Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Água; Liquido Incolor e Inodoro.

                                             Água; líquido incolor e inodoro.
De repente me dou conta que estou rodeada de água, dentro de um caiaque, remando desesperadamente em pleno oceano, não sei qual dos três, Atlântico, Indico ou Pacífico.
Me senti por alguns minutos o próprio Amir Klink, remava de um lado ora do outro, fazia manobras como numa corredeira de rio  de repente as ondas furiosas começaram a me levantar e  logo me desciam numa aflição de montanha -russa.
Um desespero começou a tomar conta do meu ser indefeso e comecei a chorar, mas logo engoli o choro me lembrando de que choro é líquido, é água, e o que  eu mais queria naquele momento era fugir de qualquer líquido incolor e inodoro.
Comecei a tremer ao imaginar as barbatanas triangulares dos tubarões fazendo uma ciranda ao redor de mim e impulsionei mais ainda os remos para longe.
- Como longe? Eu já estava muito longe e nem sei quanto.
Olhava para o horizonte e só via água, água, até que comecei a ouvir um som de motores...
-O que seria? Um navio, um helicóptero, um avião, um super-homem?
Não, não era nada disso, era a vizinha de apartamento, a Mulher-maravilha, que ligou o aspirador de pó às sete da manhã e me acordou. Até que foi bom, eu estava dormindo e tendo um pesadelo.
Tanta água por estas bandas que já estou tendo sonhos desesperadores.

Abro a janela e olho para fora e vejo que continua chovendo, já chove há quase quarenta dias, é o dilúvio e nem comprei a minha passagem na Arca do Noé que ouvi dizer que o “modelito” novo dela agora vem com periscópio...

Um comentário:

  1. Então, Clotilde, uns com tanto e outros com tão pouco. Por aqui, quando chove, a gente fotografa pra guardar de recordação... mas muita água tb não é bom, né? Melhoras meteorológicas por aí. Abraços.

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