domingo, 17 de maio de 2020

Isolamento Social e suas Consequências

              Isolamento Social e Suas Consequências
Em tempos de pandemia não é fácil ocupar o tempo da gente e dos que convivem no mesmo espaço.
Mil coisas são criadas e inventadas e O TEMPO NÃO PASSA!
Todos os dias têm que acordar com mil ideias, mas depois de passar a “novidade” bate um desânimo “do cão”, voltamos a dormir e tentar passar o tempo como os ursos; primeiro come-se até ficar com enjoo e depois se vai dormir para o dia acabar mais rápido.
Logo após os primeiros dias precisamos tomar uma providência urgente: jogar a balança fora, se ainda houver lugar na lixeira do prédio, que até já separou parte do bicicletário para este fim: guardar as balanças até que alguém encontre esse desgraçado vírus de olho puxado e dê uma “camassada” de pau nele e voltemos a comer como gente.
Dois meses passados nesse tédio sem fim, arrumei a minha agenda assim: As segundas quartas e sextas faço a retirada de tudo que está nos armários, jogo sobre a cama e separo tudo por cores frias e cores quentes; nas terças, quintas e sábados, retiro tudo novamente e separo as listras e as bolas por tamanho e cores. Faço rodízio com as gavetas para as peças pequenas, bem pequenas e nem tanto.
A cada vez que faço esse giro na arrumação separo as roupas que não gosto mais, que enjoei e que não me cabem mais; essas são muitas, e deixo de lado para levar e deixar lá no espaço do reciclável, em caixas de papelão etiquetadas por estampas. Isso se encontrar lugar, já que o condomínio inteiro está, ou deve estar fazendo o mesmo. Agora deixo para levar as caixas na madrugada, mas essa ideia muita gente está imitando e até formando fila para o evento. E ainda quando se encontram pelos corredores mostram a língua uns para os outros por baixo das máscaras, é claro.
Este é um costume antigo que voltou à moda; mostrar a língua sob a máscara.
O pior é aquietar a criançada e gerar mil ideias novas por semana. Isso não está sendo nada fácil. Tem pais que já estão se preparando para defenderem teses a respeito dessa questão. Vão sair da quarentena com a tese quase concluída.
Aqui em casa já gastamos o repertório.
O quarto do Otávio tem um aviso bem grande de não perturbe, e não sou eu que vou encarar a fera, “de bode”, e raivosa.
O mau humor faz parte do cardápio do dia dos dois lados.
No começo ele fez, incansavelmente, todas aquelas experiências que se faz nas escolas, de plantar feijão no algodão, espalhar orégano num prato com água e com o dedo molhado de detergente dar um “susto” na erva da pizza, que por conta disso já está em falta nos supermercados só concorrendo com o papel higiênico e o “alquingel”.
Depois foi para coisas mais requintadas como fazer bebidas de alambique, aí fui obrigada a impedir tal coisa, pois não suportaria aquele cheiro de fermentação. Só por isso, pois já joguei a toalha e “sejaoquedeusquiser”...
Bem, meus amigos, vou parar por aqui, pois estou ouvindo um murmúrio estranho vindo do quarto da criatura peluda e isso está me cheirando encrenca.
Voltando...
Gente, alguém aí interessado em ficar com alguns pintinhos que acabaram de eclodir? Tenho centenas para retirada imediata e ainda acompanha um saquinho de orégano.
Ele estava chocando dúzias de ovos dentro do quarto dele sob  lâmpadas e é claro, eu não sabia...
Até quando S E N H O R ???

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