Pelo que observo nos meus andares e viveres é que todos nós trazemos dentro do nosso mais íntimo ser, uma fera  meio escondida e que se apresenta com suas garras, nas horas mais incovenientes, quando mais queríamos ter controle sobre ela.
Quando era mais nova (faz tempo), era a fera  quem primeiro se apresentava e por conta disso muitas vezes me dei mal, magoei e disse coisas que não devia e me arrependi e chorei lágrimas amargas tantas vezes quantas falei. Mas com o passar do tempo minha fera envelheceu e se tornou uma onça desdentada e sem unhas que só rosna de vez em quando por força do hábito, mas que de maneira alguma quer atacar quem quer que seja, até porque a idade mostra que "a fila anda" e a vez de todos algum dia chega.
Mas o que nunca entendi mesmo na vida, foi porque todo mundo podia (pode) me dizer o que bem entende sem se preocupar com os meus sentimentos; talvez porque ache que eu não os tivesse ou tenha.
Concluo daí porque me comportava como um gato arisco que atacava antes que me atacassem, era para não dar tempo de me magoarem, porém hoje eu nem me dou ao trabalho de me ouriçar como os felinos, apenas observo como agem os outros e muitas vezes tenho pena.
É tão ruim magoar os outros, posso garantir que doi mais na gente mesmo, do que a pretensão de atingi-los da nossa parte.
Aqui você vai encontrar assuntos diversos de acordo com o meu estado de espírito: alegre, triste eventualmente, muito raramente com raiva, porém geralmente com uma pitada de irreverência.
Quem sou eu
- Clotilde ♥ Fascioni
 - Campinas , São Paulo , Brazil
 - Tenho mais de setenta anos, mãe de quatro e avó de seis, bisavó de dois e uma saudade eterna. Leonina humor sarcástico e irreverente. Gosto de ler, escrever, pintar, costurar, fotografar, não necessariamente nessa ordem. Gosto de observar e ouvir pessoas, suas histórias de vida que para mim são sempre interessantes e ricas de ensinamentos e só aumentam o meu conhecimento com respeito a viver. Acho bom e interessante olhar a nossa volta. É sobre isso que gosto de escrever.Gosto de cinema, assistir seriados na TV, teatro, viajar,passear,viajar,passear... conhecer lugares e bater papo sem compromisso. Gosto de olhar o mundo com olhos curiosos de quem acabou de chegar e quer se inteirar do que está "rolando".O nome escolhido "Espírito de Escritora" não tem a pretensão de mostrar aqui "grandes escritos" tirados das entranhas da sabedoria mais profunda e filosófica de alguém "letrado" ou sábio. Simplesmente equivale a dizer "escrever com alegria","escrever com espirituosidade".Tudo o que escrevo já está escrito dentro de mim, do meu eu mais profundo, só boto para fora... sei lá... Este é um lugar de desabafo e de reflexões minhas."Os bons que me sigam". (sabedoria do Chapolim Colorado)
 
quarta-feira, 18 de março de 2009
A Fera
 Pelo que observo nos meus andares e viveres é que todos nós trazemos dentro do nosso mais íntimo ser, uma fera  meio escondida e que se apresenta com suas garras, nas horas mais incovenientes, quando mais queríamos ter controle sobre ela.
Quando era mais nova (faz tempo), era a fera  quem primeiro se apresentava e por conta disso muitas vezes me dei mal, magoei e disse coisas que não devia e me arrependi e chorei lágrimas amargas tantas vezes quantas falei. Mas com o passar do tempo minha fera envelheceu e se tornou uma onça desdentada e sem unhas que só rosna de vez em quando por força do hábito, mas que de maneira alguma quer atacar quem quer que seja, até porque a idade mostra que "a fila anda" e a vez de todos algum dia chega.
Mas o que nunca entendi mesmo na vida, foi porque todo mundo podia (pode) me dizer o que bem entende sem se preocupar com os meus sentimentos; talvez porque ache que eu não os tivesse ou tenha.
Concluo daí porque me comportava como um gato arisco que atacava antes que me atacassem, era para não dar tempo de me magoarem, porém hoje eu nem me dou ao trabalho de me ouriçar como os felinos, apenas observo como agem os outros e muitas vezes tenho pena.
É tão ruim magoar os outros, posso garantir que doi mais na gente mesmo, do que a pretensão de atingi-los da nossa parte.
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