Isolamento Social e Suas Consequências
Em tempos de pandemia não é fácil ocupar o tempo da
gente e dos que convivem no mesmo espaço.
Mil coisas são criadas e inventadas e O TEMPO NÃO
PASSA!
Todos os dias têm que acordar com mil ideias, mas
depois de passar a “novidade” bate um desânimo “do cão”, voltamos a dormir e
tentar passar o tempo como os ursos; primeiro come-se até ficar com enjoo e
depois se vai dormir para o dia acabar mais rápido.
Logo após os primeiros dias precisamos tomar uma
providência urgente: jogar a balança fora, se ainda houver lugar na lixeira do
prédio, que até já separou parte do bicicletário para este fim: guardar as
balanças até que alguém encontre esse desgraçado vírus de olho puxado e dê uma “camassada”
de pau nele e voltemos a comer como gente.
Dois meses passados nesse tédio sem fim, arrumei a
minha agenda assim: As segundas quartas e sextas faço a retirada de tudo que
está nos armários, jogo sobre a cama e separo tudo por cores frias e cores quentes;
nas terças, quintas e sábados, retiro tudo novamente e separo as listras e as
bolas por tamanho e cores. Faço rodízio com as gavetas para as peças pequenas,
bem pequenas e nem tanto.
A cada vez que faço esse giro na arrumação separo as
roupas que não gosto mais, que enjoei e que não me cabem mais; essas são
muitas, e deixo de lado para levar e deixar lá no espaço do reciclável, em
caixas de papelão etiquetadas por estampas. Isso se encontrar lugar, já que o
condomínio inteiro está, ou deve estar fazendo o mesmo. Agora deixo para levar
as caixas na madrugada, mas essa ideia muita gente está imitando e até formando
fila para o evento. E ainda quando se encontram pelos corredores mostram a língua
uns para os outros por baixo das máscaras, é claro.
Este é um costume antigo que voltou à moda; mostrar a língua
sob a máscara.
O pior é aquietar a criançada e gerar mil ideias novas
por semana. Isso não está sendo nada fácil. Tem pais que já estão se preparando
para defenderem teses a respeito dessa questão. Vão sair da quarentena com a
tese quase concluída.
Aqui em casa já gastamos o repertório.
O quarto do Otávio tem um aviso bem grande de não
perturbe, e não sou eu que vou encarar a fera, “de bode”, e raivosa.
O mau humor faz parte do cardápio do dia dos dois
lados.
No começo ele fez, incansavelmente, todas aquelas
experiências que se faz nas escolas, de plantar feijão no algodão, espalhar
orégano num prato com água e com o dedo molhado de detergente dar um “susto” na
erva da pizza, que por conta disso já está em falta nos supermercados só
concorrendo com o papel higiênico e o “alquingel”.
Depois foi para coisas mais requintadas como fazer
bebidas de alambique, aí fui obrigada a impedir tal coisa, pois não suportaria
aquele cheiro de fermentação. Só por isso, pois já joguei a toalha e “sejaoquedeusquiser”...
Bem, meus amigos, vou parar por aqui, pois estou
ouvindo um murmúrio estranho vindo do quarto da criatura peluda e isso está me
cheirando encrenca.
Voltando...
Gente, alguém aí interessado em ficar com alguns pintinhos
que acabaram de eclodir? Tenho centenas para retirada imediata e ainda
acompanha um saquinho de orégano.
Ele estava chocando dúzias de ovos dentro do quarto
dele sob lâmpadas e é claro, eu não
sabia...
Até quando S E N H O R ???
Bom dia!Amei sua escrita,muito divertida.
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