segunda-feira, 30 de maio de 2011

Somos únicos

De vez em quando me dou o direito de pensar bobagens como todo mundo e é claro, mil ideias pululam no meu espaço cerebral, talvez até causando um estado febril passageiro graçasadeus, mas deveras preocupante se levar o assunto pensado adiante. Quando o sol sai, os fantasmas somem...
Em algum momento de 2006 quando fiz o outro blog, eu devo ter tido insônia naquela noite, pois é quando mais acontecem ideias até então impensadas por mim, dai eu escrevi essa pérola.
Teve um tempo que isso me acontecia com frequência, passar noites em claro pensando (olha o perigo!) e como já aconteceu, bolei invenções interessantíssimas e completamente inúteis, mas muito criativas. Elas apareciam na minha mente com todos os detalhes em plantas baixas e croquís ilustrativos, além dos materiais mais adequados para concretizar "a coisa". Certa vez passei a noite montando e desenhando charges políticas. Fiz 18 numa noite, é mole? Tinha até dois personagens que davam vida ao tema.
Pois é, falei isso tudo para justificar a insanidade que transcrevo abaixo. Não sei qual o momento mais insano, o de 2006 ou o de hoje, de agora postando novamente...hahaha...
                                                                Elucubrações

Como é sabido todo o ser vivente, nasce do ovo. Animais, aves, plantas, peixes etc. Assim as plantas geralmente têm sementes ovais e redondas, os óvulos humanos são redondos como as ovas dos peixes, os das aves são ovalados, da forma de ovo, é claro, então imagino que assim seja toda a natureza, pois não estudei biologia e nem conheço o assunto profundamente, muito menos todas as formas de vida do planeta.
Então você deve estar comentando: -O que essa maluca está dizendo?- O que estou querendo dizer é que observando um caminhão de soja que ia à minha frente na estrada, constatei que quando acumulamos de alguma forma uma quantidade de ovos,  e empilharmos um a um, ou os colocamos num recipiente, mesmo que seja arredondado na sua forma, as paredes dos ovos jamais se encostarão umas nas outras completamente ou nas paredes do recipiente. Na verdade só em alguns espaços mínimos, porém jamais suas formas se integrarão uma na outra, por mais semelhantes sejam. Não dá encaixe como um quebra- cabeças. E isso me faz pensar na INDIVIDUALIDADE DOS SERES; DA CRIAÇÃO DIVINA, que por mais que se "encostem" não se integram um no outro e por conta disso jamais perderão a sua individualidade.         Somos únicos!

sábado, 28 de maio de 2011

A travessura do Dengo

Em 2006 eu fiz o meu primeiro Blog mas não me entusiasmei muito em alimentá lo com a frequência como faço com este. Agora ressuscitei o http://bigblogger-tida.blogspot.com/ recheado de "causos" que ouvi, vivi, ou presenciei, e como pretendo apagá-lo definitivamente, antes, resolvi passar para cá algumas historias.

A Travessura do Dengo.
Houve um tempo, quando ainda morava em Campinas-SP, que eu fazia aulas de pintura em tela num ateliê no centro da cidade,  para onde convergiam de várias partes da cidade alunos de várias idades, na maioria mulheres, de vários bairros. E na minha turma algumas alunas eram um pouco mais abastada$$$, vamos colocar assim. Mas isso não impedia de nos entrosarmos todos muito bem e passarmos tardes muito divertidas. Essas duas alunas, visivelmente "emergentes", costumavam comprimentar todos muito bem quando chegavam, mas depois permaneciam quase que isoladas do resto do pessoal, conversando o tempo todo entre elas, sem se envolverem nas outras conversas.
Certo dia uma delas chegou um pouco mais tarde e quando se encontraram, cochicharam uma para outra alguma coisa e cairam na gargalhada sem parar, causando até um certo constrangimento em nós outros da sala, até que o professor parou e ficou observando as duas esperando uma explicação. Elas olhavam uma para outra e não conseguiam parar de rir e ai todos paramos e também ficamos olhando as duas rirem até que se acalmaram e uma delas começou a contar o que aconteceu.
Ela contou-nos sem parar de rir, que moravam num condominio e na casa ao lado dela (da que estava contando) morava um casal, e a visinha "se achava" muito. Não falava com ninguém, vivia de nariz para cima, tinha um ciúme doentio pelo marido e chegava a leva-lo aos beijos até a frente da casa, tantas vezes quanto ele saísse, querendo demonstrar com isso publicamente quanto o amava etc. etc. Era dengo pra cá, dengo pra lá... de acordo com ela; "um nojo".  Faziam cenas de ciúme um para o outro quando tinham platéia, alguém para assistir e por aí vaí.
Só que este final de semana ele, o "dengo", viajou a "negócios" acompanhado somente pelo outro vizinho, amigo e colega de trabalho, para um "baita" resort levando cada um a sua acompanhante. E a boba da mulher ficou em casa. 
Chegando lá no resort, "o dengo", não contente com o que tinha ao seu dispor, resolveu a ilustre criatura, subir num coqueiro de sunga. É claro que foi para impressionar as garotas, afinal ele era o "bom". Conseguiu subir até a metade do coqueiro, o suficiente para descer com tudo e em alta velocidade e deixar no coqueiro o próprio couro. Uuuuiiiiiiiii!!!
Resultado; Foi trazido para casa pelo amigo, o também vizinho e cúmplice, completamente descascado, esfolado entre as pernas, sendo quase castrado pela própria imprudência, depois de ser atendido e enfaixado como uma múmia, num hospital.
Como será que ele explicou o que aconteceu para a mulher dele, como?
Bom; essa história ela soube pela empregada do amigo que foi junto e o trouxe de volta, que contou para a empregada dela e que é claro antes do meio dia o condominio inteiro ja tinha conhecimento da façanha do "atleta de coqueiro", mais conhecido como "Dengo"...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O quinhão de cada um

Apenas um pensamento...

As coisas; os bens materiais, o poder, o dinheiro são distribuidos no mundo em que vivemos de maneira aparentemente aleatória e de forma desigual, mas as dores e o sofrimento cada um leva o seu quinhão, com certeza.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A ira em ação


Pois é... Um acontecimento policial em Joinvile, aqui no estado este final de semana, onde um vizinho matou a tiros o que morava bem na frente além de machucar também com um tiro um filho da vítima, me deixou realmente muito triste ao ver o quanto de ódio ainda permeia as relações pelo mundo. Uma tragédia atrás da outra, nesse caso específico, infelizmente, apenas mais um:
 O vizinho da frente indignou-se com as crianças que jogavam futebol alegremente na casa dos parentes que festejavam um aniversário e deixaram uma bola cair no jardim da casa da frente, chutada por uma das crianças. Pois foi o suficiente para acontecer a tragédia. O homem tomado pela ira atravessou a rua de revolver em punho e o descarregou aleatóriamente matando o dono da casa e ferindo gravemente um outro filho. 
Mas o que é isso? Fico aqui pensando e imaginando como as pessoas vivem no limite da sanidade mental atualmente, mas isso só faz confirmar aqui a minha teoria de que:
QUEM É FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM, então perdoe e deseje a felicidade da criatura que te feriu e encontrarás a felicidade.

Sim, esta é uma teoria que tenho aprendido ao longo da vida, eu explico:
Quando uma pessoa é infeliz ela perturba e incomoda a todos o tempo inteiro, ao contrário de quem é feliz ou pelo menos se sente feliz, que vive olhando a própria felicidade nas coisas que a fazem feliz.
Quando a pessoa é rancorosa, cheia de ódio, todos ao seu redor sofrem com a sua amargura, e se ela puder envenena a todos que a rodeia destilando constantemente o seu fel sempre que pode. Ela tem astral pesado, ruim.
Quando a pessoa se sente feliz ela entra nos lugares como um furacão, empolgadíssima, sempre rindo e contando “a última”, sempre envolvida nos seus festejos e alegres acontecimentos. Ela tem brilho.
Mas o bom mesmo é o meio termo; ser feliz, viver feliz mas sem se alienar, viver com alegria, festejar o que houver para festejar e sentir se feliz pela vida, pela dádiva de viver que Deus proporciona a todos, distribuir boas palavras a maioria do tempo, não se permitindo em tempo algum viver no “baixo astral”.  Ai sim, conseguiremos alcançar a FELICIDADE.
Se este homem olhasse para a festa do vizinho e pensasse assim;
 -"Olha como são alegres as crianças, vivem felizes como passarinhos..."-
Ele também seria feliz e não iria amargar o resto dos seus dias numa prisão por tão pouco...

domingo, 22 de maio de 2011

Coisas horríveis estão no nosso caminho

Pois é, ontem como falei, aproveitamos que o sol saiu e fomos para o centro onde almoçamos e depois visitamos uma amiga rapidamente. Depois passamos na irmã do Adalberto, a Ada, e visitamos também as minhas duas irmãs. Fomos de  norte ao lado sul da ilha, correndo a "via sacra", como se fala por aqui. Foi muito bom, Nanci tinha outro compromisso, e ficamos pouco, mas na casa da Nádia e meu cunhado Aliatar, acabamos ficando para um lanche gostoso.
Nos divertimos um monte e demos risadas por boas horas, porém quando saíamos da casa da Nádia que mora relativamente no centro, a vizinha do lado se despedia de uma amiga na calçada,  que ao ver a minha irmã veio cumprimenta la ainda com duas gaiolas com passarinhos dentro, na mão. Elas se conheciam de longa data, de muito tempo, desde que os filhos eram crianças. O marido dela é um médico conceituado na cidade e imaginam o que ela fazia ali na casa da vizinha da minha irmã? Simplesmente comprava passarinhos de gaiola. Fiquei chocada, sinceramente. Não consigo imaginar pessoas com um pouco que seja de cérebro, que ainda mantém pássaros engaiolados. Revoltante!

Saímos de lá e eu resmunguei tanto por conta disso que o Adalberto argumentou sabiamente que eu estava estragando as boas horas que havia passado por conta de coisas que eu não podia modificar. Concordei e resolvemos então passar no shopping para resolver um problema com o meu celular, antes não tivesse ido, pois ao chegarmos ao estacionamento, bem ao nosso lado parou uma caminhonetona daquelas importadas, chiques, de onde saíram uma mãe ainda jovem com duas crianças entre dez e doze anos. E não é que pararam bem do meu lado e a garota por conta de alguma contrariedade, simplesmente mandou um tapa no rosto da mãe? Ali, assim, ao vivo e a cores!!!? A mãe somente lhe disse sem nenhuma energia: - “não faça mais isso!”_ e entraram no shopping como se nada tivesse acontecido que fosse digno de nota, é mole?
E eu aguento uma coisa dessas? Realmente o meu dia foi muito bom, mas bem que eu não precisava ver cenas que realmente me incomodaram. Não é à toa que os filhos hoje em dia matam os pais por qualquer motivo e principalmente por dinheiro.
Foi chocante, nem tenho o que dizer além da minha tristeza ao presenciar essas coisas que estão no nosso caminho e não podemos intervir...

sábado, 21 de maio de 2011

E o sol saiu...

O sol saiu, o dia está lindoooooooo
 e eu vou passear hoje no centro da cidade,
 há trinta e quatro km da minha casa, que ninguém é de ferro.
Fuiiiiiiiiiiii...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bolinho de chuva e tudo mais...


Pois é....



Você já ouviu falar em chuva? Chuva sim, aquela que molha tudo e embolora tudo. Não, não é bolinho de chuva não. O bolinho de chuva nunca viu chuva, ele só ouve falar em chuva, pois quando chove e ninguém quer ir na padaria buscar pão ai se lembram dele, coitadinho. Tão fofinho, tão açucarado e ainda por cima temperado de canela, às vezes com bastante canela e com raspinhas de limão na massa, sim, para dar um toque diferente, quando a chuva continua no dia seguinte.
Por que será que dá mais vontade de comer quando chove? E o pior, quando se mora num lugar que CHOVE!!!!! E como chove, e por conseguinte come-se um monte.
Eu sei que se deve ocupar a mente e as mãos para evitar comer, e nos intervalos o que fazer? O obvio: comer. Afff...

Gente já estou começando a embolorar, já nem sei quanto de chuva já choveu por aqui, o sol apenas olha e vai embora e a lua também. Estou morrendo de saudade de Tupã, acreditam? É... Aquele calor o ano inteiro, ou quase? E aquele sol, como diz o Adalberto, tem um sol para cada um, tão ensolarado é.
Lindo maravilhoso e quente, muiiiiiiito quente, mas muito bom, maravilhoso, tão maravilhoso que nem dá vontade de comer bolinho de chuva...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Por uma vida

Aproveitando a polêmica em torno do livro com erros de português aprovado pelo MEC vou também dar o meu pitaco apesar de ninguém ter me perguntado nada.

Pois é; a autora Heloisa Ramos entre outros argumentos assegura que é uma forma de aceitação do linguajar corrente dos "menos favorecidos pela sorte" que sofrem no seu dia a dia todo tipo de preconceito e por conseguinte o de sua forma de falar.
Se isso realmente for aceito pela sociedade vai cair de moda falar corretamente, o que já acontece paulatinamente e assustadoramente, infelizmente. E só posso achar que essa atitude assinada pelo órgão responsável pela educação, o MEC é lastimável...
Órgão? Cuma?!  Órgãos,temos muitos; um para cada função e acho que nesse caso específico o órgão usado foi o intestino e provavelmente o intestino grosso (ops!). Imagine só, se ensinando o correto, o certo, uma grande quantidade de pessoas, só para não dizer a grande parte, fala erradíssimo, como ficarão as conversas, os diálogos não automonitorados? Já não basta a aflição que nos causa o “internetês”? E o pior é que já se instalou e “todo mundo” acha normal escrever em “hieróglifos” novamente.
Mas o que me causou inquietação mesmo, foi a explicação que não explica nada, de que é para não causar constrangimento(?) ou usar de preconceito(?) com os que não tiveram oportunidade de aprender. E daí carapálida?! A hora é essa, é agora, e o mais depressa possível.Já estamos atrasadíssimos em termos de educação e cultura nesse país no mínimo quatrocentos anos.
Não entendo porque o medo de corrigir, de ensinar o correto, porque a vergonha de ser corrigido?
Eu não tenho vergonha nenhuma de ser corrigida, até agradeço ao abençoado que me ensinar algo que ainda não sei, pois assim não cometerei mais o mesmo erro novamente.
Repito: Onde está a vergonha em aprender? Juro que não entendo.
Sabe qual seria a solução para isso tudo, para acabar com essa polêmica sem noção?


OS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA RECEBEREM O MESMO SALÁRIO DE UM SENADOR.


Isso acabaria com a falta de professores aparelhados, porém seria exigido o máximo deles, é claro. E penso que motivados por um salário bom, iriam supervalorizar a nossa língua pátria e repassariam com prazer e alegria o que aprenderam com satisfação e todos sairiam ganhando.

O mais incrível é que depois disso tudo a autora está ficando famosa e provará, com certeza, que apenas batalhou até hoje Por Uma Vida Melhor...hahahah


sábado, 14 de maio de 2011

Relembrando um dia de sábado

Eu tenho em muitas amizades grandes AMIGOS. Guardo no meu coração momentos felizes com pessoas que a vida me distanciou e outras que depois de muitos anos me trouxe de volta.
Assim é a vida, essa gangorra que nos leva e trás o tempo todo.
Pois é, e uma dessas pessoas queridas é a SONIA ALMEIDA, pessoa maravilhosa divertida com quem convivi lado a lado, vizinhas de muro, durante mais ou menos sete anos. Dai me mudei para Tupã, interior de São Paulo, e recentemente no mês de março voltei para Florianópolis-SC. 
Porém agora, graças a internet, nos correspondemos sempre e matamos nossa saudade informando uma à outra o que andamos fazendo e por onde andamos.
Com essa amiga querida dei muitas risadas, dividimos algumas tristezas, emoções e preocupações. Filosofamos juntas e fofocamos também que ninguém é de ferro, mas com certeza acrescentamos uma à outra muito carinho e amizade sincera que ficarão para sempre.
Hoje  lendo uma de suas cartas onde me fazia um relatório do seu fim de semana, por sinal muito divertido, me comovi de saudade relembrando grandes e inesquecíveis momentos que passamos juntas e um especialmente, que ja postei aqui, me faz rir até hoje pelo inusitado dos acontecimentos.
Assim o postarei novamente, lembrando que isso aconteceu em 2009 na cidade de Campinas-SP.  Como sei que muitos que me visitam hoje naquela época não tinham ainda conhecimento de mim acho que irão gostar. Para quem o leu divirtam-se novamente como eu.
Foi muito bom conviver de perto com essa amiga que com certeza faz parte da minha lista de pessoas inesquecíveis.
Um sábado diferente
Este foi deveras um final de semana totalmente inusitado e empolgante. Na parte da manhã, depois de um exame de esteira no cardiologista (ele faz os exames aos sábados) tive a surpresa de saber que o meu coraçãozinho que batebate ja não é mais o mesmo e precisa de um cateterismo (?!?). Algumas horas depois, passado o susto e procurando esquecer o assunto, aceitei o convite da Sonia (amiga/vizinha) para assistir duas amigas que se apresentariam num sarau literário, cantando e tocando entre declamações e poemas, no salão da Academia Campinense de Letras.
Confesso que nunca assisti nada semelhante, só no tempo da escola um arremedo de alguma coisa parecida, sei lá. Mas lá fui eu ao evento que começou as 15hs mais ou menos e era para terminar as 18 hs. Imagino que aconteça neste horário por conta da idade dos participantes, que em sua grande maioria ultrapassava em muito os sessenta e cinco anos e costumam dormir cedo.
Começaram a sessão homenageando três companheiros mortos na última semana (!)
Fiquei imaginando que mais duas ou três apresentações daquela, se considerássemos as idades, meia plateia homenagearia a outra meia que se foi, e em pouco tempo fechariam para balanço (desculpe a irreverência), até porque achei o evento muito interessante e divertido de verdade. Sim, realmente, ultimamente eu não tenho me divertido muito mesmo...hahahah
No centro do salão, sobre uma cadeira e diante da mesa diretora, a foto de uma das pessoas que morreu, uma senhora. Com uma rosa depositada ao pé do quadro, a morta foi reverenciada por pelo menos três pessoas, além do viúvo (sem chance de reciclagem) em prosa e verso, além do tradicional longo e aflitivo minuto de silêncio. Ela devia ser participante "de carteirinha", pois todos a pranteavam condolentes.
Durante as várias apresentações do evento, o que me fez rir, foram as desculpas públicas quase ingênuas dos participantes; onde, por exemplo: uma senhora muito chique após se apresentar,  expressão compungida, demonstrando impressionante memória retirou os óculos teatralmente, sacudiu os cabelos brancos bem tratados, enquanto explicava à platéia que para declamar era necessário deixar os olhos bem visíveis, sem lentes, pois eles transmitiam toda a emoção da interpretação(!?) e ainda pediu desculpas se cambaleasse um pouco, pois os joelhos não estavam muito bons (!). Mas contudo gostei da apresentação dela (um pouco longa em relação as outras) porém totalmente profissional, deveras muito interessante. O texto conforme nos informou, era de um poeta português e falava de um mancebo apaixonado por uma donzela que "fazia doce" o tempo todo (a expressão é minha). Com palavras e gestos de amuo e olhos resguardados (ela interpretava um e outro) enquanto ele se debatia em paixão sôfrega desesperadamete.
Se fosse cantado, seria uma ópera.
É verdade que gostei... Nunca vi destas coisas e me divirto mesmo. me divirto com tudo de verdade. 
A presidente da mesa, uma senhora baixinha muito elegante, aliais é bom que se diga, todas estavam muito elegantes, vestindo um terninho vermelho, ficava quase escondida atrás da mesa enorme, tão pequena era ela e tão grande era a mesa, tomou do microfone e contou seus "particulares" também e falou a que veio só depois de umas três apresentações (também homenageando a morta do retrato,  confirmando que ela realmente pertencia ao grupo de poetas). La pelas tantas,  ela disse para quem quisesse ouvir, que não ouviu nada do que foi dito até ali (!) pois estava surda, surda; só com cinquenta por cento da audição, mas também falou o que devia falar; da falta de prestigio, apoio, etc. Enfim, fez uma salada de informações entremeadas com críticas, reclamações, elogios e apresentações.
A amiga da Sonia que toca teclado (por sinal, muito bem), é concertista e inclusive fui informada pela Sonia, que foi até aluna do filho de Carlos Gomes, aliais conforme também declarou la pelas tantas, e tudo o mais, pois ela também resolveu entre um intervalo musical e outro botar a "boca no trombone" e meteu o pau na prefeitura, e em quem mais merecesse, pois não prestigiavam eventos com os músicos de Campinas, e nem como aquele que estava acontecendo ali, naquele momento; e aproveitou para fazer um discurso estilo político. Em seguida recomeçou a tocar lindamente até que houve um frisson na plateia e uma senhorinha bem senhorinha, enquanto a do teclado tocava e a outra amiga da Sonia cantava um lindo tango (por sinal uma linda voz) a senhorinha indignou-se e foi reclamar lá na frente, diretamente na mesa da diretoria, com a senhorinha  50% surda de terninho vermelho, que "ninguém estava homenagendo ali, naquele evento, o "nosso" Carlos Gomes", que isso não era certo ja que estava-se comemorando pelos quatro cantos da cidade, "o mês de Carlos Gomes". Nem esperou o sarau continuar ou acabar e já saiu reclamando bem alto no meio do salão; ninguém sabia ainda se iria ter homenagem ou não e "ela já rodou a baiana". Nisso, a apresentadora do evento, a responsável, uma " jovem" de aproximadamente 65 anos, indignou-se publicamente expondo a todos ali presentes, que era uma pessoa que batalhava sem ajuda de ninguém para montar um sarau daquele, que não era fácil, mas que não era nunca reconhecida, que sua mãe de mais de 90 anos estava acamada(!?) e ninguém dava valor ao trabalho e esforço dela, e que ninguém a ajudava em nada; e que aquele trabalho era muito difícil e as pessoas ainda vinham reclamar como agora no caso daquela senhora parente do Carlos Gomes entre outros. Pois que aquela senhora ficasse sabendo (!!!), e a quem mais interessasse que ela dava o melhor de si, mas que aquilo ia acabar ainda este ano e ela não queria nem saber, por que ela iria se desligar antes do final do ano. E era por conta de pessoas como ela, que não tinham copreensão (a senhorinha em questão) é que ela estava desistindo da presidência dos eventos (quase chorou e nós juntos com tanta "injustiça").
Enquanto todos nós da platéia ouviamos de boca aberta o desabafo e mais um pouco assistíramos um "arranca rabo" com vias de fato, a cantora e a tecladista executavam um fundo musical ja que foram lá para isso. 
A minha amiga Sonia levantou-se e deu um basta. Estava quase dando um xilique, pois não tem paciência para frescuras e incompetência (ela ama música clássica e recitais musicais de verdade) mas eu achava tudo divertidíssimo e pedi para ficar mais um pouco.
Lá pelas tantas a mesma senhora, septagenária também, inconformada vai até a frente novamente e lá do meio do salão vira-se para a platéia e pede a palavra. Em seguida começa a contar da vida de Carlos Gomes, se apresentando como sobrinha-neta que era, e que ia falar porque sabia "tudo da família" e então iria contar como foi. Enquanto falava pedia a confirmação em cada frase para o amigo da Sonia que estava perto de nós, e que fez sinal para mim e para a Sonia que não sabia de nada (e nem poderia, pois nem era parente!?)...
Pois ela desenrolou passagens e acontecidos da familia, interropendo as apresentações e ainda sugeriu que nos uníssemos para pedir a volta dos despojos da esposa de Carlos Gomes, não lembro o nome (vê se pode!?) que ficou na Itália e o lugar dela era aqui, no túmulo da família; sem deixar de dizer, que alguém (deu o nome do ilustre) lhe disse que ela era a reencarnação da mulher do Carlos Gomes(!!!) Talvez  ela se sinta dona dos restos mortais que estão na Itália, vai saber... e falou um monte, até que ela deu uma trégua e nesse momento entra para se apresentar, um grupo de negros, de samba de batuque vestidos à moda africana e o sarau foi literalmente para a cucúia com honra e graça do divino.
Daí a Sonia achou que era demais para ela e quase pediu os sais.
E antes que terminasse o evento saimos quase correndo de lá, com a Sonia me levando junto com ela, sem que eu visse como tudo terminou e principalmente sem saber até agora, o que tem aquele sambão de raiz a ver com um sarau literário à moda antiga, e o ilustre compositor Carlos Gomes? Tudo isso no mesmo lugar, numa tarde chuvosa de sábado?
Sei lá.... E assim foi meu sábado diferente e divertido, com todo o respeito aos mortos e aos vivos que lá estavam...


Valeu Sonia, de verdade.
 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de Maio

13 de maio, sexta feira.


Dia de azar? O azar não existe. Todos os dias são sagrados, pois vivemos pela Graça de Deus.


Hoje é dia de Maria, dia de Nossa Senhora de Fátima para os católicos, uma de Nossas Senhoras, uma das versões da mãe de Jesus. Para cada lugar que ela aparece dá se lhe um nome, marca se uma nova referência para uma nova reverência. Interessante isso.
As histórias de aparições são muito comoventes. A mediunidade nesses casos é aceita com naturalidade. Mas observo que existe dois parâmetros para a vidência mediúnica. Têm aqueles que vêem santos que são considerados fenômenos a um passo da santidade em vida, o que é bem diferente para quem vê a avó, o vizinho que morreu, ou aquele tio “mala” andando pela casa, daí a mediunidade é vista com maus olhos (!?) Olha só, como são as coisas; dois pesos e duas medidas.
Hoje mesmo assisti e até me comovi, para falar a verdade, um advogado médium catoliquíssimo no programa de televisão da AMB e ele falava de suas visões com a maior naturalidade, apenas as nomeava como santos e anjos da guarda, mas tudo bem.
Foi muito lindo e ele passa uma paz interior e possui uma aura belíssima.
Gostei do que vi.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rainha do Lar

 Rainha ?????????? do Lar??????????????? 


Novamente o dia das Mães
La vem ele outra vez, o dia Das Mães o dia da RAINHA DO LAR (?).
Todo ano eu escrevo para reclamar e ninguém está nem ai, e nem poderia ser diferente, afinal acho que eu sou a ÚNICA mulher mãe que não gosta desse título:
Rainha do lar ; rainhadolar coisa nenhuma! Não gosto dessa homenagem.
Mas eu sempre explico; é que eu acho muito desagradável essa lavagem cerebral comercial, essa pressão constrangedora, que quer  obrigar os filhos genros e noras a festejar a “alegria” daquele dia, sendo que se somos amadas, idolatradas, salve, salve e tão insubstituíveis assim, esta atitude precisa acontecer o ano todo, e eu sou viu? É bom que fique bem claro, para não ser injusta. Sou paparicada o ano inteiro e muito cuidada, sim. Mas e as mães que não têm essa felicidade, essa alegria de uma família legal? Aquelas que têm filhos "problema" ou doentes? Não acho justo.
Mas ai eu vejo também filhos alheios se endividando para comprar presentes para a “mãezinha querida”, sendo que poderiam fazê-lo em qualquer outro momento que desejassem de verdade e que fosse mais confortável ($$$$) para aquele filho. Mas não! A propaganda é tão pesada que tem até filho por ai fazendo análise por conta de não presentear, levar para almoçar / jantar no 2º domingo de maio, ou comprar uma máquina de lavar para a sua “rainha”.
Que coisa mais terrível!!!
Abaixo o dia das mães!!! hahahahah...♥♥♥♥


Agora veja o que eu acho que é maternidade, genericamente falando, é claro.
Eu penso que tem coisas que Deus poderia ter feito diferente, mas reconheço que Ele deve ter um motivo para fazer assim. Eu respeito, mas queria entender de verdade.
A meu ver a mulher não deveria engravidar NUNCA antes dos 25 anos. Ela poderia “aprontar” todas, mas seu corpo não seria fértil ainda, não estaria pronto e por consequência não engravidaria.
A meu ver ninguém antes dos 25 anos está pronta para ser responsável por um ser humano em formação, por uma criança. Alguém como ela própria, que se multiplicou dela mesma e vai muitas vezes ser melhor que ela em absolutamente TUDO!!!! Só que antes dessa idade por mais inteligente, culta e madura e "preparada" para a vida, ela não está suficiente apta para criar uma pessoa em formação física, psiquica e mental. Ela mesma não tem maturidade para entender a complexidade da tarefa que se apresenta à sua frente.
Até esse momento ela teria que entender profundamente o que é de verdade a maternidade. O quanto de resposabilidade perante Deus e os homens essa atividade está implicita. Precisaria aprender que ao tomar essa decisão, a de ser mãe, ela não seria nunca mais uma mulher só.

Agregada a ela, aquele ser (ou quantos mais vier a ter) fará parte de sua vida para sempre, até mesmo se ele vier a morrer. Que por mais que ela ensine os seus princípios, se não der exemplos jamais eles serão assimilados, assim como será assimilado tudo o que for exemplificado em todos os momentos da vida e pela vida a fora, quer sejam bons ou não.
Que a partir daí, tudo o for propriedade dela vai ser partilhado com o filho ou quantos tiver, assim como o seu tempo, trabalho ou lazer e até a própria vida se assim for necessário.

Que a partir do nascimento do filho lindo, querido, muito fofo e rosadinho, durante os seus primeiros aninhos, sempre, invariavelmente sempre que ela entrar no banheiro, seja lá para o que for, o filho aos prantos a exigirá urgentemente e ela sairá correndo enlouquecida para ver e resolver, custe o que custar. E isso acontecerá até o dia em que ela descobrirá que vai precisar daquele yogurte de copo verde, para lembrar ao corpo que ele precisa processar o que ela conseguiu engolir rapidamente indo e vindo, sem prestar sequer atenção no gosto. Provavelmente também muitas vezes, perceberá já na rua, que não penteou os cabelos e que o batom que ela guardava na bolsa estava todo esmagado dentro da tampa (quem será que fez isso, né?)
Por mais organizada que seja, estará sempre esbaforida, com olheiras e sem tempo para nada que não seja a sua “família real” (o príncipe, a princesinha e o reizinho),  pois tudo nas vinte e quatro horas desses fofos é absolutamente imprevisível. Tudo poderá estar perfeito como logo após poderá virar um caos.

E isso vai longe... até onde me lembro ainda não acabou...♥♥♥♥
Mas vale até hoje viu? Mas que é barra isso é.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Continuando...

Dando continuidade ao meu raciocínio de ontem, para que fique mais claro, coloco mais uma parte do Evangelho Segundo o Espiritismo, que bem ilustra o meu pensamento.
É o capitulo VIII "Os que têm puro o coração", item 13 em diante, sobre Escândalos.

13. É preciso que haja escândalo no mundo, disse Jesus, porque imperfeitos como são na Terra, os homens se mostram propensos a praticar o mal, e porque, árvores más, só maus frutos dão. Deve-se, pois, entender por essas palavras que o mal é uma consequência da imperfeição dos homens e não que haja, para estes, a obrigação de praticá-lo.

14. É necessário que o escândalo venha, porque, estando em expiação na Terra, os homens se punem a si mesmos pelo contacto de seus vícios, cujas primeiras vitimas são eles próprios e cujos inconvenientes acabam por compreender. Quando estiverem cansados de sofrer devido ao mal, procurarão remédio no bem. A reação desses vícios serve, pois, ao mesmo tempo, de castigo para uns e de provas para outros. E assim que do mal tira Deus o bem e que os próprios homens utilizam as coisas más ou as escórias.
15. Sendo assim, dirão, o mal é necessário e durará sempre, porquanto, se desaparecesse, Deus se veria privado de um poderoso meio de corrigir os culpados. Logo, é inútil cuidar de melhorar os homens. Deixando, porém, de haver culpados, também desnecessário se tornariam quaisquer castigos. Suponhamos que a Humanidade se transforme e passe a ser constituída de homens de bem: nenhum pensará em fazer mal ao seu próximo e todos serão ditosos por serem bons. Tal a condição dos mundos elevados, donde já o mal foi banido; tal virá a ser a da Terra, quando houver progredido bastante. Mas, ao mesmo tempo que alguns mundos se adiantam, outros se formam, povoados de Espíritos primitivos e que, além disso, servem de habitação, de exílio e de estância expiatória a Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, expulsos de mundos que se tornaram felizes.
16. Mas, ai daquele por quem venha o escândalo. Quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que a seu mau grado servir de instrumento à justiça divina, aquele cujos maus instintos foram utilizados, nem por isso deixou de praticar o mal e de merecer punição.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Encontraram o homem

Encontraram e mataram o homem que matou milhares de pessoas em 11 de setembro nos EEUU. Os meios de comunicação enlouqueceram. A impressão que me passa é que cada pessoa, inclusive jornalistas, queria ter feito isso com as próprias mãos.; matar o homem que matou. Que coisa triste, deprimente. Há uma euforia no ar, como se corvos se jogassem por sobre um corpo em decomposição disputando cada um o melhor naco.
Horror! Puro horror!!!
 Quem estuda a filosofia espírita fica perplexo diante de tanto ódio.
 Sim eu reconheço que ele cometeu uma chacina sem tamanho ou melhor, tamanho GGX extra grande. Inconcebível para qualquer parâmetro, mas não mais dolorida do que aquele que semanas atrás matou as crianças de Realengo, aquelas mães que abandonaram seus bebes na lixeira e em lugares públicos e não têm sido poucas nestes últimos dias. Aqueles que repassam drogas e distroem lares e lares todos os dias só visando o lucro e o dinheiro fácil a custa de vidas. A dor humana pelos seus entes queridos não tem tamanho, não tem medida, tem intensidade abissal. E o que não conseguimos entender mesmo é o desamor, a falta de caridade com o próximo, não importando de que lado esteja. Não devemos ter lado, devemos ser caridosos uns para os outros e amar universalmente. Quando chegarmos lá, o mundo será infinitamente melhor.
Enquanto vivermos neste toma la da cá, de ataques e revides, nunca chegaremos a nenhum lugar e o mundo nunca terá paz.
E a triste constatação a que chego é que observando a reação das pessoas principalmente diante dessa notícia de hoje é que dá para ver em que estágio evolutivo nos encontramos, e dá para ver que vai demorar muito ainda...

Fui ler (para acalmar meu espírito) o Evangelho Segundo o Espiritismo  e encontrei no
Capítulo XI
"AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO" (Jesus)
Item 14
CARIDADE PARA COM OS CRIMINOSOS
 Estes seguintes ensinamentos:

"... A lei do Cristo é a que regerá os homens, será a moderação e a esperança e conduzirá as almas às moradas bem aventuradas. Amai-vos, portanto, como filhos do mesmo Pai. Não façais distinção entre vós, pois Deus quer que todos sejam iguais; não desprezeis a ninguém. A presença de criminosos encarnados entre vós é um meio de que Deus se utiliza para que as más ações deles vos mostrem lições e ensinamentos. Brevemente, quando os homens praticarem as verdadeiras leis de Deus, não haverá mais necessidade destes ensinamentos e todos os Espíritos impuros e revoltados serão dispersados para mundos inferiores, de acordo com suas tendências. Deveis, aos criminosos de quem falo, o socorro de vossas preces; esta é a verdadeira caridade. Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; é preciso eliminá-lo da Terra; a morte que lhe é imposta é muito suave para um ser dessa espécie”.  Não, não é assim que deveis falar. Observai Jesus, vosso modelo. Que diria Ele se visse este infeliz ao seu lado: o lamentaria; o consideraria como um doente miserável e lhe estenderia a mão. Em verdade, não podeis fazer isso, mas ao menos podeis orar por ele e dar assistência ao seu Espírito."

É bom refletirmos sobre isso...
Muita paz.