Os Visitantes de sábado pela manhã
Bom dia sábado, que amanheceu iluminado e quente como convém
a um dia de verão.
Hoje acordei como de costume na aurora do dia, olhei o céu e
o achei igual ao amanhecer de ontem, como se isso fosse possível, e voltei a
dormir.
Acordei as 9.20h, isso mesmo, nem eu acreditei, já com o sol
à pino igual ao de ontem... Como se isso fosse possível...
Logo depois estou me
equilibrando na bancada da pia para fazer um café e iniciar o meu dia, quando precisei voltar ao
banheiro urgente!
Não sei o que pode ser pior do que andar à galope num
andador pela casa numa emergência como essa... afff
Estou abrindo a porta da felicidade e toca a campainha, pânico
total; E agora, vou ou fico? Duvida cruel...
Enquanto vou trotando
em alta velocidade em direção à porta, ouço vozes de homem no corredor e penso:
“as visitas chegaram mais cedo hoje ou eu realmente levantei muito tarde?” Vou
ver quem é cheia de curiosidade pelo inusitado, até porque que as chaves
prometidas aos parentes não ficaram prontas, então podia ser qualquer pessoa.
É claro que o desconforto de antes passou na hora. Tudo sob
controle e fui atender o que me pareceu mais urgente: a porta!
Enquanto o café
passava no coador e espalhava seu delicioso perfume e o leite apitava no MW, abro
a porta ainda de pijama, sem nenhuma cerimônia, como faço com os meus queridos
que vêm me visitar todos os dias e dou de cara com três soldados fardados, um
de cada cor para ser politicamente correto é claro, e não passar em momento
algum qualquer pensamento discriminatório da parte de quem quer que seja.
Logo atrás aos três “enormes” jovens camuflados e prontos para a guerra,
apareceu um metro e meio de pessoa de avental e credencial carregando uma prancheta, era uma visitadora do posto de Saúde. Todos muito sorridentes e gentis.
A princípio pensei que iriam me levar a algum lugar. Mas onde? O que está “aconteceno”?
Afinal eu não estava muito bem acordada, ainda mais com o cheiro do café por toda a casa me "atentando".
A princípio pensei que iriam me levar a algum lugar. Mas onde? O que está “aconteceno”?
Afinal eu não estava muito bem acordada, ainda mais com o cheiro do café por toda a casa me "atentando".
Com a cara amarrotada, desbotada que nem de longe lembra a
foto maravilhosa em roupa azul que de vez em quando posto por aqui no perfil
para me animar um pouco e que encanta (????) a tantos que pensam que sou assim
quando acordo, atendo o comitê da Dengue e ouço com a maior atenção a tão
gentis criaturas que acham que tenho três criatórios no meu espaço particular;
um do Aedes, outro do Zica e outro do Chikungunya mais conhecido aqui na
redondeza como Shikus. Entre outras coisas que me informaram é que devo colocar
sal grosso nos ralos, o que me preocupa se vai faltar para o churras de
domingo, mas tudo bem é por uma boa causa.
Minhas cinco pobres Violetas e as duas Orquídeas têm que
tomar água de conta gotas e virar o pratinho para baixo imediatamente, sob pena
de se multiplicarem em incontáveis ovos a 13ª praga do Egito aqui em casa.
Após todos se apresentarem e me descartarem todas as dúvidas
me fizeram assinar um papel que nem li, mas deve ser a prova de que entraram e
me deram informações que seguirei se quiser, mas que eu fui avisada, eu fui! Arebaba!
E ai seguiram em frente tocando a campainha da porta do
vizinho.
Finamente pude tomar o meu café, está servido (a)?
Quero o café sim, Clotilde. Enquanto me serve, segure aí os parabéns pelo texto!
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