Conhecendo novos caminhos...
Hoje amanheceu com nuvens pesadas e revoltadas, e pelo
movimento delas rolava uma d.r. básica ao amanhecer.
Sem se importar com isso o sol
espiava entre elas para ver a hora em que tudo se acalmaria para ele entrar
triunfante.
Lá pelas 9 horas, finalmente ele se apresentou e as
nuvens debandaram.
Olhei umas três ou quatro vezes pela janela, sob o
grande perigo de ser apelidada de relógio Cuco pelos que por acaso estivessem
me observando na indecisão de sair ou não sair.
Se ficasse em casa trabalharia um pouco nas coisas que
me aguardam para serem feitas, se saísse apanharia um pouco de sol e mudaria o
panorama que usualmente costumo apreciar.
Finalmente optei por sair sem destino, sem lenço e sem
documento. Dei “xau” para o Otávio que insistiu em querer ir, mas ao saber que
eu não tinha ideia do meu destino e que horas eu voltaria, desistiu e voltou
para os lençóis.
Saí sob um sol limpo e quentinho e ao chegar à parada
de ônibus, um coletivo verde se aproximava. Sem qualquer embaraço, subi e
sentei na frente, no acento reservado àqueles que já estão à frente do tempo
faz tempo.
Ao chegar ao terminal, que hoje por ser domingo estava
com pouquíssimo movimento de pessoas indo e vindo, chegando e partindo, olhei
para à minha direita e percebi que um ônibus saia da plataforma, dei sinal e
entrei sem ver para onde ia, apenas percebi que não havia 8 pessoas indo para
aquele destino.
“Toca-lhe o pau, Marquinho!”
Foi o que tive vontade de gritar, pois o coletivo se
deslocava como uma lagarta descadeirada, apesar de saber mais trade pelas
conversas entre motorista e cobrador, meus vizinhos de espaço, que o ônibus era
novíssimo.
“Situdisx”...
Pois bem, lá
fomos nós; eu e o pequeno grupo.
Gente! Fui parar pra lá de “deus-me-livre” e mais dois
metros, depois de hoooooras de entra e sai de ruas e bairros.
No ponto
final da trajetória há uma Capela para orar agradecido por termos chegados
ilesos aquele fim de mundo.
Depois fiquei sabendo pelo motorista e o cobrador, que
naquele lugar, que mais parece onde o mundo acaba já teve um parque aquático; e
a engenhoca funcionou com grande movimento durante um tempo, até que uma
criança morreu na brincadeira.
Hoje em dia pode se ainda ver algumas peças coloridas,
enferrujadas e cobertas pelo mato.
Também fui informada que todo aquele espaço verde, que
parece uma fazenda foi desapropriado e já pago aos donos pelo Governo, pois naquele
lugar vai ser construído um rodoanel.
Assim, deu a hora do retorno e retornei.
Como passamos pela esquina de casa resolvi descer e
fechei o meu domingo por ali mesmo.
Boa semana para todos.☼
Os mesmos caminhos nos levarão sempre a lugares já conhecidos... Muitas vezes, o melhor trajeto é seguir sem rumo.
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