Quem sou eu

Minha foto
Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

E a Vaca foi para o Brejo...

                              E a Vaca foi para o Brejo...
Estávamos, Otávio e eu, tomando nosso desjejum, mais conhecido como café da manhã, quando ao estender minha mão para pegar o queijo ele comentou:
- Você sabia que vai haver, daqui há duas semanas, um festival gastronômico na cidade só com comidas que levem algum tipo de queijo?
- Sério?
- Seríssimo, eu até já tomei algumas providencias para participar...
- Como assim, participar, se você não sabe nem ligar o fogão ou ferver água?
- Calma, só vou participar da logística...
- Defina em poucas palavras, por favor...
- Eu simplesmente irei fornecer todo o queijo do festival.
Levantei de um pulo para ouvir melhor e ainda de boca aberta aguardei os detalhes.
- Vou fazer o queijo e hoje mesmo darei início às primeiras receitas é só esperar que o item principal chegue...
- Como assim, se você não bebe leite e nem viu sequer, uma vaca de perto?!
- Claro que vi, escolhi e comprei...
Fiz que não ouvi o último comentário e continuei;
 - Você por acaso sabe a quantidade de queijos que existe pelo mundo? E a variedade de pratos com queijos específicos, tem alguma ideia? Sabe, por exemplo, que alguns queijos levam um tempão numa prateleira, na penumbra, sendo virados e revirados por anos seguidos, várias vezes ao dia? E outros ainda que precisam de lugares especiais, temperatura e temperos especiais, tratamentos especiais e mãos especiais, só para adquirir características próprias? Fazer queijos não é tão simples e nem é para qualquer um fazer. Precisa de “entendidos” literalmente para colocar a mão na massa.
- Mas eu vi outro dia na televisão e era muito simples: o cara pegou um panelão enorme, encheu de leite, colocou o que ele chamou de fermento e foi mexendo com uma pá enorme,  até que virou uma massa de queijo, depois escorreu o que ele chamou de soro e estava pronto; me pareceu bem simples.
- Mas essa é só a primeira etapa do queijo mais simples que existe, o chamado queijo fresco. Os queijos usados na culinária são mais elaborados, levam tempo para serem produzidos, levam selos de qualidade, alguns são de leite de vaca, outros são de leite de cabra, de ovelha, de búfala...
Neste momento o interfone toca e uma voz pergunta onde descarrega a vaca que foi encomendada para este endereço, e ainda avisa que não dá para deixar no gramado da frente porque ela pode fugir, já que não há cercas.
Tive que explicar que foi engano e que a pessoa fizesse a gentileza de desconsiderar a encomenda...
- Otávioooo!!!!
É claro que se escondeu em lugar incerto e não sabido e ali vai ficar até o Festival gastronômico acabar...
Vai um “x” ai?


2 comentários: