Baile Funk
- Olha só isso ai Almerinda, sua filha vai sair com essa
calça esternida desse jeito?- É coisa de jovem, Hélio. Quando eu era jovem também andava assim e você achava bonito...
- É que você não era minha filha e o seu pai deixava, mas Deusélia é minha filha e eu não acho isso certo; uma moça de família andar por ai com a roupa grudada no corpo, nem sei como consegue vestir isso...
Nisso entra de volta a garota vestindo uma minissaia que mais parecia um cinto alongado de tão pequena, mal cobrindo os glúteos ainda em formação.
- Mas o que é isso agora? Resolveu me provocar antes de sair de casa? Pode tirar esse pano minúsculo que vocês chamam de minissaia.
-Ora pai, assim não vai dar, como é que vou sair então, com a roupa da vovómaria?
- Sim! Se o que você chama de roupa da vovómaria for uma roupa decente, é essa mesma que você vai vestir ou não vai sair de casa.
A garota correu novamente para o quarto chorando, gritando e batendo a porta fazendo estremecer o apartamento de BNH, já meio rachado nos batentes, tanto que batiam as portas em horas de fúria.
A mãe entrou no quarto e falou baixinho com a filha adolescente;
- Deusélia, minha querida, você sabe que não pode se vestir assim quando seu pai está em casa. Você precisa entender que homem é tudo assim, gosta de olhar a mulher dos outros mas não gosta de mostrar a dele, e seu pai não é diferente.
Venha, vamos escolher uma roupa que vai dar para sair de casa.
Procuraram juntas no reduzido armário alguma roupa que elas aprovassem e uma hora mais tarde lá se foi Deusélia de meias pretas rendadas, um shortinho esfarrapado e uma camiseta em cima da pele bronzeada. Calçou as sandálias altíssimas da mãe, escovou as enormes madeixas e completou com uma pintura para lá de sex e saiu felicíssima para o baile Funk, enquanto seu pai achava que ela iria apenas ao aniversário da amiga.
Tempos modernos...
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