Quem sou eu

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Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Chuva e bolinho de chuva

                                                           Chuva e bolinho de chuva
- Menino! Vá buscar um ovo no galinheiro...
- Mas tá chovendo , mãe.
- Por isso mesmo, vou fazer bolinho de chuva.
- Então eu vou. Os meus eu quero com bastante açúcar e canela, viu?
- Tá bem, tá bem...
E lá se foi o garoto pulando as poças do quintal fazendo respingar nas pernas a lama rala. Entrou no galinheiro e saiu de lá carregando três ovos deixando o galinheiro alvoroçado.
- Pega mãe, só tinha três, vai dar né?
- Vai sim, claro que dá, só bastava um, unzinho só.
Tomou nas mãos os ovos, guardou na fruteira os outros dois entre as frutas e legumes e quebrou o outro numa tigela funda. Colocou os demais ingredientes e colocou óleo numa panelinha funda para aquecer bem.
Foi derramando a massa em bocados e deixou que ela fosse virando e revirando no óleo quente para cozer bem por dentro.  Dai foi retirando um a um e o menino foi espalhando por cima generosamente o açúcar misturado à canela.
Quando terminaram, a água para fazer o café já fervia e foi só coar o pó escuro e cheiroso.
Sentaram-se à mesa e passaram uns minutos em silêncio só apreciando aqueles sabores tão delicados e tão caseiros como o bolinho de chuva com café fresco.
A chuva continuava lá fora molhando a horta e lavando tudo.
Bons tempos aqueles em que pequenos prazeres valiam mais do que o que se compra com dinheiro.

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