Fechando a gaveta de número 2017
Chego ao último dia de dezembro do ano de 2017 olhando para
os dias que se passaram e escorreram pelos dedos como se fosse areia fina.
Abro a entulhada gaveta da memória, correspondente especificamente
a esses trezentos e sessenta e cinco dias, um tantinho entediada, e retiro uma
a uma as lembranças anotadas em pedaços de papel colorido, tipo aqueles de
escritório com adesivos, mais conhecidos como "post it" e os espalho
sobre a cama desalinhada pela inquietação da noite mal dormida embalada pelas
lembranças de outros finais de anos, de reuniões de família ou não.
Observo que algumas anotações tiveram pouca importância e já
estão esmaecendo como os papeis dos caixas eletrônicos que nem servem mais de
comprovantes, pois se apagam em tempo curto.
Arrumo os papeis/lembranças sobre a cama de forma linear para
ler na sequência e vou revivendo cada momento como um filme.
Algumas lágrimas transbordam dos olhos, assim como um leve
sorriso as vezes baila nos lábios pálidos pelo tempo.
Fazendo um levantamento superficial me dei conta de que viajei
bastante. Que fui a poucos aniversários, os das minhas irmãs, de uma sobrinha e de uma amiga, porém passei o
dia das Mães com filhos e netos no interior de SP, quando também revi e visitei
amigos queridos. Fiz poucas visitas a hospitais e alguns velórios de pessoas
conhecidas.
Fiz alguns passeios Turísticos rápidos, de um dia, e estudei quase todas
as semanas a Filosofia Espírita. Fui à Seminários e alguns Congressos, em
Curitiba-PR, em Joinville-SC e no RS, e em Florianópolis. Todos diferentes onde
conheci pessoas e passei por momentos inesquecíveis em lugares tão agradáveis.
Também fui novamente à Uberaba-MG no chamado "Circuito
Chico Xavier" passando por Sacramento e Araxá onde passei por momentos de
muita emoção.
Também tive o prazer de voltar à cidade de Treze Tílias- SC
e de conhecer Morretes- PR, onde passeei de Trem por quatro horas contornando a
montanha e apreciando os vales lindos e profundos da região montanhosa do
Paraná seguindo em direção à Curitiba.
Agora, enquanto escrevo e relembro, estou fora de casa
novamente, passando as Festas de final de Ano na companhia de filhos e netos no
interior de SP.
E assim o tempo transcorre acelerado indo e vindo para não
pensar muito, porque pensar dói. Dói muito, avaliar o que fizemos e o que
deveríamos e ou poderíamos ter feito em determinada situação e que nem sempre
dá para consertar.
Precisamos nos anestesiar de ocupações, principalmente
úteis, o que não é bem o meu caso sempre, mas não posso deixar de admitir que
aprender é muito útil e que já houve tempo em que meu tempo era melhor ocupado
e administrado fazendo mais pelo meu semelhante, mas pretendo com essa
retrospectiva de final de ano, dar um rumo novo para o próximo ano.
Já fiz uma lista de mudanças e se eu conseguir alcançar
alguns objetivos e atingir algumas metas fecharei o ano 18 me sentindo um pouco
mais útil do que fui este ano, mas não posso deixar de pensar nessa hora na
eternidade de nós seres, e que sendo eternos vamos nos melhorando devagar, um
passo de cada vez, assim como uma planta que passa por seus estágios.
Acordar para a realidade dos acontecimentos e procurar se
tornar um pouco melhor é dever de todos e também faz parte.
A Natureza não dá saltos, não podemos queimar etapas,
precisamos ir passo à passo na direção do autoconhecimento e melhoramento
Espiritual como ser humano filho de Deus à caminho da Evolução.
Reorganizo todos os quadradinhos coloridos e os devolvo à
gaveta deste ano para colocar na prateleira do Tempo. Ano que vem é Futuro, só
posso dizer que até este momento tudo valeu a pena, "o que sorri, o que sofri♪♫ o importante é que emoções eu vivi...♪♫♪
Feliz 2018
para todos!♥