quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pensando...Pensando...

                                              Pensando...Pensando...
Em se tratando da mistura de informações que o estudo de um assunto, ou de vários ao mesmo tempo proporciona, andei pensando, me perguntei algumas coisas e eu mesma respondi assim;
 
Se somos almas afins ou antagônicas se encarnaram e reencarnaram em diversas posições de relação, ora como pais, ora como filhos, como consortes, como parentes, porque os espíritos nos falam de pais e mães, tios , avós etc. como se estes fossem pais e mães do espírito e não do espírito encarnado?
 
Por que ao voltarem à erraticidade não voltam a ser apenas “fulano” e “fulana”, irmãos em evolução e porque ficam apegados ao “status” da última experiência encarnados?
Respondo a mim mesma:
Até por gratidão ou respeito aquele vínculo que a reencarnação proporcionou. Por uma questão de humildade.
O filho o considera para sempre o “pai” por respeito aquele espírito amigo que lhe aceitou como filho e o ajudou em mais uma passagem pela terra, orientando, lhe ajudando a dar mais um passo em direção a evolução e no caso de filhos o inverso também é verdadeiro.
 
Tudo bem eu estava apenas me perguntando e me respondendo, só isso...

domingo, 27 de outubro de 2013

Pombo-correio x Internet

                                                                 Pombo-correio   X  Internet
Esta semana assistindo um filme vi com curiosidade a libertação de centenas de pombos- correio e me dei conta que aquela era a internet de antigamente. Imagine você precisar enviar um recado urgente para alguém e não ter nada além de bombos para a tarefa? A alternativa era um mensageiro a cavalo, mesmo assim o pombo-correio era mais rápido, eu imagino.
Como Deus sabe o que faz, primeiro Ele nos apresenta como idéia o mais básico dos básicos e depois, a partir dessa primeira idéia, o homem vai aprimorando até chegar ao ponto da noticia chegar junto do acontecimento, como é nos tempos de hoje.
Assim é tudo na vida de evolução, material e espiritual. Primeiro surge uma idéia que a maioria pensa que veio do “nada”, mas que na verdade veio da espiritualidade maior. Daí vão se desenvolvendo as idéias para ajudar o homem a viver melhor, tecnicamente falando, e evoluir, espiritualmente falando.
É interessante parar e observar o andamento do mundo, como era e a que ponto chegamos...

(Pretendia escrever alguma coisa mais interessante e irreverente a partir da idéia inicial, mas ainda continuo travada, tenho a ideia inicial mas não estou conseguindo desenvolver, dai escrevo só para não parar...)   :(

sábado, 19 de outubro de 2013

Haroldo, o gato.

                                                                 Haroldo o Gato
Em 1998 postei aqui neste blog uma homenagem Haroldo, gato de estimação da minha filha Ligia.
Hoje, um dia depois de sua morte à beira de  fazer 13 anos, torno a postar este artigo para homenageá-lo em agradecimento aos anos de fofura que fizeram nossa alegria.

Meu neto é um gato! Muitas pessoas elegem o cão como o melhor amigo. Mas posso garantir que bichanos fofos também o são.
Tenho seis netos, crianças de várias idades, desde adolescente como a Bruna e a Laura, depois os meninos Gustavo e Pedro e por último nasceram Ana Flora e Ana Júlia ainda bem pequenas.
Todos lindos, amorosos e muitos fofos.
Sou suspeita, pois como toda avó é mãe duas vezes, sou coruja duas vezes também.
Adoro-os, mas o que me fez escrever minha história foi o carinho que tenho por um gato (de verdade) que também considero meu neto o Haroldo. Ele é um gato fofíssimo literalmente. É amarelo, peludo, de olhos cor de mel e muito dengoso.
Minha filha Lígia, optou por não ter filhos e resolveu ter um gato. Atualmente ele deve estar com mais ou menos 8 anos de idade. Ele já é um mocinho e se comporta como tal. Come ração importada e é fascinado por uns biscoitinhos para o tártaro dos dentes que tem a capacidade de tirá-lo de onde estiver e vir correndo, só com o barulho da embalagem.
Não gosta muito de visitas o que o leva a se esconder e só sai aliviado e ainda ressabiado do seu esconderijo quando ouve a porta se fechar e a fechadura ser trancada garantindo o não retorno da visita (!?).
Como todo gato ele tem hábitos noturnos e seu esporte preferido é o futebol.
Solitário é verdade, mas a simples pelada noturna lhe mantém a agilidade necessária à sua saúde física, por sinal, muito bem controlada pela sua veterinária de confiança, que o viu nascer.
Haroldo tem mais dois irmãos: o Heitor (negro) e o Horácio (branco).
Mas tudo o que escrevi sobre o Haroldo foi para contar duas atitudes dele que nos dá a total dimensão da sua amizade sincera à sua dona, e a mim, sua "avó" e também acabar com esse mito de que gato é um animal egoísta e distante. Não é assim, quem tem um gato sabe do que estou falando.
Certa vez, há uns anos atrás me deitei ao pé da cama de minha filha onde batia o sol da tarde e ali fiquei pensando na vida e me lembrando de alguns momentos não muito alegres, aliais de muita tristeza e comecei a chorar. Qual não foi a minha surpresa ao sentir a língua áspera, que delicadamente começou a lamber a minha mão. Era o Haroldo.
Naquela hora eu aprendi que os bons amigos não são aqueles que festejam conosco, mas sim aqueles que choram conosco.
Chorei mais ainda com aquela atitude espontânea e inesperada, mas dessa vez sentindo a alegria de ver que não estava só, que um amigo me oferecia o seu “ombro amigo”.
Não esqueço até hoje o quão carinhoso foi o Haroldo naquele momento “sentindo” a minha tristeza e oferecendo sua solidariedade. E o mais interessante é que ele, como todo gato, não é muito dado a demonstrações afetivas, só quando estimulados, mas sem excessos.
Com a Lígia acontece o mesmo; ela trabalha muitas e cansativas horas no computador e quando ele percebe que por distração, ela não parou para descansar um pouco, ele simplesmente sobe na mesa e deita-se literalmente sobre o teclado, obrigando-a a parar e dar-lhe um colo e um afago o que o faz ronronar com toda a alegria e ela então aproveita para descansar um pouco.
Ele é tão cheio de personalidade que nem mia; ele apenas olha o que ele não gosta (com desprezo às vezes) e sai de fininho.
É um gentleman esse Haroldo, também miar para quê? Que coisa pequena...
 
       Adeus Haroldo, e obrigada por nos proporcionar alegria todos esses anos.

sábado, 12 de outubro de 2013

A Carraspana

                                                                    A Carraspana
Ele se olhou no espelho e levou um susto. Seu nariz havia sumido e no lugar um enorme e rosado focinho de porco, redondo e com os dois furos tradicionais.
Ficou tão apavorado que ao virar-se rapidamente estatelou-se no chão, como aquela da canção; “Terezinha de Jesus, de uma queda foi ao chão, ♫♪ acudiram três cavaleiros...”, que aliais cantarolou enquanto tentava se erguer sem sucesso.
Olhou as mãos à sua frente e horrorizado viu que elas também haviam sumido, ficando no lugar duas autênticas patas de porco, com aquele casco partido formando o que poderia se chamar de dedos.  Apavorou ainda mais e com dificuldade se arrastou até o espelho do quarto, de corpo inteiro, tentando entender o que havia acontecido.
Dentro da cabeça badalava insistentemente um sino de bronze.
Ao se olhar no espelho só não caiu para trás porque se deu conta de estar literalmente de quatro. Diante dele a imagem refletia um enorme porco rosado e meio cinza em algumas partes. Era um porco!!! Mas pelo menos estava limpo, ou assim lhe parecia. Mas era um porco, no melhor e no pior sentido da palavra.
-E agora? – Pensou. Diria alguém; escreva para uma revista e pergunte o que fazer...
Saiu se arrastando lentamente de quatro, na direção da porta da rua pensando em procurar ajuda. Ao se deslocar com certa dificuldade passou por cima do tapete fofo da sala e resolveu descansar para ver se o badalo parava um pouco de tocar na cabeça e se esparramou totalmente, rolando de um lado para o outro como um porco chafurdando na lama. Daí a pouco resolveu sair para a rua e tentou mais um pouco se arrastar em direção a porta, sentindo sacudir o trazeiro gordo e rosado, o que lhe causou certo constrangimento.
Ao se deparar com a porta de saída, tentou ficar de pé, se segurando na maçaneta, mas foi impossível. –Como seria bom ir para a piscina e me refrescar na água gelada-. Pensou levemente animado.
Depois de algumas tentativas infrutíferas, retornou ao tapete macio da sala, esparramou-se novamente e acabou dormindo grunhindo palavras inteligíveis.
De repente se deu conta que sentia alguns cutucões nas costas e no trazeiro nu, enquanto ouvia uma sirene de polícia la fora, o que o fez pronunciar mais resmungos e grunhidos inteligíveis cuja tradução era: Mas que zorra é essa?
Mesmo sem abrir os olhos falou: - Será que é contra lei virar porco?-
Finalmente abriu os olhos e deu com a faxineira de pé ao lado dele empunhando o cabo de vassoura, enquanto falava num forte sotaque:
- E, pois agora seu Olavo?! Parece que a noite foi ótima em? Já vi as garrafas vazias por ai e novamente amanheceu nu esparramado como um porco no tapete da sala. Toma jeito seu Olavo, já ta na hora né?