Comunicação Espontânea ou seria instantânea?
Hoje de manhã peguei o ônibus para ir para a ilha e depois
um outro para ir para o Shopping almoçar e ver umas coisas, até ai nada demais,
rotina.
Mas o que chamou a minha atenção foi apreciar, como já
notei outras vezes, como certas pessoas tem a capacidade de puxar conversa com
qualquer um e em qualquer lugar com a maior naturalidade e acho isso um barato.
Elas conseguem retirar em poucos minutos de conversa informações incríveis e impensáveis muito mais rápido que uma investigação policial, fazem um perfeito e completo cadastro da pessoa a quem interessar possa.
Elas conseguem retirar em poucos minutos de conversa informações incríveis e impensáveis muito mais rápido que uma investigação policial, fazem um perfeito e completo cadastro da pessoa a quem interessar possa.
Pois hoje quando ia para o Shopping sentei no ônibus quase
na frente, perto de uma porta de saída, atrás de duas outras mulheres que pareciam ter nascido na mesma
semana que eu.
E as duas logo se encantaram com um bebê de 24 dias e que a jovem mãe acomodava com carinho. Pois elas logo perguntaram se era menino ou menina, quantos dias e qual o nome que nem me lembro agora, pois até ai nem tinha prestado a atenção em nada.
E as duas logo se encantaram com um bebê de 24 dias e que a jovem mãe acomodava com carinho. Pois elas logo perguntaram se era menino ou menina, quantos dias e qual o nome que nem me lembro agora, pois até ai nem tinha prestado a atenção em nada.
Pois deram palpite na posição em que a criancinha estava no colo
da mãe, que alguém poderia entrar no ônibus e bater com a bolsa na cabecinha do
neném, que a mãe o virasse para o lado de dentro, o que a jovem mãe nem
titubeou em obedecer.
E mais falaram de criação de crianças falando em alto e bom som que "quem foi mãe um dia, vai ser a vida toda", daí a preocupação dela, na verdade das duas que sentavam juntas, pois a outra confirmava tudo e dava pitacos sempre que a do lado falava alguma coisa, sempre confirmando tudo.
E mais falaram de criação de crianças falando em alto e bom som que "quem foi mãe um dia, vai ser a vida toda", daí a preocupação dela, na verdade das duas que sentavam juntas, pois a outra confirmava tudo e dava pitacos sempre que a do lado falava alguma coisa, sempre confirmando tudo.
Enquanto falavam e comentavam entre as duas, olhavam para
outra senhora, alguns anos mais nova que ia sentada duas poltronas à frente, do outro lado do corredor.
Ou seja; foi necessário falarem bem mais alto para se
entenderem e se comunicarem as três.
A outra da esquerda, a terceira mulher, se empolgou e também começou a
sorrir e fazer comentários sobre a criancinha, entrando na conversa alegremente, até que uma das
duas da minha frente, esgotou o assunto com o neném e a jovem mãe, e mudou o
rumo da conversa para a do outro lado do corredor e perguntou à queima-roupa se ela era da
cidade, e ela disse que morava no Rio há 32 anos, mas era do Paraná, mais
precisamente de Londrina e que estava passeando na casa da filha.
Daí a mulher da frente comentou que também conhecia o Rio e adorava, então trocaram informações de endereços, pontos de referência e localizações la do Rio de Janeiro, e a mulher mais nova falou que morava a um quarteirão do mar, mas ela havia comprado o apto há muito tempo quando os preços ainda eram bem menores, no que a outra da frente empolgada comentou: - mas hoje em dia vale mais de 2 milhões qualquer apartamento por ali!!!- E a terceira mulher sorriu com cumplicidade.
Daí a mulher da frente comentou que também conhecia o Rio e adorava, então trocaram informações de endereços, pontos de referência e localizações la do Rio de Janeiro, e a mulher mais nova falou que morava a um quarteirão do mar, mas ela havia comprado o apto há muito tempo quando os preços ainda eram bem menores, no que a outra da frente empolgada comentou: - mas hoje em dia vale mais de 2 milhões qualquer apartamento por ali!!!- E a terceira mulher sorriu com cumplicidade.
Daí a outra quis saber se era grande o apartamento e ela
confirmou que tinha três quartos e era muito agradável, lembrando que isso tudo
foi falado dentro do ônibus, uma sentada de um lado e as outras duas do outro, num tom de voz compatível
com o barulho do motor do ônibus.
Daí a mais velha perguntou se ela tinha filhos e ela
respondeu que sim, tinha dois, uma moça e um moço. A filha mora e adora Florianópolis,
mas o filho prefere o Rio.
E a mulher mais velha continuou;
E a mulher mais velha continuou;
- E a senhora tem
marido?
- Sou divorciada.
Nisso a mulher, a mais nova, se levantou com certa dificuldade, meio atravancada, pois
transportava uma sacola de loja enorme com alguma coisa grande dentro e a outra
do lado de cá logo perguntou:
- Já vai?
- Sim, vou à casa da filha...
- Está levando presente para os netinhos?
- Não, não tenho netos, é para a filha mesmo...
E desceu em frente a uma enorme Igreja que fica na Avenida,
e ela, enquanto descia a senhora com dificuldade, emendou:
-Esta Igreja é muito bonita, quer ver por dentro!
A que descia ainda deu um último sorriso confirmando e se foi pelo sol a
fora.
E a vizinha de banco
virando-se para outra lhe mostrou um livro que havia comprado no Aeroporto e já
tinha lido todo, agora ela iria passar para a filha e comprar outro porque gostava muito de ler.
Era um livro dirigido para Mulheres, deu para eu ver enquanto eu descia no ponto do Shopping.
Era um livro dirigido para Mulheres, deu para eu ver enquanto eu descia no ponto do Shopping.
Do Terminal Central até a parada que eu desci, um ponto
depois da terceira mulher, foram apenas seis pontos de ônibus, é mole?
Pois é, seis pontos de ônibus e três vidas inteiras devassadas... Coisas de mulher. Você dificilmente vai presenciar algo assim entre homens. Não vai aí nenhuma crítica, apenas a constatação de uma característica do gênero feminino. Valeu a crônica, amiga Clotilde. Um abraço!
ResponderExcluirObrigada meu amigo. ♥
ExcluirComo assim a senhora não participou do papo?? He he, que bom saber que mesmo na "cidade grande" ainda existem pessoas, a cima de tudo as mais vividas, que mostram alguma simpatia e confiança no olhar, trazidas de tempos em que eram mais frequentes, imagino.
ResponderExcluirNada mais belo que ver uma amizade se formando! Beijo, vó! :)
Obrigada Pedro querido, Bjs.
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