraciada com amigos queridos e carinhosos que muitas vezes preenchem a ausência dos meus amores; Dá para reclamar?
Claro que não!!!!
Assim eu digo várias vezes ao dia, -"Obrigada Senhor, por tudo, porque tudo sempre concorre para o meu bem".-




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