Aqui você vai encontrar assuntos diversos de acordo com o meu estado de espírito: alegre, triste eventualmente, muito raramente com raiva, porém geralmente com uma pitada de irreverência.
Quem sou eu
- Clotilde ♥ Fascioni
- Campinas , São Paulo , Brazil
- Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)
sábado, 31 de outubro de 2009
Notícias do Otávio
Otávio quando chegou, dia 21 de outubro de 2009.
Olhe a triste condição que ficou
este gatinho PERSA de dois anos!!!!
Maltratado e escondido num quartinho escuro onde os pedreiros de uma construção guardavam cal e cimento.
Há dez dias atrás coloquei a foto e contei a história do Otávio, agora me sinto na obrigação de mostrar a foto dele, de como chegou, e a de hoje, dia 31/10/2009 e dar as boas notícias com muito orgulho. Mostro aqui a boa recuperação dele a olhos vistos.
Já ganhou 800 grs, que para o tamanho é bastante, afinal se passaram só 10 dias.
O que faz um bom tratamento veterinário, o carinho e o respeito por um ser frágil que foi mal tratado, né?
Ganhamos mais um amigo e eu mais um "neto".
Tenho "apenas " cinco gatos netos, ou netos gatos? ...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Nunca estamos a sós
Quem na vida nunca enfrentou dificuldades? Talvez alguém muito jovem, que ainda muito pouco viveu e que goze de uma boa estrutura familiar e escolar, possa dizer que nunca enfrentou uma situação difícil.
Com o passar do tempo, porém, à medida que a vida avança, são cada vez mais comuns as situações adversas.
Inúmeras são as dificuldades: a perda de um ente querido, a separação da família, a perda de um emprego que garante o sustento, os insucessos econômicos, as dificuldades no estudo.
Para cada um de nós situações diferentes representam diferentes graus de adversidade, mas todos lembramos facilmente delas.
Frequentemente despreparados para enfrentar tais situações, deixamo-nos levar por sentimentos de tristeza, de desespero e de impotência perante o fato.
Comumente, expomos nossa situação a familiares, amigos e, não raramente, pessoas não muito próximas, que se disponham a nos escutar.
Falando constantemente sobre o fato que nos preocupa permanecemos imersos nos sentimentos negativos, mantemos nossa mente agitada, entristecida e, até mesmo, revoltada.
Não faltam, nessas situações, opiniões diversas, de pessoas bem intencionadas, porém que nos deixam confusos, frequentemente sem encontrar uma solução.
Poucas são as pessoas que se recolhem e buscam em si mesmas a real causa de tal insucesso, tentando, a partir dessa reflexão, modificar seu comportamento, ou encontrar uma solução eficaz.
Muitos dizem se sentir sozinhos frente às dificuldades e, por este motivo, esperam opiniões e conselhos de todos aqueles que se dispuserem a dá-los.
Falsa ideia a da solidão. Aqueles que dela se queixam se esquecem de que temos, ao nosso lado, sempre pronto a nos ajudar, alguém que só quer o nosso bem.
Muitos de nós costumávamos pedir proteção a esse alguém, quando crianças, dirigindo-lhe uma prece, antes de dormir. Ao crescermos, esquecemos de tal atitude.
Nosso Espírito protetor ou anjo da guarda está sempre presente, desde nosso nascimento até quando, ao final da vida física, voltamos à pátria espiritual, podendo ainda nos acompanhar em futuras existências.
Silenciosamente, espera uma oportunidade de ser ouvido. Ele nos fala à mente e o podemos ouvir na forma de intuição ou de boas ideias.
Para que essas intuições ou ideias cheguem ao nosso consciente é necessário que tenhamos a mente pronta para as receber. Obviamente, em meio à agitação e aos sentimentos negativos não teremos paz de espírito para tal.
Tornamo-nos receptivos por meio do recolhimento, do silêncio, da oração, da meditação, ou dos sonhos durante um sono calmo.
São muitos os relatos dos que, depois de orar com real recolhimento e, portanto, sintonizando com o mundo espiritual que nos guia, encontraram uma solução, ou, pelo menos, consolo e paz diante de uma dificuldade.
* * *
Lembremo-nos sempre desse auxílio que Deus deixa à nossa disposição, e que não nos falta nunca.
Tenhamos a certeza de que, se um dia nos sentimos sem recurso, isto não é verdade, pois nunca estamos realmente sós!
Redação do Momento Espírita.
Em 22.10.2009.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Voto ou não voto
Nesse mundo de hoje, por conta da internet as notícias se espalham quase antes que "a coisa" aconteça, daí que de posse de informações novas e velhas formamos opiniões mais rapidamente do que a minha geração formava. Pensávamos mais lento porque tudo acontecia devagar.
Por exemplo, hoje a gente que usa email constantemente, recebe e envia (principalmente no meu caso), coisas que aprecio e acho interessantes. De tudo um pouco. E nas últimas semanas recebi de alguns amigos um convite para votar no Chico Xavier.
"Vote no CHICO XAVIER!
Existe um site (WHOPOPULAR) que está escolhendo as pessoas mais
populares do mundo, em diversas áreas de atividade. Incluí o nome do Chico categoria "Líderes". Atualmente o primeiro no mundo é o
Papa João Paulo II. No Brasil é o Chico Xavier. Vamos votar para que Chico seja Eleito.
Dê o seu voto no link:"
http://www.whopopular.com/Chico-Xavier
Ao abrir o email, pensei eu com o meu ziper: -Para que o Chico, nós, a doutrina espírita e seja lá quem for, precisa que alguém fale e documente que ele é um lider? Quem já foi à casa/ museu dele em Uberaba, pode ver um armário cheio de comendas, placas, faixas, diplomas e homenagens, que ficaram lá tristemente sem vida, pois homenagens e títulos recebidos só são alguma coisa naquele momento da entrega, não mais. Então para que mais um?
Como a minha sinceridade beira a grossura, respondi a uma de minhas amigas que enviou o convite, a Angela (os outros vão ler o que penso por aqui), que eu não via necessidade desses títulos terrenos que para mim, não servem nem quando estamos vivos, imagine depois de morto. E ela pacientemente me explicou que é uma forma de ele, o Chico Xavier, não ser esquecido. Eu teimosamente continuo perguntando: -Um título de Lider "pós mortem" será suficiente para mantê-lo lembrado? Não seria mais lógico uma boa campanha, liderada até pela FEB, que todas as casas espíritas usassem com frequência de seus livros e ensinamentos para estudos, e assim automaticamente seria sempre lembrado, é assim que fazemos com Jesus, não é? Ninguém vota nele pela internet competindo com Maomé, Jeovah e Alá. Lembramos dos seus ensinamentos e procuramos não nos esquecer de seus exemplos, assim O mantemos vivo e sempre lembrado. Não sei, posso estar errada, para mim é como dizer que o Cristo redentor no Rio de Janeiro é uma das maravilhas do mundo. Para mim é, com certeza! Para quem está do outro lado do mundo, com o que lhe pertence como referencial belo, não achará.
Daí, que sempre acho que certas coisas não precisam nos avisar que estão, ou são, cada um é que sabe, e considera, pois o consenso não existe em lugar nenhum do mundo.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Trabalhos admiráveis
Parabéns, pelo bom uso das suas mãos e da sua inteligência.
Coloquei o Leão porque é o meu signo. Mas TODOS são lindíssimos.
Se alguém quiser, me escreva que enviarei todos os signos.
♥♥♥ ffffffffffffxxxxxxxxxxfffffffff ♥♥♥
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Falando de Espirito de Porco
Eu comentei com ele que não sabia de onde vinha essa expressão e ele me falou que era da Bíblia (livro complicadíssimo para mim). Dai entrei no Google para saber e retirei ésta explicação que segue abaixo.
A origem da expressão ‘Espírito de Porco’ ou melhor os ‘Espíritos nos Porcos’
Para os que não conhecem a origem da expressão “Espírito de Porco”, aqui está o relato bíblico que provavelmente suporta a idéia de alguns de que os porcos seriam animais imundos, o que não é verdade:
Estando Jesus a expulsar os demônios:
“Logo que saltou em terra, saiu-lhe ao encontro um homem da cidade, possesso de demônios, que havia muito tempo não vestia roupa, nem morava em casa, mas nos sepulcros. Quando ele viu a Jesus, gritou, prostrou-se diante dele, e com grande voz exclamou: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois já havia muito tempo que se apoderara dele; e guardavam-no preso com grilhões e cadeias; mas ele, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos. Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. E rogavam-lhe que não os mandasse para o abismo.
Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos; rogaram-lhe, pois que lhes permitisse entrar neles, e lho permitiu. E tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos; e a manada precipitou-se pelo despenhadeiro no lago, e afogou-se”.
Lucas 8: 27,33
(Postado por Dihelson Mendonça)
Aff, dá uma boa hora de conversa numa roda de espíritas, não dá? Eu gostaria disso.
domingo, 25 de outubro de 2009
O Casaco de Pele
A viajem de ônibus do centro da cidade até à minha casa, levava mais de uma hora, mais precisamente; uma hora e quarenta e cinco minutos, daí que não havia mais o que inventar para passar o tempo num ônibus lotado, onde se ouvia todo tipo de conversa, algumas interessantíssimas outras nem tanto, e misturada a esse mar de pessoas empilhadas que falavam o tempo todo, faziam crochê, liam ou dormiam, ia eu e meus pensamentos, duas vezes por semana lendo todas as placas do caminho, o que me irritava profundamente, pois nunca havia nada de novo, inclusive a que anunciava húmus de minhoca, mas eu continuava lendo automáticamente, até o dia que comecei a escrever mentalmente esta história e ao chegar em casa foi só sentar no computador e teclar. Estava pronta mais um dos meus surtos criativos.
O Casaco de Pele
Naná a minhoca faceira, vivia numa fazenda com seus parentes oxigenando a terra.
Iam rastejando de um lado para o outro o tempo todo, fazendo buraquinhos na terra, por onde passava o oxigênio, o ar que respiramos, fazendo com que a terra desenvolvesse lindos girassóis naquele lugar.
Certo dia Naná, foi colocada e levada com suas primas num caixote cheio de terra fofa, para uma exposição ecológica. Naná ficou super animada nunca tinha saído da fazenda para lugar nenhum, no máximo tinha ido até outras plantações ali perto visitar outros parentes que moravam nas plantações de soja, de feijão, de café e de trigo. Eram plantações lindíssimas. Ela pôde ver bem, porque era muito curiosa e espiava para fora da terra de vez em quando. Ela queria muito conhecer o mundo lá fora, passear no shopping, viajar, enfim, sair daquela vida de minhoca. Então quando teve a oportunidade de ir à feira ecológica não cabia em si de alegria e contentamento.
Finalmente chegaram lá e Naná não parava de ir de um lado para o outro de tanta alegria, até parecia que ia explodir de felicidade..
Foi aí nesse vai e vem, no extremo da sua curiosidade que ela resolveu olhar para fora e foi então que o mundo desabou para Naná. É que ao olhar para fora da terra ela tomou um grande susto. Bem ao lado dela, cochilando tranqüilamente num galho de uma planta, estava uma bela e gorda taturana preta. Daquelas bem peludas.
Naná, nunca tinha visto uma taturana em sua vida. Nem de perto e nem de longe.
Seu pai sempre falava de alguns parentes que moravam do lado de fora da terra, mas ela nem imaginava que eram tão LINDOS!!!!
E foi exatamente naquele momento, que Nana a minhoca, foi tomada de um enorme sentimento de inveja e ciúme, sentimentos ridículos e que nem sempre controlamos:
-Mas olha! Veja só; uma minhoca de casaco de pele, que granfina*! E eu que trabalho tanto o tempo todo, não tenho nem um colete ou uma gola de pele até um gorro servia, mas não! A boba da Naná, não precisa dessas coisas. Só precisa trabalhar, trabalhar... Só isso! Não tem serventia para nada. Só cava, só cava o dia todo! É buraquinho para cá, é buraquinho para lá e ninguém valoriza o que ela faz.
Derramando lágrimas sofridas ela voltou rapidamente para dentro da terra indignada sentindo-se a mais reles das minhocas. Suas primas a consolavam de todas as maneiras, mas ela não queria saber de nada. Tristonha e deprimida, não queria saber nem de conversa, ficou lá num canto emburrada, e nem trabalhou mais o restante do dia. Aliais jurou que nunca mais trabalharia.
Quando acabou a feira ecológica, ela voltou para casa abatida, chateada e nada a fazia esquecer o lindo casaco de pele negra que a Taturana usava; chiquíssimo.
O tempo foi passando e Naná nem aí, continuava chateada e nem queria saber de trabalhar mais.
Um dia, foram chegando alguns carros e um ônibus trazendo muitas pessoas e mudando a rotina da fazenda.
Nesse dia Naná muito contra a vontade, pois ainda continuava deprimida, foi colocada na grande caixa outra vez junto com suas primas. Depois a caixa foi levada para um grande galpão onde tinham muitas cadeiras e a caixa foi colocada sobre a mesa e todos que chegavam paravam para olhar a caixa cheios de curiosidade.
Então o dono da fazenda começou a explicar para essas pessoas porque a sua fazenda era modelo;
Era porque aquelas criaturinhas lisinhas e compridinhas, as minhocas, é que eram as responsáveis por tanta beleza. Elas oxigenavam* a terra com seus furinhos e deixavam o húmus, um material produzido por elas que alimentava as plantas tornando-as belas e saudáveis.
Foi nesse momento que o dono da Fazenda pegou a Naná de dentro da terra e delicadamente colocou-a na palma da mão, mostrando-a para os visitantes.
Todos a olhavam com curiosidade e muito respeito.
Naquele momento, Naná ficou curada, encheu-se de orgulho deixando de lado sentimentos negativos e tão feios como a inveja e o ciúme que não levam a nada porque entendeu que ela a Naná, era uma criatura muito importante para a humanidade*, porque com a sua ajuda não era necessário usar agrotóxicos* e poluir a terra produzindo assim, alimentos mais saudáveis, bonitos e mais gostosos.
E foi feliz para sempre.
Os direitos autorais desta e de TODAS as minhas histórias são registradas na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
A Embalagem
A Embalagem
Era quase hora de fechar o super mercado. Ela, a mulher de capa de chuva, procurava alguma coisa com paciência e determinação. Percorreu muitas vezes os corredores e todas as prateleiras, olhando, observando cada detalhe com atenção, até que parou ao seu lado um funcionário de terno escuro e crachá. Ele era alto, simpático, daqueles que têm sorriso de príncipe encantado. Aquele sorriso de funcionário cumprindo o seu dever. Era um belo sorriso, mas não era de verdade. -Posso ajudá-la? Notei que procura alguma coisa muito especial, pois já percorreu todas as prateleiras, até a de importados e o seu carrinho continua vazio. Falou ele todo gentil. -Procuro sim, procuro algo muito especial. procuro amor. Uma grande quantidade. falou com seriedade. Ele, sem se abalar, fixando os olhos castanhos nos dela falou com a mesma seriedade. -Qual embalagem prefere? Lata papelão, madeira, plástico, vidro, os práticos sacos de papel, ou ainda a moderna longa vida? Ela respirou calma e profundamente e continuou: -Bom, eu não sei...qual é a sua sugestão? -Hum...a lata por muito tempo, foi uma embalagem muito apreciada e bem aceita. Por isso se tornou muito comum. Até minhocas e flores já foram enlatadas. As flores nascem um tempo depois que se abrem as tampas e regam-se as sementes, já as latas baixinhas como as de peixe, e as quadradinhas como as de chá, são conhecidas no mundo inteiro pelo formato. Mas sabe como é, em lugares perto do mar, elas sofrem oxidação com a maresia e a ferrugem as corrói com rapidez espantosa. Já o papelão infelizmente não resiste a umidade e se deforma, tornado-se assim uma embalagem rapidamente envelhecida só no manuseio. Também não suporta grandes empilhamentos. -E de madeira? Talvez uma madeira nobre como o sândalo e a canela? Falou ela seriamente interessada. -Ah, a madeira...romântica e aconchegante, delicada ao tato, cheirosa...mas não muito adequada. Tem a questão do peso, e seu perfume pode se tornar enjoativo ou ignorado com o passar do tempo. Não, talvez a madeira não... -O plástico..?! -É o plastico talvez, tão moderno versátil, colorido ou sem cor, opaco ou transparente, duro ou flexível, leve, inodoro... não plástico não é inodoro, tem um cheiro característico e apesar da longevidade mostra rapidamente um aspecto envelhecido, arranha e fica feio. -E que tal o vidro? -O vidro sim, é bonito, higiênico, transparente ou opaco, colorido ou sem cor, fino ou grosso, leve ou pesado...pensando bem, acho que não também. O vidro bonito mesmo é o cristal, mas é frágil, muito frágil. -Afinal, qual é a sua sugestão, a embalagem longa-vida? -Ah, é mesmo, a longa-vida sim é possível, é uma idéia moderna com cinco camadas, costura reforçada...é mas também não dá. Apesar de tudo, a longa-vida é frágil, não suporta pressão externa, também não suporta empilhamento. Seu limite é pequeno, sua resistência é pouca. Não, esta também não dá... -Então o que fazer? Só nos restou a louça?! -Também não. A louça é dura e quebra fácil e quando quebrada e depois colada, sempre ficam as marcas das emendas. -Então...? -Então, infelizmente não sei como lhe ajudar neste momento... Falou ele pensativo, fixando os olhos nos dela. -Então você quer me dizer que não tem amor em nenhuma embalagem? -Bem, amor tem em toda parte, tudo o que é idealizado e é criado, é feito a partir do amor. O amor cria, o amor pela criação constrói, se multiplica e se eterniza. Falou meio sem jeito, como se nem ele tivesse parado para pensar nisso. Ela então olhou para ele sorrindo e perguntou: -Vocês vendem muito amor por dia aqui, em todas as embalagens? Qual a mais procurada? -Ah, tem para todo gosto e todo tipo de amor. A embalagem já revela a intensidade do conteúdo. -E há quem devolva por comprar errado ou com defeito? Ela continuou perguntando cheia de curiosidade. -Ah, sempre tem, é claro. Há quem leve até uma quantidade errada, e até quem desperdice por não saber usar ou dar o devido valor. -Muitas pessoas voltam para buscar mais ou isso nunca acontece? -Isso acontece com bastante frequência. Pessoas que acham que não vão se dar bem, ou que não têm boas experiências anteriores, preferem comprar aos poucos. Existem algumas até que compram um pouquinho todos os dias. Dizem que são as mais felizes, porque estão sempre renovando e repondo na medida certa.
As portas do super mercado forma se fechando e ela agradecida se despediu do funcionário atencioso de terno escuro e crachá. Muito segura e satisfeita, se dirigiu para a saída. Ao passar pelo balcão onde estava a caixinha com o escrito "Sugestões à Gerência", ela parou pegou um papel e uma caneta e escreveu:
"A melhor embalagem para guardar o amor é o coração de um ser humano. Ali estará resguardado de tudo. De ser enferrujado, amassado, quebrado, rasgado, esquecido e perdido. Ele o multiplicará sempre, o renovará todos os dias e reporá suas páginas de história umas sobre as outras, durante toda a sua existência e deixará sua marca de passagem pelo mundo".
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Politicamente Correto
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Otavio Augusto, um novo gato na praça
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Parabéns pela data querida
domingo, 18 de outubro de 2009
Coração de beijos
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Em época de vacas magras é bom se prevenir
Este final de semana tá que tá. Abaixou na minha caixa de correio eletrônico um monte de santos, icones de todo tipo agregados a correntes para ganhar dinheiro, mas SÓ SE forem reenviadas. Acho bom me prevenir, pois nunca se sabe.
Assim em vez de eu mandar para 7, 10,12, 20, que a "praga" manda enviar, eu coloco aqui e imagino que na multiplicação matemática automática, eu receba zilhões de telefonemas me dando "a boa notícia". Provavelmente congestionarei TODAS as linhas telefônicas do país e quiçá, do mundo. É, porque os que recebi ontem e hoje se referem a um telefonema que vai me dar a notícia que estou esperando (?) não faço a menor idéia do que se trata, mas é bom não brincar com os mistérios que se abatem sobre nós. Provavelmente eu saberei ao atender a criatura.
Ainda pouco ligaram perguntando pela Maria, se ela estava aqui, e para não parecer indelicada, não quis lhe dizer que só a Mãe de Jesus está sempre aqui, graças ao Pai; mas lhe afirmei, mesmo que ela duvidasse, que aqui neste telefone, nenhuma Maria estava, e o pior é que menti, etava eu mesma, é que quase ninguém sabe que o meu nome também é Maria.
Bem, ao desligar me lembrei que estava com a caixa cheia de correntes, só Buda de ouro recebi três, de três vertentes de amizade, e "vai que dá, faço o quê?
Então tive a "brilhante" idéia de colocar aqui TODAS, assim resolvo tudo, e quem me lê considere-se intimada a repassar ou faça o que achar melhor, considere que eu estou reenviando como fui intimada também, hahaha.
Em épocas de vacas magras e loucas é bom se prevenir, nénão?
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Professor
Hoje é o dia do professor, e quem nãos os teve algum dia, oficial ou informalmente por alguns momentos apenas? Alguém que deu uma explicação mais detalhada, embasada em conhecimentos, investigações e que repassou com alegria o que sabia? Eu diria que TODOS nós.
É impensável admitir que podemos viver sem que alguém nos ensine algo, formal ou informalmente o tempo inteiro. Ser professor, gostar de ensinar, é um ato de amor ao próximo, de dividir com os outros aquilo que ele já absorveu como conhecimento.
Mas hoje, é mais especificamente o dia daquele professor que estudou e se aplicou para sê-lo de verdade,para fazer desse gosto sua profissão, sua missão na vida que é ensinar, e que a duras penas carrega nos ombros o desafio de extrair de crianças ( pedra-bruta) os diamantes que somos em potencial. Todos nós somos, com certeza. Uns tem "mais cascalho para retirar, para encontrar a gema" do que outros, pois somos antes de mais nada, centelha Divina e com certeza; somos diamantes sim.
Divinos diamantes a ser burilados, e estas dedicadas criaturas, retirando paciência, dedicação e obstinação das suas profundezas, procuram a cada dia conduzir pelo trilho do saber, com todas as dificuldades que isso implique, crianças mal educadas e problemáticas, com famílias que não têm o que dar pois também não tiveram, algumas mais infelizes, com dinheiro, agem achando que este resolve tudo e passam literamente por cima de tudo e de todos,dando mau exemplo aos filhos, que sem piedade vão massacrando sem piedade os mais puros sonhos desses professores. O de tornar um pais melhor, com o conhecimento que passam para as crianças sob suas responsabilidades. Infelizmente cada vez mais, não são reconhecidos na sua real importância para o crescimento evolutivo do ser humano, e em consequência, do País.
Parabéns professores, pela valorosa missão de ensinar e construir o futuro. Pelo dia de hoje e por todos os dias.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Os pensares de mãe
Achei esta coluna no www.acontecendoaqui.com.br
e parabenizando por tão bela e delicada homenagem à sua filha Lara, trancrevo-a aqui para que os que me leem possam também usufruir desse prazer.
Ana Lavratti
A contabilidade da maternidade
05 OUT -
Ao reservar minha agenda, filha, pra tua festa de aniversário, me deparei com contas que nunca havia ousado fazer. E com resultados, ainda que delicados, à prova de manipulação.
Nesse algoritmo movido à nostalgia, me pus a calcular se valeu a pena trocar a minha liberdade, tão cara, pela submissão às tuas necessidades.
Tentei somar os eventos que perdi, os brindes que não ouvi, as risadas que ficaram por ser dadas em alguma mesa de bar.
Mas só consegui calcular a festa de arromba que provo a cada manhã, quando o mar que habita teus olhos me inunda de esperança. Quando o lento abrir das tuas pálpebras, como uma onda de paz, renova a certeza de que tenho em casa a amizade mais concreta e a companhia mais completa que alguém pode desejar.
Num segundo esforço, tentei somar as vitrines que não vi, as ginásticas que faltei, as corridas que adiei mesmo sabendo que meu corpo clamava por esse impulso.
Mas só consegui calcular o saldo de saúde que provo a cada dia, quando a natureza intocada da tua gargalhada quebra meu próprio recorde de amor, e estabelece um novo patamar de força a meus braços, de fôlego ao meu coração.
No balanço das emoções, tentei somar quantas vezes meu nome deixou de luzir nas TVs de milhões de lares, desde que troquei a bancada de telejornais por uma poltrona de bebê no banco de trás. Mas só consegui calcular o apogeu da fama que provo a cada entardecer, quando chamas por mim na saída da escola, e me abraças apertado ao soltar manchetes exclusivas: que me amas do tamanho do céu, que estavas com saudade, que queres meu colinho (mesmo tendo ultrapassado a marca de um metro).
Tentei então, em vão, somar os filmes que não vi, os amigos que não visitei, os trabalhos que não concluí, as viagens que não passaram da fase preliminar.
Mas só consegui calcular o programa impagável que provo a cada noite, quando me transportas pra um mundo mágico, resoluta, convencida de que és princesa, ora sereia, às vezes fada, e quase sempre, o Michael Jackson.
Nessa contabilidade sem regras,
me convenci que 1 mais 1 pode ser 3, quando uma mulher e um homem somam abnegação pra formar uma família, com personagens reais, com rotinas leais.
Nessa contabilidade sem limites,
percebi o quanto, ao te ver “voar” com uma varinha de condão, ou dançar Moonwalk com os pés colados no chão, tu dás à minha vida mundana o extrato de uma experiência divina.
Nessa contabilidade sem fraudes,
preciso confessar, filha, que meu amor por ti tem um milhão de dígitos, e continua aumentando, mesmo sem motivos, na proporção dos teus sorrisos.
Nos 4 anos da Lara... ar do meu lar.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Por que será?
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
A Concha Azul
sábado, 10 de outubro de 2009
Deu Zebra
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A escolha de cada um
Como anda o coraçãozinho
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Atletismo em coqueiro
Mais uma história que ouvi por ai...
Durante certo tempo eu fazia aulas de pintura num ateliê bem no centro, para onde convergiam de várias partes da cidade, alunas que na maioria era de classe social um pouco mais abastada, falando português claro: dondocas. Mas isso não impedia de nos (eu e outros pobres) nos entrosarmos muito bem. Mas tinha duas alunas "emergentes" que comprimentavam todos muito sorridentes, muito bem, mas permaneciam quase isoladas do resto do pessoal, conversando baixinho, o tempo todo entre elas sem se envolverem nas outras conversas.
Certo dia, uma chegou um pouco mais tarde e quando se encontraram cochicharam alguma coisa e cairam na gargalhada sem parar, causando até um certo constrangimento em nós outros alunos presentes na sala. Elas olhavam uma para outra e não conseguiam parar de rir. E ai todos paramos e ficamos olhando as duas rirem, até que se acalmaram e uma delas começou a contar.
Contou-nos que moravam num condominio grande e quase ao lado da casa dela (da que estava contando) morava uma visinha que "se achava". Não falava com quase ninguém, tinha um ciúme tão doentio pelo marido que chegava a leva-lo aos beijos até a frente da casa, no carro, e tantas vezes quantas ele saísse. Era um dengo para cá, um dengo para lá... Faziam cenas de ciúme um para o outro em público e por aí vaí...
Só que este final de semana ele, "o dengo", viajou a "negócios" com um amigo e foi para um baita resort levando uma garota de programa. Chegando lá, não contente com o que tinha ao seu dispor, resolveu a ilustre criatura, subir num coqueiro de sunga, é claro, para impressionar a garota, afinal ele era o "bom" e tinha que mostrar que era mesmo. pois bem, ele conseguiu subir o suficiente para descer com tudo, em alta velocidade, deixando no coqueiro o próprio couro, literalmente.
Resultado; Foi trazido para casa (e entregue para a ciumenta mulher ) pelo amigo e também vizinho, seu cúmplice, depois de ser atendido num hospital. Voltou para casa completamente esfolado entre as pernas, sendo quase castrado por ele mesmo.
Bom, essa história, as duas souberam pela empregada do amigo que foi junto e o trouxe de volta, que contou para a empregada de uma delas e é claro que antes do meio dia o condominio inteiro ja tinha conhecimento da façanha do "atleta de coqueiro"...
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Justiça mesmo que tardia








