Será Mesmo que Cremos em Deus?
Oramos, pelo menos quem costuma orar, para Deus usando
a Oração que nos ensinou Jesus Cristo. O Pai Nosso.
Será que ao rezar observamos as palavras que fazem
parte da oração, será que realmente assinamos em baixo nossa petição?
Senão vejamos:
“Pai Nosso, que estás no Céu.”
Santificado seja o teu nome, venha à nós o vosso Reino,
Seja
feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu.
Como assim; “A Tua
Vontade?”
E a minha vontade Senhor? Quando vou ser atendida (o)?
Quando Vais trazer de volta o meu ente querido? A saúde
e a prosperidade tão desejada e implorada nas minhas orações?
Mas se temos a certeza que Ele sabe o que faz, e repetimos também sem nos dar conta dessa
frase que falamos de maneira automática, por que não confiamos e aceitamos o
que acontece que com certeza, é o melhor para mim e para todos os envolvidos
naquele momento?
Não! Somos tão infantis na nossa fé que achamos que ao
proclamarmos aos quatro ventos que somos crentes em Deus e Cristãos, já está
tudo combinado que eu vou pedir e vou ser atendida porque eu tenho fé.
O problema não é tão simples quanto pode parecer à
primeira vista.
Nem sempre o que pedimos é o melhor, pois somos cegos
conduzindo cegos, não enxergamos um palmo diante do nariz e ficamos achando
sempre que a nossa petição é justa e o “tamanho” da nossa fé é passaporte para
o que chamamos Felicidade.
Pois é, quando sabemos que algum ente querido ou um
amigo está doente, mal mesmo, quase à morte, oramos pela sua cura e consequente
sobrevivência, não querendo saber se futuramente será bom para o nosso ente
querido a sobrevivência dele, desde que sejamos felizes em poder olhar e tocar
aquela pessoa que queremos bem, quando na verdade, já dizia Jesus, que “a
Felicidade não é deste mundo”. Que a verdadeira vida é a Espiritual, que o
mundo é a escola que precisamos para aprender e evoluir. Que nosso corpo se
assemelha a um escafandro de caminhar no fundo do mar, que é um aparelho pesado
e desconfortável, que quando nos libertamos, na hora certa que fique bem
entendido, saímos voando como borboletas após a metamorfose, à caminho da
verdadeira liberdade no mundo Maior.
Neste dia de Finados, ao trazer à lembrança aqueles que
partiram antes de nós, tenhamos em mente que Deus sabe o que faz e seguir suas
Leis e aceitar o que não pode ser mudado é o melhor para todos.
Orar e sentir saudade sem desespero é o que nos resta.
Fiquem todos na Paz.