Haroldo o Gato
Em 1998 postei aqui neste blog uma homenagem Haroldo, gato de estimação da minha filha Ligia.
Hoje, um dia depois de sua morte à beira de fazer 13 anos, torno a postar este artigo para homenageá-lo em agradecimento aos anos de fofura que fizeram nossa alegria.
Em 1998 postei aqui neste blog uma homenagem Haroldo, gato de estimação da minha filha Ligia.
Hoje, um dia depois de sua morte à beira de fazer 13 anos, torno a postar este artigo para homenageá-lo em agradecimento aos anos de fofura que fizeram nossa alegria.
Meu neto é um gato! Muitas pessoas elegem o cão como o melhor amigo. Mas posso garantir que bichanos fofos também o são.
Tenho seis netos, crianças de várias idades, desde adolescente como a Bruna e a Laura, depois os meninos Gustavo e Pedro e por último nasceram Ana Flora e Ana Júlia ainda bem pequenas.
Todos lindos, amorosos e muitos fofos.
Sou suspeita, pois como toda avó é mãe duas vezes, sou coruja duas vezes também.
Adoro-os, mas o que me fez escrever minha história foi o carinho que tenho por um gato (de verdade) que também considero meu neto o Haroldo. Ele é um gato fofíssimo literalmente. É amarelo, peludo, de olhos cor de mel e muito dengoso.
Minha filha Lígia, optou por não ter filhos e resolveu ter um gato. Atualmente ele deve estar com mais ou menos 8 anos de idade. Ele já é um mocinho e se comporta como tal. Come ração importada e é fascinado por uns biscoitinhos para o tártaro dos dentes que tem a capacidade de tirá-lo de onde estiver e vir correndo, só com o barulho da embalagem.
Não gosta muito de visitas o que o leva a se esconder e só sai aliviado e ainda ressabiado do seu esconderijo quando ouve a porta se fechar e a fechadura ser trancada garantindo o não retorno da visita (!?).
Como todo gato ele tem hábitos noturnos e seu esporte preferido é o futebol.
Solitário é verdade, mas a simples pelada noturna lhe mantém a agilidade necessária à sua saúde física, por sinal, muito bem controlada pela sua veterinária de confiança, que o viu nascer.
Haroldo tem mais dois irmãos: o Heitor (negro) e o Horácio (branco).
Mas tudo o que escrevi sobre o Haroldo foi para contar duas atitudes dele que nos dá a total dimensão da sua amizade sincera à sua dona, e a mim, sua "avó" e também acabar com esse mito de que gato é um animal egoísta e distante. Não é assim, quem tem um gato sabe do que estou falando.
Certa vez, há uns anos atrás me deitei ao pé da cama de minha filha onde batia o sol da tarde e ali fiquei pensando na vida e me lembrando de alguns momentos não muito alegres, aliais de muita tristeza e comecei a chorar. Qual não foi a minha surpresa ao sentir a língua áspera, que delicadamente começou a lamber a minha mão. Era o Haroldo.
Naquela hora eu aprendi que os bons amigos não são aqueles que festejam conosco, mas sim aqueles que choram conosco.
Chorei mais ainda com aquela atitude espontânea e inesperada, mas dessa vez sentindo a alegria de ver que não estava só, que um amigo me oferecia o seu “ombro amigo”.
Não esqueço até hoje o quão carinhoso foi o Haroldo naquele momento “sentindo” a minha tristeza e oferecendo sua solidariedade. E o mais interessante é que ele, como todo gato, não é muito dado a demonstrações afetivas, só quando estimulados, mas sem excessos.
Com a Lígia acontece o mesmo; ela trabalha muitas e cansativas horas no computador e quando ele percebe que por distração, ela não parou para descansar um pouco, ele simplesmente sobe na mesa e deita-se literalmente sobre o teclado, obrigando-a a parar e dar-lhe um colo e um afago o que o faz ronronar com toda a alegria e ela então aproveita para descansar um pouco.
Ele é tão cheio de personalidade que nem mia; ele apenas olha o que ele não gosta (com desprezo às vezes) e sai de fininho.
É um gentleman esse Haroldo, também miar para quê? Que coisa pequena...
Adeus Haroldo, e obrigada por nos proporcionar alegria todos esses anos.
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