Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pensamentos em tons de cinza

                                             Pensamentos em tons de cinza
Mais um final de semana que chega quase repentinamente e me faz pensar na velocidade do tempo. Todos falam que o tempo corre e o pior é que, como todo mundo sabe, ele não corre, ele é estático, ou melhor, ele não existe.
Caminhamos em direção ao que chamamos de futuro, mas na verdade estamos parados também, tudo acontece ao nosso redor no presente, a cada momento acontece “o presente”. E assim os dias passam acelerados, amanhece e anoitece. Coisas acontecem e nada muda na rotina básica do planeta, que é girar em volta do sol e de si mesmo.
Que coisa chata de pensar, pois isso me leva ao nada, esse nada que toma conta da minha vida. Espero o dia nascer e o sol se por como se nada mais houvesse para fazer ou viver. Um dia de cada vez apenas isso. Queria voltar a escrever com graça e irreverência, mas perdi o bom humor. Não consigo rir nem de mim mesma, que dirá de dar uma gargalhada daquelas que vem das entranhas do diafragma.
Não posso dizer que me sinto infeliz, isso não. Procuro a cada dia aceitar o que Deus e o destino me reservaram, mas o vazio permanece. Por alguns momentos, talvez algumas horas já consigo me envolver com outras coisas e me distrair, mas logo murcho novamente por dentro e um marasmo toma conta de mim.
Neste período aguardo uma mudança literal de casa, porém está demorado mais do que gostaria, pois assim me ocuparia dos preparativos e arrumações, talvez a volta em me interessar em colocar algo aqui, uma cortina ali, almofadas novas sei lá, coisas simples que normalmente mulher gosta, mas ao mesmo tempo uma preguiça enorme me envolve e eu fico aqui vendo a televisão sem prestar muita atenção ou entro no Face book para ler as “abobrinhas”. Às vezes me determino a ir guardando objetos e livros, encaixotando, as coisas e separando outras, mas quando chego lá, não me animo e volto sem ter feito praticamente nada.
Escrevi isso porque acho que preciso continuar escrevendo mesmo que seja mais um depoimento sem sal, mais para não parar...
E assim estou, aguardando acordar para a vida, para o viver.
 

3 comentários:

  1. Não seria o caso de consultar um médico, Clô? Apatia não é sinal de depressão? Beijinhos preocupados...

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  2. Não estou depressiva, estou apenas vivendo a minha realidade de olhos bem abertos.Bjs tranquilos♥

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  3. Clotilde, este seu momento é compreensível e necessário. Deixe o tempo agir, sem pressa. Um grande abraço pra você.

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