domingo, 17 de março de 2013

Continuando a viagem a Treze Tilias

                                                   Continuando a Viagem a Treze Tílias.
Saímos da cidade logo após o almoço em direção a Fraiburgo embaixo de um temporal avassalador. Nem se enxergava a estrada. Passamos por Ibicaré que quer dizer em língua indígena “Chão torto”. Passamos pelo Rio São Bento, por Tangará que deu início com a chegada da estrada de ferro na região. Rio Peixe onde a colônia Italiana produz vinho e finalmente chegamos a Pinheiro Preto, nome dado a este lugar por ser muito antigamente uma parada de tropeiros e existir na beira da estrada um enorme pinheiro que ao ser atingido por um raio ficou totalmente queimado e permaneceu no lugar totalmente preto. Assim se tornou a parada do pinheiro preto. Este lugar também produz frutas de caroço, como pêssego e, nectarina, ameixa e uva. Nas pontas das parreiras é comum se ver um pé de roseira, é que a roseira é muito sensível às pragas e assim antes que as parreiras sejam atingidas por pragas, eles controlam as roseiras.
Neste lugar visitamos a Vinícola da Serra também de uma família Italiana que trabalha unida. Também provamos vinhos e compramos geleias e queijos de produção própria.
De lá passamos por Videira, lugar que na sua fundação se chamava Perdizes, dai hoje sua maior indústria se chamar Perdigão.
Finalmente chegamos a Fraiburgo, terra da maçã. Lá ficamos sabendo que a cidade foi fundada por Guilherme Fray em 1919 que com seus dois filhos, Rene e Arnaldo, vieram inicialmente para a antiga Perdizes e um lugar chamado de Campo da Dúvida por não saberem definir os limites das terras da região que na época plantavam Chá verde. A cidade começou com a extração de madeira e serrarias, até que desmataram toda a região e resolveram investir na plantação de maçã. Eles vieram trabalhar com serraria de madeira e acabaram ficando neste lugar e fundando a cidade de Fraiburgo que ostenta até hoje a primeira chaminé da serraria como marco inicial da cidade.           
Fraiburgo quer dizer cidade livre.
Ficamos hospedados no maior hotel da cidade, Hotel Renar, que fica numa elevação diante de um lago que foi construído inicialmente para dar suporte às serrarias. É um lago muito bonito e faz toda a diferença na estética da cidade.
O nome Renar é a junção dos nomes de Rene e Arnaldo Fray. Existem muitas propriedades comerciais assim como a maior produção de maçãs que levam esse nome; Renar. O hotel começou a ser construído para os viajantes em 1940 só com o tempo é que se tornou o hotel que é hoje.
Quase ao lado do hotel existe uma construção, uma bonita casa, que eles chamam de “castelinho”. Eles contam que a casa foi construída por um engenheiro que foi contratado para aclimatar as maçãs para produção. Então para convencer a sua amada francesa que não queria por nada vir para cá, a vir morar perto do trabalho dele, ele a construiu exatamente como ela exigiu que fosse. A construção leva o estilo Normando e foi construída com materiais importados e com características de aclimatação e foi inaugurada em 1966. O casal francês morou na casa até voltarem para a França. Então eles, os Fraiburguenses, contam essa historia orgulhosamente como uma historia de amor.
Também ficamos sabendo que durante a colheita, a cozinha industrial do Grupo Renar produz 17 mil refeições para os colhedores. Na cidade também existe uma grande fábrica de celulose que infelizmente exala aquele cheiro característico desagradável.
 Mais tarde, sob um sol maravilhoso que se abriu nos permitiu realizar a visita à plantação de maçãs. Também visitamos a Floresta Virgem aonde vimos um pinheiro enorme de 35 metros e que tem mais de trezentos anos. Ali também tem duas esculturas de dinossauros e uma capela ecumênica. Tudo muito lindo com uma vegetação maravilhosa.
Depois finalmente visitamos a plantação de maçãs que é um espetáculo à parte. Fomos num ônibus para andar em caminhos difíceis e foi só alegria. Calçamos sacos plásticos nos pés para não sujarmos os calçados e foi muito divertido, inesquecível.
Dia seguinte de manhã saímos em direção a Frei Rogério embaixo de uma chuva torrencial, mas nada tirou o brilho do passeio.

Um comentário:

  1. Oi Tia, que bom ver a senhora " com o pé que é um leque", é isso aí. Já fiz esse passeio, Fraiburgo a cidade das maçãs (haja tortas , doces, sucos etc) fiquei no mesmo hotel, é muito legal. Fico feliz por ver que a senhora não deixa cair a peteca. Bjo.

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