quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

É Sempre Natal, se quisermos...



                                  É sempre Natal, se quisermos...
O Natal foi ontem, 25 de dezembro, mas se quisermos pode ser todos os dias do ano.
Deveríamos festejar todos os dias do ano fazendo renascer Jesus nos nossos corações.
Os festejos natalinos, comerciais, a Festa em si, aquela das comilanças e da troca de presentes nunca é igual para todos e nem todos os anos se festeja da mesma forma, mesmo que a decoração, as cores verde e vermelhas, os dourados e tudo o mais pareçam, cada ano é um ano novo, um acontecimento novo, triste ou muito bom, como as mortes e os nascimentos.
Como os casamentos e os descasamentos, como os acessos às escolas e faculdades ou às formaturas. E para os que como eu já estão mais velhos, já vai tendo um sabor de nostalgia e despedida. Fica sempre a dúvida do que está por vir, já que as esperanças e projetos vão se esmaecendo. Impossível não pensar se estaremos juntos novamente, se eu estarei presente fisicamente ou num álbum de fotos e nas lembranças de alguns.
Faz parte da vida. A vida se renova o tempo todo e devemos agradecer por isso.
Escolhi escrever hoje de propósito. Fazer uma retrospectiva, mesmo que superficial, é um bom propósito no final do ano para recomeçar evitando repetir os mesmos erros.
Fico pensando no ditado popular que “o macaco nunca olha para o próprio rabo”, assim ficamos apontando os erros dos outros como se não carregássemos os nossos próprios e deveríamos nos analisar, pelo menos uma vez por ano, e procurar nos melhorar em vez de apontar. Se não gostamos de alguma coisa no outro, olhemos para ver se não fazemos igual ou numa outra versão sobre o mesmo tema.
Tudo o que nos incomoda no outro é porque temos em nós, mesmo que não admitamos.
Então, mais um ano termina e precisamos seguir avante, precisamos valorizar as pessoas como gostamos que nos façam, vamos olhar nos olhos e oferecer um sorriso mesmo que discreto, mas que saia do coração.
Vamos perdoar de verdade, deixar para lá aquilo que não foi bom e façamos o possível para fazermos melhor da próxima.
Vamos fazer um ano mais leve e aceitar o que não pode ser mudado sem rebeldia e reclamações.
Vamos nos respeitar até nas nossas idiossincrasias porque não somos perfeitos, vamos cavar no nosso coração um pouquinho de amor a mais e distribuir sem parcimônia.
Vamos fazer o ano e a vida valerem a pena.
Viver não é fácil e dá um pouquinho de trabalho, mas unidos fica menos difícil.
Um bom 2020 (vintevinte) para todos.

Hoje é dia 26. Dia do Beto. Saudade.


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Será Mesmo ?

                             Será Mesmo que Cremos em Deus?
Oramos, pelo menos quem costuma orar, para Deus usando a Oração que nos ensinou Jesus Cristo. O Pai Nosso.
Será que ao rezar observamos as palavras que fazem parte da oração, será que realmente assinamos em baixo nossa petição?
Senão vejamos:
“Pai Nosso, que estás no Céu.”
Santificado seja o teu nome, venha à nós o vosso Reino,
Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu.
Como assim; “A Tua Vontade?”
E a minha vontade Senhor? Quando vou ser atendida (o)?
Quando Vais trazer de volta o meu ente querido? A saúde e a prosperidade tão desejada e implorada nas minhas orações?
Mas se temos a certeza que Ele sabe o que faz, e repetimos também sem nos dar conta dessa frase que falamos de maneira automática, por que não confiamos e aceitamos o que acontece que com certeza, é o melhor para mim e para todos os envolvidos naquele momento?
Não! Somos tão infantis na nossa fé que achamos que ao proclamarmos aos quatro ventos que somos crentes em Deus e Cristãos, já está tudo combinado que eu vou pedir e vou ser atendida porque eu tenho fé.
O problema não é tão simples quanto pode parecer à primeira vista.
Nem sempre o que pedimos é o melhor, pois somos cegos conduzindo cegos, não enxergamos um palmo diante do nariz e ficamos achando sempre que a nossa petição é justa e o “tamanho” da nossa fé é passaporte para o que chamamos Felicidade.
Pois é, quando sabemos que algum ente querido ou um amigo está doente, mal mesmo, quase à morte, oramos pela sua cura e consequente sobrevivência, não querendo saber se futuramente será bom para o nosso ente querido a sobrevivência dele, desde que sejamos felizes em poder olhar e tocar aquela pessoa que queremos bem, quando na verdade, já dizia Jesus, que “a Felicidade não é deste mundo”. Que a verdadeira vida é a Espiritual, que o mundo é a escola que precisamos para aprender e evoluir. Que nosso corpo se assemelha a um escafandro de caminhar no fundo do mar, que é um aparelho pesado e desconfortável, que quando nos libertamos, na hora certa que fique bem entendido, saímos voando como borboletas após a metamorfose, à caminho da verdadeira liberdade no mundo Maior.
Neste dia de Finados, ao trazer à lembrança aqueles que partiram antes de nós, tenhamos em mente que Deus sabe o que faz e seguir suas Leis e aceitar o que não pode ser mudado é o melhor para todos.
Orar e sentir saudade sem desespero é o que nos resta.
Fiquem todos na Paz.


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

E a Vaca foi para o Brejo...

                              E a Vaca foi para o Brejo...
Estávamos, Otávio e eu, tomando nosso desjejum, mais conhecido como café da manhã, quando ao estender minha mão para pegar o queijo ele comentou:
- Você sabia que vai haver, daqui há duas semanas, um festival gastronômico na cidade só com comidas que levem algum tipo de queijo?
- Sério?
- Seríssimo, eu até já tomei algumas providencias para participar...
- Como assim, participar, se você não sabe nem ligar o fogão ou ferver água?
- Calma, só vou participar da logística...
- Defina em poucas palavras, por favor...
- Eu simplesmente irei fornecer todo o queijo do festival.
Levantei de um pulo para ouvir melhor e ainda de boca aberta aguardei os detalhes.
- Vou fazer o queijo e hoje mesmo darei início às primeiras receitas é só esperar que o item principal chegue...
- Como assim, se você não bebe leite e nem viu sequer, uma vaca de perto?!
- Claro que vi, escolhi e comprei...
Fiz que não ouvi o último comentário e continuei;
 - Você por acaso sabe a quantidade de queijos que existe pelo mundo? E a variedade de pratos com queijos específicos, tem alguma ideia? Sabe, por exemplo, que alguns queijos levam um tempão numa prateleira, na penumbra, sendo virados e revirados por anos seguidos, várias vezes ao dia? E outros ainda que precisam de lugares especiais, temperatura e temperos especiais, tratamentos especiais e mãos especiais, só para adquirir características próprias? Fazer queijos não é tão simples e nem é para qualquer um fazer. Precisa de “entendidos” literalmente para colocar a mão na massa.
- Mas eu vi outro dia na televisão e era muito simples: o cara pegou um panelão enorme, encheu de leite, colocou o que ele chamou de fermento e foi mexendo com uma pá enorme,  até que virou uma massa de queijo, depois escorreu o que ele chamou de soro e estava pronto; me pareceu bem simples.
- Mas essa é só a primeira etapa do queijo mais simples que existe, o chamado queijo fresco. Os queijos usados na culinária são mais elaborados, levam tempo para serem produzidos, levam selos de qualidade, alguns são de leite de vaca, outros são de leite de cabra, de ovelha, de búfala...
Neste momento o interfone toca e uma voz pergunta onde descarrega a vaca que foi encomendada para este endereço, e ainda avisa que não dá para deixar no gramado da frente porque ela pode fugir, já que não há cercas.
Tive que explicar que foi engano e que a pessoa fizesse a gentileza de desconsiderar a encomenda...
- Otávioooo!!!!
É claro que se escondeu em lugar incerto e não sabido e ali vai ficar até o Festival gastronômico acabar...
Vai um “x” ai?


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Ventos de Primavera


                               Ventos de Primavera
Hoje tem inicio, nesse hemisfério, a Primavera deste ano de 2019.
É setembro e já ansiamos lavar e guardar as roupas de inverno que ficarão literalmente adormecidas, hibernando, até 2020 e começar a usar as de verão. Eu pelo menos estou ansiosa.
Estava aqui pensando na vida e confabulando com minhas pantufas de Unicórnio, quando a campainha tocou avisando para receber uma encomenda lá embaixo.
- Como assim,  se não fiz nenhuma compra e nenhuma encomenda?!
Foi quando saiu do quarto, de entre os lençóis, a criatura peluda de olhos amarelos que responde pelo nome de Otávio gritando:
- Deixa comigo!
É claro que a lâmpada vermelha do giroflex, no meu cérebro começou a piscar e só faltou acender a sirene de incêndio.
Ele desceu correndo até a portaria e voltou carregando um pacote tão grande que até precisou de ajuda para trazer até o apartamento.
Lá vem coisa!!! Gritou a minha intuição do fundo das profundezas do meu ser enquanto eu respirava e contava até dez em vários idiomas para me acalmar. Só que não fez efeito e quando ele adentrou à sala eu gritei:
- De que se trata este pacote, qual é a do dia?
- Não esquenta a cabeça que a caspa vira “mandiopã”!
(Essa é do século passado, da mesma época em que vendiam pela televisão as meias Vivarina e as 12 facas Jiatsu.)
Nervosamente ele desmanchou e desembrulhou todo o enorme pacote causando um caos na nossa pequena sala.
Pouco a pouco foram aparecendo as partes de tecido sintético e as hastes e conexões metálicas que não acabavam mais.
- Mas o que é isso Otávio?!
Perguntei no último fôlego das minhas forças.
- Não é nada demais, comprei uma barraca de acampar com todos os acessórios, tipo panelas, fogão etc
- E precisava uma de três quartos, “avancê”, sala de Tevê e banheiro com ducha? Ela é maior que o nosso apartamento de 50 m²!!
- Por isso mesmo; estou cansado desse aperto, assim vou me mudar para a praia definitivamente e viver ao ar livre, sentindo o cheiro do mar, o vento, ouvindo as gaivotas e lá não estarei para mais ninguém...
Na hora levei um susto, nunca imaginei que meu companheiro de espaço e moradia fosse me abandonar assim, de uma hora para outra, sem mais nem menos.
E lá foi ele todo feliz com a sua enorme barraca e apetrechos, em cima de um caminhão de mudanças.
Confesso que deprimi, chorei e nem preguei os olhos a noite toda ouvindo o vento lá fora. Até tive que retirar os cílios postiços.
Mal o sol raiou levantei e fui fazer um café para botar os neurônios para caminhar.
Quando sentei para ler as notícias do dia, a porta se abriu e a criatura peluda entrou atropeladamente e se jogou no sofá enquanto me dizia:
- Perdi tudo!! Tudo! Acho que não reforcei as amarras direito, sei lá, e a ventania carregou tudo para longe, não deixou nada...
Parou um pouco e continuou enquanto se levantava do sofá e se arrastava na direção do quarto;
-Vou para a minha cama, para os meus lençóis, e não estarei para ninguém por duas semanas ou até a porcaria da ventania passar...

Alguém aí viu uma barraca sendo arrastada pelo vento?

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A Difícil Arte de Convencer e Vender

                         A Difícil Arte de Convencer e Vender
Eu tenho por hábito me recostar depois do almoço e deixo a televisão ligada enquanto cochilo. Passa o Jornal e troco para um canal religioso com aquela programação das tardes, onde ensinam artesanato, receitas, falam de doenças, de moda ou as fofocas do mundo dos famosos.
Ali fico eu naquela preguiça, até que crio vergonha e vou fazer algo útil.
Mas o que eu venho comentar é sobre as propagandas de 30 segundos que intercalam a cada 3 minutos estes programas.
Não entendo de marketing e Propaganda, mas como consumidora posso dar meu parecer sobre o que vejo.
Gente; que maneira é essa de oferecer um produto?
Arrumam pessoas de vozes esganiçadas, e sem qualquer tonalidade sedutora. Dão a essas pessoas um texto de três laudas para encaixarem em 30 segundos de tempo. Daí que são verdadeiras metralhadoras ambulantes, resfolegando como loucas para passar uma mensagem num fôlego só.
Tem uma senhora que vende iogurteiras de fala trêmula, que já assisto desde que meus filhos eram crianças pequenas e os programas vendiam “cartilagem de tubarão”, e olha que já fazem “horas” isso, e continua lá firme e forte, no seu mister de vender e convencer.
Tem um colchão que vibra e treme em mil posições, que dá sono só de ouvir a lista do que ele é capaz. E agora ainda mostram um cachorro e garantem que ele, o cachorro, é quem mais "entende" de colchão, só porque num dia de raiva, ele rasgou inteiro o colchão da dona e viralizou na internet.
Tem uma cinta para dores de coluna; é uma faixa larga, preta e é fechada com velcro, que quem comprar uma, ganha outra, e mais um relógio de pulso foleado a ouro (?!). Ainda sugerem que ao comprar uma cinta e ganhar a outra, você pode presentear para a sua amiga, sua vizinha ou sua sogra(!) 
Como assim, ô meu!?                            
E me digam o que fazer com duas peças iguais, que devem durar mais que Matusalém?  E se eu não quiser dar para ninguém, uma delas? Afinal, parece ser dessas coisas que duram uma eternidade.
Que mal lhe pergunte; por que não vender a maldita cinta sozinha pela metade do preço?
Também vendem um produto para a cartilagem, reumatismo, artrose, artrite e demais problemas de articulação,  e são tantas doenças que dá um compêndio. A mocinha quase precisa de oxigênio para dar conta de dizer o texto inteiro em altos decibéis e na velocidade da luz.
Tem um creme antienvelhecimento que a menina diz que a “mãe” dela adora. Achei um bom referencial, SQN... Ah, esse dá de presente um colar de pérolas...
Gente; quem tiver paciência de aguentar a ladainha dou a maior força eu só aguento uns quarenta minutos e caio fora.
É o preço para aprender alguma ideia nova para artesanato ou cozinha, ou mesmo para deixar o tempo passar com um olho aberto e outro fechado, dar um cochilo e recomeçar o segundo turno.
Sim eu tenho um controle remoto que me possibilita assistir outras bobagens edificantes, mas a preguiça não deixa e depois o que eu teria para escrever aqui?
Boa tarde.



sábado, 31 de agosto de 2019

A vinda dos que não foram...

                              A vinda dos que não foram... ;)
Acordei cedo e aproveitei para ir ao supermercado enquanto o sol não ardia.
Acabei passando quase duas horas fora de casa resolvendo outras coisas; como passar na lavanderia, no sapateiro e pegar uma bolsa que mandei costurar, enfim; coisas prosaicas do dia a dia de qualquer um antes de correr para casa e servir o almoço.
Quando saí Otávio dormia placidamente enroscado nos lençóis parecendo um anjo negro.
Quando cheguei das compras e demais, dei de cara com uma caixa enorrrrme dentro da sala.
Meu sangue percorreu a coluna de alto à baixo em alta velocidade várias vezes, me aquecendo e gelando parecendo me pasteurizar por dentro e me tirando totalmente o equilíbrio e o raciocínio, tanto que joguei as sacolas de compras no chão e me larguei sobre o sofá que era a única coisa macia que havia por perto antes de perder os sentidos temporariamente.
Acordei e como o silêncio pairava no ar fui à procura da única criatura que com certeza estava armando novas situações e me explicaria o que estava acontecendo.
À porta do quarto ostentava um cartaz que dizia:
“Pare! Para sua segurança não ultrapasse.”
“Laboratório em plena atividade.”
- Como assim; “plena atividade?!”
Em respeito aos meus neurônios, à minha idade avançada, aos meus cabelos brancos e às minhas pantufas, dei meia volta fui para o meu quarto e me joguei na cama com o olhar grudado no teto, me perguntando: “o que fiz para merecer essa criatura peluda de olhos amarelos, que acredito piamente, tenha vindo de outro planeta onde, com certeza, eu aprontei muito, e me enviaram como um emissário do terror para me tirar do sério dia sim e outro também”.
Passei por um cochilo, talvez para refazer o cérebro do choque e me levantei para arrumar as compras e guardar as coisas nos devidos lugares; Pensando também em fazer um café para começar a raciocinar caminhei na direção da cozinha.
Quando dei de cara com a enorme caixa novamente, tive vontade de voltar a me deitar e só acordar em 2020.
Bati na porta do “laboratório” e perguntei o que eu deveria fazer com a caixa e a voz cavernosa laconicamente respondeu: Descarta!!!
Deu para sentir certo peso negativo na resposta ou eu que estava sendo pessimista? - Sim talvez, quem sabe? É bem possível-...
Desci até a lixeira para colocar a caixa no depósito de recicláveis e subi para o apartamento, curiosíssima.
Quando entrei na sala, ele abriu a porta do quarto/laboratório e me perguntou: - Que dia é hoje?- e eu lhe respondi que era 31 de agosto de 2019.
Sem cerimônia bateu a porta de forma deselegante e rápida, não me deixando entrever nada do lado de dentro.
E assim fez por umas cinco vezes; ele abria a porta e me perguntava que dia era e fechava com a mesma rapidez.
Até que achando a atitude dele uma enorme palhaçada, resolvi fazer valer minha autoridade local e abri a porta devagar e resoluta. O que encontrei me desarmou, pois o encontrei desolado e cabisbaixo.
Me condoeu ver a cena, mas mantendo a pose perguntei qual era a de hoje e me respondeu quase sem voz que comprou uma “máquina do tempo” pela internet, pois queria voltar ao passado e conhecer pessoalmente o Xá da Pérsia, seu tio, a Sua tia Egípcia, Bastet, e tantos outros que gostaria de conhecer e encontrar no passado, mas achou que a máquina que comprou pela internet deu defeito, e ainda me perguntou: “o que você acha”?
Sem palavras... L
Alguém interessado em comprar uma máquina do tempo seminova?

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Conhecendo novos caminhos...


                    
                               Conhecendo novos caminhos...
Hoje amanheceu com nuvens pesadas e revoltadas, e pelo movimento delas rolava uma d.r. básica ao amanhecer.               
Sem se importar com isso o sol espiava entre elas para ver a hora em que tudo se acalmaria para ele entrar triunfante.
Lá pelas 9 horas, finalmente ele se apresentou e as nuvens debandaram.
Olhei umas três ou quatro vezes pela janela, sob o grande perigo de ser apelidada de relógio Cuco pelos que por acaso estivessem me observando na indecisão de sair ou não sair.
Se ficasse em casa trabalharia um pouco nas coisas que me aguardam para serem feitas, se saísse apanharia um pouco de sol e mudaria o panorama que usualmente costumo apreciar.
Finalmente optei por sair sem destino, sem lenço e sem documento. Dei “xau” para o Otávio que insistiu em querer ir, mas ao saber que eu não tinha ideia do meu destino e que horas eu voltaria, desistiu e voltou para os lençóis.
Saí sob um sol limpo e quentinho e ao chegar à parada de ônibus, um coletivo verde se aproximava. Sem qualquer embaraço, subi e sentei na frente, no acento reservado àqueles que já estão à frente do tempo faz tempo.
Ao chegar ao terminal, que hoje por ser domingo estava com pouquíssimo movimento de pessoas indo e vindo, chegando e partindo, olhei para à minha direita e percebi que um ônibus saia da plataforma, dei sinal e entrei sem ver para onde ia, apenas percebi que não havia 8 pessoas indo para aquele destino.
“Toca-lhe o pau, Marquinho!”
Foi o que tive vontade de gritar, pois o coletivo se deslocava como uma lagarta descadeirada, apesar de saber mais trade pelas conversas entre motorista e cobrador, meus vizinhos de espaço, que o ônibus era novíssimo.
“Situdisx”...
 Pois bem, lá fomos nós; eu e o pequeno grupo.
Gente! Fui parar pra lá de “deus-me-livre” e mais dois metros, depois de hoooooras de entra e sai de ruas e bairros.                                  
No ponto final da trajetória há uma Capela para orar agradecido por termos chegados ilesos aquele fim de mundo.
Depois fiquei sabendo pelo motorista e o cobrador, que naquele lugar, que mais parece onde o mundo acaba já teve um parque aquático; e a engenhoca funcionou com grande movimento durante um tempo, até que uma criança morreu na brincadeira.
Hoje em dia pode se ainda ver algumas peças coloridas, enferrujadas e cobertas pelo mato.
Também fui informada que todo aquele espaço verde, que parece uma fazenda foi desapropriado e já pago aos donos pelo Governo, pois naquele lugar vai ser construído um rodoanel.
Assim, deu a hora do retorno e retornei.
Como passamos pela esquina de casa resolvi descer e fechei o meu domingo por ali mesmo.
Boa semana para todos.




sábado, 3 de agosto de 2019

Sushi-Man Por um Dia

                                   Sushi-man por um dia...
No meio da tarde estava eu tranquilamente fazendo meu crochê enquanto assistia qualquer coisa na tevê, quando irrompe pela sala, todo esbaforido como se fugisse do inimigo, ninguém menos que Otávio, a criatura peluda de olhos amarelos que divide comigo o espaço de 50 metros quadrados mais agitados do pequeno Condomínio de quatro prédios.
Pulei do sofá assustada espalhando o meu trabalho de quilômetros de linhas coloridas enredadas entre nós pelo chão da sala.
- O que houve?
- Fica fria; apenas vim te pedir uma coisa urgente urgentíssima para ontem...
- E que coisa é essa tão urgente urgentíssima?
- Uma bandana preta e vermelha ou vermelha e preta, ou 30cm de fita de cetim preta de 4 cm de largura.
- Mas o que está acontecendo? Isso está me parecendo um trabalho de encruzilhada, nunca vi nada mais sinistro para se pedir a alguém no meio da tarde de num dia de sol de fim de inverno à caminho da Primavera; vai querer também umas velas, uma galinha com farofa?
- Deixa de maluquice sua louca; arrumei um emprego de sushi–man num restaurante Japonês e preciso urgente de uma bandana ou uma fita de cetim preta para amarrar na cabeça. Haja imaginação!!! Depois sou eu que invento coisa...
- E por que agora essa novidade de trabalhar como sushi-man?
- É que eu ia passando na frente do restaurante Japonês quando o dono colocou um aviso que precisava de sushi-man, imediatamente me dei conta de que sou apaixonado mais do que tudo por Salmão, aquele peixe de cor inigualável entre rosa e laranja de sabor incomparável. Dai na hora pensei que terei a chance de cortar e recortar quilos e quilos de Salmão e me empapuçar com as aparas enquanto me deleito com o cheiro peculiar do mar. Chego a sentir meu coração pulsar ao sabor das ondas, não é maravilhoso?
- Hummm... Sei, imagino... E pretende se empapuçar de Salmão, sua maior paixão agora, por quanto tempo?
- Agora não! Eu sempre amei Salmão, toda a vida, só que agora vou conviver mais de perto com essa iguaria tão apreciada...
- Tudo bem então; aqui está a fita preta que me pediu que sobrou do último “despacho” que fiz... ;)
- Debochada!!!
Ainda perco o amigo, mas não perco a provocação... hahahah

Dia seguinte acordei mais tarde e fui até o quarto da criatura peluda e o encontrei “esverdeado” entre os lençóis. Disse-me que passou muito mal à noite toda de tanto comer Salmão e agora só queria dormir por meses até esquecer que existe um peixe chamado Salmão nas profundezas do Oceano, nem em fotos...
Também, o guloso está acostumado desde sempre a comer ração “sabor” Salmão, daí resolve comer “quilos” ao natural, só podia “dar ruim”...

Vai um sashimi aí?...

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Massageando o Ego

                                                Massageando o Ego
Acordei com o barulho da britadeira da reforma ao lado. Ainda zonza de sono e atordoada entrei no chuveiro e depois fui fazer meu café para acabar de acordar. Peguei o tablet e fui ler os jornais virtuais como faço sempre.
Passei os olhos nas primeiras notícias que me pareceram as mesmas de ontem; foi quando me dei conta de que havia algo estranho no ar, procurei pela casa e não encontrei o Otávio que provavelmente saiu para caminhar na orla ou aprontar alguma "arte" como costuma fazer.
Liguei a antena de alerta mas não me preocupei muito, já acostumada com as surpresas dele e voltei para a minha leitura de notícias requentadas e as novas tão desinteressantes que valia mais nem ler para não me chatear. 
Levantei dali e fui arrumar a casa. As horas foram passando e comecei a me preocupar com a demora do Otávio.
“Lá vem coisa”, pensei com minhas pantufas de crochê.
Perto do meio dia, quando preparava o almoço, ouço o barulho da chave girando na fechadura e entra a criatura peluda de olhos amarelos carregando uma caixa enorme.
“Bom diiiia”, ou já seria boa tarde, falei; Até que enfim chegou sua majestade.
- Bom dia, eu estava lá embaixo esperando chegar a minha encomenda...
- Que encomenda?
- A que eu fiz semana passada, não aguentava mais esperar que entregassem.
Enquanto falava foi rasgando o papel que embrulhava a enorme caixa de papelão até desfazer totalmente o pacote deixando ver uma geringonça esquisita.
- O que é isso, que treco é esse, não me diga que vai fazer macarrão para vender?
- Tá maluca? Isto é um massageador de ultima geração! Totalmente computadorizado com controle remoto.
- Parece um rolo de macarrão gigante, com cerdas de borracha e um suporte grande demais para o meu gosto. Onde pretende instalar a geringonça?
- Grande para quem? E de mais a mais o que você chama de geringonça é um substituto de cafuné, já que a atividade está cada vez mais escassa por essas bandas. Preciso implorar ultimamente para ganhar três míseros minutos de sua atenção.
- Ai que maldade, faço cafuné várias vezes ao dia em você e nunca é suficiente...
- Pois é, dai que vi essa máquina para vender na internet e comprei. A gente encaixa sobre a cama e o rolo vai massageando as costas com essas cerdas macias de borracha... Aliás, já vou instalar na minha cama e nas próximas horas, talvez dias, não estarei para ninguém. Vou ganhar cafuné até cansar...
Ai que inveja!

domingo, 2 de junho de 2019

Chove Chuva♪♫♪Chove Sem Parar♪♫♪


                           Chove Chuva, Chove Sem Parar... ♪♪♫♫
Otávio acordou bem cedo, olhou pela janela e me disse que iria pedalar já que estava enferrujando, ou criando limo de tanto ficar em casa.
- Como assim com esse tempo fechado e chovendo sem parar a uma semana?
- E daí?  - Me respondeu dando de ombros. Chique ele, né? Ele dá de ombros. J
- Pois então vá só que, se prepare para espirrar a semana toda e talvez, pela sua idade, tenha uma pneumonia.
- Vire essa boca para lá, que sou forte, saudável e tenho imunidade física e parlamentar.
-  Ãh???
- Deixe para lá, você nunca entende mesmo as minhas piadas e irreverências. Fique na sua que eu fico na minha.
- E aquela ideia de fazer uma lipoaspiração, desistiu? Você é muito volúvel para não dizer bipolar, como está na moda agora. Todo malcriado alterado agora é bipolar; Outro dia mesmo estava até levantando preço em clínicas especializadas...
- Que ideia, eu estou muito bem na foto, barriga de tanquinho, bíceps que é um mármore de Carrara, não estou precisando de nenhum ajuste físico, já outras pessoas sedentárias e muito preguiçosas que eu conheço deveriam fazer uma reavaliação diante do espelho, agora não sei se o dinheiro da “dona baratinha” daria para tudo, que a “côsa” tá feia, meu amigo.
- Mas olha só quem fala e como fala em!? A partir desse momento você está fora do meu testamento e estamos de relações cortadas até 2020.
Enquanto fui até a cozinha fazer um café para me acalmar, ele se arrumou todo e até se perfumou; mas antes de sair deu uma olhada na minha direção para que eu visse como estava vestido para sair de bike na chuva, e mesmo prometendo que não falaria mais com ele até 2020 não resisti e comentei de costas para ele:
- Cuidado para não ser confundido com o ET do filme...

A porta não parou de estremecer até agora... Mas a gente se ama...


quarta-feira, 15 de maio de 2019

Os Olhos que a Terra Pretende Comer...

                  Os Olhos que a Terra Pretende Comer...
Nesta segunda feira, fiz cirurgia de catarata no olho esquerdo depois de fazer no olho direito dia 12 de abril próximo passado.
Maravilha!!!!
Descobri que enxergava por detrás de um vidro sujo e engordurado; tudo era amarelecido, só que eu não percebia porque vai acontecendo aos poucos, a gente não nota.
Agora vejo tudo como aquele comercial do branco mais branco. Parece que saí de um ambiente iluminado pelas lâmpadas antigas e fui para outro de luz fria. Tudo é agora levemente azulado, como um lençol branco anilado pendurado no varal, muito legal mesmo, recomendo.
Até o meu cérebro se acostumar vou me encantando.
Que bênção é poder enxergar o mundo, ver cada coisa, cada detalhe, isso eu já sabia e curtia, mas agora é um reacender das cores que me deixa encantada.
Mas também temos que aproveitar este dom de ver, para o bem, em tudo que está ao nosso redor e pelo caminho.
Olhar o que há de belo nas pessoas e na vida.
Olhar bem, primeiro; se colocar no lugar do outro e não se precipitar em julgar seu comportamento logo no primeiro olhar e com isso criar animosidades que lá na frente só vão causar transtorno e infelicidade.
Os olhos têm duas funções: ver e chorar. Viva de forma que as lágrimas sejam de pura emoção ou que acompanhem boas gargalhadas e nunca de tristeza.
Bom dia pessoas queridas, que bons olhos as vejam...




sábado, 11 de maio de 2019

É a Mãe!


                                               É a Mãe!
Mãe deve ser uma das mais difíceis funções que uma mulher pode exercer. Depois dessa, ela está capacitada para exercer qualquer função e estão aí pelo mundo a fora, tantas mulheres, em todas as funções e sendo mães, ao mesmo tempo, para provar.
Penso que nem todas deveriam poder ter filhos com a facilidade que acontece. Só as capacitadas e posso garantir que bem poucas são, mesmo pensando ao contrário; mas essa é uma das conversas que eu terei com Deus para entender o Seu propósito direitinho.
Imagine que assim como a terra, a mulher abriga uma, ou mais sementes, que crescerão dentro de uma ordem impressionante e em menos de um ano um ser completo nasce e passa a ser alimentado, ainda, pelo seu seio durante o primeiro período de vida fora do corpo/matriz. Seu crescimento e desenvolvimento será controlado passo a passo. Seus olhos passam e repassam por aquele ser que cresce diante de si o tempo inteiro procurando descobrir alguma coisa que não deve se desenvolver ali e precisa ser tratado e curado.
E a partir dali ela nunca mais será a mesma e muito menos única, independente, e ainda passará a pensar primeiro naqueles que ela colocou no mundo, naqueles que ela deu chance de viver e a oportunidade de fazer da sua vida o que achar melhor, se tornando um indivíduo independente; é um espirito que reencarnou para evoluir e ela o aceitou e ainda o ajudará para sempre.
O amor por aquele ser, ou aqueles seres que vieram através dela, serão eternamente amados até mesmo que a morte deles ocorra.
Eu particularmente não gosto desta data.
Agradeço todos os dias à minha mãe, sim, por ter me dado a chance de ser, de viver e de me educar e passar seus ensinamentos que muito me serviram e me servem ao longo da vida, mas eu não gosto dessa homenagem para mim, acho esquisito, penso que não há o que me agradecer, cometi e cometo muitos erros como mãe e como pessoa e por um dia sou coroada a “rainha” do lar, assim, num dia específico, segundo domingo de maio;
Fico constrangida de verdade, fora que se tornou um dia comercial, tornou-se obrigatório presentear a mãe, comprar coisas, às vezes em horas que os filhos não podem ou não querem e se sentem na obrigação de presentear sua mãe e muitos ainda, as sogras, avós de seus filhos que em tempo de casamentos múltiplos deve ser um complicador a mais.
Mas enfim, por que eu deveria remar contra a maré, não é mesmo? Então um viva a todas as mães!!! As que geraram no útero ou no coração. As que tiveram um só filho ou as que além dos seus abriram seus corações para muitos outros de mães alheias.
Todas devem ser homenageadas o ano inteiro por tudo o que representam na evolução do ser e do mundo, mas de forma natural, com um beijo, um abraço, um carinho espontâneo, um sorriso.
E por aquelas que falharam como mães, que abortaram e abandonaram seus filhos, não devemos julgá-las, só elevar uma prece de compaixão por sua alma.
Um bom domingo de festa para todas as mulheres, mesmo as que não tiveram filhos, pois cuidar do “outro” de alguma maneira também é exercer a maternidade. ♥♥

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Ganhou, mas não levou.

                                                   Ganhou, mas não levou!

Otávio saiu apressado, logo cedo, sem me dizer aonde ia e o que pretendia fazer.
Imediatamente dentro da minha cabeça soou o alarme de que alguma “arte” ele estava aprontando, já que a bem da verdade ele andava meio esquisito ultimamente.
A única novidade, que eu poderia até chamar de saudável, é que saía de casa bem antes do amanhecer para correr e ao final da tarde novamente, calçado de tênis de corrida e carregando o cronômetro. E isso começou logo após o Carnaval.
Eu até achei um pouco estranho no começo, pois ele sempre foi preguiçoso, sedentário e dorminhoco, mas não podia negar que era muito bom para a saúde da criatura peluda, que pelos meus cálculos já beira os cinquenta anos (!?), mesmo que durasse pouco tempo valeria a pena.
Hoje, sábado de Aleluia o ritual mudou um pouco, além de sair depois do sol, ainda levou algo na mochila que não quis mostrar e não insisti para ver.
Depois de botar ordem na casa, peguei mais uma caneca de café e fui sentar na minha poltrona favorita, com as costas no sol, fui ler meu jornal físico, hábito que preservo com prazer.
Por volta das 12.30 hs a campainha tocou e estranhando o inusitado fui atender e me deparei com dois policiais trazendo Otávio, todo suado e com os olhos maiores e mais amarelos do que já são.
Antes que eu perguntasse o acontecido o policial me entregou Otávio me explicando que ele só não seria detido por ser um feriado Santo, mas que “este Senhor peludo” merecia um castigo exemplar.
Sem conseguir piscar e nem fechar a boca de espanto ouvi do policial que  em homenagem à Páscoa a cidade estava promovendo entre outras atrações, uma corrida de coelhos e o vencedor ganharia uma medalha e ainda seria agraciado com uma viagem à Pomerode-SC para conhecer “o maior ovo de Páscoa do mundo”, além de comer todos os chocolates de graça que quisesse e pudesse, só que como eu disse a corrida era de coelhos e este senhor muniu-se de um par de orelhas e um rabo de pompom e se inscreveu e o pior, correu e ganhou em primeiro lugar, só que foi desmascarado quando o prefeito foi colocar a medalha no seu pescoço e bateu numa das orelhas falsas que desprendeu-se e caiu esplendorosamente causando um estremecimento e uma consternação geral, quase sendo linchado na via pública.
Ganhou, mas não levou e só não foi detido para não estragar com os festejos da Páscoa.
O que eu poderia dizer depois de ouvir isso?
Agradeci e desejei boa semana a todos enquanto o “criminoso” se escondia nos lençóis...

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Ô Abre Alas...♪♫♪

                             ♫♪ Ô abre alas que eu quero passar... ♪
Logo que acordei senti o silêncio reinante na casa, nessas horas um sininho de alerta toca alto no meu cérebro e desperta o meu sexto sentido.
Procurei a criatura peluda e não o encontrei, apesar da cafeteira ainda guardar o café recém-coado. Essa gentileza não tem preço para quem é depende de café novo para acordar e raciocinar, ele sabe disso e dai já me “compra” logo cedo quando vai arrumar encrenca.
Enquanto aguardava a aparição da criatura rebelde fui arrumando tudo, tomei o café e sentei para ler as notícias do dia.
Foi bem naquele momento que uma criatura ruiva, antes negra como a noite ou como diz o poeta; “negra como a asa da Graúna” adentrou pela sala me causando a dúvida por um momento se era mesmo o Otávio que eu conheço, aquele que divide a moradia comigo, aquele mesmo de olhos amarelos e que vive “causando”...
Sim, era o próprio em carne osso e pelos ruivos como se fosse feito de colorau.
Dei um pulo e parei no meio da sala. Não resisti e inflamada perguntei:
- O que significa isso, quem é você, ilustre desconhecido que entra na minha casa assim, como se dono fosse?
- Ah para com isso! Nada demais, apenas me preparei para o Carnaval, alias estou curioso para ver a tua fantasia...
- A minha fantasia deveria ser de fiscal do IBAMA, já que estou diante de um autêntico Mico-Leão-Dourado, hahahaha. Desculpe mas não resisti à comparação...
A indignação foi tanta que correu para o quarto e se enfiou entre os lençóis me avisando que não estaria para ninguém até quarta feira de cinzas, e nem para o presidente da Escola de Samba.
Bateu a porta e até me deu pena do que falei sem pensar.
Mais tarde encontrei o convite oficial para Otávio sair de destaque com a fantasia “O Fogo do Amor”.
Seja lá o que isso signifique, mas até domingo que vem com certeza os ânimos estarão acalmados e a situação normalizada e ele vai sair sim, na Escola de Samba como faz todos os anos.
Aff... “O Fogo do Amor” para mim está mais para Mico-Leão-Dourado mesmo ;)

♫♫♪...Ô abre alas que eu quero passar...♫♪♫♪