quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sobre Letras e Afins...

                             Sobre Letras e Afins...
Todos que me conhecem sabem que sou autodidata e que gosto muito de palavras, ditos populares, expressões regionais etc. e se às vezes acerto na gramática é graças ao corretor, apesar de que em outras tenho dúvidas se ele, o corretor, sabe mais do que eu.
Daí que ando sempre na companhia do Seu Portuga, um velho rabugento casado com Dona Gramática, senhora que mais parece um sargento tal a sua autoridade importância, ela se acha muito.
Ele usa uma mochila nas costas cheias de letras e palavras, já dona Gramática leva uma Bolsa cheia de regras e disposições e eles vivem discutindo isso e aquilo. Dois chatos  impertinentes.
Não tenho muita intimidade com eles, mas aprecio seus filhos e filhas, parentes e agregados.
Na verdade quando estou escrevendo vou confiando mais na memória e na intuição, imagine um professor de português lendo uma barbaridade dessas? Cruzes!!!!
Daí o seu Corretor, um cara que se acha muito conhecedor da língua Pátria, se apresenta injuriado, sublinhando de vermelho, mas dá muita bola fora e nem sempre é confiável. Geralmente fica dando uns pitacos sem noção, mas para tirar as dúvidas vou até a prateleira e retiro o bom e velho senhor Dicionário, um venerando servidor, muito meu amigo, cheio de pose e dignidade daqueles que ainda usam meia casaca e gravatinha borboleta e nos olha por trás de grossas lentes, às vezes ainda usa um pencinê (do Francês: Pince-nez; óculos sem hastes) e que infelizmente anda meio esquecido ou ignorado pela maioria que transita nas redes sociais. Aliás, bem esquecido para ser realista querendo ser saudosista.
E por falar nelas, nas redes sociais, aprende-se muito navegando por elas, tanto que já tivemos até uma “mulher-sapiens” entre nós, SQN.
Mas as palavras são seres simpáticos e interessantes se pararmos para observá-las melhor.
Gosto também de ver a capacidade do ser humano de inventar os nomes dos seus rebentos (esta também é uma palavra muito esquisita para um bebê, como chamar aquela coisinha fofa e rosada de “rebento”?...), como alguns nomes que vejo aqui na internet e nem vou repetir para não me deparar com alguém do meu grupo de amigos. Nomes estranhíssimos e constrangedores para carregar e deve ser horrível quando alguém de forma prosaica (?) lhe pergunta: “Qual é a sua graça?” e a criatura responde; “Não senhor, eu não me chamo graça, eu me chamo Guaranésia da Luz Divina”... Ou coisa pior.
Palavras estranhas como “claudicar”, um problema que me foi apresentado há pouco tempo e quer dizer pouca firmeza num dos pés. A palavra realmente claudica nénão?
Outras palavras também me inspiram colocá-las para nomear outras coisas, como o nome de um vegetal, o Ruibarbo, isso não me parece coisa de comer, acho até que se comer faz mal. Eu colocaria esse nome num senhor sisudo chegado a habilidades manuais como a marcenaria, por exemplo. –“Seu Ruibarbo, o senhor poderia consertar esta gaveta?” Acho perfeito.
Outros nomes para pedreiros e marceneiros, profissionais que constroem devem ter nomes interessantes como Anselmo, Policarpo, Deusdedith, Rosalvo e Rosildo, dois irmãos encanadores, por exemplo, Já um advogado chamado Dr. Lindomar não rola...
Acho “pereba” um nome todo cheio de pereba, o tempero Estragão, não pode ser um bom tempero para comida nenhuma, nem com Sálvia junto. Aliais para o meu paladar um prato que leva Sálvia tá perdido, não aprecio este tempero que tem gosto de remédio. Não há o que salve.
A “Frangula”, nome de uma erva digestiva, por exemplo: parece filha da “Galingula”. “Estoicismo”, também penso tem a ver com a restrição de alguns alimentos como toicinho à pururuca. Já “Comiseração” devia qualificar o sentimento de quem faz dieta o ano todo e depois se esbalda nas festas de final de ano. E “sobrancelha”? “Sobran” o que mesmo?
Tem nomes esquisitos mesmo... E o mais difícil é conhecer seus significados nem sempre “ficados” na memória...
E assim “passan los dias”...


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