Quem sou eu

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Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Feliz Natal de antigamente.

                                                             Feliz Natal de antigamente
Quem tem mais de sessenta como eu, já teve, comemorou, ou não, o mesmo tanto de natais, e posso lhes garantir que nem todos foram maravilhosos e aqui estou falando dos meus natais.
Mas hoje vou falar dos meus bons natais, os que passei, na casa da avó Aída na casa da Agronômica, nome do bairro como a chamávamos.
Ah, que cheiro bom, não havia profusão de presentes, geralmente eu ganhava um brinquedo e dois cortes de tecido para fazer vestidos, mas o ambiente, as risadas, a alegria natural, sem bebidas é que faziam o diferencial. A meia noite todos se abraçavam desejando um Feliz Natal e no reveillon tudo se repetia, dai na minha casa, pois minha avó só teve dois filhos, meu pai e minha tia com quem ela morava.
Muita conversa desafios intelectuais protagonizados pelos mais velhos e artes elaboradas por mim e meu primo Edison faziam das noites de Natal, para mim, inesquecíveis.
Bons tempos aqueles, em que não sabemos de nada ainda da vida e achamos que sabemos tudo ou pelo menos sabemos o necessário. Ninguém nos cobra nada além de um bom comportamento.
Das comidas não me lembro, mas lembro de que gostava dos doces e de tomar guaraná com canudinho de palha cujo sabor era outro, com certeza, pois naqueles tempos refrigerante era para grandes ocasiões.
E a volta para casa eu ia adormecida e carregada nos braços pelo irmão mais velho, pois voltávamos a pé para casa, não tínhamos carro e ônibus só trafegava até as 10 da noite.
Sim, gostava mais dos natais da minha infância.

Um comentário:

  1. Muito lindo. Li para Edison e ele se emocionou ao ouvir. Eu fiquei aqui imaginando e lembrando das pessoas que você cita, pois são queridas pra mim também. Os natais da nossa infância, são sem dúvida os melhores da nossa vida...

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