Quem sou eu

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Campinas , São Paulo , Brazil
Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)

terça-feira, 21 de julho de 2015

É ver para crer...

                                      É ver para crer...
Seu Tomé acordou antes do sol nascer, foi ao banheiro e depois se dirigiu à cozinha e passou um café para ninguém botar defeito e nem açúcar.
Abriu a janela e olhou para o céu que clareava despontando alguns raios de sol.
Estendeu os olhos para o horizonte da sua propriedade rural e levou um susto ao perceber estacionado perto de uma jaqueira uma pequena nave espacial, daquelas bem estranhas, tamanho de uma Kombi, era até parecida com a que ele tinha abandonado no quintal para servir de abrigo para os cachorros que eram muitos. E nesse momento estranhou que não havia ouvido nenhum movimento da criação e nem dos cães que aparentemente ainda dormiam com aquele objeto estranho no quintal. Saiu pela porta da cozinha e foi na direção da “coisa” que entre uma leve fuligem mostrava uma cor alaranjada com algumas pequenas janelas que mais pareciam vigias de barco.
A “coisa” estava suspensa por pernas mecânicas que pelos “joelhos” deviam se dobrar e retrair ao levantar voo.
Ao se aproximar um campo energético vibratório, como um vidro carregado de eletricidade o impediu de se aproximar. Parou e ficou observando o que acontecia. Depois de um tempo que não poderia precisar, uma portinhola se abriu e de dentro saiu o que parecia um ser vestido com uma indumentária de textura metálica e mais parecendo uma fantasia exótica. Seus braços e as pernas eram curtos, porém o tronco era o dobro dos humanos e a cabeça quadrada com dois olhos também quadrados e a boca era um círculo.
Parou na direção do Seu Tomé, porém mantinha uma distancia segura e levantou primeiro uma das mãos e depois a outra e em seguida deu um pulo e virou uma cambalhota da frente para traz.
Seu Tomé achou aquele cumprimento ridículo, pois o cara se comportava como um macaco e até fez os mesmos movimentos de macaquices  que todo mundo conhece, mas ele se negou a repetir os mesmos movimentos de boas vindas levantando apenas a mão esquerda enquanto mantinha a outra mão nas costas fazendo com os dedos uma figa bem apertada para que o cara não viesse para cima dele.
Que comportamento doido era esse para um ET que com certeza veio de outro planeta, quiçá de outra galáxia? – Pensou, sem tirar os olhos de cima e sem perder nenhum movimento do “figura”_
Ele sempre via os seriados na televisão e não perdia um, graças a uma antena parabólica plantada na frente da casa, daí porque não assustou tanto com o “coisinha esquisita”, mas também não podia dar muita folga para ele, pois haviam os do bem e os do mal e aqui e agora não dava para saber.
Cansado das macaquices do ET, ele virou as costas para entrar em casa quando sentiu o cara atrás dele e até lhe tocou o ombro, o que o fez cair de joelhos de susto e medo, para em seguida no mesmo impulso voltar a ficar de pé e dessa vez diante, bem de frente para o cara.
Respirou fundo e saiu correndo em direção a casa e entrou fechando a porta atrás de si, quando se virou o ET estava dentro da cozinha.
Apavorado Seu Tomé abriu o armário de poucas coisas e retirou lá detrás de uma lata onde guardava o pó de café um retângulo de embalagem metálica e ofereceu ao “cabeça quadrada” que demonstrando curiosidade e expressão intrigada o pegou com seus três dedos longos e revirou o objeto com as duas mãos esquisitas sem saber o que fazer,  foi quando seu Tomé em alto e bom som falando como se fala com gringo, devagar pausadamente  e com sotaque arrastado que aquilo era de comer.
Pois na hora a criatura o colocou na boca com o papel metálico e tudo, mordendo um bom pedaço com a sua boca em forma de rosquinha antes que seu Tomé o advertisse de que havia que desembrulhar para comer.
Mas o “cintilante” gostou tanto que comeu o restante com embalagem e tudo e pediu mais estendendo novamente a mão de três dedos, porém seu Tomé lhe prometeu dar mais um, que era só o que tinha para o momento, se ele fosse embora ao que ele concordou prontamente.
Seu Tomé foi la para dentro da casa e voltou com outra barra de chocolate e assim como se faz com burro de corrida ele foi na frente com a barra de chocolate na mão levantada para o alto e encaminhou o ET para a nave cor de laranja novamente o ajudando a fechar a portinhola.  Assim ele entrou segurando a barra de chocolate na mão prometendo voltar em breve para buscar mais...
Esta história me contou Seu Tomé na última vez que o encontrei.

É ver para crer...

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Segurando o Tempo

Segurando o Tempo.
Achei esse relógio italiano muito interessante, pois passa a ideia de tentarmos prender, encarcerar, reter o tempo, mas ele se escoa entre as grades assim mesmo.
Digo isto, pois recebi a pouco uma mensagem que me desejava Feliz resto do ano (?!).
As coisas andam atualmente, numa velocidade que precisamos reforçar os votos de felicidades, força, coragem e tudo de bom para a outra metade do ano, a cada seis meses, é mole? Pois a metade que se foi outro dia mesmo, já vai lá longe. Pura loucura. 
E com isso as rugas se apresentam na mesma velocidade...
Fazer o quê?! Inevitável e irreversível... 
Quem as têm é porque está vivendo, mesmo em alta velocidade sem apreciar muito a paisagem como deveria...