Quem sou eu

Minha foto
Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

domingo, 13 de novembro de 2011

Três Palavras

Pois é, a minha filha Ligia sempre convoca os seus leitores a escrever historinhas a partir de três palavrinhas pescadas do dicionário. Pois bem, hoje resolvi arriscar.
As palavras são: FETICHE, POEMA E CORCOVA.
A luz da lua criava sombras na parede da alcova fazendo parecer ainda maior a corcova do homem que passeava pelo aposento. Em sua cabeça de parcos cabelos e muita fantasia, pairava um pensamento renitente e quase estridente quase revelando o seu segredo tão antigo quanto à velha casa cinzenta que o abrigava há longos anos. Era mais que uma paixão, era um FETICHE guardado a sete chaves. E foi pensando nele que abriu a duas portas do armário e mais a tampa da caixa de metal que ficava na parte interna do assoalho do referido móvel. Retirou com cuidado o seu tesouro e cuidadosamente o colocou sobre a cama em desalinho, afastando para cima do travesseiro de cor indefinida as cobertas desbotadas, para melhor apreciá-lo. Era magnífico, vermelho e com salto agulha de sete centímetros. Passou horas naquela posição de admiração e lentamente foi se delineando em sua mente um doce POEMA em homenagem ao seu precioso objeto encontrado por acaso escorrendo pela sarjeta inundada num dia qualquer de temporal que caiu na cidade.


3 comentários: