segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Filósofa de Segunda

Filósofa de segunda (feira)



Esta noite perdi o sono e assisti Fernanda Yang entrevistando a Carolina Ferraz, o que me levou a algumas elocubrações próprias para postar numa segunda feira cinzenta enquanto um temporal se arma sobre a minha cabeça.


Perguntinhas que me fiz que são totalmente irrelevantes:


Porque alguém sabidamente culto e inteligente como a FY, entre mil escritos e desenhos "tatooados" nos braços delineou o mapa do BRASIL? O mapa do Brasil???!


Porque CF se orgulha de ter "começado" a beber depois dos 34 anos e hoje não consegue cozinhar se não beber?

Incrível!!!! E o temporal vai cair...







É....é melhor não pensar...



 
 
 
 

domingo, 29 de novembro de 2009

Rancho das Flores


Estou ha dias para colocar aqui a composição de Vinícius de Moraes,  que foi gravada pelo grupo de cantores Bombeiros do Rio de Janeiro lá pelos anos 6o/70 e que eu acho muito linda e interessante.
Sendo composição de Vinícius não podia deixar de ser....

Rancho das flores



 Composição de   Vinicius de Moraes

Entre as prendas com que a natureza
Alegrou este mundo onde há tanta tristeza
A beleza das flores realça em primeiro lugar
É um milagre do aroma florido
Mais lindo que todas as graças do céu
E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa
Não há mais formosa
É flor dos amantes
É rosa-mulher
Que em perfume e em nobreza
Vem antes do cravo
E do lírio e da Hortência
E da dália e do bom crisântemo
E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo o escravo da rosa
Que é flor mais cheirosa
De enfeite sutil
E no lírio que causa o delírio da rosa
O martírio da alma da rosa
Que é a flor mais vaidosa e mais prosa
Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas pra dália garbosa
Da cor mais vistosa
Do grande jardim da existência das flores
Tão cheias de cores gentis
E também para a Hortência inocente
A flor mais contente
No azul do seu corpo macio e feliz
Satisfeita da vida
Vem a margarida
Que é a flor preferida dos que tem paixão
E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel pras abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração
E agora que temos o bom crisântemo
Seu nome cantemos em verso e em prosa
Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor
Uma rosa é uma rosa, é uma rosa
É a mulher rescendendo de amor

Teatro imperdível





Hoje a Sonia me ligou logo depois do almoço e me convidou para ir ao teatro, pois tinha ganho as entradas para a estréia de uma peça.



Imagine se eu iria perder? Adoro teatro, como adoro um monte de coisas que tem para ver.
E valeu a pena, valeu muito a pena mesmo, pois a peça é engraçadíssima.
Imagine; um casal que leva uma noite inteira discutindo pelo quarto o relacionamento, seus desejos, desconfianças e e fantasias, tudo da maneira mais engraçada, a ponto de uma pessoa que ja viveu e conviveu com alguém sente-se perfeitamente em sintonia com o assunto; a discussão é colocada sob a ótica do universo feminino e do  masculino. Muito engraçado.


Muito bom mesmo. Recomendo.
O texto é de Léo Lama, direção de Naum Alves de Souza e direção de produção de Ed Júlio com a dupla de atores Melissa Vettore e Otávio Martins e a peça é "Dores de Amores; " é uma comédia sobre amar".


Mas para não perder o costume de acontecimentos inusitados onde vamos, especialmente hoje, o Shopping D. Pedro (para quem não sabe; o maior da América Latina)estava lotado até as orelhas, já que desde ontem só chove em Campinas e região, daí quem não gosta de ficar em casa vai dar uma volta lá. A fila do teatro virava a esquina. Ao lado da bilheteria, sob a cobertura do lado externo do shoping, uma "casa de pasto" estava lotada, não tinha um lugar vago para quem quisesse comer alguma coisa por ali, alem de muitas pessoas que aguardavam a desocupação de alguma mesa. Uma muvuca sem tamanho. O estacionamento imenso que contorna toda a construção comercial,  sem vagas disponíveis e com filas enormes de carros aguardando, que pelo menos alguém com dor de cabeça, de barriga ou outro motivo resolva sair dali para casa, ou para  outro shopping pelo menos,  ou seja: para onde for, desde que libere a vaga.


E nós duas lá paradas, esperando a mãe do ator principal que nos entregaria o convite.
Sim a Sonia entre outras novidades, também é "meio tia" do ator principal,muito conceituado no meio artítico teatral no eixo Rio/SP. Na verdade, a irmã dela é que é tia do Otávio Martins.


Pois bem, depois de perguntarmos na bilheteria se alguém tinha deixado ali as nossas entradas e sermos informadas que não, voltamos e paramos nas imediações da entrada propriamente dita, entre outros que também aguardavam para entrar, quando se aproximou um rapaz de cabelos longos e bandana na cabeça, gentil e simpático, perguntando se estávamos esperando alguém, no que a Sonia informou-o que esperávamos a tal pessoa com os ingressos, ele prontamente não só nos entregou os ingressos, mas se identificou como o produtor da peça (Ed Júlio), que estava sabendo que iríamos procurar as entradas etc e conversou conosco um pouco até a chegada da mãe do ator a quem estávamos esperando; é mole? No meio daquele mundo de gente, fomos encontradas por ninguém menos que o produtor da peça que nos aguardava com as entradas! Viu só?
E olha que estávamos discretíssimas nem eu nem Sonia, siquér, segurávamos uma placa de identificação...hahahaha.


Mais um sábado diferente graças a Sonia, "meu tipo inesquecível".

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Gatelho ou Coelhato




Por conta do trabalho da filha Ligia
aprendi a observar os nomes de lojas, escritos em placas, panfletos e todo tipo de midia, impressa, falada e televisionada.


Quem já tem o espírito crítico aguçado como eu tenho, só de uma saidinha pela rua, ou uma passadinha de olhos pela televisão ja fico procurando pêlo em ovo, chifre na cabeça de cavalo, pra que lado está a cabeça da minhoca... e por ai vai.
Perdoe-me por relmente não ter algo melhor a fazer, hahahah
Dai que  ja estou a algum tempo para comentar aqui uma coisa que me irrita profundamente:


Como explicar para uma criança qual o significado daquela propaganda do spray Bom Ar ?
Estou falando da propaganda e não da qualidade do produto, onde UM COELHO estilo pernalonga, leva para a sua casinha fedida, UMA GATA (literalmente)?
Desde quando coelho faz par com gato? Será que se a casa dele fosse cheirosa e tivesse Bom Ar realmente, eles iriam até "os finalmente"? E o que nasceria de um par desparelhado como um coelho e uma gata, gatelhos ou coelhatos?
Fica no ar a pergunta que não quer calar.

Se você vota no Coelhato ligue para 0500*xy# e escolha o nº 1
Se você vota no Gatelho ligue para  0500*xy# e escolha o nº 2

*http://www.ligiafascioni.com.br

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Coração Zero




Agora sim, o coraçãozinho que bate bate está em ordem novamente e cheio de amor para dar.
Obrigado pelos bons pensamentos e orações.
Saúde e Paz para todos.
Evamoquevamo que a fila continua andando...


domingo, 22 de novembro de 2009

Quem resiste?








Até quarta feira, dia 25   estou "proibida" pelo médico, de teclar, mas quem resiste?

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Composição de todos



Hoje é o dia da consciência Negra, daí que me lembrei de uma de minhas historinhas sobre o assunto que escrevi há algum tempo atrás, e talvez já a tenha postado em um dos blogs que eu já tive. "a nivel de" informação e curiosidade, este é o terceiro.



A Soma das Diferenças é a Composição de Todos

O pai da Camila lia despreocupadamente o jornal pela manhã quando a jovem sentou-se à mesa para o desjejum. Sem tirar os olhos do jornal aberto na seção de política, lhe desejou um bom dia, sendo respondido em seguida.
-Bom dia papai. Posso lhe pedir um favor?
-Sim claro.
-É que eu tenho um novo namorado e quero lhe apresentar, se possível ainda hoje.
-Por que assim tão rápido?
Perguntou olhando-a por cima dos óculos enquanto abaixava o jornal calmamente para olhá-la melhor.
-É que talvez não seja do seu agrado, como sempre, então não quero me envolver demais se não for para ter um futuro.
Falou com seriedade e quase rispidez.
Sorridente, o pai lhe envia um doce sorriso de prazer incontido ao ver o quanto sua filha se preocupava realmente com sua opinião. Até respirou fundo antes de falar mansamente.
-Por que pensa assim de seu pai, filhinha? Eu só desejo o melhor para você, jamais faria alguma coisa para vê-la sofrer...
-E o que aconteceu ao Paulo? E ao Marquito, ao Dráusio, ao Sérgio, ao Tadeu...
-Foram tantos namorados assim, minha querida?
-Foram muitos, papai, muito mais do que eu gostaria. O senhor está se esquecendo que já passei dos trinta anos ha muito tempo? Já estou perdendo a esperança de encontrar alguém que seja do seu agrado.
-Olhe, minha querida, você sabe quais são os meus argumentos, o meu pensamento em relação aos seus namorados...
-É, mas não consigo entender o porque dessa bobagem, não acredito que em todo o planeta exista alguém que tenha a mesma mania que o senhor.
-Que bobagem, minha filha. Como pode pensar assim a meu respeito? Qualquer pai tem preocupações com os filhos...
-Mas não baseadas em teorias estapafúrdias como as suas.
-Minha filha!
-Desculpe papai, mas o tempo está passando e não consigo encontrar alguém que preencha o seu gabarito. Além do que o “mar não está para peixe”. Os homens já não nascem mais em árvores, atualmente eles são flores de estufa. Raríssimos.
-O que é isso minha filha, com a sua beleza física e o seu interior todos os homens caem aos seus pés, desde que você lhes estenda seu olhar magnânimo, é claro.
-É claro! Claríssimo! Bem se vê que o senhor não sai de trás deste jornal e da frente da TV. Meu pai, a realidade atual é outra. Ande pela rua, pergunte às pessoas e não se baseie em meia dúzia de palavras impressas ou faladas na mídia. Elas não são unanimidade. Repito, a realidade é outra. Não existem pretendentes no mercado.
A mãe até aquele momento estática e calada como uma esfinge do outro lado da mesa resolveu se manifestar.
-Meu bem...
-Calada!
Responderam pai e filha juntos sem permitir a interferência daquela pessoa que para eles não tinha mais importância que um objeto qualquer daquela sala. Um verdadeiro candelabro com velhas e descoradas velas.
-Mas eu só queria pedir que me passassem a geléia...
Contrariada pela interrupção Camila pegou os dois potes de geléia que havia na mesa e colocou-os diante da mãe, deixando bem claro que não queria mais interrupções enquanto decidia o seu futuro com o seu amado e autoritário pai. Gênio difícil que a filha herdou, bastante carregado nas cores.
-Veja bem, minha filha, quando eu lhe explico minha teoria e você não aceita, nossa família entra em conflito e a paz desse lar se esvai como água morro a baixo.
-O senhor não me entende, meu pai. O senhor impõe um argumento completamente sem lógica. Baseado em quê, uma pessoa não pode escolher seu companheiro aleatoriamente? Tenho sempre que saber primeiro a árvore genealógica da pessoa, desmembrar cada ramo, verificar as suas origens, lhe passar todo o relatório para depois de um tempo indefinido, o senhor me dar a resposta que sempre é negativa; enquanto isso eu faço o que? Como posso fazer uma coisa dessas cada vez que arrumo um namorado? Que explicação ou desculpa dar a ele para a sua exigência? Seu excesso de zelo?
-Muito simples como das outras vezes diga que eu sou um apaixonado por heráldica, genealogia, sei lá, você é tão inteligente, criativa, dê-lhe uma desculpa convincente. E até porque não deixa de ser verdade. É muito simples, é só uma questão de boa vontade.
-Simples claro! Não é o senhor que tem que arrumar a desculpa esfarrapada e ainda esconder a verdade, tudo isso enquanto namora. Muito fácil. Foi fácil assim com mamãe?
-O que você acha?
-Há quantas famílias mamãe pertence mesmo?
-Oito. Exatamente oito, sendo só de três raças.
-E quanto às raças? Como é possível? Desde Adão e Eva?
-Ora desde Adão e Eva seria impossível, apesar de que seria o ideal, mas é claro que dentro desses últimos quinhentos anos já me contenta. Depois do descobrimento, vá lá.
-Descobrimento do Brasil?
-Sim, desde mil e quinhentos.
-E quanto à mamãe?
-O que tem ela?
-Como a encontrou mesmo?
-Eu fui buscá-la naquele vilarejo onde oito famílias o fundaram e lá a encontrei.
-O senhor não a encontrou, é muito diferente, o senhor a seqüestrou naquela comunidade religiosa que não permite acesso à civilização, sem luz elétrica e nenhum outro meio de comunicação, jornal, rádio e tv. Isso foi uma covardia de sua parte, papai.
-Não diga isso, foi por uma boa causa. Raça pura não é uma boa causa? Quanto mais pura melhor.
-Como boa causa? É como quer que eu arranje um marido? Quer que eu também seqüestre um? Quem sabe na mesma comunidade de onde saiu mamãe?
-Não, lá é impossível! Não podemos nem passar por perto, apesar de reconhecer que se você fosse um rapaz em vez de uma garota, as coisas seriam bem mais fáceis.
-Não consigo compreender essa sua mania...
-Não é mania já disse! Tenho motivos científicos para defender a minha teoria.
-Sim eu sei o senhor já me disse “trocentas” vezes, mas para mim a sua teoria não vale nada, nem um centavo da minha boa vontade, não tem importância nenhuma. Não concordo com o senhor em nada, mas como Voltaire, lhe dou o direito de defendê-la, e o meu respeito como filha, ainda lhe dá um pouco de crédito.
-Menina teimosa! O que lhe digo e faço é para o seu bem, minha filha.
-Este seu argumento é de domínio publico, aliais de domínio paterno. Todos os pais e mães do planeta usam esta frase quando querem impedir aos filhos o direito de escolha. Isto não é justo. Vocês fazem chantagem.
-Chantagem fazem vocês, filhos, quando não querem ver o que é certo, o que é melhor...
Ia repetir a frase mais uma vez quando se deu conta que esta não funcionava mais com a sua amada e muito teimosa filha. Precisava rever seus argumentos e preferiu calar, enquanto estendia a xícara para que a mulher lhe servisse de mais café.
-Minha filha quer que eu lhe faça uma omelete?
-Omelete? Ficou louca, mamãe? Vou trabalhar senão me atraso, não esqueçam que vocês vão conhecer o meu novo namorado, hoje à noite.
E saiu apressadamente em direção ao seu quarto para terminar de se arrumar.
A mulher ia perguntar para o marido se queria omelete, mas nem chegou a abrir a boca e ele respondeu voltando a olhar para dentro do jornal.
-Não!
Realmente aquela família não encontrava nunca um consenso sobre os direitos de cada um.
A mulher pensava e agia como uma escrava de senhores tiranos. Era quase transparente para o marido excêntrico e egocêntrico e a filha mimada e teimosa.
Enquanto ainda retirava a mesa do café a filha passou por eles como um raio, apressada e saiu batendo a porta, sem nem se despedir. Lá fora se ouviu em seguida o carro acelerado se afastando cada vez mais.
A noite já ia alta quando a campainha da porta tocou e em seguida a porta se abriu para um homem ainda jovem de barba crescida de terno e gravata, calçando tênis, que entrou pela sala trazido pela mão de Camila.
O Pai já não gostou daquela extravagância moderna. - Onde já se viu um homem de terno calçando tênis?- Não pode ser uma pessoa normal. A culpa é da mistura cada vez mais desenfreada. - Pensava aceleradamente enquanto o moço se aproximava para cumprimentá-lo, segurando-lhe a mão com as suas duas. -Muito estranho só pode ser a mistura... _ pensava sem parar. –Onde minha filha encontrou essa criatura?-
-Boa Noite seu Noronha. Tenho muito prazer em conhecê-lo.
-Boa Noite, sente-se, meu jovem.
Ignorou o comentário complementar ao cumprimento. E ficou calado examinando-o descaradamente diante do visitante causando certo constrangimento.
A mãe de Camila entrou discretamente na sala o que fez com que o rapaz desse um pulo como se fosse ejetado da cadeira, estendendo-lhe as mãos, para novo cumprimento.
-Minhas mais sinceras saudações, senhora, sua filha sempre lhe menciona com palavras de carinho.
Pai e filha se olharam em extremo espanto, ao perceber o quanto o moço era educado e gentil com a senhora, mesmo sem ter nunca ouvido da namorada a palavra mãe e nem sequer teria sido informado da existência dela; soube ser gentil em sua presença.
-Você é muito gentil e cavalheiro, obrigada.
Falou a mãe num fio de voz, constrangida com o inusitado em sua apagada vida, pedindo licença para ir preparar um café para todos.
-Pois bem meu rapaz, fale-me de você. Vejo que é um moço muito educado e gentil como bem mencionou minha mulher.
-Sou um homem comum que estuda sempre para melhorar e trabalha com seguros, daí a minha facilidade em me comunicar. Talvez seja isso que lhes deixei passar; esta característica da minha personalidade. Não tenho constrangimento em elogiar e em tratar bem às pessoas. Por ser cristão vejo no meu semelhante um irmão e potencial.
Daí, olhando por uns momentos nos olhos da filha, o pai de Camila respirou fundo e resolveu ir direto ao assunto, pois haveria uma entrevista que lhe interessava assistir na TV, e sem muitas filigranas foi direto ao assunto do seu real interesse.
-Meu rapaz, de qual família você descende, qual raça, qual é a sua origem?
-O senhor é racista?
-Não, claro que não! Não me leve a mal, minha filha já deve ter-lhe dito que aprecio a genealogia das famílias, e gostaria de saber a origem de sua família, pelo lado paterno e materno, claro.
-Que gosto estranho o seu, me desculpe à sinceridade, Sr. Noronha. Eu poderia saber do senhor qual é a sua origem? A sua ascendência? Também sou curioso...
-Eu perguntei primeiro...
Sorriu meio sem graça, querendo suavizar a conversa, mas no fundo já querendo despachar o jovem ali mesmo, porém ainda lhe restava de algum ancestral a nobreza de receber bem e com educação.
Então, indo buscar paciência nas profundezas do seu ser aguardou-o pensar um pouco e responder:
- Em princípio até onde eu sei, descendo de Espanhóis e Franceses por parte de avós maternos, mas do lado de meu pai, que Deus o tenha, segundo minha mãe, eu tenho origem portuguesa do lado do meu avô e também africano como minha avó, mas também uma das bisavós era índia e a outra Paraguaia. Do lado de minha mãe também têm Italianos, Ingleses e Irlandeses...
-Você é uma salada de frutas, meu filho.
Interrompeu-o escandalizado.
-E o que tem isso? O que importa é o meu caráter, a minha pessoa.
-Não, para mim importa e muito a sua origem, ora veja!
Falou indignadíssimo quase ofendido por estar na presença de tão misturada criatura.
-Eu não consigo entender...
Falou o rapaz olhando desesperadamente, quase pedindo socorro à Camila, que pálida e dura como uma pedra assistia impassível mais uma vez aquela cena cada vez mais comum na vida dela. Tudo acontecia como sempre, e como sempre, na cozinha sua mãe mantinha o café aquecido numa garrafa térmica e acomodava as delicadas xícaras sobre uma toalhinha de renda numa pequena bandeja de prata antiga, para o momento certo de entrar novamente na sala. Enquanto arrumava tudo com gestos mecânicos, acompanhava atentamente, graças à boa audição, o desenrolar da conversa no ambiente ao lado.
Mais uma vez a cena se repetia, e mais uma vez as esperanças de Camila em se casar, escorriam pelo ralo. Não conseguia entender como uma pessoa inteligente como o seu pai pode ser tão intransigente com relação a esse assunto, a mistura de raças? O que o levava a implicar com todos os seus namorados a ponto de impedir que se casasse?
E a conversa continuava...
-Você na realidade não é de raça nenhuma, não vê? Você não tem origem definida.
-E em que isso importa? Eu não sou um ser humano? Sou uma pessoa digna, trabalhadora, não tenho vícios e nem taras ou qualquer comportamento que denigra a minha pessoa. O senhor deve ser uma pessoa com problemas psicológicos sérios, só pode ser, nunca vi nada igual.
-Está me chamando de louco? Entra na minha casa e debaixo dos meus bigodes me chama de louco? Ora faça-me o favor!
Os ânimos estavam ficando cada vez mais alterados para desespero das mulheres que não abriam a boca, cada uma em seu canto.
-O senhor é uma pessoa estranha, será que sua filha lhe herdou essa mania de ofender? Sim porque se for, nem a quero mais. Não toleraria viver com uma mulher assim.
-Não ofenda a minha filha. Ela é o bem mais precioso que tenho e não admito que sugira qualquer deficiência nela, seja física, seja comportamental. Ela só tem qualidades.
-Muito bem, fico contente com isso, mas o senhor com esta mania de raças e origem de família, mais parece uma pessoa meio desequilibrada. Repito, nunca vi uma coisa dessas, e olha que eu trabalho com o público, com pessoas de todo o tipo, mas o senhor me deixa abismado.
Falou olhando ora para Camila, ora para o pai, com olhar de espanto, como se não acreditasse no que estava ouvindo ali, naquela sala, e continuou;
-Se for racismo vou lhe denunciar e fazer um boletim de ocorrência agora mesmo. Vou recorrer a Lei Afonso Arinos. Não admito isso; nos dias de hoje alguém descriminar o seu semelhante por racismo ou outro preconceito qualquer.
-Não vai não, já lhe disse que não é racismo.
-Então explique o que é.
-Está bem, meu jovem, eu penso que vai chegar uma hora em que o ser humano vai explodir de tanta interferência racial...
-Como assim?
-Senão veja: Acompanhe o meu raciocínio. Calcule de quantas raças você é feito?
-Imagino que... Não sei nem faço idéia. O que isso tem a ver? Todo mundo é feito de muitas raças, mas daí...
-Deixe-me continuar; Claro que tem a ver. Tudo que é muito misturado perde o valor.
-Como perde o valor, ficou loco?
-Perde o valor sim. Potencializam-se os estigmas, as marcas de personalidade. Vou dar um exemplo; Você pega uma tinta branca e pinga duas gotas de corante azul, mais duas de amarelo e mais duas de vermelho e vai misturando e colocando mais, assim por diante. Depois mistura com as tintas que já são misturas como o verde que é a mistura do azul com o amarelo, o laranja que é a mistura do vermelho e amarelo, o roxo que é o azul com o vermelho e assim continuando a misturar vai virar “cor de burro quando foge” e não vai dar certo.
-Mas uma coisa e misturar tintas, e outra é misturar raças.
-Para mim dá no mesmo. Vai chegar uma hora, que em meio a estas “zilhões” de células que se compõe o corpo humano, teremos uma célula de cada raça. Olhe só o absurdo, não paro de pensar nisso e não posso concordar com isso! Não sei como os geneticistas não vêem este absurdo e não fazem alguma coisa?! É patético que um homem comum como eu veja o óbvio, e ninguém mais veja?
-Qual é a sua origem? Diga-me, para eu ver se a sua preocupação tem fundamento.
-Eu tenho na minha família, até onde eu já consegui investigar: Russo, Alemão, Australiano, um Coreano, Inglês, Argentino, Chileno, Peruano e uma bisavó que descendia de Porto-Riquenhos. Ora veja, se já não dá uma boa mistura essa minha? Agora se minha filha casar com você e me derem um neto, com a sua mistura mais a dela que leva a minha e a da mãe que descende de Canadense e Americano, com um pé no México; não vai dar. É colapso total. É demais para a minha cabeça.
-É só não pensar...
-Como não pensar? Isso é a mais descabeçada loucura. Alguém tem que parar com isso. Nunca vou permitir que a minha filha case com alguém que tenha misturas além das nossas.
Enquanto proferia essas últimas palavras enxugava lágrimas de desespero.
Sem saber o que argumentar o jovem calou-se e um silêncio sepulcral e constrangedor abateu-se sobre eles por uns momentos; e antes que retomassem a conversa, entrou na sala com a bandejinha na mão, D.Sara Lee, trazendo um cafezinho cheiroso acompanhado de biscoitinhos de araruta, para fechar aquela conversa sem pé nem cabeça que sempre acontecia ao longo destes anos em que a filha começou a namorar.



Serviu a todos em silêncio, guardados em seus pensamentos, poucos momentos antes que o moço ainda atarantado saísse por aquela porta sem se despedir e nunca mais voltasse...
                                                                
                                                                          Fim


                                                            

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Consciência Negra


Amanhã, dia 20 de novembro,
é feriado no Brasil.

É o dia da consciência Negra.

Alguém pode me explicar em sã consciência exatamente o que isso quer dizer???

Muito Feliz





















É coisa de vó-babona mesmo , estou babando descaradamente desde ontem, quando logo depois que cheguei do hospital, recebi a notícia de que a Bruna, minha primeira neta, de 15 anos, ganhou 2 (DUAS) medalhas, INDIVIDUAL e em grupo de PRIMEIRO LUGAR nas Olimpíadas de Matemática, é mole? E ainda dança num palco divinamente.
Parabéns minha amadona. Te amo muito e me derreto toda de ser avó da pessoa linda e inteligente que tu és. Serás sempre merecedora das muitas felicidades que te desejo.♥



Agradecimentos sinceros



Graças a Deus, à ajuda espiritual que recebi, as muitas orações dos que me querem bem em todos os níveis, o meu exame deu ótimo. Não vou precisar de nenhum procedimento médico, como angioplastia, pontes, transplantes, etc.
Obrigadíssima a todos vocês que me querem por aqui mais um pouco nem que seja para fazer sombra ao sol ou ao luar.

 Zilhões de beijos para todos, que Deus lhes devolva em saude, alegrias e muita paz no coração.♥♥♥♥♥♥♥♥

Agora é só tirar o atraso...fui....♥

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cateterismo à vista

CATETERISMO CARDÍACO;
é o que eu vou fazer quarta feira as 6.30 da manhã.
Espero que estejam todos enviando um bom pensamento para mim,
porque quando eu morrer virei puxar as suas pernas....
uouououuohhhh...hahahaha


O que é:
Exame cardiológico invasivo feito para diagnosticar
ou corrigir problemas cardiovasculares,
como por exemplo, a visualização de um estreitamento,
geralmente formado por uma placa de gordura, na artéria coronária.












Lateral de uma artéria coronária
 com diferentes graus de obstrução,
desde um estreitamento localizado (espasmo)
até à oclusão total
e como conseqüência o
desenvolvimento do infarto do miocárdio










Como é


O médico faz um corte de 2 a 3 centímetros
 de largura próximo à prega do cotovelo,
no braço direito ou esquerdo,
e seleciona um vaso sangüíneo (veia ou artéria).
Também pode ser feito pela virilha.
Por esse corte é introduzido o catéter
(sonda de 2,7 milímetros de diâmetro e um metro de comprimento),
que percorre o vaso até chegar ao coração.


Pelo catéter é injetado um líquido
chamado de contraste radiológico que permite visualizar,
por meio de um aparelho de raio-X, os vasos e cavidades do coração.
As imagens internas do coração e/ou vasos
são registradas com tecnologia digital
(vídeo digital e/ou câmara multiformatos lazer)
que auxiliam na análise posterior do exame.

Pois é pessoas que me lêem, estão vendo que não é sorvete de abacaxi com côco.
Está  mais para geléia de Giló, mas tudo bem;
Tem coisa muitíssimo pior por essemundãodedeus. 
É apenas um (o primeiro) procedimento médico para a real avaliação do motorzinho.
Imagino que trocando o óleo, a biela e duas arruelas tudo volte ao normal, vamos ver...
Por enquanto ficamos "no aguardo".
 
Rezem por mim, para que eu me comporte e não crie mais problemas,
 pois "o negócio" é feito a frio, sem anestesia e LÚCIDA,
Imagine?! Sem nem me fazendo carinho eu sou...♥ hahahaha...

sábado, 14 de novembro de 2009

Desperdício de inteligência



Olha, se  tem uma coisa que me irrita e me entristece profundamente, é ver pessoas, com toda a capacidade intelectual aproveitável, pelo menos deveria ser, usá-la para enviar VIRUS para computador, se utilizando de cópias de páginas de Banco ou recadinhos para "abrir as fotos da festa". Eu recebo pelo menos dois desses por dia e imagino aquela criaturinha do mal que aparece nos desenhos animados, que vivem "para o mal" incansavelmente. Acho que estas pessoas foram criadas pela "babá eletrônica", a televisão, e só tem como referencial esse tipo de personagem. Infelizmente ainda vejo marmanjos assistindo esses desenhos e torcendo pelos bandidos. 
Eu até fico "vendo" essa criaturinha esfregando as mãos ansiosamente gargalhando HAHAHA, pois todo bandido gargalha  HAHAHA, enquanto imagina eu abrindo o meu email e seguindo as suas "inteligentes arapucas virtuais" para implodir o meu computador. Não é uma coisa ridícula isso? Como pode ser FELIZ uma criatura que vive fazendo (pelo menos tentando)  e se utilizando de programinhas idiotas desse tipo? Ele deve se achar uma sumidade científica, um gênio que um dia com certeza, dominará o mundo  e quiçá, o universo.
"O que seria do nosso pobre universo sem ele, o céus!?"



Aff... Tem coisinhas que realmente me irritam, e essa é uma delas...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009



Sexta Feira 13!!!
Pédepatomangalôtrêsvezes!!!!

toc...toc...toc...
(na madeira)


...hahahaha...


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Só um lembrete

 

Só um lembrete do Quintana ....



'A vida é o dever que nós trouxemos
para fazer em casa.


Quando se vê, já são seis horas!


Quando se vê, já é sexta-feira...


Quando se vê, já terminou o ano...


Quando se vê,
perdemos o amor da nossa vida.


Quando se vê,
já passaram-se 50 anos!


Agora é tarde demais para ser reprovado.


Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.


Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.


Desta forma, eu digo:


Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,


pois a única falta que terá,


será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'


Mário Quintana

Hoje é dia 12 de novembro





Hoje é dia 12 de novembro.
Há 74 anos nascia em Lins-SP, Gilberto Fascioni e até 2003 o mundo nunca mais foi o mesmo, e as vezes continua não sendo.

              Muita Luz, cara... Apesar da "alta pressão" valeu muito a pena...♥

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Galinhas e galináceos


Galinhas e galináceos.
Quem me conhece de perto sabe que adoro galinhas, não só para comê-las mas para apreciá-las no que há de interessante no seu visual. Tenho vários exemplares em diversos materiais, além de pintados, estampados e bordados, quadrinhos, peso de porta etc.
Pedro meu neto, certa vez, contou mais de trinta, além de uma "fieira" pendurada na porta da cozinha com desessete penduradas, que eu fiz de tecido, missangas etc. Mas a Flora e a Juju também gostavam das galinhas penduradas e de tanto brincarem e mexerem, as correntinhas quebraram, então, guardei-as...
Acho que a minha simpatia por elas começou quando, ainda estava no primeiro ano de escola (!) Afff, vai longe isso... Ganhei de uma amiga da minha mãe, uma galhinhazinha que botava ovos quando a gente apertava-a para baixo. Ela abria as asinhas e botava um ovo. Veio com três ou quatro ovinhos. Era de plástico,  material que curiosamente na época tinha vários nomes, galalite, baquelite e mais alguns nomes que provavelmente eram "antienflamatórios", pois em medicina tudo que termina em "ite" é inflamação, hahahah.
Minha prima Eliane, certa vez me enviou um quadro de galinhas que eu imprimi e pendurei perto de mim, onde está até hoje.
Então galinha vai , galinha vem, eu hoje resolvi homenageá-las colocando algumas fotos interessantes de algumas, que recebi ou encontrei por ai, na internet.





Não são charmosas, falaverdade?!♥

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Domingo musical

Estimada amiga,

Nossa proxima Roda de Choro prestara´ homenagem a Lucas da Rosa, musico, amigo que partiu no dia 19 ultimo ...
Lucas integrava, entre outros trabalhos, os grupos "Choro Eletrico 4 x 0" e o "Fina Estampa".
Sera´ no proximo Domingo, dia 08 de Novembro, a partir das 18h00, com o grupo "Chorando na Sombra" e convidados.
Na Cia Sarau, com Entrada Franca.
O "Chorando na Sombra" e´ integrado por:
Marcio Modesto - flauta;
Lucas Arantes - cavaquinho;
Edu Fiorussi - violao de sete cordas;
Roberto Amaral - pandeiro.



Gente, foi com este convite que recebi da Sonia, que me diverti neste domingo até depois das 22horas. Foi muito bom. O lugar (Cia Sarau) fica em Barão Geraldo, sub distrito de Campinas, reduto de artistas e intelectuais, lugar simpático por natureza e onde sempre acontecem eventos de toda ordem a escolher, tal a variedade.
Tem de tudo para todo gosto. Música ao vivo, teatro, apresentações de danças, musicais e etc.

E lá fui eu com Sonia e mais algumas amigas que ela arrebanhou pelo caminho.
Como ja disse aqui, esta minha amiga, a Sonia, conhece metade da cidade a outra metade conhece ela. É impressionante!
Qualquer dia escreverei sobre a Sonia, esta criatura de Deus, que me fez sua vizinha de muro, onde vamos para todo lado juntas e nos divertimos um monte. Ela completou meu tratamento antidepressivo. Com ela aprendi a apurar o ouvido para música (ela ama Música, assistimos corais em igrejas de vários credos, eventos musicais, a teatros, visitas particulares, enterros, aniversários ou (quando eu podia) caminhávamos 45 minutos pelo bairro falando, falando, falando...Só não vou aos bailes porque ainda não tive coragem, mas qualquer hora vou sim.
Pois bem, para não perder o costume (já contei num outro evento) começaram homenageando um morto. Desta vez um dos músicos, ainda muito jovem, que morreu repentinamente. Mas foi um evento muito alegre salpicado de lembranças do gosto musical de Lucas da Rosa, o homenageado pósmortem.
A curiosidade ficou por conta da juventude dos músicos (da Unicamp) em cantar e tocar chorinho, ritmo antigo, para não dizer milenar (começou no século dezenove), mas sempre atualíssimo e nada saudosista pelo que demonstrou, tanto no palco como na platéia de várias gerações.
Abrilhantando o evento, cantou e encantou de uma maneira a lá Francisco Alves, um jovem de nome Roberto "Seresteiro", conforme "o figurino" até usando um chapéu "palheta". Cantou músicas de Chico Alves da maneira de que ele cantava. Fiquei pasma de ver um jovem cantando letras tão rebuscadas para os dias de hoje. Saí convicta que ele é a reencarnação de do "Chico Viola" que veio dar continuidade ao seu trabalho. Eu até falei isso para ele no final, e ele me disse que realmente tem muita afinidade com o trabalho dele; que bem que poderia ser e  se sentiria honrado se assim fosse...
O local do evento fica numa pequena "chácara", onde um salão para cem cadeiras, abriga em seu pequeno palco dois pianos negros; um curto e um lustroso, novinho em folha, de cauda, menina dos olhos do dono/responsável pelo lugar, o Álvaro Tucunduva, o Tucun. Pessoa simpatissíssima, animada e muito falante, ele mesmo se denominou "mandíbula rebelde", não pára; Muito divertido que cuidava de longe para as cadeiras do músicos não encostarem no lindo e negro piano de cauda (parece que foi uma recente doação de uma ONG que apóia a cultura).
Outra curiosidade é o pai dele que também estava lá (não me recordo do nome), um senhor também bem animado, que foi parceiro de palco de ninguém menos que Procópio Ferreira (pai de Bibi Fereira).
Como podem ver, eu ando com a Sonia sempre rodeada de "celebridades", hahahaha.
Foi mais uma noite memorável proporcionada pela Sonia, amiga do peito e irmã do coração.


Valeu Sonia.

sábado, 7 de novembro de 2009

Cada um é



O sofrimento é solitário. A dor é solitária. Por mais rodeados de pessoas que estejamos, por mais que tenhamos a solidariedade de alguém, só nós saberemos a intensidade das nossas dores.
Cada um é sempre "cada um" ♥

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É o único que tem


Pode contar

São  14 Bis

Uma criação interessante









Interessante como lemos tudo o que aparece pela frente meio automaticamente. Vamos assimilando, e nem sempre registrando ou nos interessando pelo que foi lido. Pelo menos tem acontecido comigo. Muita mesmice.
Na verdade quase nada mais me faz dilatar as pupilas num ato de surprêsa ou curiosidade.O fato é que hoje estou vivendo uma fase onde pouca coisa me surpreende, "nada mais me admira", frase da minha mãe, repetida nos últimos tempos pelas suas filhas, inclusive por mim com frequência. é a idade, é a idade...
Mas como dizia acima, até que chega um momento em que acontece; a gente lê, pára e lê novamente, e descobre uma simples e singela frase que nos provoca um sorriso nos lábios (poderia ser só um sorriso mental, ou não?), e nos causa surpresa e a sensação de que nada é novo, apenas precisamos olhar, sentir e saber reinventar.
Alguém reciclou e misturou palavras comuns de todo dia e fez uma frase interessante com um argumento simples, maroto até, para causar uma motivação justa e resolver um grande problema. Pelo menos considero um belo e divertido argumento.
Falei tudo isso ao ler uma frase "perdida" no meio de um desses PPS que recebemos a todo momento na nossa caixa postal.


"SALVE O NOSSO PLANETA, É O ÚNICO QUE TEM CHOCOLATE".


Genial nénão?







terça-feira, 3 de novembro de 2009

Homem de Cores


Mexendo nos meus guardados encontrei um email de 23 de março de 2000.



Guardei porque achei interessante, e como para mim continua interessante vou postá-lo hoje aqui.


Sempre que se levanta uma polêmica sobre racismo eu me lembro desta mensagem que desconheço o autor e hoje a encontrei e me deu vontade de joga-la na "rede".


Homem de Cor


Ao meu irmão branco:


Quando nasci eu era negro,
Quando cresci, eu era negro,
Quando saio ao sol, sou negro.
Quando fico doente, sou negro
Quando tenho medo, sou negro
Quando eu morrer serei negro.


E você meu caro amigo branco?


Quando nasceu era rosa
Quando sai ao sol, fica vermelho.
Quando está doente fica amarelo.
Quando tem medo, fica verde,
Quando fica sem graça fica bege.
Quando tem frio, fica roxo,
Quando morre fica cinza.


E depois de tudo isso meu irmão branco, você ainda tem coragem de me chamar de home de cor ?

domingo, 1 de novembro de 2009

Nossas queridas pessoas


Nossas queridas pessoas vivem entre nós para sempre.

2 de novembro dia de finados, dia dos mortos. Mas a maioria das religiões prega a imortalidade da alma, porque na realidade não morremos, somos eternos. E hoje, véspera de finados, assisti o palestrante Raul Teixeira, Físico e Filósofo espírita, falar no programa de TV sobre esse dia em que homenageamos nossos entes queridos que desencarnaram antes de nós.



A sugestão me pareceu muito interessante e muito comovente.


Deveremos enfeitar nossa casa com flores e música, e reunir toda a família para uma festa. Sim, você leu certo uma festa. E deveríamos nos reunir com alegria e orar pelos nossos queridos, nos lembrar deles, das coisas boas e dos momentos de alegria que passamos juntos. Eu realmente achei lindo e comovente. E o mais interessante que logo depois que acabou o programa, a minha filha Andréa mandou o filho Pedro me chamar (moramos perto) para almoçar com eles. Já estavam lá reunidos, meus filhos e netos, como numa festa, alegres brincando, nadando ao som de uma música alegre.


Contei a eles ao que tinha ouvido e conversamos alegremente relembrando alguns momentos os nossos mortos.


E para terminar me surpreendi com a coincidência; a sobremesa era "maria-mole" feita em casa com muto coco e bem fofa, doce preferido do Gilberto que não comia doces, pois não gostava, mas nunca abria mão de um pedaço de "maria-mole", foi uma coincidência muito interessante mesmo, até porque não é uma sobremesa comum. 


Foi uma reunião muito alegre sob um maravilhoso dia de sol.


E viva os nossos amores que ja se mudaram de perto de nós, para o espaço infinito no regaço de Jesus, porem não morreram em nenhum momento no nosso coração.


E estarão sempre vivos em nossa lembranças principalmente quando nos reunimos.


Foi muito bom, pena que a Ligia mora tão longe...