Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

sábado, 3 de outubro de 2009

Nem um curral

De vez em quando me vem à lembrança alguns episódios da minha vida (como todo mundo, é claro) e hoje não sei porque, me lembrei de algumas coisas interessantes que ouvi da família do meu marido.
Era um daqueles inesquecíveis almoços de domingo em que a maior parte da família se reúne alegremente ao redor de uma mesa farta e depois de uns copos de vinho, se fala bem e mal da parentada, e não me venham dizer que na família de vocês não acontece isso, porque acontece sim, e se você tiver espírito de escritora guardará com carinho as velhas histórias para colocar no blog e relembrar das boas risadas que a história proporcionou, que é o que estou fazendo aqui hoje. Este é um caso que ouvi várias vezes de um parente, acho que era tio de minha sogra, que tinha uma propriedade rural da qual e na qual vivia, e fora dela nada mais importava. Era um homem rude e sem papas na lingua. Falando claramente: era curto e grosso. Quem não gostasse que se retirasse, era o seu lema. Não "tava" nem ai...
Já postei este caso num outro blog que tive, só de casos que ouvi por ai, mas depois "cansei" (aff) e "desliguei" o tal blog, agora fui lá buscar a história que eu particularmente acho muito engraçada, imaginando a cena acontecida em meados do século passado, onde as pessoas eram pudicas (essa é nova) e cheias de fricotes, no comportamento social e revalorizavam por demais qualquer título, já que estudar era para poucos.
Certo dia, veio da capital uma família de amigos; pai, mãe e uma filha, "moça prendada e casadoira" para visitar a família do velho italiano.
La pelas tantas, fazendo sala como convinha, a educada senhora dona da casa reunida com mais algumas pessoas da família, conversavam entre café e biscoitinhos quando veio lá de fora o velho parente, dono da casa e todos começaram a elogiar a moça, filha do casal, enumerando as prendas, estudos etc da moçoila; e era aquela admiração geral, até que alguém dirigiu-se a ele, ao velho italiano, reforçando e contando que ela era moça muito prendada, muito inteligente, formada na escola de moças, professora e coisa e tal... quando o velho pigarreou e com ar de superioridade falou com todas as letras lindamente:
-Bella aroba, essa aí! Aposto que nem sabe fazer um curral...
E acabou com a prosa e com a visita, é claro...

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