Hoje é 1º de Junho.
Durante a minha vida toda, enquanto meus pais eram vivos sempre os ouvi comemorar com alegria o dia primeiro de junho, dia em que se conheceram no começo do século passado, lá pelo começo dos anos 30.
Meu pai com aquele seu jeito romântico falava que para ele esse dia era mais importante do que o aniversário de noivado, casamento, bodas ou qualquer outro, pois era a data “em que tudo começou”, e não é que estava certo?
Minha mãe, toda sorridente, contava que meu pai , “homem da cidade” (ela morava numa praia, num lugar considerado sítio), tinha chegado de Santos onde morou por um tempo e ao voltar foi com alguns amigos ao baile de aniversário do Clube 1º de Junho, que por sinal existe até hoje no município aqui ao lado de São José, de onde minha mãe era nativa.
Pois bem, ela contava que nos festejos do clube, o auge era o baile que usava uma estratégia interessante para aproximar os bailantes daquela época.
Ao chegarem ao salão as pessoas descompromissadas recebiam uma parte de uma trova e durante o baile deveriam encontrar a outra parte da trova na mão de um mancebo ou donzela. Sempre como condizia com a época, os pares héteros, é claro. Homem com mulher e vice versa.
Ao completarem o versinho encontravam o seu par e ai tinham a oportunidade de se conhecerem. Devia ser bem animado o evento, pois como contava minha mãe, o problema era quando um achava o outro feio, horrível, baixinho e por ai vai. Até ai já era divertidíssimo só essa parte.
Ao completarem o versinho encontravam o seu par e ai tinham a oportunidade de se conhecerem. Devia ser bem animado o evento, pois como contava minha mãe, o problema era quando um achava o outro feio, horrível, baixinho e por ai vai. Até ai já era divertidíssimo só essa parte.
Daí aconteceu que meu pai quando chegou ao baile viu minha mãe e quis conhecê-la imediatamente e como dizia todo sorridente, se apaixonou à primeira vista e logo foi em busca do outro pedaço de verso que correspondia a complementação do que a minha mãe havia recebido. Até que descobriu "o figura” que estava de poder do mesmo e o comprou por uma garrafa de cerveja e foi aí que tudo começou, dançando a noite toda todas as "marcas", como se falava.
Casaram meses depois e formaram uma família da qual me orgulho de pertencer.
Viveram felizes até meu pai falecer em 1977. Minha mãe faleceu em 1995.
Casaram meses depois e formaram uma família da qual me orgulho de pertencer.
Viveram felizes até meu pai falecer em 1977. Minha mãe faleceu em 1995.
Feliz 1º de Junho!!!♥♥
Data emblemática para você, Clotilde. Feliz Primeiro de Junho, ainda que com atraso! Abraços.
ResponderExcluir