Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A escolha de cada um

Essa história se passou muuuiiiiiiiito antigamente.
Meus pais, quando casaram foram morar na casa de meus avós e minha tia ainda solteira, irmã do meu pai. Essa minha tia era noiva e estava se preparando para casar, noivados longos, aqueles de antigamente. Quando meu irmão mais velho nasceu era a gracinha e o dodói da família. Muito inteligente, esperto, e como toda criança na primeira infância, também muito arteiro.
Quando meu irmão estava com aproximadamente quatro anos, talvez menos, minha outra irmã ja tinha até nascido, a minha tia marcou a data do casamento e aí começaram finalmente os preparativos para o grande dia.
A festa foi em casa, como era o costume, e com tudo que tinha direito; Bolo grande e alto, muitas flores, muitos convidados, os presentes e aquela animação natural de uma festa de casamento. Lá élas tantas, alguém pergunta pelo meu irmão e começou aquela aflição, aquele zunzunzum, pois um achava que o outro estava olhando e na verdade ninguém estava cuidando da criança.
Minha mãe começou a chorar com medo de terem roubado o seu menino (naquela época já se roubava criancinhas). Meu pai e outras pessoas que estavam na festa, até o noivo, se espalharam pela redondeza perguntando se alguém tinha visto um menino lourinho, com quatro anos, mas ninguém tinha visto. Procuraram pelos quintais das casas de conhecidos e desconhecidos, até que meu pai, indo de casa em casa, chegou ao final da rua, onde estava acontecendo um velório bem movimentado, naquela época os velórios aconteciam nas igrejas ou na casa da pessoa, pois não existiam ainda as capelas funerárias, e para sua surprêsa de todos, meu irmão estava bem quietinho sentado numa cadeira ao lado do caixão do defunto...

3 comentários:

  1. Por acaso isto é uma história real (mamãe e Tatau no casamento dela?). acho que já ouvi, contada por ela. beijos, Lúcia

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  2. Sim, é verdadeira e a ouvi muitas vezes.
    Imagine que animado ele achou o casamento?!
    Na verdade, ele era muito pequeninho, saiu de casa de fininho e não sabia como voltar, ficou onde tinha gente...alguns até vivos...hahaha

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