sábado, 22 de junho de 2013

A fantasia

                                                                  A Fantasia
Maria Odila vivia pesquisando na internet e perguntando para um e outro, como daria para resolver o problema dela, um problema até mais comum do que se pensa, mas que para ela já se tornara um pesadelo, uma verdadeira obsessão.
Ela queria conhecer um extraterrestre pessoalmente, talvez até ser abduzida, conhecer outros seres de outros planetas, esta era a sua fantasia de consumo; ser abduzida.
Quando havia um simpósio sobre o assunto ela era uma das primeiras a se inscrever. E lá ia se informar do que estava acontecendo com os visitantes do universo e seus quintais.
Certo dia enquanto ouvia uma palestra sobre aparição de óvnis, muito bem atenta, ouviu uma voz vinda do assento de trás, bem na sua orelha que lhe causou um arrepio e que lhe percorreu toda a espinha dorsal. Aquela voz morna lhe perguntava ao pé do ouvido se poderia se sentar ao seu lado na cadeira vaga, e ela prontamente lhe afirmou que sim, que poderia.
Muito emocionada acomodou-se melhor na própria cadeira e encantada com aquela voz forte imaginou logo que aquele deveria ser um entendedor de extraterrestres e óvnis. E não deu outra, ele era um locutor de uma rádio, onde fazia um programa sobre o assunto, com alta audiência, diga-se de passagem.
Logo que acabou a palestra, foram tomar um café e se conheceram melhor. Ele então ficou sabendo dos seus anseios em conhecer um extraterrestre e riu muito com ela ao perguntar-lhe o porquê de tanta curiosidade, o que eles deveriam ter de diferentes por baixo daquela malha fina que usavam para se protegerem? A cor da pele, talvez, ela respondeu.
Ela lhe segredou que havia sonhado certa vez que havia encontrado um e que ao retirar aquela malha, aquela vestimenta que ocultava até os olhos ela se deparou com um ser azul cintilante e talvez seja por causa desse sonho que ela ansiava por conhecer um pessoalmente.
Saíram dali e continuaram a amizade pela semana seguinte até que certo dia ela o convidou para subir até o seu apartamento. Lá colocou uma música suave, abriu um vinho e a situação começou a ficar interessante quando ele começou a retirar uma fina luva de tecido igual à pele humana que encobria totalmente as suas mãos e deixou aparecer um par de mãos azul cintilante o que ocasionou um imediato desmaio em Maria Odila.
Ao acordar estava sozinha na própria sala, com a garrafa de vinho vazia e o sol entrando pela janela daquele maravilhoso dia de feriado...

2 comentários:

  1. Minha amiga Clotilde se aventurando pela ficção científica! Muito bom o seu curto, porém contundente conto. Tenha uma excelente semana! Abraços.

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