Árvore genealógica 2012
Estava pensando hoje à tarde por conta de um assunto na televisão sobre arvore genealógica, e cheguei à triste conclusão de que não dá mais para montar uma árvore genealógica nos dias de hoje. Se não veja:
Antigamente no final do século XIX, começo do século XX as famílias se formavam em um grande número de descendentes e cada mulher tinha em média uma dúzia e meia de filhos, sim, 18 rebentos no mínimo (minha avó materna teve 28 partos) que levariam para frente o nome e as características daquele casal além dos bens materiais, que variavam muito de família para família. Daqueles, muitos os que sobreviviam também se casavam e novamente se multiplicavam gerando um pouco menos, em média uns doze filhos pelo menos. Poucos casavam uma segunda vez. Um ou outro fazia filhos com uma amante,talvez por isso houvesse um certo "controle natural" da situação.
Daí, antigamente, ao montarem uma árvore genealógica, o tronco era formado por dois pares que passariam a delimitar o lado paterno e o lado materno, e cada par pelos descendentes representados pelos ramos e seus rebentos por ramos menores e folhas. Hoje não é possível mais fazer uma montagem como era, senão veja só;
Montarei uma suposta árvore iniciada com um casal no ano de 1950. Vou dar o nome de José e Maria. Eles tiveram 10 filhos, cinco mulheres e cinco homens que casaram respectivamente com seus pares. Em 1975 teoricamente cada casal teria cinco filhos adultos prontos para casar, daí é que a coisa começa a pegar principalmente a partir da proliferação do divórcio.
Hoje em dia nem se casa tanto oficialmente para “não ter o trabalho” de mudar o nome nos documentos. Assim os casais ficam um tempo juntos até entrarem na rotina, daí trocam de pares e vão ficando os filhos pelo caminho da história. Eles já casam prevendo para breve a separação, geralmente na primeira encrenca. Não se investe mais na relação, para quê, né? São tantas opções...
Voltando para a fictícia árvore genealógica; Os filhos de cada casal casaram e descasaram várias vezes, gerando cada um dos cinco, mais cinco filhos com três mulheres diferentes, ficando assim neste grupo aproximadamente 15 mulheres/esposas e 25 filhos de cada grupo de casamentos e tentativas, pois cada homem teria três esposas e as mulheres teriam três maridos, formando assim famílias fragmentadas e irmãos de pais diferentes.
Dessa maneira cada homem casou temporariamente com três mulheres, assim como as três mulheres casaram com três homens ficando cada casal com uma média de seis experiências. Sendo seis de cada lado e cada uma das experiências resultou em nove filhos. Juntando os dois lados do primeiro casal José e Maria que se casaram em 1950 já são... muiiiiiiiitos. Melhor parar.
Nem contei as sogras, as cunhadas e cunhados e muito menos os tios e primos, pois os meus dons matemáticos foram todos investidos na primeira filha (minha é claro) que se fornou Engenheira Eletricista aos 22 anos.
Como você que me lê montaria nos tempos atuais uma árvore genealógica desse porte, com os casamentos e descasamentos que acontecem todos os dias?
(só posso ter cabeça de camarão, pois não?)
Estava pensando hoje à tarde por conta de um assunto na televisão sobre arvore genealógica, e cheguei à triste conclusão de que não dá mais para montar uma árvore genealógica nos dias de hoje. Se não veja:
Antigamente no final do século XIX, começo do século XX as famílias se formavam em um grande número de descendentes e cada mulher tinha em média uma dúzia e meia de filhos, sim, 18 rebentos no mínimo (minha avó materna teve 28 partos) que levariam para frente o nome e as características daquele casal além dos bens materiais, que variavam muito de família para família. Daqueles, muitos os que sobreviviam também se casavam e novamente se multiplicavam gerando um pouco menos, em média uns doze filhos pelo menos. Poucos casavam uma segunda vez. Um ou outro fazia filhos com uma amante,talvez por isso houvesse um certo "controle natural" da situação.
Daí, antigamente, ao montarem uma árvore genealógica, o tronco era formado por dois pares que passariam a delimitar o lado paterno e o lado materno, e cada par pelos descendentes representados pelos ramos e seus rebentos por ramos menores e folhas. Hoje não é possível mais fazer uma montagem como era, senão veja só;
Montarei uma suposta árvore iniciada com um casal no ano de 1950. Vou dar o nome de José e Maria. Eles tiveram 10 filhos, cinco mulheres e cinco homens que casaram respectivamente com seus pares. Em 1975 teoricamente cada casal teria cinco filhos adultos prontos para casar, daí é que a coisa começa a pegar principalmente a partir da proliferação do divórcio.
Hoje em dia nem se casa tanto oficialmente para “não ter o trabalho” de mudar o nome nos documentos. Assim os casais ficam um tempo juntos até entrarem na rotina, daí trocam de pares e vão ficando os filhos pelo caminho da história. Eles já casam prevendo para breve a separação, geralmente na primeira encrenca. Não se investe mais na relação, para quê, né? São tantas opções...
Voltando para a fictícia árvore genealógica; Os filhos de cada casal casaram e descasaram várias vezes, gerando cada um dos cinco, mais cinco filhos com três mulheres diferentes, ficando assim neste grupo aproximadamente 15 mulheres/esposas e 25 filhos de cada grupo de casamentos e tentativas, pois cada homem teria três esposas e as mulheres teriam três maridos, formando assim famílias fragmentadas e irmãos de pais diferentes.
Dessa maneira cada homem casou temporariamente com três mulheres, assim como as três mulheres casaram com três homens ficando cada casal com uma média de seis experiências. Sendo seis de cada lado e cada uma das experiências resultou em nove filhos. Juntando os dois lados do primeiro casal José e Maria que se casaram em 1950 já são... muiiiiiiiitos. Melhor parar.
Nem contei as sogras, as cunhadas e cunhados e muito menos os tios e primos, pois os meus dons matemáticos foram todos investidos na primeira filha (minha é claro) que se fornou Engenheira Eletricista aos 22 anos.
Como você que me lê montaria nos tempos atuais uma árvore genealógica desse porte, com os casamentos e descasamentos que acontecem todos os dias?
(só posso ter cabeça de camarão, pois não?)
Oi,amiga!
ResponderExcluirConvivo no trabalho com muitas famílias que ainda são formadas com pai e mãe,filhos desse casal...às vezes algum avô ou avó ajuda a cuidar das crianças. Também tem, emmenor número,mães que criam sozinhas os filhos e,por tanto,alguns filhos podem ser ou são de pais diferentes. Há poucos casos em que os avós assumem totalmente os netos pq os filhos são descabeçados...rs
Mas há uma luz no fim do túnel: a maioria das famílias formadas tradicionalmente não tÊm mais que 3 filhos!
bjs
Oi Inês, obrigada pela visita. Realmente a média de filhos por casal nos dias de hoje é de 2 1/2 filhos (?), de acordo com as estatíticas. Na verdade esses pais de hoje andam tão ocupados que não têm tempo para ter mais filhos. Bjs♥
ResponderExcluirOi, Clotilde. Muito interessante sua teoria. É realmente o fim da Árvore genealógica tal qual a conhecemos... Uma grande sacada este seu mote, um assunto que é matéria-prima pra vários textos! Bom carnaval.
ResponderExcluirFaça um texto então você meu amigo, que tem muito mais experiência do que eu para escrever. Tenho certeza que vai ficar ótimo. Abrçs♥
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