sábado, 31 de dezembro de 2011

Reveillon

Chove chuva... ♫♪♫♪ chove sem parar... ♪♫♫♪
Pois é, chove muito aqui onde moro e com a chuva vai embora o brilho do reveillon, que deveria ser de noite quente, cheia de estrelas e muitos fogos, e
para os que gostam de rituais sérios e alguns engraçados, como vestir roupas brancas, calcinhas amarelas ou vermelhas e têm mulheres que ainda usam as duas para confirmar e garantir a realização dos seus anseios, só para garantir. Se fôssemos fazer tudo o que vai por ai de crendices precisaria de mais de vinte e quatro horas para realizar todas, senão vejam: Além de comer sete garfadas de lentilhas (que não aprecio) devem-se comer sete uvas brancas e guardar na carteira as sementes durante todo o ano. Comer romã jogar três sementes para trás e fazer o mesmo que as sementes de uva, ou seja: mais um saquinho com sete sementes na carteira. Devem-se também pegar três folhas de louro, escolher duas pessoas amigas para presentear cada uma com uma folha que deve ser guardada também durante todo o ano na carteira (?). Uma nota de dólar deve permanecer na carteira sem ser utilizada e ser trocada na noite de trinta e um de dezembro por outra mais nova, acho que trocar por euro não é recomendável no momento por motivos óbvios.  Não se esqueça de trocar a carteira por outra maior para caber tudo isso. Também se deve colocar na mesa, sobre uma toalha branca, um prato branco com arroz cru e  cinco moedas de um Real para atrair fartura e fortuna,  não esquecendo de colocar ao lado um copo de cristal com champanhe. Pelo mesmo motivo é bom uma cesta com pelo menos sete tipos de frutas. Uma vela branca de sete dias, deve ser acesa a meia noite para atrair a Paz no lar. Não se pode esquecer de pular as sete ondas do mar ou dar sete mergulhos na picina e ofertar um pequeno barquinho azul com as oferendas de Yemanjá que se compõe de bilhetinhos com agradecimentos e pedidos, um espelho, um perfume, geralmente de alfazema, e muitas rosas brancas que devem ser amarradas com uma fita azul. Alguns colares de contas brancas e azuis também são bem vindos. Vestir vermelho na noite de reveillon também é muito indicado para os nascidos sob o signo de leão. Uma cueca amarela atrai bons negócios financeiros para o ano que virá. A calcinha vermelha garante emoções amorosas, novo amor e muita paixão...
Mas o principal mesmo é se enfeitar de muito ouro e prata sobre tudo ou sobre nada para atrair muuuuuuito dinheiro.
Neste ANO NOVO desejo a todos muita SAUDE, PAZ e é claro, MUITO DINHEIRO no bolso que ninguém é de ferro.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Tempo

                   
                            O TEMPO

Deus pede estrita conta de meu tempo,
É forçoso do tempo já dar conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não foi conta.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Oh! vós que tendes tempo sem ter conta
Não gasteis esse tempo em passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas, oh! se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo.
                          Laurindo Rabelo

Em tempos de reflexão é bom se dar conta do tempo perdido também...

Muito amor em 2012 antes que acabe...

São realmente os meus desejos para o ano de 2012
para todos.
Também desejo que realmente o mundo não acabe, mas se acabar vai ser em 21 de dezembro, até lá dá para fazer um monte de coisas...
hahahah.♥♥♥♫♪♥♫♪

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma história de Natal

                                                                                         
                                                      Uma historia de Natal.

Por volta das vinte e uma e trinta horas foram chegando os filhos e suas famílias. Junto deles, alguns parentes e agregados. Sogros dos filhos, pais dos genros ou noras, cunhados acompanhados de suas/seus namoradas (os), além de parentes avulsos, do tipo tio velho viúvo, tia solteira solitária e saltitante além da avó de uma nora, tão velhinha que nem andava mais, chegou aboletada em sua brilhante cadeira de rodas, bem falante e lúcida que foi logo se enturmando, cumprimentando a todos de forma especial e carinhosa o que causava em todos imediata simpatia e recíproco cumprimento.
Já ia perto de vinte e três horas, o perfume das iguarias variadas vindo da cozinha causava em todos certa ansiedade para que os chamassem para saborear a ceia, posta pouco a pouco sobre a mesa ricamente decorada com flores vermelhas e velas acesas. Era noite de vinte e quatro de dezembro. Lá pelas tantas a bisavó de cadeira de rodas resolveu perguntar a um dos muitos garotinhos que corriam de um lado para o outro atrás de um carrinho de controle remoto que parou em baixo da sua cadeira, se ele conhecia a história de Jesus. O garoto levantou-se assustado com o inusitado da pergunta vinda de quem veio e se afastou para o outro lado da sala. Sorridente a velha senhora não se abalou e continuou a fazer a mesma pergunta para todos que se aproximavam de sua cadeira, sempre com um sorriso nos lábios. Estava se divertindo muito com aquela constatação de que ninguém queria falar do assunto. O fato até causou certo constrangimento em algumas das pessoas como se o assunto não “combinasse” com a ocasião. Na verdade ela só queria saber se algum dos ali presentes sabia contar a história básica sobre a vinda de Jesus à terra. Até que um dos inúmeros convidados ali presentes, um senhor de cabelos brancos e rosto jovial, resolveu entrar na brincadeira enquanto desembrulhava um pequeno pacote envolto em papel vermelho e amarrado com uma fita verde, resolveu responder enquanto a observava bem dentro dos olhos. Sorridente resolveu responder a tão insistente pergunta da senhorinha;
- Ah, dona Martinha a senhora sabe que todos conhecem essa história a pelo menos dois mil anos. Por que a senhora insiste em perguntar?
- É que acho estranho que todos saibam de tudo o que acontece pelo mundo, conseguem reunir em cada lar pelo menos 35 pessoas para comemorar o aniversário de Jesus e paradoxalmente para a maioria das pessoas Ele não passa de um ilustre desconhecido. Hoje mesmo pude observar que os apreciadores de futebol conseguem para cada jogo de campeonato discorrer o nome de cada jogador dos dois times, além de descrever em detalhes os lances mais complicados, porém não sabem dizer o nome dos doze apóstolos de Jesus, não é interessante?
- Com certeza, dona Martinha, até são capazes de dizer que os três reis magos eram na verdade três anões que atravessaram o deserto montado em camelos para trazer presentes esquisitos. Que José escolheu a estrebaria para o filho nascer por que Maria queria experimentar emoções fortes, não é?
- Que absurdo é esse Sr. Dorival, não se brinca com uma coisas dessas!!! O senhor sempre leva tudo para o lado da brincadeira , da irreverencia, até parece que é um ateu convicto e não um homem de fé...
- A senhora está enganada, - falou suavemente-, é por que tenho certeza em Deus e sou devoto da Santíssima Trindade; Jesus, Maria e José a sagrada família, que posso brincar, pois é uma brincadeira , apenas uma brincadeira... mas hoje é o único dia que eu brinco com esse assunto, faço piadas e digo bobagens, pois é dia de festa e o Aniversariante gosta de alegria. O mundo é para ser alegre e não cheio de tristeza. É dia de festa e festa é para ser alegria, sem alegria uma reunião dessas seria insuportável, cheia de falsos sentimentos. Dona Martinha a senhora não me conhece apesar de sermos meio parentes a tanto tempo e pode acreditar que tenho o maior respeito pela senhora e para as coisas de Deus, e acho que brincar faz bem principalmente no dia de hoje, deixa tudo mais leve.
Neste momento a maioria ds convidados foi se aproximando para ouvir a conversa dos dois e fazer parte da conversa.
D. Martinha ficou séria e introspectiva por um momento e falou:
- Então nos conte a sua versão da historia do Natal.
- Pois bem, lá vai:
- Certo dia, um operário mal pago e explorado pelo patrão, que trabalhava numa carpintaria, foi despedido. Desanimado chegando em casa avisou para a sua mulher de nome Maria que fora despedido e perguntou desanimado, o que poderiam fazer?
Prontamente ela respondeu:
- Vou fazer faxina, lavar roupa para fora, ajudarei no que puder...
- Cê ta louca Maria? Com essa “barriga de menino” (era assim que ele falava da gravidez dela), não vai conseguir nada. Fica aqui no teu canto, fica “fria” que eu dou um jeito. Amanhã mesmo vou até a praça procurar serviço e logo mais já trago “o de comer”.
De manhã cedo, Maria em silêncio deu-lhe um beijo demorado, ajeitou o cabelo dele de um modo só dela e em seguida ele se foi apressado para a pracinha, procurar trabalho.
Maria colocou seus poucos pertences numa caixa de madeira, sem enfeites ou adereços. Dobrou sua colcha de retalhos, única coberta e deixou-a ao pé do catre despojado até de um colchão convencional. No lugar dele, alguns pelegos de carneiro amaciavam a madeira dura que servia de estrado. Poucas horas depois José entra afobadamente em casa e falando ligeiro diz algo que Maria não entendia;
- Precisamos fugir...precisamos fugir daqui rápido!!!
- E por causa de quê, home?
- Por causa de quê tem um maluco que tá matando mulher grávida, “de barriga de menino”. Já matou “umas par delas”, ninguém sabe quem é e nem porquê e se a criança já nasceu e tá no berço ele mata os dois. Tá maluco e com maluco não se conversa, faz uma trouxa de roupa, leva “um de comer” que eu vou encilhar o burrico do compadre. Depois que tudo passar eu trago o burrico de volta.
Desolada com a mudança de planos Maria pegou suas tralhas e ajudou o marido a amarrar tudo no lombo do burro. Logo em seguida os dois se botaram à caminho do sertão...

Fez-se um silêncio por uns momentos e uma voz vinda da cozinha gritou:
- Gente; vamos para a mesa, tomem os seus lugares antes que a comida esfrie...

Era Noite de Natal e todos se reuniram em torno da farta mesa como acontecia na maioria das casas.
D. Martinha elevou seu pensamento a Jesus pedindo bênçãos para a família, para o mundo e para todas as “Marias” e “Josés” deste mundo de Deus que se preparavam para receber um filho que faria na vida deles toda diferença.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cacholeta-Panacéia-Fenomenal

Mais um contículo de três palavras retiradas aleatoriamente do dicionário.
cacholeta-panacéia-fenomenal
Na correria de comprar presentes para o Natal que se aproxima, Lena Rita acelerou os compromissos para deixar um tempo livre nem que fosse depois das seis horas, mesmo que tivesse que dormir somente algumas horas pois trabalhava de sol a sol e de casa em casa durante toda a semana e quando chegava na sua casa havia a dupla jornada a esperá-la: limpar a casa, lavar a roupa e deixar almoço pronto para o dia seguinte. Daí que Lena Rita não podia se dar ao luxo de perder tempo, mas como era a última semana para o Natal era preciso encaixar mais esse dever. Havia o amigo-secreto da comunidade e das mulheres/irmãs da igreja. Nem tinha idéia do que comprar e só pensava no calor e na multidão que a aguardavam no comércio, naquele formigueiro de gente que assim como ela, tinha que arrumar tempo para isso.
E lá foi ela de cabelo lavado e toda perfumada, após o banho autorizado pela dona Libânia, uma de suas patroas, para não ir para as lojas suada como uma égua de carroça.
Pelo caminho fazia as contas de quanto gastar, não podia ser muito, o dinheiro era curto e suado literalmente, sem falar que em janeiro tinha que pagar o IPTU e o material escolar do filho sem falar que iria aproveitar para trocar o sofá todo rasgado na grande liquidação de balanço das lojas que acontece na primeira semana de janeiro. Sorriu ao imaginar a pequena sala com um sofá novinho em folha e até fechou os olhos de emoção. Pouco a pouco ia comprando o que precisava para arrumar a pequena casinha de três cômodos no alto do morro com o que ganhava como faxineira.
Quando chegou na rua principal onde o comercio informal se misturava com as lojas de quinquilharias brilhantes, musicais e até falantes, respirou fundo, meteu a pequena bolsa de alça à tiracolo bem debaixo do braço, já suado e escorrendo, e entrou numa loja de bijuterias e presentinhos. Por um momento pensou que iria desmaiar tal a aglomeração, o sufoco e o calor insuportável. Olhava para todo lado e não conseguia ver nada que chamasse a sua atenção naquela profusão de informação visual. De repente um apito ensurdecedor saiu pelos ouvidos vindo do cérebro, rapidamente o som foi sumindo, sumindo e apagou literalmente. Acordou com uma cacholeta bem dada no tampo da cabeça que quase desmaiou outra vez. Com os ouvidos zumbindo uma música natalina, que na verdade não distinguia se ela vinha de dentro da sua cabeça ou se era algum daqueles brinquedos à pilhas, infernais, levantou –se sem se desgrudar da bolsa e saiu dali para fora carregada pelos seguranças da loja, que a última coisa que queriam ali era uma mulher desmaiada desviando as outras do fascínio das compras. Cambaleante voltou para o meio da rua observando que para qualquer lado que olhasse, o cenário era o mesmo, até perdeu a localização, não sabia se estava indo para lá ou para cá, grudou mais um pouco ao corpo, a bolsa com o dinheiro que ganhou naquele dia e pensou nos dois presentinhos do amigo-secreto, da igreja e das amigas da comunidade. O presente do filho já tinha comprado e dado, era um computador muito lindo para ele estudar. Comprou para pagar em 24 vezes. 
Um vaso brilhante, furta-cor, com uma bíblia e os dizeres do salmo 123 em relevo lhe chamou a atenção por um momento, muito lindo, mas muito caro, se pudesse comprava para ela mesma colocar ao lado do sofá novo que compraria em janeiro. Por um momento sonhou com os seus cuidados com a casa e até viu umas flores de seda dentro dele; enquanto divagava naquele mar de gente indo e vindo apressada, levou um empurrão fenomenal que a fez voltar para a realidade, antes de estatelar de novo no chão sujo. Porém dessa vez ficou esperta e levantou-se na mesma velocidade que caiu. E naquele mesmo momento enquanto levantava decidiu comprar uma toalha de mesa que viu pendurada a sua frente decorada de rosas vermelhas. Só faltava mais um presente. -Ai meu Jesus!- Pensou ela;- para que inventaram esse tal de amigo-secreto?- Mais alguns passos à frente escolheu uma capa de botijão de gás de xadrez azul, combinado com a do liquidificador, tudo bordado á máquina. Pronto! Até que enfim consegui resolver tudo, pensava enquanto o joelho ralado e sangrando ardia de dor.
Ao chegar em casa encontrou a vizinha do lado, sentada na porta tomando a fresca da noite, sim porque ja era noite quando chegou lá em cima do morro, trocaram umas idéias e ela entrou para continuar a segunda jornada, não sem antes lavar os joelhos e colocar um pouco de álcool com ervas variadas que serviam para tudo; uma panacéia de curandeiros que aprendeu com a avó e não ficava sem o preparado em casa para as eventualidades, no dia seguinte estaria curada de tudo, com certeza; para começar um novo dia de rotina enquanto aguardava o dia de Natal.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Entre Notícias e Pensamentos

Entre noticias e pensamentos.



Falta uma semana para o Natal, o comercio ferve e se aflige com o movimento irrefreado das compras. Vejo isso na televisão. Olho pela janela e aprecio as palmeiras que sacodem levemente levadas pela brisa quente do verão e penso: o que me reserva o dia de hoje e todos os outros que virão? Neste momento nem planos tenho. Na verdade estou em época de agradecer realizações de sonhos. Pouca coisa ainda não se realizou, mas com certeza se realizará com as bênçãos de Deus.


Olho o Adalberto que assiste o jornal da televisão enquanto joga paciência no computador. O programa mostra jovens talentosos que brigam com o vício e me entristeço; porque essa praga ainda impera no mundo? Ambos os entrevistados afirmaram que foram levados a experimentar por pura curiosidade, levado por amigos. Que coisa triste. Ainda bem que a programação mudou para esportes.


Os gatos cochilam na varanda, estou bem, mas não sinto a vibração do Natal, ainda não, talvez na semana que vem quando a filha Andréa e família chegarão por aqui. Mas sempre ficarão dois filhos com suas famílias longe daqui; nada é perfeito, mas ainda é melhor que muitos. Não posso esquecer que há pessoas solitárias, abandonadas, doentes e infelizes de toda ordem. É da vida.


Olho para fora novamente, e sinto que as praias estão cheias. Hoje em dia não vou mais a praia, apenas caminho na orla, "nos fundos" da minha casa na avenida beira mar quando o sol se põe. Já é maravilhoso.


Mais uma vez a televisão fala da enfermeira que socou até a morte um cachorrinho. Que maldade, imagine o que não faz com o filho e com os pacientes que atende? Também não posso julgar, é claro, mas posso lamentar.


Volto a olhar lá fora e resolvo ir até a varanda onde os gatos continuam cochilando preguiçosamente. O sol está forte e os carros passam rapidamente e penso: onde será que cada um vai? Quais serão as suas preocupações, interesses e prioridades? São só pensamentos...


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Valor das Coisas

O valor das coisas



NOVA YORK, EUA — A famosa "Peregrina", pérola única do século XVI que fazia parte da coleção da atriz Elizabeth Taylor, foi arrematada nesta terça-feira, em Nova York, por 11,84 milhões de dólares, um recorde mundial para este tipo de joia.

Uma coisa que sempre me intriga, é o valor que dão, e o preço coisas. É impressionante saber de uma informação dessas acima; 11,84 milhões de dólares, quequéisso?
Como pode acontecer uma coisa dessas? Alguém dispor de um dinheiro desses assim, para um objeto?
Eu sempre gostei de arte de um modo geral principalmente a arte construída com as mãos, pés, boca e demais habilidades, revertidas em pinturas esculturas e objetos.
Acho linda uma jóia bem elaborada, às vezes até pelo minimalismo e simplicidade da peça, que geralmente exalta a criatividade artística do autor, porém quem dá o real valor monetário à peça? A assinatura do design, o material empregado ou o nome da celebridade?
Provavelmente tudo junto, porém repito; quem será que dá o real valor à peça? A obra de arte?
Para mim sempre fica parecendo que estes valores afrontosos são inflacionados pelos “atravessadores”. É muito triste ver, numa época de fome e recessão mundial, como alguém pode se dar ao desprendimento de comprar algo tão pequeno por tanto dinheiro?
Não falo só dessa peça, mas de algumas telas, esculturas e tantos outros objetos que a meu ver, ignorante como sou, valeriam pela beleza e criação, apenas isso, sem excessos.
E se canalizassem esses valores para construir hospitais, criar espaços de recuperação de dependência de toda ordem, já que parece que o mal maior do mundo atual sejam as dependências de toda ordem? Poderiam canalizar uma parte desse dinheiro para pesquisas sérias que possam fazer a diferença no progresso mundial e na educação primorosa em todos os níveis, priorizando a educação ecológica com o fito de preservação do planeta e etc.
Sei lá, fico aqui pensando; quanto desperdício direcionado para tão pequeno objeto que ficará guardado num cofre a sete chaves até que o atual dono, cansado dele, resolva leiloá-lo novamente, talvez para ser incensado mais um pouco enquanto “valer” a notícia, para se destacar como proprietário de algo que ninguém tem, só ele, “elezinho”.
Eu tenho...você não te...emm..
AFF, que pobreza!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E se Maria tivesse abortado?


Esta postagem é de 2008, mas como é  um assunto sempre atual estou publicando novamente, sem falar que estamos no Natal, mês de nascimento (verdadeiro ou não, isso não importa) de Jesus, nosso MESTRE MAIOR.
Hoje fiquei pensando com meu ziper novamente. Olha o perigo!?
E se Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, por todos os motivos que se discute hoje em dia, nesses tempos atuais, com relação ao corpo da mulher, propalado constantemente pelos meios de comunicação; "que é um direito da mulher dicidir pelo que fazer do seu corpo ou com ele, inclusive um aborto ou não, já que a mulher moderna deve pensar primeiro nela, na vida dela e no corpo dela", tivesse feito um aborto? Jesus não teria nascido!!! Pelo menos não naquelas circunstâncias.
Os seguidores do Espiritismo dirão: O livre-arbítrio de Maria seria respeitado é claro, mas a missão de Jesus, preparada e programada na espiritualidade por séculos, seguiria em frente, com certeza, " escolhendo" outra mulher(?!) que quisesse agasalhar em seu ventre tamanha incumbência.
Será que a maioria das mulheres imagina o tamanho da responsabilidade que é gerar um corpo para um espírito poder cumprir o seu roteiro de vida? Qual o roteiro de vida de cada um? Não se sabe, em princípio não nos lembramos, mas com certeza todas as encarnações são importantes, importantíssimas para a nossa evolução, e a do planeta para dizer o mínimo.
E as mães dos grandes inventores, dos grandes mestres das artes e da literatura, as mães de todos aqueles que fizeram a diferença para a evolução da humanidade?
E se elas também tivessem pensado primeiro e unicamente nelas?

É bom pensar um pouco mais além da cor do esmalte da unha do dedão do pé, nénão?
O aborto não é o descartar de um "incômodo" que aconteceu em hora errada, mas é a interrupção de um roteiro programado na maioria das vezes, durante décadas para atingir o momento certo de encontros e convivências necessárias que vão contribuir para o aprofundamento de relações imprescindíveis para evolução do espírito e por conseguinte, da humanidade.Pense nisso!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em carne-viva.

                                             O mundo está em carne-viva.



Acabei de ouvir (entre outras parecidas) a notícia de que um homem assassinou duas mulheres vizinhas e ligou para a polícia dando detalhes do crime na maior frieza avisando para que viessem antes dele se evadir. Nem a policial que atendeu o telefonema acreditou, pensando ser mais um trote.
Ele argumentou para a policial que as vitimas tinham colocado numa rede social “coisas” sobre ele que não gostou.
Olha só o perigo! Hoje em dia não devemos brincar com as pessoas, mesmo que seja de forma ingênua, pois a reação delas é imprevisível. Ninguém mais ameaça de morte, eles vão lá e matam. Que horror!!!
Todo cuidado é pouco para os dias de hoje. As relações devem ser devidamente pensadas e cuidadosamente vividas. Não se deve mais dar as costas a ninguém sob pena de morrer e isso serve para todos. Credo, é assutador.
Quando será que este planeta será saneado de espíritos infelizes e renitentes no mal?
Vamos orar, precisamos orar muito, e se cuidar, claro!.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Foi assim

Muitas pessoas nos perguntam (a mim e a quem escreve livros) como eles acontecem, a partir de que momento ou situação acontecem, pois bem vou contar como aconteceu a criação deste.
Era julho de 1999 a Lígia, minha filha, me enviou um email me convidando a participar de um concurso literário  que aconteceria em janeiro de 2000, ou seja: na virada do milênio, aliais era o assunto do momento, virada do milênio e do século, que seria é claro, na virada de 2000 para 2001, mas era assunto do dia, só se falava nisso e no que poderia acontecer, o mundo poderia acabar e outras bobagens, e como não podia deixar de ser inclui o assunto no romance; a virada do milênio.
Dai eu fiquei olhando para o regulamento e pensei: "-Mas eu nunca escrevi romance nenhum apenas historias infantis, cronicas e contos, coisa pequena-".
Deixei de lado o regulamento numa pasta me dando um tempo para pensar.
Antes é bom que se diga que já havia entrado em vários concursos literários de contos e crônicas e em alguns recebi incentivos interessantes, porem um romance é mais complicado, quase uma ousadia para uma pessoa como eu "de poucas letras"...
Até que um dia, como sempre acontece, sentei no computador e comecei a escrever uma cena que me veio por inspiração e que corresponde a pagina 30 do romance, ou seja; com o andar da carruagem a primeira página escrita foi parar no número 30. Coloquei coisas antes e depois sem perder o fio e nem deixar o que chamo de degrau, não dá para sentir emendas.
Fui escrevendo, enxertando partes e situações até que um certo dia o assunto esgotou e guardei a parte construída, mais ou menos cinquenta páginas, na verdade era quase uma sinopse, até ai a história não era baseada na doutrina espirita, era apenas um enredo qualquer, neutro, até que um certo dia, andando pela rua começou a se desenhar a continuação e a historia começou a se delinear em direção a filosofia espirita e dai deslanchou e foi até o final com cenas comoventes, almas gêmeas ou afins, crime, misticismo e aquele tempero que o mundo feminino tem.
Pois bem, levei uns dois anos para considerá-lo pronto, dai começou a maratona de registrar na Biblioteca Nacional e enviar para editoras até que 10 anos depois, também do nada, num dia qualquer, conversando numa banca de livros num Centro Espirita consegui uma referencia para editá-lo entrei em contacto com o Editor e deu tudo certo, porém tive alguns problemas com a edição no item apresentação do livro mas finalmente em dezembro de 2008 ele foi lançado e em abril de 2009 já estava esgotado na editora.
E foi assim. Agora consegui uma reedição na mesma editora do SENHORAS DA VALSA, a editora IDE que deu-lhe uma bonita capa e uma impecável apresentação como acontece a todos os seus livros.
"Não se julga um livro pela capa", já diz o ditado, mas sugiro a leitura. Mesmo que não seja espirita, leia como uma ficção, é uma leitura agradável. Leia, vai fazer bem para a alma.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O egoismo em nós

O Egoísmo em nós.
Estou acompanhando a novela Fina Estampa e não posso deixar de observar a personalidade da personagem Thereza Cristina.
Mulher rica, arrogante, prepotente, egoísta, desequilibrada, sem noção e extremamente insensível. Fico observando o seu comportamento e comparando com a vida real. Mesmo sendo uma ficção eu imagino como é viver com alguém desse modelo, pois a novela imita a vida e deve sim, ter gente desse jeito, com certeza.
Daí fico imaginando o que é o extremo de ser egoísta e fiquei divagando com meu zíper;
Por mais egoístas que parecemos ser vejo que é impossível alguém ser e viver de forma totalmente egoísta até mesmo ao ponto de (vamos supor) comprar uma ilha para ficar lá “para sempre”, isolado sem precisar de ninguém massageando o próprio umbigo, tal o grau de egoísmo.
Isso me parece ser impossível para um ser humano social, pois depois de alguns momentos o seu ser egoísta passaria a viver um sentimento insuportável e sentiria uma necessidade urgente de se comunicar, de querer falar, de querer ter por perto alguém que lhe ame, sirva, nem que seja para “pisar em cima”, para servir como escravo, pois o seu ego necessita de uma “escada” para se sentir superior, como é caso da personagem.
Ai eu fico só pensando na nossa responsabilidade como espíritos em evolução, que quando criamos e educamos uma criança precisamos observar suas tendências e irmos devagar, desde cedo, despertando essas crianças para a necessidade de dividir, de se doar, de perdoar, de amar incondicionalmente, de se condoer com a dor alheia, despertando a empatia com seu semelhante, de amar e respeitar os animais, a natureza, enfim, de realmente fazer a diferença na encarnação dessa criatura que por algum motivo veio ser alguém muito especial na nossa vida, no seio da nossa família.
Não é à toa que filhos e parentes de um modo geral fazem parte da nossa vida, somos todos devedores e responsáveis uns pelos outros. E os educadores, parentes ou não, têm uma responsabilidade bem maior perante Deus, a de ajudar na evolução desses espíritos.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

De volta para o centro

Praia dos Ingleses
Bom, saimos novamente da nossa casa na praia dos Ingleses (infelizmente minha casa não fica na beira da praia, mas dá para ir a pé) e ao contrário da maioria das pessoas que tem casa nas praias
 voltamos para o centro da cidade neste verão para a casa da Ligia e Conrado que fica na rua atrás desses prédios para cuidar dos bichanos. Agora eles só voltam em fim de fevereiro ou começo de março de 2012.
Haroldo
                                                             Horácio e Heitor
                                                        Otávio e seus olhos de sol.
Por conta de criarem muitos nós nos pelos, que mais pareciam dreds, no momento eles estão todos tosados, eu diria tosquiados feito carneiros e "menos bonitos" vamos dizer assim, mas era necessário para a entrada do verão.
Isso quer dizer que estas fotos são deste ano mas não tão recentes.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Italianos X Americanos


Recebi este email hoje e como fui casada 38 anos com um decendente de Italianos posso dizer que convivi bem de perto com esses costumes e realmente é bonito de se ver e viver com essa colonia que tão bem fez ao Brasil.
Aprendemos a viver com os italianos e a programar a vida com os americanos. Contudo, os italianos crescem e morrem juntos com suas famílias, amigos e irmãos, enquanto os americanos crescem e morrem sozinhos, pois foram expulsos de suas famílias aos 18 anos e não aprenderam a conviver com o coração com seus pais, amigos e irmãos.

Vejam abaixo o que acontece no decorrer da vida.
Filhos Americanos: Saem de casa até aos 18 anos com total apoio dos pais.
Filhos Italianos: Saem de casa aos 35 anos, depois de poupar o suficiente para comprar casa e pagar duas semanas de lua de mel quando casarem... Mesmo assim, mantém um quarto na casa dos pais para os fins-de-semana.
Filhos Americanos: Quando a mãe os visita leva um bolo, os filhos servem café e eles conversam.
Filhos Italianos: Quando a mamma os visita, leva comida para 3 dias, lava e passa roupa, limpa e arruma a casa.
Filhos Americanos: Os pais sempre avisam quando vão visitá-los e isto acontece só em ocasiões especiais.
Filhos Italianos: Eles nunca sabem quando os pais vão aparecer às oito da manhã de sábado e começar a podar as suas árvores frutíferas. E, se não houver árvores frutíferas, eles plantam.
Filhos Americanos: Sempre pagam aluguel e procuram nas páginas amarelas quando precisam de algum serviço.
Filhos Italianos: Ligam para os pais e tios, pedindo o telefone de outros pais/tios que possam saber do serviço que eles precisam.
Filhos Americanos: Visitam os pais para comer um bolo com café - e fazem só isso, mais nada.
Filhos Italianos: Visitam os pais para tomar um café, comer bolo, antipasto, vinho, um bom prato de massa, carne, salada, pão, sobremesa, frutas, expresso e uns drinks após o jantar.
Filhos Americanos: Cumprimentam os pais com "Oi" e "Olá".
Filhos Italianos: Cumprimentam os pais com um grande abraço, beijos e tapinhas nas costas.
Filhos Americanos: Tratam os pais por sr. e srª.
Filhos Italianos: Tratam os pais por mamma e babbo..
Filhos Americanos: Nunca viram os pais chorar.
Filhos Italianos: Choram junto com os pais.
Filhos Americanos: Devolvem o que pedem emprestado aos pais em poucos dias.
Filhos Italianos: Ficam com as coisas que emprestam dos pais por tanto tempo que os pais esquecem que são deles.
Filhos Americanos: Quando o jantar acaba vão para casa.
Filhos Italianos: Quando o jantar acaba ficam horas conversando, rindo ou simplesmente confraternizando.
Filhos Americanos: Sabem pouco sobre os pais.
Filhos Italianos: Podem escrever um livro sobre os pais.
Filhos Americanos: Comem sanduíches de manteiga de amendoim, geléia e pão de forma branco.
Filhos Italianos: Comem sanduíche de salame, queijo colonial, pão caseiro, crostoli, conservas...
Filhos Americanos: Deixam você para trás se é isto que a maioria está fazendo.
Filhos Italianos: Não lhe abandonam mesmo que a grande maioria ache normal abandonar.
Filhos Americanos: São amigos do momento.
Filhos Italianos: São amigos por toda vida.
Filhos Americanos: Gostam de Rod Stewart e Steve Tyrell.
Filhos Italianos: Gostam de Laura Pausini e Andrea Bocelli
Filhos Americanos: Vão ignorar esta mensagem.
Filhos Italianos: Vão repassar per tutti gli amici oriundi

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O duro mesmo é cortar

                               O duro mesmo é cortar o cordão umbilical.
Quando fazemos tratamento psicológico os nossos médicos nos preparam psicologicamente para os dias de fim de ano, época de festas, reuniões em família, retrospectivas e tudo mais que envolve principalmente a família, e este ano mesmo longe sde psicólogos não vai ser diferente.
Já faz um tempo que passo as festas de fim de ano solitária por opção. Não gosto muito de festas de Natal e Revellion mas no ano passado passei com Adalberto e alguns familiares, este ano provavelmente será igual mas sempre ficará faltando alguém. Gosto de sentir os que amo por perto, ao alcance da mão, de um abraço, um beijo...
Meus filhos escolheram há muito tempo morar em cidades diferentes e distantes.
O Vinicius com a Rose e as fofinhas Ana Flora e Ana Júlia estão em Campinas-SP. Andréa, Fernando e meus fofos maiores, Bruna Laura e Pedro moram em Tupã-SP,
O Beto já morou mais de três anos na Espanha, agora mora ao meu lado me dando o prazer de conviver com ele e seu filho Gustavo, outro fofo, mas para ficar bem mais complicado a Ligia e o Conrado resolveram desde o meio do ano morar em Berlim e lá vão eles de novo para o outro lado do oceano Atlantico, outro lado do mundo, depois de terem estado este mês por aqui trabalhando (pouco os vi) e assim o coração velho vai ficando triste e murchando um pouco mais, principalmente ao saber que um dia irei sem vê-los. Farei a minha passagem e poderão estar todos longe e la irei eu embora sem me despedir em definitivo, dizer que os amo muito e pedir desculpas pelo que fiz e pelo que não fiz.
É triste mas isso faz parte da vida e do viver. Também poderei partir daqui há meio minuto e também irei só (sempre vamos sós) e sem me despedir.
Precisamos ser realistas e viver com os pés no chão, não sofrer e nem choramingar. Uns vão e outros estão chegando, e isso é o tempo inteiro, em toda a parte.
Isso faz parte eu sei, mas hoje estou triste, amanhã estarei melhor, com certeza. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Três Palavras

Pois é, a minha filha Ligia sempre convoca os seus leitores a escrever historinhas a partir de três palavrinhas pescadas do dicionário. Pois bem, hoje resolvi arriscar.
As palavras são: FETICHE, POEMA E CORCOVA.
A luz da lua criava sombras na parede da alcova fazendo parecer ainda maior a corcova do homem que passeava pelo aposento. Em sua cabeça de parcos cabelos e muita fantasia, pairava um pensamento renitente e quase estridente quase revelando o seu segredo tão antigo quanto à velha casa cinzenta que o abrigava há longos anos. Era mais que uma paixão, era um FETICHE guardado a sete chaves. E foi pensando nele que abriu a duas portas do armário e mais a tampa da caixa de metal que ficava na parte interna do assoalho do referido móvel. Retirou com cuidado o seu tesouro e cuidadosamente o colocou sobre a cama em desalinho, afastando para cima do travesseiro de cor indefinida as cobertas desbotadas, para melhor apreciá-lo. Era magnífico, vermelho e com salto agulha de sete centímetros. Passou horas naquela posição de admiração e lentamente foi se delineando em sua mente um doce POEMA em homenagem ao seu precioso objeto encontrado por acaso escorrendo pela sarjeta inundada num dia qualquer de temporal que caiu na cidade.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Chegou Finalmente

Finalmente ele chegou! Ou melhor chagará daqui há algumas horas, o dia 11.11.11 que desde o ano passado está sendo esperado com todo o tipo de sentimento: crença, descrença, desdém e enfado.
Recebi durante mais de onze meses "trocentos" email s me avisando que ele chegaria e que "algo" iria acontecer, eu espero sinceramente que eu acerte na quina, mas também tem aquele negócio de esperar um telefonema, esse eu espero diverdade, que não seja o banco me avisando que a conta debitada precisa ser coberta.
Enfim, vamos ver o que acontece, o meteorito ja passou, o cometa Ubiru ou coisa parecida, também ja passou e a única coisa diferente por aqui, sãos as plantações de trigo com desenhos geométricos que podem ter sido feitos por extraterrestres como aqueles da Europa.
Sendo assim, vamos aguardar e ver o que acontece de diferente. Estou curiosa...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Corpos X Corpos

                                                    Corpos X Corpos

Há tempos atrás li um livro sobre plantas chamado “A vida Secreta das Plantas”  de Christopher Bird e Peter Tompkins (recomendo) e adorei. Depois de muitos anos ouvi uma palestra sobre os alimentos e as vidas que eles contêm ou melhor, que eles são.
Daí resumindo tudo isso lhe convidaria a pensar no que comemos, senão veja:
Quando nos alimentamos de legumes, folhas e grãos crus estamos nos alimentando de seres vivos, cheios de energia natural, de vida, pura criação Divina. Estes seres irão fazer parte do nosso corpo por um tempo indeterminado transferindo a sua vibração enquanto vida, fazendo parte conosco de um todo, absorvendo nossas experiências e nossas informações, enquanto experimentam esta fase de “aprendizado” evolutivo do ser no nosso corpo.
Já os grãos se não os comêssemos e fossem plantados se transformariam em novos vegetais, árvores ou em alguma planta seguindo o seu ciclo de vida, mas quando o comemos, curiosamente vão fazer parte da nossa composição orgânica, que se assemelha a nossa terra-mãe, com seus minérios, água, cálcio, oxigênio e demais produtos químicos e o mais interessante é que não rebrotam e nem se tornam plantas provavelmente pela falta de luz.


Por enquanto é só, agora vou “trocar uma idéia” com algumas cenouras e um pé de brócolis...

sábado, 5 de novembro de 2011

Saciedade Literal

 É incrível mas tem épocas que eu não consigo fazer literalmente nada. O meu cérebro abre tantos canais e possibilidades que não consigo me definir por coisa alguma, assim como uma pessoa ávida por comer doces que entra na maior doceria e começa a olhar todas aquelas maravilhas coloridas e apetitosas e de tanto olhar, acaba por não se não decidir por nenhum, e até perde a vontade de comer. Os olhos já alimentaram o desejo do corpo e da alma literalmente. Comigo acontece muito, menos do que eu gostaria, é claro, taí o colesterol e o triglicérides que não me deixam mentir, mas juro que acontece. Pois agora a pouco, no horário de todos os dias, por volta (?!) de nove horas da manhã, estava fazendo o meu "Evangelho no lar", solitária como sempre, em pessoas de carne e osso, mas com certeza com a casa cheia de participantes em espírito, ávidos por orar e agradecer junto comigo as bençãos que recebemos todos os dias e até pedirmos por aqueles que amamos, ou conhecemos e os sabemos necessitados do corpo e da alma, em enfermidades e desajustes emocionais, encerro como de hábito com uma página (continuada) do Evangelho. Pois não é que enquanto eu lia (o assunto por mim já é conhecidíssimo) alto e claro para os que estavam ali me acompanhando, a minha cabeça criou literalmente uma série de peças de enfeite de cabeça para o inverno, pode? Que horror, é por isso que eu não consigo meditar, eu nem consigo me concentrar no que leio ou no que estou fazendo. Muitas vezes assisto um filme (dublado é claro) bordando ou fazendo alguma outra coisa, pois parece que "não estou fazendo nada", se não estiver mexendo as mãos. É horrível isso; certa vez, numa época em que lia muito jornal e acompanhava sempre a política, durante uma noite de insônia, desenhei 18 charges políticas e mais algumas histórias em quadrinhos!!! Não é o fim? Que coisa...

Ah, imagino que querem saber quais são as idéias que tive, pois vou contar.
Gosto muito de retalhos e de fuxico de pano, dai que existe uma idéis antiga de uns fuxicos com fitas penduradas e tal. Também pensei em diversos penduricalhos em pedrarias e fitas que seriam presos em bonés pretos ou boinas de crochê para o inverno, também pensei que a mesma idéia vai bem, aplicada na frente de um colete (muito na moda nesse inverno) e por ai foi indo o meu pensamento atrás de novas idéias. Concluindo: eu só sei o que eu li porque conheço a página, Capitulo Xlll, "Fazer o bem sem ostentação", Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, mas com certeza tentarei ler com mais atenção amanhã e depois e depois e depois, até um dia entrar no corpo e na alma como os doces que não preciso comer pois sei o gosto que tem. Apenas os aprecio, sei do que são feitos e conheço os sabores. Assim deverão ser os ensinamentos de Jesus, não devemos precisar ler e reler todas as horas, precisamos inseri-los no nosso eu mais profundo para que eles façam parte de nós o tempo todo nos nossos atos, passos e pensamentos e nos saciem nos acalmando a insatisfação e acabando com a ansiedade. Que a Paz seja com todos.
Esta é materia requentada e serve perfeitamente para o meu momento atual:
 muita pri e pouca cri.
Postada em 28 de março de 2009

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pelos que se foram

Foram muito cedo... Ou foram-se simplesmente... Quando olhamos para o céu gostamos de pensar que olham por nós. Lembrando deles muitas vezes... De manhã, à tarde ou à noite... Quando olhamos para as estrelas... Numa data, uma música, um cheiro...
Faz uma oração se sentes falta de alguém que hoje te olha do céu.
SAUDADES!!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia do Saci

Com o intuito de prestigiar o que é nosso, o nosso folclore, quando os meus netos eram pequenos escrevi esta história para eles. Hoje também é o dia do Saci.
A troca

Na estrada que leva ao Sitio do Sol, no meio de um bambuzal que ficava no lado da ponte morava um Saci.
Muito esperto e levado, como todo Saci, ele ficava espiando as crianças brincando para correr atrás delas e assustá-las, pedindo balas.
Certo dia, Pedro, um garoto muito levado, junto dos seus primos Léo e Thiago resolveram enfrentar o Saci. Foram até a ponte perto do bambuzal e começaram a gritar:
-Ei saci! Aparece Saci, vem aqui me pegar, eu não tenho medo de você...
De repente eles viram o bambuzal se mexer e uma ponta de gorrinho vermelho parecer. Logo em seguida dois olhinhos muito vivos espiaram por detrás das folhas antes de aparecer a boca sorridente.
-Uai!!!! Minha nossa!
Gritaram todos juntos e saíram em desabalada carreira gritando de medo. Suas primas, Bruna, Laura, Renata, e Andressa vieram ver o que estava acontecendo e viram os meninos correndo assustados que nem conseguiam falar de tanto que o coração batia de medo.
-A gente viu o Saci, a gente viu o Saci, ele correu atrás de nós...
Falavam os meninos engasgados de medo.
-Eu duvido!
Falou a Bruna.
-Eu também duvido!
Falou a Laura
-É mentira de vocês...
Falou Andressa.
-Também acho!
Falou a Renata, a maior delas.
As meninas riam sem parar dos meninos, mas lá no fundo também tinham medo, pois dava para ver que os meninos estavam assustados de verdade.
-Se não acreditam vão vocês até lá, eu é que não vou mais lá.
Falou Pedro
-Nem eu!
Falou o Léo
Thiago ficou quieto mas não demonstrava muita coragem. Então Andressa falou:
-Vamos todos juntos tirar essa prova. Se vocês estiverem mentindo, vão apanhar para aprender a não botar medo em ninguém.
E lá foram todos, uns empurrando os outros para irem na frente, ficando eles, os meninos, para trás.
Assim que chegaram ao bambuzal as meninas começaram a chamar aos gritos:
-Saci, aparece Saci, saia daí e venha até aqui!
De repente, sem saber de onde, ele aparece e pula na frente deles, fazendo-os tremer dos pés a cabeça, o próprio, em pessoa pulando e rindo e dando voltas sobre si mesmo. Negro, magrinho, com uma perna só e de gorro vermelho na cabeça e com voz estridente falou:
-Dá uma bala, me da um docinho, quem vai me dar em amiguinhos.
Todos eles ficaram mudos e de olhos arregalados sem acreditar no que viam.
-Ai minha mãe!!! Que medo!
Gritaram algumas crianças, outros nem conseguiram abrir a boca.
Então o Saci falou:
-Não tenham medo, não faço mal a ninguém. Só gosto de assustar e pedir balas e doces, não sei porque as crianças correm quando me vêem, mas eu me divirto mesmo assim.
Deu mais algumas voltas sobre si e continuou:
-Sabem o que eu quero mesmo de verdade. Uma perna... Você me dá a sua perna
Apontou o saci para a perna do Pedro.
-Eu não, ai eu é que vou virar saci!
-E você, me da uma perna, eu te dou meu gorro mágico que faz desaparecer assim
E rodou para os meninos verem que desaparecia mesmo, e até que o Léo achou a idéia interessante brincar de desaparecer, mas o que diria para a mãe quando chegasse em casa com uma perna só, a mamãe iria lhe dar um castigo daqueles.
Nisso o Saci falou apressado:
-Já vou embora, vem chegando alguém.
Colocou o gorro, rodopiou formando um redemoinho de poeira e sumiu como um bom Saci.
La vinha chegando o avo dos meninos, que ouviu maravilhado a historia dos garotos com olhos brilhantes. Sempre que os netos iam passear no Sitio, ele os levava até o bambuzal ao lado da ponte para chamarem o Saci. Ele era o mais animado com a brincadeira, talvez relembrando a própria infância.
Passou um tempo depois daquele dia, mas o saci nunca mais apareceu. As vezes ficavam chamando, chamando mas ele não aparecia, então desistiam e iam brincar de outra coisa.
Certo dia estavam brincando e lembraram do saci. Correram então para o bambuzal e ficaram chamando aos gritos:
- Ei saci, aparece saci!
Todos gritavam fazendo a maior algazarra. Jogaram punhados de balas no bambuzal e nada do saci aparecer, então desistiram e resolveram voltar. Quando iam se afastando desanimados ouviram o bambuzal se mexer e um bambu estalar, logo apareceu a ponta do gorro vermelho e logo depois o saci com a boca cheia de balas. Veio pulando e se sentou perto de onde as crianças haviam se sentado, pois não tinham mais medo do saci. Sentou-se e puxou a perna do Pedro, o fazendo gritar de medo.
-Me dá a sua perna, eu troco pelo meu gorro que é mágico, você coloca na cabeça, gira numa perna só e desaparece, fica invisível.
-Onde você estava, a gente sempre vem aqui lhe chamar e você não aparece!
Perguntou Andressa.
-É, a gente sempre trás balas
Falou a Laura, sendo confirmada pelas outras meninas.
-É mesmo, calma que eu explico: Como vocês sabem eu sempre quis ter duas pernas como todo mundo, então um dia passou pelo caminho um menino e eu perguntei: -Me dá uma perna, eu dou o meu gorrinho vermelho que é mágico. Você coloca na cabeça, gira numa perna e desaparece, fica invisível. Você troca sua perna comigo. – Gente!!! E não é que o menino trocou.
-Trocou!
-Pois é, trocou!!! Foi pulando numa perna só para casa dele com o meu gorrinho vermelho na cabeça todo feliz. Eu também fiquei feliz com a troca, afinal eu tinha duas pernas! A perna dele era branquinha, branquinha e um pouquinho mais curta que a minha, e verdade, mas não fazia mal. Eu capengava mas tinha duas pernas. Só que logo depois eu percebi que ninguém ligava para mim, eu andava na rua como todo mundo e não acontecia nada, eu era igual a todo mundo, quer dizer, quase igual. Eu tinha uma perna preta e uma perna branca, uma era mais curta, mas e daí, era tudo igual. Não tinha mais o meu gorrinho vermelho e mágico que me fazia desaparecer até porque ele só é mágico na minha cabeça, noutra cabeça ele é só um gorro, não acontece nada. Ai de repente acabou a novidade. Achei tudo muito chato e voltei para cá, sentei na beira da estrada e fiquei lá não sei quanto tempo, desanimado e triste e muito arrependido. Estava La pensando... quando ouvi um barulho assim: poc, poc, poc, olhei e vi o menino que trocou a perna comigo. Vinha pulando numa perna só com o gorrinho vermelho e mágico na cabeça, triste, desconsolado quando me viu ali sentado na beira da estrada, ficou feliz da vida.
- Vamos destrocar, não quero mais o seu gorro, que com ele não fico invisível, além do mais minha mãe me botou de castigo por ter trocado a perna sem perguntar para ela, e estou muito chateado por que tudo deu errado.
-Falava sem parar com medo de eu não querer concordar, então contei para ele que eu também queria destrocar. Ai destrocamos e ficamos amigos. Hoje eu voltei para visitar vocês e ganhar umas balinhas...
De noite, durante o jantar, as crianças contaram para o vovô e para a vovó a historia do saci e eles ouviram maravilhados dando boas gargalhadas.


(Os direitos autorais desta historia estão registrados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)

31 de outubro

                                                       31 de outubro

Era 31 de outubro e o dia amanheceu chovendo muito. Passei na frente do casarão e um barulho como se fosse de porta batendo, me fez pular e pisar na poça d’água. Meu coração começou a pular enlouquecido querendo sair do peito enquanto uma friagem percorria todas as vértebras da espinha, fazendo-me estremecer. Encolhi-me ainda mais dentro da minha capa de chuva e me abaixei embaixo da sombrinha de flores vermelhas.
Antes de dobrar a esquina ouvi outra vez o barulho da porta batendo ou talvez fosse uma banda da janela... Acelerei o passo até a padaria onde comprei quatro pãezinhos e voltei correndo para casa. Assim que cheguei corri para o telefone e liguei para a Maria Alzira.
-Menina, você nem vai acreditar! O casarão está desmoronando, está caindo, as portas e janelas estão batendo
-E daí.
-E daí que não está ventando!
-A é , mais está chovendo...
-Mas chuva não bate porta, acorda! Malzi, hoje é halloween, todas as almas estão soltas.
- Isso é só uma brincadeira...
- Brincadeira nada! A dona do casarão mora lá com os seus gatos. Não sei como ela não tem medo, ninguém fala com ela.
- Também ela é feia que dói e murcha como uma bruxa. Já ouvi falar que ela tem mais de 300 anos e que um dos gatos foi um grande amor da vida dela que ela transformou em gato.
-Qual deles
-Aquele cinza escuro bem peludo que fica na janela do sótão.
Nesta hora alguém da cozinha chama:
-Violeta, venha comer.
-Já vou mamãe! Malzi eu preciso desligar...
Neste momento, a velha senhora saia do casarão calçando galochas de cano longo, encolhida numa capa escura com capuz que lhe cobria quase todo o rosto sob um grande guarda chuva preto e se dirigiu ao mercado. Comprou uma variedade de doces e duas imensas abóboras redondas. Trazia tantas coisas nos braços que precisou de um taxi para voltar para a casa.
A noite chegou e a chuva não parava, o que incomodava as crianças que queriam ir para a rua brincar de halloween, indo de porta em porta pedir doçuras em troca de travessuras.
Liguei novamente para minha amiga Maria Alzira
-Malzi, como vamos brincar com essa chuva.
-Não sei, já vesti minha fantasia e estou esperando, você já vestiu sua fantasia, ficou legal,
-Já. Ficou bem legal, minha mãe já tirou uma porção de fotos.
-A minha também. Vou esperar só mais um pouco, depois vou até ai e a gente vai de guarda chuva mesmo.
Depois de uns 15 minutos, a chuva deu uma aliviada e as meninas se encontraram perto da esquina com outras crianças do bairro.
Depois de baterem em quase todas as casas da redondeza, ficou faltando o casarão, todos estavam em dúvida se bateriam lá.
-Vamos bater lá, sim.
Todos ficaram em silencio até que Malzi me pegou pela mão e me puxou em direção a misteriosa casa, sendo acompanhadas por todos os outros amigos. La chegando diante da grande porta todos gritaram o mais que podiam “travessuras ou gostosuras”!
Era uma algazarra só.
Para surpresa deles, não demorou muito a porta se abriu e apareceu a velha senhora, que a bem da verdade era muito feia, carregando um gato no colo.
Todos gritaram ao mesmo tempo e ameaçaram sair correndo em disparada quando ela com uma voz meia rouca nos convidou:
-Entrem, não fiquem ai parados na chuva. Eu e o Heitor (assim se chamava o gato) os convidamos para entrar...
-Não, nós só queremos as gostosuras, não queremos entrar.
-Podem entrar, por favor, não faço mal a ninguém, tenho doces e guloseimas para todos.
Por um momento ficamos ali olhando uns para os outros sem saber o que fazer, cheios de curiosidade para saber como era por dentro o velho casarão, até que mesmo tremendo de medo entramos devagar e com os olhos cheios de curiosidade.
La dentro tudo era muito antigo e até meio escuro. Muitas fotos sobre um piano, um armário cheio de louças e bibelôs e muitos quadros pelas paredes alem de moveis escuros e antigos. No meio da outra sala havia uma mesa comprida com as duas aboboras cada uma com uma vela grossa acesa em cima e muitos doces arrumados sobre uma toalha branca.
-Podem comer a vontade e levar o que sobrar...
Daí eu perguntei: a senhora toca piano
-Já toquei minha menina, hoje não toco mais. Já toquei até em teatro...
-Então porque não toca para a gente ouvir;
-Eu! Acho que nem sei mais...
Falou a senhora com olhos tristes.
-Toque para nós vá... Eu gosto de musica e até estou aprendendo violão
-Então está bem, já que estão me pedindo tocarei...
Um tempo depois saímos dali, do velho casarão, felizes e contentes na certeza que aquele foi o melhor halloween que tivemos...


(Os direitos autorais desta história estão registrados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)