Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

quarta-feira, 25 de março de 2020

Observatório

                                         Observando
Daqui do observatório em que me encontro, me dei conta de que só os privilegiados estão em “reclusão social”.
Até o nome é Chic e bonito: “Reclusão Social”. Sim, porque o pessoal da periferia, os invisíveis, continuam morando num quartinho com vinte pessoas dividindo cinco pães e três peixes todos os dias quando conseguem trabalhar ou fazer um “bico”.
Mas e agora que “precisam” ficar no quartinho que fica entre três mil quartinhos respeitando a “Reclusão Social”?
Brincadeira né? Quem vai dar de comer para eles se não podem trabalhar? Os que passam de carro escondidos atrás do vidro fumê, vindo do supermercado com os porta-malas cheio? Os políticos que reclamam do “mísero salário” de 42 mil?
Infelizmente ninguém. 
-“Quem mandou ser pobre”?- Dirão os que estão na boa, respeitando a “Reclusão Social” e reclamando das músicas que o vizinho ouve, do barulho das crianças dentro de casa etc. 
Tudo os incomoda, enquanto eles assistem o Netflix tomando Cerveja (Corona ? ;)) e comendo brigadeiro na panela.
Ninguém! Nem os patrões, pois estão em “reclusão social” também fazendo contas o tempo todo, só avaliando os prejuízos e calculando as prioridades, onde os empregados estarão de fora, provavelmente; 
E para quando todo esse pesadelo passar e a gente acordar para uma realidade que não terá mais nada com o que era antes da Pandemia.
E os moradores de rua que tanto “comprometem” o visual da Cidade, tão limpa, bonita e florida?
Estes também estão TODOS JUNTOS recolhidos num pavilhão, onde no Carnaval, todos cantavam e dançavam como se não houvesse amanhã, mas infelizmente para os que não morrem durante a noite, sempre haverá um amanhã trazendo as consequências do ontem.
 “Nada é como foi há um segundo”.♪♫♪♫
É como se um tsunami, um terremoto e uma avalanche de lama acontecesse na mesma semana para todos ao mesmo tempo, inviabilizando qualquer coisa que não seja sobreviver como der; onde um pedaço de pão, um copo de água potável, um banho decente e álcool para uma higiene melhor, se tornou um luxo para poucos, só para nós que estamos em “Reclusão Social”.
E isso tudo, para os pouco afeitos à Espiritualidade, aos mais apegados, materialistas e calculistas, é um momento totalmente sem chão, estão suspensos no ar, volitando como mariposas ao redor da lâmpada; até quando meudeus? 
Quem sabe?

E agora, quem poderá ajudar?

Infelizmente o Chapolim Colorado já se aposentou...

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