Quem sou eu

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Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

domingo, 12 de agosto de 2018

Ser Pai não é Fácil

                                    Ser Pai não é Fácil

Acordei meio tarde nesse domingo ensolarado e já estranhei o silêncio reinante da casa. 
Fui até o aposento ao lado e verifiquei que eu estava sozinha.
Um certo e conhecido pânico tomou conta da minha pessoa, já imaginando o que deveria estar "aprontando" meu companheiro de domicílio, mas logo senti o cheiro de café fresco no ar, o que paradoxalmente me deu um certo alento.
Fui até a cozinha e uma mesa bem posta me aguardava, porém ele não estava; Pensei: - ai tem coisa.- 
Quer me fazer feliz me faça café, e ele sabe disso.
Apreensiva e me sentindo impotente, sem saber o que fazer, constatei que só me restava aguardar o retorno da criatura peluda ao lar para saber qual era a do dia.
Sentei no sofá perto da janela e peguei o jornal na mesinha lateral para ler as notícias mornas, que geralmente só repetiam o noticiário da TV da noite anterior.
Passando os olhos pelas manchetes, um tanto entediada, uma nota me chamou a atenção;
Haveria naquela manhã de domingo uma maratona "sui generis" para homenagear os pais, que contava com tarefas diversas, relativas ao convívio de pais e filhos; como trocar fraldas, vestir todas as roupinhas em três bebês de seis meses ao mesmo tempo, sobre uma cama, dar papinha para um bebê de 5 meses com ele sentado em cadeira alta em até 18 minutos, pentear e prender com prendedores e lacinhos os cabelos longos de duas meninas de menos de 5 anos...
Quando estava acabando de ler o restante do regulamento do evento, Otávio entra pela sala, totalmente descabelado, esbaforido e até lacrimejante, carregando no pescoço uma flamejante medalha dourada, enorme, presa à uma fita azul e se joga no sofá totalmente desvalido. Após alguns segundos, ainda visivelmente exausto, juntou o restante das forças e se arrastou na direção de seus aposentos avisando quase sem voz, que  pelo restante da semana não estaria para ninguém, e muito menos para o Dr. De Lamare, o autor do Livro A Vida do Bebê.
Ainda consegui perguntar antes da porta se fechar se ele havia ganho a medalha na Maratona do dia dos Pais, ele apenas fez que sim com a cabeça e me disse quase sem voz, que ser pai não é para qualquer um...

Só me intrigou uma coisa; Até onde eu sei o Otávio nunca foi Pai, acho até que ainda é virgem apesar de estar ultrapassando a terceira idade... :(



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