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Eu mesma ali, não arriscaria nem um: "é vero?" Parole, parole, sapore de sale, caspite!... nem de brincadeira.
Como eu ia parlando... achei muito interessante que o Senhor que abriu o evento falou sobre o Pará. Isso mesmo o Estado do Pará, o nosso, do Brasil, um dos maiores e mais bonitos estados do norte do Brasil, que por sinal já visitei duas vezes e moraria lá com toda certeza, na boa.
Falou da sua geografia, um pouco da história, regiões e produção extrativista de latex, frutas tropicais regionais, entre outras curiosidades os 42 tipos de sorvete de frutas regionais, inclusive ele sabia a quantidade de Italianos do sul da Italia, que escolheram morar lá e de que cidades da Itália vieram (eu em?). Senti vergonha da minha ignorância brasileira. Uma lição, pois se em cada evento ou reunião de qualquer coisa, alguém falasse um pouco que fosse, de um lugar qualquer do Brasil, uma curiosidade, uma informação, como eles provavelmente falam em todos os eventos daquela Casa (um respeito por estarem em pais estrangeiro mantendo as suas (deles) tradições culturais, achei lindo isso). Logo em seguida começaram os cantores e pianistas.
Eu tenho acompanhado a Sonia em todo tipo de evento cultural e o que mais noto são pessoas de todas as classes sociais e raciais. Bacana isso. Sabem apreciar musica erudita também.
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Antes do começo da apresentação, eu estava sentada ao lado da amiga da Sonia, a Elza, e por um momento um senhor abaixou a cabeça para falar com um outro homem que estava ali sentado perto de nós. Eu comentei com ela: "porque conhecemos uma peruca masculina de longe, por mais bem feita que seja? (o que não era o caso, ele ainda cortou o cabelo de uma forma estranha sem costeleta nehuma, como indio e ainda usava um óculos de aro preto). Ela confirmou e ainda disse, "ele está de peruca sim", a Sonia achou que não, em seguida ele virou completamente de costas para nós e exibiu uma tonsura (rodinha no alto da cabeça, digna de um padre). Olhamos uma para outra e eu comentei: "eu continuo achando que é peruca mal colocada"... Final da história; Ele apesar de não muito velho é daqueles que deixa o cabelo crescer e leva tudo para "o outro lado" para cobrir a falta, só que a tonsura fica de fora e o corte sem costeleta nenhuma não facilitou em nada. enfim... falando com ele depois do evento, ele nos disse que era cabelereiro, imagino que o colega que corta o cabelo dele deve odiá-lo, tadinho...
Lá pelas tantas ele foi chamado a cantar e para surpresa minha, da Sonia e da Elza e provavelmente de muitos que estavam ali, ele cantou de autoria dele mesmo, nada menos que um forró. Isso mesmo: FORRÓ, entre uma área de ópera e outra música um pouco mais erudita, ouvimos um forró maneiro, só não foi pior porque ele não arrastou o pé para frente e para trás enquanto cantava com voz até bonita, mas perdeu a "medalha da noite" para um italiano autêntico, rechonchudo, que resolveu cantar com fones de ouvido e tudo, com certeza para não peder uma só nota do acompanhamento gravado, aff (?!) nada menos que....tantantantchannnnnn... Sandra Rosa Madalena!!! O que não seria nada demais, se não fosse a altíssima dificuldade em pronunciar certas palavras da letra, o que era naturalíssimo para um Italiano de Genova, com 20 anos de Brasil, conforme nos falou outro dia num restaurante. Ainda bem que não tentou imitar o Magal nos gestos, porque aí ia tudo em "putabestia" mesmo, é vero?
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"Mi digue, ó xénte, que é que tem uma a ver com outra? I óli, eu tentei, mar nuntendi..."
Escrevi em duas cores em homenagem à Italia.
Aahahahahah... e eu que fico perdendo essas coisas....eheheh
ResponderExcluirUm italiano cantando forró e outo entoando Sidnei Magal deve ser TUDO! Só faltavam serem clientes do mesmo cabeleireiro do primeiro...